terça-feira, 28 de maio de 2013

SE TIVER ALGUMAS CONDIÇÕES EM MENTE VOCÊ NUNCA SERÁ CAPAZ DE AMAR


Ame as pessoas — incondicionalmente. Se tiver algumas condições em mente, você nunca será capaz de amar; essas condições virarão barreiras. Se o amor faz bem a você, por que se importar com condições? Se faz tão bem, se causa um bem-estar tão profundo - ame incondicionalmente, não peça nada em troca. Se você entender que só amando aumentará seu destemor, você amará apenas pelo prazer que isso lhe dá!

As pessoas comuns amam só quando suas condições são atendidas. Elas dizem, “Você tem que ser deste jeito, só assim eu amarei você”. A mãe diz para o filho, “Eu o amarei só se você se comportar direito”. A mulher diz ao marido, “Você tem que ser deste jeito, só assim posso amá- lo”. Todo mundo estabelece condições; o amor desaparece.

O amor é um céu infinito! Você não pode confiná-lo em espaços exíguos, condicioná-lo, limitá-lo. Se você areja a casa e depois fecha tudo - todas as janelas, todas as portas —, logo ela fica mofada. Sempre que o amor acontece ele insufla liberdade; você leva ar fresco para a sua casa, mas tudo logo fica mofado, empoeirado.

Esse é um grande problema para toda a humanidade — tem sido de fato um problema. Quando você ama, tudo parece lindo, pois nesses momentos você não impõe condições. Duas pessoas se aproximam uma da outra incondicionalmente. Depois que firmam um compromisso, que passam a ter certeza do amor uma da outra, então as condições são estabelecidas: “Você tem que ser assim, tem que se comportar assim, só dessa forma eu posso amá-lo” — como se o amor fosse uma barganha.

Se você não ama de todo o coração, está barganhando. Você quer forçar a outra pessoa a fazer alguma coisa por você, só então você ama; do contrário, você trairá seu amor. Você está usando seu amor como uma punição, ou como uma imposição, mas não está amando. Ou você nega seu amor ou o demonstra, mas em ambos os casos o amor em si não é a finalidade; a finalidade é outra.

Se você tem uma esposa, então dá presentes a ela — ela fica feliz, abraça você, o beija; mas, quando você não traz nada para casa, vocês se distanciam; ela não o abraça, não chega perto de você. Quando você faz coisas desse tipo está esquecendo que, quando ama, o amor faz bem a você, não só aos outros. O amor, em primeiro lugar, faz bem àqueles que amam. E, depois, faz bem àqueles que são amados.

As pessoas vêm até mim e sempre me dizem, “Tal pessoa não me ama”. Ninguém chega e diz, “Eu não amo tal pessoa”. O amor virou uma exigência: “O outro não me ama.” 

Esqueça o outro! O amor é um fenômeno tão lindo, se você ama você usufrui.




Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PRÁTICA EDUCACIONAL VISANDO A EVOLUÇÃO

Podemos admitir que todo aquele que vai dedicar-se ao ensino, seja espiritual ou em qualquer área do conhecimento humano, deverá estar preparado para as inúmeras dificuldades e obstáculos que surgirão. Caberá uma certa habilidade, de certo, a cada educador para superar ou amenizar as dificuldades.

O obstáculo mais sério às atividades de educar e planejar, além do domínio do assunto, refere-se ao fato de que todo o trabalho da ideologia dominante, seja no país, na escola, no grupo espiritual ou em qualquer outro, geralmente está enfocado no sentido de anestesiar a percepção das contradições e a consequente necessidade de mudança. E sem mudanças não há evolução; é a lei do universo que não é estática e sim dinâmica. Talvez mais grave do que este obstáculo, seja ainda o fato de que o educador, o orientador ou o dirigente, por si mesmo e em si mesmo, não perceba a necessidade de mudança.

Um dirigente espiritual ou um professor em determinada área deve ser um pesquisador e um exemplo de crescimento e desenvolvimento. Um exemplo de crescimento em seu papel de educar, planejar e na sua própria vida e conduta. Ser livre para poder ensinar a liberdade, e não estar simplesmente à serviço de uma ideologia e preconceito. Deve ser livre principalmente no seu interior. Deve perceber as contradições do cotidiano para, pelo menos, tentar mudar e perceber a necessidade de mudança.

Concebendo-se a educação como um fator de mudança, renovação e progresso, e admitindo-se que o professor ou dirigente de um grupo ou instituição deve saber para onde e como ir, é necessário, ao planejar, antecipar de forma organizada as etapas a seguir e atingir para que a mudança seja uma realidade alcançável.

Embora tenha suas decisões, deveria ficar claro que seu plano, mais ou menos em detalhes ou planejados, deve acompanhar a realidade do cotidiano e os interesses do grupo e dos indivíduos, que são mutáveis e precisam ser sempre levados em consideração, pois a aprendizagem, material ou espiritual, não é um processo imutável e fixo. Infelizmente a doutrina do “purismo doutrinário” está sempre presente como um mofo ou ferrugem em todas a instituições.

É importante que o ensino e a informação tenham um plano que possa ser reajustado conforme a necessidade do cotidiano que é imprevisível. Muita coisa não prevista poderá ser tão importante como o que foi previsto.

Como tudo na vida, o planejamento tem sua utilidade, seus limites e potencialidades. É um instrumento, um meio e não um fim. E se o significado da realidade for considerado e percebido, este instrumento se torna desafiador e proporcionador de melhores resultados na prática educacional, orientadora e doutrinária. O que não deve ser perdido de vista é que o objetivo sempre deverá ser o evolutivo. E evolução não combina com estagnação, com “purismos”, com doutrinas prontas e fechadas, com tradições enfocadas em obediência e dogmatismos.

Um educador ou instrutor deve ter a humildade de entender que a sabedoria verdadeira está infinitamente além de suas ideologias, credos, preconceitos e presunções. E também muito longe daquilo a que grupos, com suas ideologias alienantes e inversão de valores, impõem tentando dominar e explorar a humanidade.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIVEKA - DISCERNIMENTO


Tudo que posso dizer-lhe sobre disciplinas espirituais tem sido dito antes, muitas vezes; capacidade humana, natureza e talentos são todas posses antigas e, portanto, a recomendação sobre como usá-los também é antiga. A única coisa nova são as direções nas quais esses talentos são desperdiçados e a forma como está se iludindo sobre a própria natureza. 

O homem é essencialmente um animal dotado de viveka (Discernimento). É por isso que a pessoa não se contenta em satisfazer meras necessidades animais. Ela sente um vazio, um descontentamento profundo e uma sede insaciável, pois o homem é um filho da Imortalidade e, por isso, sente que a morte não é e não deveria ser o fim. Esse viveka instiga o homem a descobrir respostas para os problemas que o assombram: "De onde é que eu vim, para onde eu estou viajando, qual é o fim da jornada?" Para encontrar respostas a essas questões, o intelecto (Buddhi) deve ser mantido nítido e claro.



Sathya Sai Baba


Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SEFER HABAHIR (LIVRO DA LUZ/CLARIDADE) - uma síntese

Ensinamentos principais:

- TZIMTZUM: ocultamento, contração, retração, esvaziamento, recuação. O recuo ou ocultamento da Luz Infinita para permitir que um mundo finito viesse a existir, através da emanação.

- GUILGUL HANESHAMOT: a transmigração (reencarnação) das almas.

- GALGAL: os ciclos reencarnatórios (semelhante ao samsara hindú).

- Interpretação das 22 letras hebraicas e dos números.

- Os 32 Caminhos da Sabedoria (na Árvore da Vida - Etz Chaim).

- As 12 bordas diagonais do cubo do espaço.

- Ensina que o mundo inferior simboliza o mundo superior divino através das "Sefirot", (estruturas divinas, níveis, atributos, forças divinas ativas em manifestação).

- A verdadeira compreensão da Torá (Pentateuco) se dá pela percepção do mundo superior divino atuando no mundo inferior através das "Sefirot"; a Torá é vista como um código e representação dessa atuação.

- O "mal" deste mundo é resultante da "revolta de 'satã'" e de suas hostes contra Deus. (Satã representa o "oponente", o "adversário", ou seja, as adversidades e provações na vida e não um ser).

- O Livro da Claridade atribui grande importância à doutrina da transmigração ou reencarnação das almas, explicando as causas do sofrimento.

- O renascimento é comparado a uma vinha que deve ser replantada para que possa produzir boas uvas.

- O Bahir se baseia no misticismo das letras e dos Nomes Sagrados do Sefer Yetzirá (Livro da Criação ou Formação) e em seu uso.

Sobre o livro:

- Obra de misticismo judaico do início da Idade Média.

- Atribuído a um sábio mishnaico do séc. I (Mishná é a transcrição da Torá oral).

- Supõe-se ser de origem babilônica.

- Foi editado na Provença, em fins do séc. XII, por discípulos do místico Isaac, o Cego.


Prof. Hermes Edgar Machado Jr. (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

IDEIA - PRIMEIRO DEVEMOS TRABALHAR SOBRE ELA


O Mestre Peter Deunov dizia: «Se vos vem uma ideia, mesmo que estejais convictos de que ela vos foi dada pelo Céu, não vos apresseis a transmiti-la aos outros, começai por semeá-la e cultivá-la em vós.» 

Por que esta recomendação? Porque, enquanto não a tiverdes semeado e cultivado, ela não vos pertence e, como ela não vos pertence, não tendes o direito de a dar. Se a dais imediatamente, correis o risco de perder as bênçãos que ela vos trazia. Além disso, como não a semeastes, ou seja, não a experimentastes, correis o risco de enganar alguém.

Quando vos vem uma ideia, deveis primeiro trabalhar sobre ela e aquecê-la interiormente para ela amadurecer. Quando ela tiver amadurecido, produzirá frutos, e serão esses frutos que vós distribuireis.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A TRANSMISSÃO DA CABALA

A cabala é o conhecimento esotérico da Torá (Pentateuco), ou seja, o conhecimento interno, íntimo, além do sentido literal e figurado.

Enquanto as interpretações literais, legislativas e homiléticas que tratam da composição e do pronunciamento de sermões eram de domínio de todos, a interpretação mística e esotérica só pertencia à poucos, sendo transmitida de geração em geração apenas para alguns justos eruditos e privilegiados.

Porém, uma grande mudança ocorreu a partir do Rabino Yitzchak Luria (1534-1572) que, por meio de seus ensinamentos, fez a cabalá chegar a todos que tinham espírito e comportamento adequados para entender as alegorias contidas nesta ciência espiritual.

Atualmente, a cabala é muito difundida e, paralelamente, mal compreendida. O sentido de autoconhecimento e transmissão dentro de uma cadeia de mestre a discípulo e gratuidade (que deveria reger qualquer ensino/transmissão da ciência espiritual), foi substituído por cursos pagos, por um lado, e por buscadores de ritos estranhos e benefícios materiais, por outro lado.

Cabe a todo buscador sincero entender o que é realmente a cabala, seus fins e objetivos para não cair nas mãos dos "mercadores do templo", como teria dito o grande cabalista Jesus.


Prof. Hermes Edgar Machado Junior



Fonte da Imagem: Acervo de autoria pessoal