segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O PENSAMENTO CRIA O PENSADOR

Pensamento é sensação verbalizada; pensamento é a resposta da memória, a palavra, a experiência, a imagem. O pensamento é transitório, mutável, impermanente, e busca permanência. Então o pensamento cria o pensador, que se torna o permanente; ele assume o papel de censor, o guia, o controlador, aquele que molda o pensamento. Esta entidade ilusória permanente é o produto do pensamento, do transitório. Esta entidade é pensamento; sem pensamento ela não existe. O pensador é feito de qualidades; suas qualidades não podem ser separadas dele mesmo. O controlador é o controlado, ele simplesmente joga um jogo ilusório com ele mesmo. Até o falso ser visto como falso, a verdade não se mostra.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

FUTURE WORLD MUSIC - FLIGHT OF THE IMAGINATION


FUTURE WORLD MUSIC 
FLIGHT OF THE IMAGINATION


Postado no Youtube por Emma Quiñones
Images of the sky , Beautiful music of the world


Fonte: http://youtu.be/W099_SFptNg

MAIS A DESCOBRIR

Uma das minhas histórias favoritas é sobre um aluno que viajou o mundo para encontrar e aprender com um grande sábio. Ao encontrar-se com seu mestre, o aluno imediatamente começou a lhe falar de todas as crenças que havia adquirido em sua jornada. Enquanto o professor escutava atentamente, serviu ao aluno uma xícara de chá. O aluno deu uma pausa longa o suficiente no que estava dizendo para perceber que a xícara já estava cheia, e que ainda assim o professor continuava despejando o líquido.

“Mestre, minha xícara está cheia. Por que o senhor ainda está servindo o chá?” perguntou o aluno.

“Você é bem parecido com essa xícara”, disse o sábio. “Tão cheio de conhecimento, que há pouco espaço para o crescimento”.

O aluno tinha acabado de receber sua primeira lição do seu professor: o começo da sabedoria é saber que você não sabe.

Esse ensinamento é especialmente importante para aqueles de nós que estão no caminho espiritual. Depois de alguns anos de dedicação aos estudos, geralmente achamos que aprendemos a verdade. Significa este ensinamento, na realidade, que logo aprenderemos a verdade real: existe sempre mais a aprender. Afinal de contas, se tivéssemos aprendido tudo que existe para aprender – ou até mesmo aprendido o suficiente – por que ainda teríamos perguntas, problemas e caos em nossas vidas?

Existe uma fonte espiritual que contém todas as soluções e respostas que buscamos na vida, e elas se tornam mais acessíveis através do entendimento de que não sabemos nem uma parte do quanto pensamos saber. Infelizmente, quando achamos que entendemos mais do que é verdade, limitamos as dádivas inerentes a essa fonte. Ela só começa a revelar sua abundância para nós quando compreendemos que não sabemos nem uma parte do que achamos saber.

Acreditamos que entendemos a Bíblia, a ciência, nosso cônjuge, nossos amigos, nossos filhos – mas na verdade, tem muito mais a ser conhecido. Sempre mais a ser descoberto.

Somos todos como o aluno, cuja xícara estava muito cheia com seus próprios pensamentos, ideias e crenças. Quanto mais abrirmos mão, tanto mais conseguiremos nos abrir para entender verdades ainda mais grandiosas.

Ao reconhecer que não sabemos, nos abrimos para aprender muito mais.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de ideias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.

São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as consequências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.




Allan Kardec




Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Ed. FEB
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

SÓ UMA PESSOA REBELDE É REALMENTE REVOLUCIONÁRIA

Perguntaram a Osho: Você pode falar mais um pouco sobre as qualidades de um rebelde? É a mesma coisa que o “novo ser humano”?

As qualidades do rebelde são multidimensionais. Primeiro, o rebelde não acredita em nada a não ser na própria experiência. A verdade dele é sua única verdade; nenhum profeta, nenhum messias, nenhum salvador, nenhuma santa escritura, nenhuma tradição antiga pode lhe dar a verdade. Eles podem falar sobre a verdade, podem fazer muito estardalhaço sobre a verdade, mas saber sobre a verdade não é conhecer a verdade. Saber sobre a verdade é o mesmo que tecer comentários em torno dela. Mas quem fica em torno nunca chega ao centro.

O rebelde não tem sistema de crença - crente ou ateu, hindu ou cristão. Ele é um investigador, um buscador. Mas é preciso entender algo bastante sutil: o rebelde não é um egoísta. O egoísta também não quer pertencer a nenhuma igreja, a nenhuma ideologia, a nenhum sis­tema de crença, mas a razão para ele não querer pertencer é comple­tamente diferente da razão do rebelde. O egoísta não quer pertencer porque pensa demais em si mesmo. Ele é egocêntrico; só consegue fi­car sozinho.

O rebelde não é egoísta, é totalmente inocente. A sua descrença não é uma atitude arrogante, mas uma abordagem humilde. Ele está simplesmente dizendo, “A menos que eu encontre a minha própria verdade, todas as verdades que emprestei dos outros são como um far­do para mim, elas não vão me libertar. Posso me tornar uma pessoa instruída, mas não conhecerei nada com o meu próprio ser. Não serei testemunha de nenhuma experiência”.

O rebelde não pertence a nenhuma igreja, a nenhuma organização, porque não quer ser apenas um imitador. Ele quer permanecer puro e imaculado para que possa buscar sem nenhum preconceito, de modo que possa permanecer aberto e sem nenhuma ideia preconcebida. Mas toda a abordagem é de uma pessoa humilde.

Um rebelde respeita sua própria independência e também res­peita a independência de todas as outras pessoas. Ele respeita a sua própria divindade e respeita a divindade de todo o universo. Todo o universo é seu templo - é por isso que ele abandonou os pequenos templos feitos pelo homem. Todo o universo são suas sagradas escri­turas - é por isso que ele abandonou todas as sagradas escrituras es­critas pelo homem. Mas não é por arrogância, é para empreender uma humilde busca. O rebelde é tão inocente quanto uma criança.

A segunda dimensão será não viver no passado, que não existe mais, e não viver no futuro, que não existe ainda, mas viver no presente com a máxima consciência e espírito alerta que se possa conseguir  Em outras palavras, viver consciente no momento. Normalmente vivemos como sonâmbulos. O rebelde tenta viver uma vida de consciência  A consciência é sua religião, a consciência é sua filosofia, a consciência é seu modo de vida.

A terceira dimensão é que o rebelde não está interessado em dominar os outros. Ele não tem avidez pelo poder, porque essa é a coisa mais feia do mundo. A avidez por poder destruiu a humanidade e não permite que ela seja mais criativa, que seja mais bela, que seja mais saudável, que seja mais inteira. E é essa avidez pelo poder que acaba levando aos conflitos, às competições, à inveja e finalmente às guerras.

A avidez por poder é a base de todas as guerras. Se você observar a história humana... toda a história humana não passa de uma história de guerras, do ser humano matando o ser humano. As razões mudaram, mas a mortandade continua. Parece que as razões são apenas desculpas. O fato real é que o ser humano gosta de matar.

Numa fábula de Esopo - e essas são as melhores fábulas do mundo  muito simples e cheias de significado -, uma ovelhinha está bebendo água de um riacho das montanhas, com água limpa e cristalina. Um leão enorme se aproxima e, naturalmente, se interessa pela ovelha - é hora do café da manhã. Mas ele tem que encontrar uma desculpa para o seu comportamento, então diz à ovelha, “Você está sujando o riacho. Não entende que eu sou o rei da selva?”

A pobre ovelhinha diz, “Mas Sua Alteza, estou bebendo água num trecho mais abaixo do rio, por isso, mesmo que eu suje a água, ela está correndo rio abaixo - não na sua direção. O senhor está tornando- a suja e eu estou bebendo essa água. Por isso sua lógica está errada”.

O leão viu que a ovelha tinha razão e ficou com muita raiva. Disse  “Você não tem respeito pelos mais velhos. Está discutindo comigo”.

A pobre ovelha rebateu, “Não estou discutindo, estou simplesmente constatando um fato. O senhor pode ver para onde a água está correndo”.

O leão se calou por um momento e então disse, “Agora eu me lembro. Você pertence a uma família muito pouco instruída e mal educada  O seu pai me insultou ontem”.

A pobre ovelha disse, “O senhor deve estar falando de outra pessoa  porque o meu pai morreu há três meses e o senhor deve saber que ele está na sua barriga. Ele não está mais vivo porque o senhor o almoçou. Como ele pode tê-lo desrespeitado? Ele está morto!”

Aquilo foi demais. O leão pulou sobre a ovelha e agarrou-a, dizendo  “Você não tem modos, não conhece as regras de etiqueta, não sabe se comportar”.

A ovelha disse, “O fato é que é hora do almoço. Simplesmente me devore, não precisa inventar mais desculpas”.

Uma fábula tão simples! Esopo fez milagres. Ele disse muita coisa sobre o ser humano.

Um rebelde vive simplesmente no momento, com percepção, sem nenhum desejo de dominar. Ele não tem nenhuma ânsia de poder. É um cientista da alma - essa é a quarta dimensão. Assim como a ciência usa a dúvida, o ceticismo, a investigação, ele usa os mesmos métodos para a busca interior. A ciência os usa para a realidade objetiva, ele os usa para sua própria subjetividade. Mas ele não condena a dúvida  não condena o ceticismo, não condena a desobediência, não condena uma abordagem descrente da realidade. Ele mergulha dentro do seu próprio ser com uma mente científica.

A religião do rebelde não é supersticiosa, é científica. Sua religião não é a busca de Deus, porque começar com Deus significa que você já aceitou a crença e, se aceitou a crença, a sua busca está contaminada desde o princípio.

O rebelde penetra no seu mundo interior de olhos abertos, sem nenhuma ideia do que está procurando. Ele continua polindo sua inteligência. Continua tornando seu silêncio mais profundo, sua meditação mais profunda, para que o que quer que esteja oculto dentro dele venha à superfície; mas ele não tem ideias preconcebidas sobre o que está procurando.

Ele é basicamente um agnóstico. Essa palavra tem que ser lembrada  pois ela descreve uma das qualidades mais básicas. Existem crentes que acreditam em Deus, existem ateus que não acreditam em Deus e existem agnósticos que simplesmente dizem, “Não sabemos ainda. Vamos buscar, então vamos ver. Não podemos dizer nada antes de termos procurado em todos os recônditos do nosso ser”. O rebelde começa com “eu não sei”. É por isso que eu digo que ele é como uma criança pequena, inocente.

Dois garotinhos discutiam sobre a possibilidade de fugir de casa  “Mas se os nossos pais nos pegarem, vão bater em nós”, disse um deles.

“Então batemos neles também”, disse o outro.

“Mas não podemos fazer isso! A Bíblia diz que temos que honrar pai e mãe.”

“Tudo bem, então eu bato no seu pai e você bate no meu.”

Uma solução simples e inocente, sem nenhuma dificuldade!

O rebelde vive uma inocência infantil, e a inocência é o mais misterioso dos fenômenos. Ela abre as portas de todos os segredos da vida.

Só uma pessoa rebelde é realmente revolucionária e é verdadeiramente religiosa. Ela não cria uma organização, não cria um séquito  ela não cria igrejas.

Mas é possível que rebeldes possam ser companheiros de viagem; possam apreciar a companhia uns dos outros, possam gostar de dançar juntos, de cantar juntos, de chorar juntos, para sentir a imensidão da existência e a eternidade da vida juntos.

Eles podem se fundir num tipo de comunhão sem ter que renunciar à própria individualidade; pelo contrário, a comunhão de rebeldes fortalece a individualidade de todos, nutre a individualidade de todos, dá dignidade e respeito à individualidade de todos.




Osho, em "Transformando Crises em Oportunidades: O Grande Desafio Para Criar Um Futuro Dourado Para a Humanidade"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

ESFORÇO É DISTRAÇÃO DO QUE É

Devemos compreender o problema do empenho. Se pudermos compreender o significado do esforço, então podemos traduzi-lo em ação na nossa vida cotidiana. O esforço não significa uma luta para mudar o que é para o que não é, ou o que deveria ser, ou no que deveria se tornar? Estamos constantemente fugindo do que é, para transformá-lo ou modificá-lo. Aquele que está verdadeiramente contente é aquele que compreende o que é, que dá a correta significação ao que é. O verdadeiro contentamento não está em poucas ou muitas posses, mas na compreensão de toda a significação do que é. Apenas em passiva vigilância é compreendido o significado do que é. No momento, não estou falando da luta física com a terra, com construção ou um problema técnico, mas do empenho psicológico. As batalhas e problemas psicológicos sempre ofuscam o fisiológico. Você pode construir uma estrutura social meticulosa, mas enquanto a escuridão e o empenho psicológicos não forem compreendidos, eles invariavelmente subvertem a estrutura meticulosamente construída. Esforço é distração do que é. Na aceitação do que é, o empenho cessa. Não existe aceitação quando existe o desejo de transformar ou modificar o que é. O empenho, uma indicação de destruição, existirá enquanto há o desejo de mudar o que é.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com