segunda-feira, 16 de março de 2015

A CRISE NO CAMPO DA IDEAÇÃO

Obviamente, a presente crise mundo afora é excepcional, sem precedente. Houve crises de vários tipos em diferentes períodos ao longo da história - sociais, nacionais, políticas. As crises vão e vêm; recessões econômicas, depressões, chegam, são modificadas e continuam sob diferente forma. Sabemos disso; estamos familiarizados com esse processo.

Certamente a crise atual é diferente, não é? É diferente, primeiro, porque estamos tratando não com dinheiro nem com coisas tangíveis, mas com ideias. A crise é excepcional porque está no campo da ideação. Estamos discutindo com ideias, estamos justificando o assassinato; em todo lugar do mundo estamos justificando o assassinato como meio para um fim correto, o que em si não tem precedente. 

Antes, o mal era reconhecido como mal, assassinato era reconhecido como assassinato, mas hoje assassinato é um meio para se obter um resultado nobre. O assassinato, seja de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, é justificado, pois o assassino, ou o grupo que o assassino representa, o justifica como meio de obter um resultado que beneficiará o homem.

Ou seja, nós sacrificamos o presente pelo futuro, e não importam os meios que empregamos desde que declaramos que nosso propósito é produzir um resultado que afirmamos, será benéfico ao homem.

Assim, a implicação é que um meio errado produzirá um fim correto e você justifica o meio errado através da ideação. Nós temos uma magnífica estrutura de ideias para justificar o mal e, certamente, isso não tem precedente.

Mal é mal; não pode produzir bem. A guerra não é um meio para a paz.




J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

O NOME DE DEUS E SEUS ATRIBUTOS

Os cabalistas exprimem o nome de Deus através de uma só letra chamada "iod", assim representada י; ela forma a décima letra hebraica e corresponde igualmente ao número 10.

A unidade desse número representa o primeiro princípio; o zero é um sinal hieroglífico que forma o emblema do mundo. (1)

A primeira proporção do compasso, isto é, a primeira figura geométrica, dá por resultado o número 10. É preciso, necessariamente, apoiar-se sobre um ponto, sem o qual não se pode operar; prolongando-se esse ponto tem-se uma linha; prolongando-se essa linha, obtém-se uma superfície, e, percorrendo-se esta superfície, tem-se uma figura com a mesma forma do zero. O ponto de centro forma a unidade que é o número 1; o valor desses dois algarismos é 10, símbolo de Deus e do universo. (2)

Desde um ponto até o número 1, etc., tudo existe; e além do número 1, e da forma de um ponto, o infinito começa... Mas antes do infinito, antes do número 1 e antes da forma de um ponto, nada existe.

Consequentemente, nada é o princípio de toda coisa, e a partir dele Deus criou tudo o que existe no universo.

Os magos representam os três principais atributos da divindade através da letra "iod", repetida três vezes, em forma de triângulo, encerrada em um círculo. (3)

O primeiro atributo é o tempo, símbolo da eternidade. É o emblema do Pai Eterno que se divide em três partes, a saber: o passado, o presente e o futuro.

O segundo é o espaço, que representa o infinito, e divide-se em longitude e latitude; é o símbolo da cruz e do Cristo.

O terceiro é a matéria, que se divide e se subdivide infinitamente através do movimento perpétuo e universal, símbolo do espírito eterno, que é a alma do mundo ou o Espírito Santo.

Tudo o que existe na natureza passa por esse triângulo místico, o que significa que tudo cresce, se destrói e se reproduz. (4)

O grande nome de Deus, adorado por todos os sábios filósofos do universo, é denominado "Jehovah" יהוה: esse nome sagrado é conhecido por todos os sábios e é composto de quatro letras hebraicas.

Os antigos sábios e os primeiros fundadores das nações do mundo escreveram esse nome, cada um em sua língua, com quatro letras, e todos esses nomes divinos designam os diferentes atributos da Divindade; eles correspondem ao grande nome quaternário que preside a terra (5), aos quatro pontos cardeais, aos quatro elementos e às quatro estações que a cruz representa.

A letra inicial "iod" י, do nome "Jehovah" יהוה, exprime o Pai ou a primeira pessoa, os dois "he" הה simbolizam as duas naturezas do Filho, ao mesmo tempo agente e paciente, e a letra "vau" ו, que as une, representa o Espírito Santo, o Rouach Elohim, isto é, o espírito de Deus que ordenou o caos.

Segundo Voltaire (6), "apenas na França se pronuncia "Jehovah", quando se deve pronunciar "Ieve"; é assim que se acha escrito no Sanchoniaton. No Oriente, esse nome sagrado compôs-se de quatro vogais i, e, o, u; uns pronunciavam "ieoh", aspirando "ieova", outros "yeaou"; era preciso que tivesse sempre quatro letras, ainda que coloquemos cinco devido à impossibilidade de exprimir os quatro caracteres".

Acrescenta ainda, segundo a narração de Clément d'Alexandrie, que, "captando-se a verdadeira pronúncia desse nome, poder-se-ia matar um homem. Clément cita um exemplo". E em outra passagem que "os judeus não pronunciam esse nome há muito tempo, ele era comum aos Fenícios e Egípcios. Significava o que é, e provavelmente daí advenha a inscrição de ísis: Eu sou tudo o que é''.

Os cabalistas hebreus dizem que Deus comunicou a Moisés a verdadeira pronúncia de seu nome inefável, sobre o Monte Sinai, com todos os principais mistérios da lei; desde então, esse nome foi, cuidadosamente, ocultado por Moisés nas dobras do forro das vestes sacerdotais.

Segundo Kircher (7) , somente o grande sacerdote tinha o direito de pronunciá-lo por esses caracteres, uma só vez na semana (8). Outros dizem "que o grande sacerdote o proferia no templo uma só vez ao ano, no dia dez do mês "thishri" (setembro) (9), dia de jejum e de expiação; nessa ocasião "Jehovah" era dito "Schemhammephorasch" ("Shem hameforash") שמהמפורש, que significa "nome bem pronunciado e explicado"; porém recomendava-se ao povo que fizesse muito barulho durante essa cerimônia, a fim de que o nome sagrado só fosse ouvido por aqueles que tivessem direito a ouvi-lo, pois, dizem os judeus, qualquer outro que o ouvisse seria acometido de morte repentina".

Para os filósofos modernos, o nome de "Jehovah" designa a palavra universal (10), ou "eu sou aquele que é".

Outros, o chamam o Deus triplo e gerador, porque todos os outros nomes divinos procedem dele, e nele está contida a essência da divindade.

Os adeptos e os cabalistas assim representam o tetragrama "Jehovah" (11):


Encerram os caracteres sagrados em um triângulo ou delta, e a decomposição desse nome resulta em outros três nomes que são dados às três pessoas da Santíssima Trindade. (Ver a gravura no topo desta postagem.)

Eis aqui as explicações sobre esses caracteres místicos e simbólicos.

A primeira letra do triângulo chama-se "iod" י; é o nome do Deus de Abraão e exprime o Deus vivo. Essa letra é atribuída a Deus-pai, primeira pessoa e causa primeira que produz e não é produzida. As outras pessoas emanam dele, porque ele é o princípio primeiro de tudo o que existe e não há outro princípio além dele mesmo.

O segundo nome é composto de duas letras, יה, que correspondem a "iah" (Deus); é o nome do Deus de Isaac, o qual significa: verdadeiro Deus. É atribuído ao Filho, segunda pessoa, produzida e engendrada, cuja faculdade é a de produzir. (12)

O terceiro nome é composto de três letras, יהו, que correspondem a "iaho", nome do Deus de Jacó, o qual significa Deus Santo. É atribuído ao Espírito Santo.

Essas três pessoas formam o tríplice triângulo (13), símbolo da união hipostática a qual constitui a unidade e a identidade da essência divina, e foi comunicada exclusivamente a cada pessoa ou natureza. O Espírito Santo foi produzido pelo Pai e o Filho nada produz, porém emana de todas as coisas criadas pelas duas pessoas.

O quarto nome compõe-se de quatro letras יהוה e encerra em si todos os mistérios da sabedoria; eis por que os cabalistas chamam o triângulo místico de o selo do Deus vivo. Observe-se, ainda, que a decomposição deste nome faz retornar ao Número 10.




(1) Os primeiros egípcios adoravam o Ser Supremo, representado por um ponto imperceptível no centro de um círculo. Os adeptos dividem em dez graus todas as ciências sacerdotais e maçônicas, o que significa ser necessário passar por dez trabalhos diferentes antes de penetrar no santuário da natureza. Somente após se ter adquirido os dez graus de conhecimento é que se chega à perfeição da grande obra.

(2) É por essa razão que os sábios pronunciam sempre "ó Deus", etc., em suas preces; o "o", antes de qualquer coisa, deve ser pronunciado aspirado.

(3) Essas três letras têm estreita relação com os três pontos maçônicos colocados no esquadro; o padre Kircher fala, sabiamente, a esse respeito em sua obra intitulada O Edipus Egyptiacus, t2, págs. 24, 106 e 287.

(4) A História Sagrada apresenta-nos três eventos maiores, que devem chamar a atenção dos sábios: primeiramente, a criação de onde veio a geração dos seres; em seguida o dilúvio que foi a sua destruição, e a redenção pelo Cristo, regenerador do gênero humano.

(5) As divindades celestes são invocadas pelo número três, e as que presidem a Terra pelo número quatro.

(6) Voltaire, dicionário filosófico, ver o vocábulo "Jehovah".

(7) Kircher, OEdipus Egyptiacus, t2, cap. 2.

(8) Ver o Thuileur des 33 degrés de l'Ecossisme, pág. 92, in-8°, edição 1813. Em Paris, livraria Delaunay, Palais-Royal.

(9) Segundo outros, mês de março.

(10) Observações sobre a palavra universal ou "Jehovah", impressa em Paris, em 1804; pela viúva Nyon, rua do Jardinet.

(11) Ver o grande calendário mágico de Tycho-Brahé. (É encontrado, também, no Cobridor escocês.)

(12) O profeta Isaías (cap. 7, v.4) quis expressar a dupla natureza do filho de Deus e a união hipostática do Verbo com a natureza humana, isto é, o filho de Maria, pelo nome Emmanuel (nobiscum Deus), que significa Deus conosco. São Mateus dá igualmente este nome a Jesus (cap. 1 v. 23). Os teólogos explicam a expressão "nobiscum Deus", por Deus homem ou composto teândrico.

(13) O tríplice triângulo corresponde ao número 9. A unidade do centro é um e forma o número 10. Encerra em si vários mistérios... Motivos relevantes impedem-me de falar mais... Abro a porta do santuário, cabe a você entrar. A Sagrada Escritura ensina-nos o mesmo através das seguintes parábolas: Procurai e achareis; pedi e recebereis; batei e se vos abrirá.




LENAIN





Fonte do Texto e da Gravura:
do livro "A CIÊNCIA CABALÍSTICA", cap. 1
Sociedade das Ciências Antigas
Ordem Rosacruz Cabalística
Ordem Martinista
Ordem Maçônica
Ed. Martins Fontes

SENTIR-SE PLENO

Muitas vezes, seguimos em frente com nossas vidas nos sentindo vazios por dentro, porque não queremos "sucumbir" aos ensinamentos da espiritualidade. Não conseguimos tomar consciência do fato que espiritualidade é simplesmente criar um caminho certo para nós, de tal forma que, independente de onde estivermos na escada social e financeira da vida, nos sentiremos preenchidos, apesar de tudo.

No caminho espiritual, recebemos plenitude duradoura, fazendo coisas que agregam valor às vidas dos demais e ao mundo.

Espiritualidade tem a ver com o crescimento de nossa alma.

Lembre-se de que a alma não envelhece. Em vez disso, cresce e se expande de acordo com o que, por meio de nossos esforços espirituais, a ajudamos a se tornar.




Karen Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal