Confiança na retidão (dharma) assegurará e aumentará sua felicidade. Ela pode remover o rancor que a pessoa desenvolve em relação aos outros. Ela não permitirá que você se encha de orgulho quando outro sofre ou se entristece. Pode tal maldade conferir felicidade em você? Lembre-se que você pode ser feliz apenas quando todos estiverem felizes! A mente e a consciência precisam ser mantidas em linha reta no caminho do bem-estar de toda a humanidade (sarva-manava-sukha). O dharma brilhará e iluminará apenas a pessoa que serve a todos e confere a alegria a tudo. Essa pessoa receberá não só a graça do Senhor, mas também o privilégio único de fundir-se Nele. Sempre que você dá ou tira algo de alguém, cuide para não transgredir os limites do dharma. Não vá contra seus comandos. Siga-o em todos os momentos, acreditando que este é o seu dever sagrado. Preencha cada gota de sua energia com a essência do dharma e se esforce para progredir nesse caminho, mais e mais, a cada dia que passa. (Dharma Vahini, Capítulo 13)
Seja com o que quer que esteja lidando, você deve primeiro compreender seu significado real. Então, você deve cultivá-lo diariamente, para seu benefício. Dessa forma, a sabedoria cresce e a alegria duradoura é conquistada. As duas coisas básicas que devem estar especialmente claras para todos são dharma e karma (ação). Retidão (dharma) não tem qualquer preconceito ou parcialidade; está imbuída de verdade e justiça. Então, se você optar por aderir ao dharma, você deve cuidar para nunca ir contra ele. É errado se desviar dele. O caminho do dharma o obriga a abandonar o ódio contra os outros e cultivar concórdia mútua e amizade. Pela concórdia e amizade, o mundo se tornará, dia a dia, um lugar de felicidade. Se estas práticas estiverem bem estabelecidas, o mundo estará livre de inquietação, indisciplina, desordem e injustiça. O sábio, que é imparcial e sem preconceitos e decidido a seguir o dharma, deve percorrer no caminho da verdade (sathya). (Dharma Vahini, Capítulo 13)
Dharma é o caminho moral, que é a luz; a luz é bem-aventurança (ananda). As Escrituras comunicam que o dharma é a essência da sabedoria espiritual (jnana). Dharma é caracterizado por santidade, paz, verdade e fortaleza. Dharma é yoga (união); é verdade (sathya). Seus atributos são a justiça, o controle dos sentidos, senso de honra, amor, dignidade, bondade, meditação, simpatia e não-violência. Isso leva você ao amor universal e à unidade. É a maior disciplina e a mais benéfica. Todo esse 'desabrochar' começou com o dharma; ele é consolidado pela verdade (sathya). A Verdade é inseparável do dharma. A Verdade é a lei do universo, o que faz com que o sol e a lua girem em suas órbitas. Dharma é o curso, o caminho, a lei. Onde quer que haja adesão à moralidade, lá você pode ver a lei da Verdade (sathya-dharma) em ação. No Bhagavata também diz-se: "Onde há dharma, há Krishna; onde há ambos dharma e Krishna, há vitória." (Dharma Vahini, Capítulo 3)
Pessoas por toda parte estão a degradar-se da sua condição de filhos da eternidade (amrita-putra) à de filhos da futilidade (anrita-putra)! Tendo o néctar a seu alcance, elas estão bebendo o veneno do prazer sensual. Negligenciando a alegria da contemplação da realidade divina fundamental do universo, elas estão a se enredar nas armadilhas externas deste mundo objetivo das aparências. Este dharma imortal (amrita-dharma) é descrito nas Upanishads, e como a Gita é o cerne das Upanishads, a mesma é também enfatizada na Gita. A Gita ensina Arjuna a desenvolver determinadas qualidades que ajudam a prática do Atma Dharma (a retidão que brota do Eu Verdadeiro). Estas são retratadas nos versículos 13 a 20 do capítulo 12. O modo de vida dhármico (reto) é como a própria respiração; é o caminho para a autorrealização. Aqueles que andam ao longo dele são queridos pelo Senhor. (Dharma Vahini, capítulo 3)
Sempre ame e siga somente a verdade; falsidade nunca é benéfica. Algumas pessoas podem respeitar, mas você descobrirá que ninguém honra falsidade, desonestidade e injustiça continuamente. Pelo contrário, todos respeitam verdade, honestidade, integridade e justiça. Quem é uma pessoa divina (devatha)? É apenas um nome para a pessoa que observa a verdade como seu voto (vratha) na vida diária. A conduta correta (dharma) como prescrita nas escrituras (Vedas) é testada, comprovada e capaz de resistir ao teste do tempo. É imparcial e justa. A fé cresce com a prática. O culto do Divino deve seguir as regras prescritas nas Escrituras (Vedas); dessa maneira, as pessoas se fortalecem na condução de uma vida justa (dhármica). Este dharma é o mandamento do Senhor; é a autêntica voz de Deus, por isso ele poderia muito bem ser seguido por todos. Dharma traz bondade a todos; ele confere bem-aventurança (ananda) agora e no futuro. (Dharma Vahini, Capítulo 13)
Se você é descuidado com a disciplina da verdade, toda tarefa imposta a você pelo dharma e toda ação motivada pelo dharma pesará como um fardo pesado. Portanto, você deve procurar a realidade por trás de todos estes fenômenos em sua vida diária, e essa busca tornará todos os seus deveres, que são ações dhármicas, leves e agradáveis. O Senhor projetou as pessoas de tal forma que elas sejam inclinadas para Deus, que se encantem com a expansão de sua visão e que sejam felizes quando forem morais e virtuosas. Portanto, as pessoas devem servir a seus próprios interesses, aderindo a sua natureza básica, concentrando-se no Divino (Brahman), cultivando arduamente a verdade e praticando rigorosamente a conduta correta (dharma). (Dharma Vahini, Capítulo 13)
Sathya Sai Baba
Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
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