domingo, 17 de maio de 2020

O CAMINHO DA ILUMINAÇÃO


Todos estamos cientes de que há trevas em nosso mundo. Todos os dias temos notícias de injustiças horríveis, de violências, de ódio, de feudos e de ganância. Vemos isso tanto no nível pessoal, quanto no nível global. Todos também estamos cientes das trevas em nosso interior...

Quando começamos a meditar, começamos a compreender que não podemos entrar na experiência com apenas uma parte de nosso ser. Tudo aquilo que somos, a totalidade de nosso ser, precisa estar envolvida... Em outras palavras, todas as partes de nosso ser precisam estar expostas à luz. Todas as partes de nós precisam ir para a luz. Não meditamos apenas para desenvolver nossa capacidade ou lado religioso. O homem ou a mulher que é verdadeiramente espiritualizado está em harmonia com todas as capacidades que tem...

A meditação não é o processo pelo qual tentamos ver a luz. Nesta vida não podemos ver a plena luz e continuar a viver. A meditação é o processo pelo qual nós vamos para a luz, pelo qual começamos a ver todas as coisas, a plenitude da realidade. Começamos a ver tudo isso por meio da energia da luz. E, tal como nos diz Jesus, vemos que a energia da luz é o amor.

A medida de nosso progresso na meditação é o quanto nos modificamos no sentido de vermos a todos e a todas as coisas por meio da luz de Deus. Ver por meio da luz do amor, também, nos faz amar a todos. Sem julgar, sem rejeitar, mas ver todos e toda a criação por meio dessa luz que precisamos descobrir em nosso próprio coração.


Dom John Main, OSB



Fonte: Leitura de Domingo, 06 Outubro 2019
John Main OSB, THE HUNGER FOR DEPTH AND MEANING, editado por Peter Ng (Cingapura: Medio Media, 2007), pp. 188-189.
http://www.wccm.com.br/leitura-john-main-osb/840-o-caminho-da-iluminacao-191006
Fonte da Gravura: http://www.good-will.ch/postcards_es.html

OS CORPOS SUTIS NA OBRA DE ALLAN KARDEC


Ao definir o perispírito em O Livro dos Espíritos, Kardec o descreveu como sendo um laço que liga o espírito ao corpo físico. Afirmou ser este constituído de eletricidade, de fluido magnético animalizado, de fluido nervoso, de matéria inerte, semimaterial, “matéria elétrica ou de outra tão sutil quanto esta”. É evidente que tais palavras não são sinônimas e que Kardec procurava abarcar mais amplamente a natureza do perispírito, dando a entender a existência de uma constituição plúrima (= múltipla), como se pode deduzir da assertiva de se tratar de um fluido nervoso.

Se o perispírito também se constitui de fluido nervoso, o espírito o conduziria, quando desencarnado, para o mundo espiritual? É evidente que não, pois o espírito terá que se desvencilhar dele ao abandonar o corpo. Se o perispírito é formado também por matéria inerte, é justo pensar que esta não acompanharia o corpo físico.

Segundo o espírito Erasto, o fluido vital é um apanágio (= atributo) exclusivo do encarnado. O espírito impele e dirige o fluido vital fornecido pelo médium no fenômeno mediúnico. Se Kardec considerou essa terminologia, então, deve se entender que, de alguma forma, ele reconhecia um compósito (= composto) na natureza do perispírito enquanto encarnado ao afirmar, no item 77 de O Livro dos Médiuns, que ele é formado por fluido vital, o elemento que é apanágio do homem.

Sendo este elemento que animaliza a matéria, desfazendo-se após a morte do corpo, constituinte do perispírito e transmissível em parte entre os indivíduos, devemos identificá-lo como a substância que, exteriorizada, chamamos de ectoplasma.

O Fluido Vital

Portanto, Erasto não estava se referindo ao fluido vital no sentido empregado algumas vezes por André Luiz, ou seja, como fluido de espíritos desencarnados, pertencente ao corpo astral, de acordo com a terminologia que adota para se referir aos colaboradores mediúnicos do mundo invisível.

Atentando-se para esse elemento que nasce com o homem e desaparece logo após a morte, podemos deduzir que ele constitui o duplo etérico, ao qual os grandes magnetizadores, os teosofistas e as doutrinas orientais também se referem. Na época, não se empregava o termo duplo etérico, mas quando Kardec escreveu que o perispírito é constituído de matéria sutil, nervosa e inerte, é evidente que ele estava se referindo ao perispírito como um corpo complexo, não de natureza única.

Outro indício dessa complexidade surge quando Kardec se refere à evolução do perispírito. No capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o espírito São Luiz afirma que “o próprio perispírito sofre transformações sucessivas, eterizando-se cada vez mais até a depuração completa, que constitui os espíritos puros”. Segundo o codificador, “sabemos que, quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea, de onde se segue que a influência material diminui à medida que o espírito progride, isto é, conforme o perispírito mesmo se torna menos grosseiro”.


Em O Livro dos Médiuns, disse ainda que “sua natureza se eteriza à medida que ele se depura e eleva na hierarquia”. É claro que, para a compreensão dos textos, existem duas hipóteses: o perispírito tornar-se-ia mais leve, os fluidos ficariam menos grosseiros, porém, a natureza seria idêntica, não sendo necessária a referência a um corpo complexo; a eterização do perispírito é de tal ordem que ele abandona determinadas camadas, próprias de certas zonas invisíveis, quando é elevado na hierarquia espiritual, passando a viver em esferas mais altas. Neste caso, teríamos indicações de uma natureza complexa para o perispírito nas referências. As duas hipóteses de compreensão não se excluem, pois as mensagens espirituais que têm sido recolhidas e a própria vidência deixam claro que o perispírito se mostra mais diáfano e luminoso à medida que o espírito se eleva.

O que se coloca como questão é se o espírito conserva um corpo espiritual da mesma natureza ao se elevar para zonas mais próximas da Terra ou se realmente há uma mudança em sua estrutura, necessária para a nova ambientação, levando à admissão de uma complexidade em sua organização. Em outras palavras, a evolução do perispírito não seria mais do que a própria modificação dos corpos espirituais.

Kardec apenas ensaiava o estudo do perispírito e, portanto, não poderia conhecer tudo o que lhe dizia respeito. Os próprios espíritos não foram muito expressivos, seja porque preferiam dosar o ensino (como, aliás, sempre advertiram), porque a linguagem humana lhes assinalava óbvias restrições ou porque faltava conhecimento mais preciso do assunto para muitos dos comunicadores, decorrente da relatividade dos próprios espíritos, conforme Kardec assinalou tantas vezes.

No entanto, devemos recordar que, no Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos, presente no item 257 de O Livro dos Espíritos, o codificador deu mostras de sua larga visão. Partindo da eterização do perispírito (“quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea”), ele concluiu que as sensações do ambiente terreno seriam inacessíveis para espíritos muito elevados, o que só poderia ocorrer se sua natureza fosse completamente diferente.



Fonte: TDM e MAGNETISMO da A.B.C.E. BATUÍRA: Os corpos sutis na obra de Kardec
tdmmagnetismobatuira.blogspot.com/2013/04/os-corpos-sutis-na-obra-de-kardec.html
Fonte das Gravuras: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MP5-hcTCB1T5I596122cIEa3zqdEi089wxib2nuzHpgZeSd5fpsNDky1MDsr-SNFE8dguDvtmrZMXQC7QUseySfDzQyERtqCLkNT4fQExfTnuwO2h729HiXoTu3xWFkwkVyLPZ3UKeJp/s1600/images+(26).jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCeMfArtQM-2QK6oGcGqEEXbgeHo0sQpRADTHAwsjfS9yYmi9YGGbUjwYk4A3rNeMo0R0ISSz67gKKtprOCwdsDXPMXwKZrc5Y9HwVz0nkBrSmd2UfsPwt9A7DENunE5rW539gR49yjPGn/s1600/corpos_sutis_1.jpg

O SILÊNCIO DA ALMA


A cada momento, nossos pensamentos, medos, fantasias, esperanças, raivas e atrações, estão todos surgindo e desaparecendo. Nos identificamos, automaticamente, com esses estados, sejam eles passageiros ou, compulsivamente recorrentes, sem pensar no que pensamos. Quando o silêncio nos ensina o quão transitórios, e portanto pouco confiáveis, são na verdade esses estados, confrontamo-nos com o terrível questionamento de quem somos nós. No silêncio precisamos lutar com a terrível possibilidade de nossa própria irrealidade.

O pensamento budista faz dessa experiência, denominada anatman ou, o “não eu”, um dos principais pilares de sabedoria em seu caminho de libertação do sofrimento e, um de seus meios de iluminação essenciais. Incentiva-se o praticante budista a buscar essa experiência da transitoriedade interior e, em vez de fugir dela, mergulhar nela de cabeça, assim como fizeram, Meister Eckhart e os grandes místicos cristãos.

É compreensível que anatman seja a ideia budista que representa o maior problema para outros. Tão absurdo, tão terrível, tão sacrílego dizer que eu não existo. De fato, muito do antagonismo cristão ao anatman é infundado ou, fundamentado em interpretação errônea. Não quer dizer que não existimos, mas, que não existimos em autônoma independência, que é o tipo de existência que o ego gosta de imaginar ter; o tipo de fantasia de ser Deus com a qual Eva foi tentada pela serpente. Trata-se da arrogância que frequentemente vitima as pessoas religiosas.

Não existo independentemente, pois Deus é o fundamento de meu ser. À luz desse entendimento, lemos as palavras de Jesus no Novo Testamento, com percepção aprofundada: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me..., mas, o que perder a sua vida por causa de mim, a salvará” (Lc 9, 23-24). Caso possamos abraçar essa verdade do anatman através do silêncio, faremos importantes descobertas acerca da natureza da consciência. Descobriremos que a consciência, a alma, é mais do que o surpreendente sistema do cérebro que computa, calcula e julga. Somos mais do que aquilo que pensamos. A meditação não é aquilo que pensamos.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Leitura de Domingo, 30 Julho 2017
Laurence Freeman OSB para o THE TABLET de 10 de Maio de 1997.
http://www.wccm.com.br/leitura-laurence-freeman-osb/616-o-silencio-da-alma-170730
Fonte da Gravura: Grev Kafi (the pseudonym of two symbolist painters, Evdokia Fidel'skaya and Grigoriy Kabachnyi, a married couple, that work in co-authorship)
http://www.grevkafi.org

O PERISPÍRITO (CONSIDERAÇÕES DE ANDRÉ LUIZ)


Já destacamos o fato de que André Luiz utiliza o termo perispírito em um sentido estrito, como sinônimo de corpo astral. No livro Entre a Terra e o Céu, ele o descreve como sendo formado de matéria rarefeita, “intimamente regido por sete centros de força que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para o nosso uso, um veículo de células elétricas que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado”. Em regiões destinadas à renovação espiritual, como a colônia Nosso Lar, o perispírito é o veículo de manifestação para as atividades do espírito.

Segundo André Luiz, o corpo espiritual é o “santuário vivo no qual a consciência imortal prossegue em manifestação incessante além do sepulcro, formação sutil urdida em recursos dinâmicos e extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, em outra faixa vibratória, face ao sistema de permuta visceralmente renovado, são distribuídas mais ou menos à feição das partículas coloides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta”.

Ele possui uma estrutura eletromagnética e se encontra algo modificado em relação ao corpo físico, no que se refere a fenômenos genésicos e nutritivos, sob a direção da mente que o rodeia. Quando o espírito reencarna, desfaz dos elementos próprios do plano astral. André Luiz refere-se mesmo ao fenômeno da “segunda morte” ou morte do perispírito, que ocorreria em três situações distintas: quando os ignorantes e maus se pervertem adensando a mente e gravitando em torno de paixões infelizes (formas “ovoides, verdadeiros fetos ou amebas mentais”); quando se verificam as operações redutoras para renascimento na carne; quando os espíritos enobrecidos conquistam os planos mais altos. Para maiores informações sobre o assunto, consulte o livro Evolução em Dois Mundos.

Na segunda hipótese, quando o Espírito reencarna obrigatoriamente, o processo de restrição verifica-se em pavilhões de restringimento, sendo ele transformado em sêmen espiritual, “Reduzido a um diminuto corpo ovalado, onde estão preservados os seus centros de força”, “lembrando uma pastilha”. Segundo informação de Francisco Cândido Xavier, os despojos são enterrados num cemitério (ibidem). Na terceira hipótese, o Espírito, passando a viver em região superior, não pode levar instrumento útil da zona inferior – “o tipo de veículo utilizável se modifica. Utiliza-se então de outro corpo – o mental.

Corpo Mental

Ao descrever suas primeiras experiências no mundo espiritual, André Luiz permite que se deduza a existência de um outro corpo ligado ao corpo astral. Quando sua mãe o visitou, estando ele em tratamento no Ministério do Auxílio, necessário foi lhe passar pelos Gabinetes Transformatorios do Ministério da Comunicação. Por outro lado, como vivesse ela em zona superior, só pode visitá-la durante o sono, e, para tanto, teve que aproveitar o ensejo do repouso após o serviço nas Câmaras de Retificação, quando se desprendeu em outro corpo (mental), amparados por espíritos amigos: “O sonho não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia perfeitamente que deixara o veículo inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, na colônia espiritual Nosso Lar, e tinha a absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso”.

André Luiz faz uma referência expressa ao corpo mental em Evolução em dois Mundos, afirmando que o perispírito ou corpo espiritual “retrata a si o corpo mental que lhe preside a formação”, isto é, “o envoltório sutil da mente”. Esclareceu André Luiz que, na falta de terminologia adequada, ficava impossibilitado de defini-lo com maior amplitude de conceituação, além da que tem sido utilizada pelos pesquisadores.

Corpo Causal

André Luiz reporta-se ainda ao corpo causal, como sendo a “roupa imunda”, “tecida por nossas mãos, nas experiências anteriores". Assim sendo, verificamos que o corpo causal é o ponto de registro, o banco divino, onde se encontram os nossos “débitos” e os nossos “créditos”, e que se, presentemente, é ainda roupa imunda. Isto ocorre por desídia nossa, pois a tarefa reencarnatória se destina a “nos purificarmos pelo esforço da lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não empreendemos. As explicações são do espírito Lísias, visitador dos serviços de saúde: “Imagine, explica Lísias, que cada um de nós, renascemos no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa é o corpo causal, tecido por nossas mãos nas experiências anteriores”. Os hindus denominam-no Kâranakosha (corpo causal) ou Anandamaykosha (corpo de bem-aventurança), o corpo de luz, naturalmente porque se reportam a ele devidamente depurado.

Essa pluralidade de corpos invisíveis corresponde ao que sabemos a respeito através de outra religiões e filosofias. A sequencia de rarefação dos corpos torna-se compreensível, se atentarmos para a adversidade de planos espirituais, bem como para o fato de que as zonas espirituais devem ser formadas de distintas matérias e os corpos devem ser compatíveis com elas. A questão que se coloca é a de saber o motivo pelo qual André Luiz teria preferido utilizar o termo perispírito para designar só um desses corpos, sem dar um sentido amplo para o mesmo. Provavelmente, porque o que se designa por perispírito é exatamente o corpo astral que se revela nos lances da clarividência, e por ser essa matéria sutil com a qual o espírito se individualiza após a perda do corpo físico nas zonas mais próximas à Terra. Qualquer que seja a preferência na utilização da terminologia, é preciso estar atento para essa particularidade na leitura de André Luiz, bem como deixar claro o significado do termo em qualquer exposição.



Fonte: TDM e MAGNETISMO da A.B.C.E. BATUÍRA: O perispírito
tdmmagnetismobatuira.blogspot.com/2013/05/o-perispirito.html
Fonte da Gravura: https://editoraeme.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/04/rebirth.jpg



ALÉM DE TODAS AS IMAGENS


Em diferentes períodos de nossas vidas todos nós quisemos nos comprometer com a verdade, nos comprometer com Deus. Todos tentamos, todos sentimos o desejo de rezar, e todos fracassamos. Porém, em algum momento, chegamos à conclusão de que a sabedoria que rebemos da tradição contemplativa da prece é a sabedoria que transforma o fracasso em triunfo. O silêncio e a pobreza que experienciamos em nossa meditação passam a representar uma auto autenticação.

Sabemos que não podemos analisar a Deus. Sabemos que, com nossas mentes finitas, não podemos compreender a infinitude de Deus. Mas, sabemos também, ou ao menos logo passamos a ter uma leve suspeita, que podemos experienciar o amor que Deus tem por nós... Trata-se de um conhecimento experiencial que nos ensina, adicionalmente, que as imagens fabricadas pelo ego, quer sejam de desesperança ou de santidade, devem todas ceder passagem. Nenhuma delas pode ser levada a sério...

O sucesso e o fracasso cedem passagem para o que passamos a conhecer como verdadeiro, por meio de nossa própria experiência da meditação: morte e ressurreição. Toda vez que nos sentamos para meditar morremos para o eu e, nos elevamos para além de nossas próprias limitações, para uma nova vida em Cristo... Passamos a compreender que a disciplina diária é quem desmascara o ego. Desmascarado ele desaparece. Não devemos nos impacientar nem desanimar. Devemos repetir nosso mantra, com fé, dia após dia. Sucesso ou fracasso, então, não terão significado. A única coisa significativa é a realidade de Deus, a realidade da presença em nosso coração.


Dom John Main, OSB



Fonte: Extraído do livro de John Main OSB, Caminho do Não Conhecimento (Teresópolis, Vozes Editora, 2010).
http://www.wccm.com.br/leitura-john-main-osb/950-alem-de-todas-as-imagens
Fonte da Gravura: http://www.good-will.ch/postcards_es.html