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segunda-feira, 6 de junho de 2022

CARREGANDO O PASSADO

A incapacidade, ou melhor, a relutância da mente humana em deixar de lado o passado é primorosamente ilustrada na história dos dois monges zen, Tanzan e Ekido, que caminhavam numa estrada enlameada depois de uma forte chuva. Próximo a uma aldeia, eles encontraram uma moça que estava tendo dificuldade em atravessar a estrada por causa da lama. Se ela continuasse a caminhar, estragaria seu quimono de seda. Sem titubear, Tanzan a pegou no colo e a carregou para o outro lado da estrada.

Os monges prosseguiram na sua caminhada em silêncio. Cinco horas depois, quando já estavam perto do templo onde passariam a noite, Ekido não conseguiu mais se conter.

– Por que você carregou a moça para o outro lado da estrada? – perguntou. – Nós, monges, não devemos fazer essas coisas.

– Faz horas que coloquei aquela jovem no chão – respondeu Tanzan. – Você ainda a está carregando?

Agora, imagine como seria a vida de alguém que viva como Ekido o tempo todo, incapaz de parar de pensar nas situações ou não querendo fazer isso e acumulando cada vez mais “material” dentro de si. Isso nos dá uma ideia de como é a vida da maioria das pessoas. Que pesado fardo do passado elas carregam na mente.

O passado vive em nós na forma de lembranças, no entanto elas em si mesmas não são um problema. Na verdade, é por meio delas que aprendemos com nossas experiências e com os erros que cometemos. Somente quando as recordações, isto é, os pensamentos sobre o passado, nos dominam completamente é que elas se transformam num fardo, começam a ser problemáticas e a fazer parte do que entendemos como o eu. Nossa personalidade, que é condicionada pelo passado, se torna nossa prisão. Essas memórias são investidas de uma percepção do eu, e nossa história passa a ser a percepção que temos de nós mesmos. Esse “pequeno eu” é uma ilusão que obscurece nossa verdadeira identidade como a presença eterna e sem forma.

Nossa história, porém, é formada por lembranças mentais e emocionais – emoções antigas que são revividas continuamente. Assim como o monge que carregou o fardo do ressentimento por cinco horas, alimentando-o com pensamentos, a maioria das pessoas leva consigo uma grande quantidade de bagagem desnecessária, tanto mental quanto emocional, ao longo de toda a vida. Esses indivíduos se limitam com ressentimentos, arrependimentos, hostilidade e culpa. Seu pensamento emocional se torna seu eu e, assim, eles se apegam a velhas emoções porque estas fortalecem sua identidade.

Por causa da tendência humana de perpetuar emoções antigas, quase todo mundo carrega no seu campo energético um acúmulo de antigas dores emocionais, que eu chamo de “corpo de dor”.

Podemos, no entanto, parar de acrescentar ao corpo de dor aquilo que já temos. Somos capazes de aprender a refrear o hábito de acumular e perpetuar antigas emoções batendo nossas asas, metaforicamente falando, e nos abstendo de viver com a mente no passado, não importa se um incidente aconteceu ontem ou 30 anos atrás. Temos como aprender a não manter vivos acontecimentos e situações e, em vez disso, sempre dirigir a atenção para o momento presente – puro, atemporal –, em vez de nos deixarmos atrair por histórias mentais produzidas pela mente. Assim, nossa própria presença se torna nossa identidade, e não nossos pensamentos e nossas emoções.

Absolutamente nada que tenha acontecido no passado pode nos impedir de estar presentes agora. E, se o passado não tem como evitar nosso estado de presença, que poder ele tem?


Eckhart Tolle



Fonte: do livro "Um Novo Mundo", Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2011
www.sextante.com.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/buda-zen-bem-estar-budismo-quieto-708683/

quinta-feira, 31 de março de 2022

O PASSADO COMO CAMINHO A UMA NOVA VIDA


«Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.» (Romanos 8, 28)

Os anos que te antecedem, recheados de conflitos e sofrimento, serão a seu tempo, recordados como o caminho que te conduziu à tua nova vida. Mas enquanto essa nova vida não te pertencer completamente, as tuas recordações continuarão a fazer-te sofrer. Quando revives acontecimentos dolorosos do passado, podes sentir-te vítima deles. Mas existe uma maneira de contares a tua história sem sentir dor e nessa altura também te sentirás menos pressionado a contá-la. Aperceber-te-ás que o teu lugar deixou de ser lá: o passado já era, o sofrimento deixou-te, já não precisas de regressar para o aliviar, já não dependes do teu passado para te identificares.

Há duas maneiras de contar a tua história. Uma consiste em contá-la de forma compulsiva e premente, regressando continuamente a ela por que encaras o teu presente sofrimento como consequência das tuas experiências passadas. Mas existe outra maneira. Podes contar a tua história de um ponto onde ela já não te domina. Podes falar dela com algum distanciamento e encará-la como caminho para a liberdade de que atualmente gozas. Verás, então, que desapareceu a compulsão de contar a tua história.

De uma perspectiva de vida em que agora te encontras e com o distanciamento que agora possuis, o teu passado já não te obscurece. Perdeu o peso e pode ser recordado como o modo que Deus encontrou para te ajudar a ter compaixão pelo próximo e a compreendê-lo.


Henri Nouwen



Fonte: do livro "A Voz Íntima do Amor", Ed. Paulinas
Via: https://combonianum.org/liturgia-liturgy/quaresima-lent/40-dias-com-henri-nouwen/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/pforphoto-lugares-perdidos-7085750/

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO E COMPREENSÃO (SMRTI - SAMADHI - PRAJÑA)


[...] Quando você estiver praticando a atenção plena do seu corpo, "inspirando, eu sei que meu corpo existe. Expirando, eu sei que meu corpo existe", o seu corpo se torna o único objeto da sua consciência. Quando a atenção plena é forte e está focada desse jeito, nasce a concentração. O objeto de sua concentração também é o seu corpo. Quando a atenção plena e concentração são suficientemente fortes, você consegue avançar em direção à realidade, ter um lampejo, uma realização e descobrir coisas. Atenção plena, ou SMRTI em sânscrito, é a primeira energia. A atenção faz surgir a concentração, SAMADHI, a segunda energia, e, juntas, atenção plena e concentração trazem a compreensão direta, PRAJÑA.

Meditar significa gerar esses três tipos de energia. Você não tem que pedir que elas venham até você a partir de fora. Todo mundo tem as sementes da atenção plena, concentração e compreensão dentro de si. Com as práticas de respirar, andar e sentar atentamente, nós ajudamos estas sementes a se manifestarem enquanto energias. Estes são os três tipos de energia que fazem com que um ser seja iluminado. Estas energias fazem com que você acorde, unifique totalmente o seu corpo e mente, e elas lhe põem em contato com todas as maravilhas da vida. Você para de correr e de tentar buscar a felicidade noutro lugar. Você vê que a felicidade é possível no aqui e agora.

A alegria e felicidade são possíveis imediatamente quando a atenção plena e concentração são suficientemente fortes. Você redescobre que o seu corpo existe; que todas as maravilhas da vida existem; que tantas condições de felicidade já estão disponíveis. Isso já é compreensão direta. Esta compreensão pode lhe ajudar a se libertar das preocupações, do seu medo, anseio e busca. Esse tipo de compreensão lhe ajuda a reconhecer, que existem condições mais do que suficientes para você ser feliz aqui e agora mesmo. A compreensão traz liberdade, alegria e felicidade.

Quando você está totalmente consciente do que é real, e consegue manter viva essa consciência e concentração, surge a compreensão. Quando você está consciente da presença de uma flor, e sustenta essa consciência, isso é concentração. A concentração nasce da atenção plena; a energia da atenção é portadora da concentração. Se você pratica profundamente a atenção, a concentração existe, e com esta concentração você é capaz de olhar profundamente para o que está acontecendo e você vai penetrar a realidade. [...]


Thich Nhat Hanh


Fonte: do livro "Paz Mental - Tornar-se Completamente Presente"
Tradução de Maria Goretti Rocha de Oliveira
Ed. Vozes, Petrópolis/RJ, 2017
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/budismo-%C3%A1sia-meninos-camboja-1822518/

sábado, 8 de abril de 2017

O DESAFIO DA ADAPTAÇÃO


Não é nem um pouco fácil adaptar-se a uma realidade nova, mas não se esqueça de que a capacidade de adaptação é um dos atributos mais importantes da humanidade, sendo um dos elementos que distinguiu o gênero humano das espécies animais, na luta pela sobrevivência no plano físico.

Não tenha medo de mudanças. Acostume-se a elas, e, mais ainda: aprenda a dirigi-las, para que não seja arrastado de roldão pelas que vierem de fora, contrariando, amiúde, seus interesses pessoais. Em vez de encará-la como uma fatalidade angustiante, compreenda a mudança como uma aventura excitante, que lhe cabe viver para crescer, e, assim, corrigir pontos falhos em sua existência ou mesmo em si próprio e ser mais feliz e realizado.

No mundo célere em que se converteu a civilização atual, não há mais espaço para as ideias anacrônicas, utópicas e infantis de constância eterna. Aceite a inevitabilidade da evanescência de tudo. Nada é para sempre – em seus aspectos superficiais de manifestação – , embora a essência de tudo seja para sempre. As pessoas envelhecem e morrem, por mais que as amemos. Se não nos largarem, a morte nos separará delas, numa dimensão ou na outra de Vida. As fortunas vêm e vão, o conhecimento fica obsoleto, a inteligência pode ser ultrapassada por um nível de genialidade superior. Não há nada para sempre. Então, viva a mudança, a busca constante da excelência, a flexibilidade, a versatilidade e adaptabilidade a todos os contextos e habitats, a auto-suficiência e ao desapego a aprender-se a ser feliz com o agora, sem se angustiar pelo depois, muito embora se esteja, paradoxalmente, planejando o futuro e, como acabamos de propor, até mesmo gerindo, quanto possível, o processo de mudança pessoal.

Algumas coisas são permanentes, entre elas, inclusive, o princípio da impermanência. O amor, a honestidade, a justiça o ideal de serviço e de busca da realização pessoal são valores que existem em qualquer época ou circunstância, e que devem ser rigorosamente seguidos, sob pena de se sofrerem sérias consequências. Todavia, as formas de expressão desses princípios em cada quadro situacional e agrupamentos específicos de pessoas variam ao infinito. É sobre isso que falamos. Não postulamos, portanto, o novidadismo barato, o espírito rebelde e irresponsável de quem quer ser do contra, ou de quem não consegue se fixar a nada nem a ninguém, nem estabelecer compromissos ou ser responsável. Mas sim, apresentamos uma realidade existencial do ser humano: a necessidade de evolução constante, o impulso irrefreável do progresso, com que se deve habituar a mente, sob pena de graves prejuízos em todos os departamentos da vida.

Pense nisso com cuidado, pense nisso agora. Não se abrace com muita força ao seu momento presente, porque o que é fresco apodrece, e você pode, em pouco tempo, estar intoxicado com os odores nauseabundos das carnes putrefaças de seus sonhos cadaverizados. Solte, solte-se e flua com a vida. O futuro é sempre melhor que o presente, quando vivemos bem o presente. Agarrar-se ao passado que está morto, ou ao presente que é fluido, equivale a querer deter as águas de um rio para bebê-las ou fazer uso delas, provocando inundações ou, pior: o apodrecimento das águas paradas. Você tem o direito e até o dever de persistir na busca de seus sonhos, mas não pode ficar preso às formas específicas com que eles se manifestam em dado tempo ou circunstância. Solte a carne dos aspectos imaginários e egóicos de seus sonhos, e concentre-se na alma de seu ideal, que pode se adaptar a qualquer contexto ou circunstância.

Seja feliz confiando no fluxo da vida. Confie em Deus, confie em você mesmo. Confie no tempo e na vida, no bem e na vitória final da verdade. Se não, a ansiedade e a angústia agora e a tristeza e o pânico amanhã lhe serão fatais, azucrinando-lhe  a existência e retirando-lhe de você toda possibilidade de ser feliz e de estar em paz.




Benjamin Teixeira / Eugênia





Fonte: do livro "Perspectivas"
Acervo Virtual Espírita
Fonte da Gravura: tumblr.com

domingo, 12 de fevereiro de 2017

NÃO ADIE O QUE VOCÊ PODE FAZER HOJE

Havia um imperador que sempre perguntava aos sábios que visitavam seu palácio: "Quem é o melhor entre os homens? Qual é o momento mais abençoado? Qual a atitude mais benéfica?" Ele não conseguiu respostas satisfatórias por muito tempo. Por fim, seu reino foi invadido e ele teve que fugir para a selva. Lá, foi capturado por uma tribo que o escolheu como uma oferenda a sua deusa. Nessa condição precária, ele foi resgatado por um asceta que o levou a seu eremitério, onde ele e seus alunos cuidaram amorosamente dele até o retorno de sua saúde e felicidade. No meio desse ambiente amoroso e sereno, o rei descobriu as respostas às suas perguntas. O melhor entre todos é aquele que tem compaixão. O momento mais abençoado é o "presente" e o melhor ato é aliviar a dor e o sofrimento de outra pessoa. Não adie o que você pode fazer hoje, agora, neste exato momento, para uma data futura! (Discurso Divino, 07 de setembro de 1966)




Sathya Sai Baba






Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Círculo Rosacruz no Whatsapp

terça-feira, 25 de outubro de 2016

VIVER BEM O HOJE

Quando já não conseguem suportar o presente, os humanos refugiam-se no futuro. Mas eles não ganham nada com isso, pois, mais cedo ou mais tarde, serão obrigados a render-se à evidência: como esse futuro imaginário não tinha qualquer fundamento sólido, o que eles descobrem é o vazio e a angústia. Que eles comecem, pois, por viver bem o hoje: têm tantas coisas para saborear, para ver, para apreciar, para pensar! Mas, para viverem o momento presente, eles têm de aprender a parar, a fazer uma pausa, a não continuar a deixar-se levar pela sucessão dos acontecimentos e dos estados interiores que esses acontecimentos criam neles. É certo que a vida é um fluxo ininterrupto, mas é preciso encontrar uma maneira de pôr um pouco de ordem em si mesmo, para se ficar em sintonia com ritmos mais harmoniosos. E é para isso que a meditação é tão necessária. Meditar é abrandar a marcha precipitada do tempo, a fim de introduzir em si um ritmo, uma paz, uma luz, que deixarão durante muito tempo a sua marca.





Omraam Mikhaël Aïvanhov







Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

quarta-feira, 6 de julho de 2016

ESTE MOMENTO É O ÚNICO MOMENTO REAL

Quando Alice estava tomando chá com o Chapeleiro Louco, ela notou que não havia geleia. Pediu, então geleia, e ele disse: "A geleia é servida dia sim, dia não." Alice reclamou: "Mas ontem também não havia geleia!" "Isso mesmo" respondeu o Chapeleiro Louco. "A regra é esta: geleia sempre ontem e geleia amanhã, nunca geleia hoje… porque hoje não é ontem nem amanhã."

E é assim que você está vivendo: geleia ontem, geleia amanhã, nunca geleia hoje. E é aí que está a geleia! Assim você imagina; você vive em um estado dopado, sonolento. Você esqueceu completamente que este momento é o único momento real. E, se quiser algum contato com a realidade, acorde aqui e agora!




Osho




Fonte: do livro “O homem que amava as gaivotas", Ed. Verus
Fonte da Gravura: http://www.iosho.co.in/index.php/category/photos/

sexta-feira, 25 de março de 2016

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

O corpo é como um templo; a alma é como uma centelha de luz. O corpo é como um carro; a alma é como o motorista deste carro. O corpo e o cérebro são como um computador;  a alma é quem programa e usa o computador. É dito que a alma é uma estrela minúscula que vive no centro da testa, entre as sobrancelhas. Aqueles que praticam a consciência da alma se tornam auto soberanos. (B.K. Jagadish Chander, Easy Rajyoga, Brahma Kumaris  Ishwariya Vishwa Vidyalaya, Mount Abu)

Uma pessoa com um coração limpo sempre tenta fazer o melhor para aqueles com quem ela se relaciona. Ela não tem nada exceto virtude dentro de si. Ela desenvolve a capacidade de aceitar as pessoas como são e ignora os malfeitos. Por não se deixar influenciar negativamente ela faz o que é correto e mantém o equilíbrio na vida. Uma pessoa assim é doadora de felicidade para si e para os outros. Sua doação acontece através de ações e não de palavras.

Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros. Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas. É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar. Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros. (Ken O'Donnell, Lições para uma Vida Plena, Editora Gente, São Paulo, 1993)

Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será consequência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Como podemos criar energia limpa e um ambiente limpo que reflita paz, respeito, harmonia, alegria e generosidade? Cada um de nós tem a habilidade para transformar energia. Relacionamentos humanos são simplesmente trocas de energia através das atitudes, sentimentos e comportamentos. Em um relacionamento, quando uma pessoa envia energia negativa à outra pessoa, esta geralmente responde com negatividade também. Esse ciclo de troca de energia negativa não mudará a menos que uma das pessoas transforme a energia negativa e devolva energia positiva através de uma atitude ou comportamento positivo.

O tempo todo estamos irradiando energia. E o mundo ao nosso redor é um reflexo das nossas atitudes, humores e sentimentos. Todos nós observamos como as ondas são criadas quando uma pedra é jogada em um lago. Similarmente, todos nós espalhamos vibrações e energia sutil através dos pensamentos, influenciando - dessa forma - o ambiente ao nosso redor. Qualquer evento, seja positivo ou negativo, é resultado dessa troca de energia entre as pessoas e o efeito onda. O que vai, volta.

Não importa como seja a atmosfera ou a pessoa, nossa ocupação especial é cooperar: através da nossa própria transformação, relatando as nossas aquisições, permanecendo com o rosto sempre alegre, aumentando o ânimo e entusiasmo de alguém ou doando virtudes. Seja qual for a sua especialidade, use-a e coopere. Você está recebendo a bênção do Pai, para se tornar mestre benfeitor do mundo.

Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será consequência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)

Nossa percepção é responsável por tornar uma situação um problema ou não. Problemas não residem nas situações. Problemas estão ocultos em nossas atitudes e percepções. A natureza humana - em sua natureza original e natural – é positiva. Pensamentos positivos e puros são alimentos para a mente e alma. Nós precisamos nos treinar a pensar positivo. Assim, com o passar do tempo, nossas percepções mudarão adequadamente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)





Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Sempre que dizemos que nossos sentimentos são por causa das situações ou pessoas, estamos culpando-os por nosso estado mental. Cada um de nós é responsável pelos próprios sentimentos. Podemos tomar conta dos nossos pensamentos e ações, mas no fim os outros criarão seus próprios sentimentos e nós não devemos nos sentir culpados se os outros estão causando tristeza. Nada e ninguém estão sob nosso controle. A mente de outras pessoas pode não fazer o que queremos, só temos controle sobre nossa própria mente. (BK Shivani)

Quanto valor pode ser dado a alguém que é capaz de trazer luz e leveza a um lugar ou momento ao qual outros deixaram apenas sua escuridão? Como uma coroa de jóias brilhantes, a presença e as palavras dessa pessoa são inestimáveis. Pode ser apenas um sorriso gentil de conforto ou uma atitude de interesse genuíno. Aquele que permanece radiante em espírito, enquanto outros tecem sua escuridão, é um iluminado e um iluminador. Fique atento aos momentos em que você pode iluminar. Torne esses momentos significativos!

Ter bons votos por alguém é mais importante do que apenas escolher as palavras certas. Bons votos são a base sobre a qual tudo que falo é recebido de forma positiva. Hoje vou verificar minhas palavras e ver com que intenção estou falando. Se minha intenção é apenas apontar algo que está errado eu não criarei impacto. Mas se eu me certificar de que tudo o que digo é para o benefício da pessoa, haverá poder em minhas palavras. Fortalecer as palavras com bons votos é garantir eficácia nas correções.

Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será consequência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)




Brahma Kumaris





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Fonte da Gravura: Thumblr.com

terça-feira, 19 de maio de 2015

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA


Quando há apego, vem a preocupação, e com ela surge a necessidade de ter controle sobre tudo. Porém, quanto mais queremos controlar as pessoas ou as situações, mais elas nos escapam. Desapego não significa ignorá-las ou delas afastar-se, desapego é não se afetar negativamente com elas. Na consciência de ser um observador desapegado, procure estabilizar suas emoções e fique além do efeito dos acontecimentos externos.

Onde há desapego existe a habilidade para soltar. Há também amor e a capacidade de dar aos outros a oportunidade de serem eles mesmos. Minha própria atitude não exerce influencia. Assim os outros têm a chance de se expressar facilmente e naturalmente. Quando sou desapegado também sou amoroso. Com felicidade interior assisto tudo que a vida traz para a vida de cada um. Eu consigo ver as possibilidades internas que cada um tem para se tornar autoconfiante. O verdadeiro desapego dá uma chance aos outros de crescer.

Desapego é a virtude que me liberta de situações indesejáveis e pensamentos negativos. Desapego não é indiferença, apatia ou falta de energia, mas um estado que vem da força e da paz interior. Posso ser amoroso, feliz, cooperativo e ainda ter desapego. O verdadeiro desapego interior é a habilidade de pensar com clareza e estar imune ao que as pessoas pensam e falam sobre mim. Desapego me capacita a ter mais controle sobre o humor e o estado da minha mente. Também me ajuda a ser mais eficiente no trabalho e diante das situações difíceis ou emergenciais. Para ser desapegado preciso conhecer meus pensamentos e seus resultados. (BK Satyanarayana, The Power of Detachment, The World Renewal, 2009)

A dimensão interna de ser um observador desapegado é observar a nossa própria criação (pensamentos, sentimentos, emoções, atitudes e comportamentos) de forma independente. Mas quando não conseguirmos nos desapegar dos nossos pensamentos e emoções, eles se tornam nossos mestres. Eles fogem do nosso controle e vontade. Se isso acontecer, simplesmente pratique ser uma testemunha de tudo o que você está pensando e sentindo. Com o tempo você perceberá que essa é uma experiência que liberta e dá poder interior.

A dimensão externa da observação desapegada é a técnica de ser uma testemunha ou um observador das cenas e do mundo que nos rodeia. À medida que ficamos por detrás e vemos as cenas da vida sem estar ativamente envolvido, podemos ver o quadro completo de forma mais clara. Isso facilita o julgamento sobre qual é a melhor contribuição que podemos oferecer e qual é o papel mais adequado que podemos desempenhar a partir dos nossos pensamentos, palavras e ações.

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)

Não há maior professor do que nosso próprio exemplo prático. Para realmente beneficiar outros eu preciso ser um exemplo. Isso significa que devo ser o primeiro a mudar. Quando eu mudo, meu exemplo inspira outros. Quando absorvo poder espiritual, conhecimento e experiência minha transformação pessoal traz benefício a todos. (365 Beautiful Thoughts, Brahma Kumaris, Canada)

Uma pessoa destemida sente-se sempre vitoriosa, quer haja sucesso ou não. Sem perder de vista seus objetivos, ela nunca se afasta de qualquer dever ou obrigação. Ao invés disso, ela enfrenta todas as situações e permanece sempre feliz e estável. Destemor depende da estabilidade mental. (Antonio Sequeira, Virtudes para uma nova consciência, Centro de Raja Yoga Brahma Kumaris de Lisboa, 1999)

Às vezes perdemos a força interior para tomar decisões. Parece mais fácil mover-se com a multidão do que escolher nossos próprios caminhos. Dualidade surge. Não queremos ser deixados de lado, mas também não concordamos com muitas coisas estranhas à nossa natureza. Sabemos que a paz é importante, mas ainda damos suporte a atitudes violentas. Entendemos o valor da felicidade, mas ainda nos apegamos ao que nos causa tristeza. A estabilidade vem quando decidimos fazer o que acreditamos ou temos certeza de estar correto. (Dadi Janki)

Deus remove a tristeza daquele que remove a tristeza dos outros. Compaixão é a raiz da bondade. Da compaixão surge o cuidado. Uma pessoa compassiva não suporta ver os outros sofrerem. Assim como a mãe esquece de si para cuidar de seus filhos, uma pessoa com compaixão serve com o coração esquecendo suas próprias questões. Torne sua atividade tão maravilhosa e útil ao mundo que a atenção de Deus se volte para você.





Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PERCEPÇÃO - PRESENTE - DESAPEGO - SENSATEZ

Nossa percepção é responsável por tornar uma situação um problema ou não. Problemas não residem nas situações. Problemas estão ocultos em nossas atitudes e percepções. A natureza humana - em sua natureza original e natural – é positiva. Pensamentos positivos e puros são alimentos para a mente e alma. Nós precisamos nos treinar a pensar positivo. Assim, com o passar do tempo, nossas percepções mudarão adequadamente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)

Muitas pessoas têm o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será consequência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)

O que os amigos verdadeiros fazem? Eles ficam desapegados mas envolvidos. Esta é uma habilidade interna conhecida como envolvimento desapegado. Ou seja, você escuta seus amigos sem adicionar, sem julgar, sem envolver-se emocionalmente nas histórias deles. E assim que você os escuta, eles naturalmente se acalmam e voltam a ficar centrados outra vez. Desapego não é dar uma resposta com displicência mas oferecer uma resposta com cuidado e afeto. Sempre que você praticar desapego, você sentirá conforto emocional. Seu intelecto será capaz de ver claramente qual a resposta mais apropriada para cada situação.“ (Mike George)

“Hoje pergunte-se: Que tipo de pensamento me dá força e que tipo de pensamento tira minha força? Aprenda a criar pensamentos puros. Veja que, a medida que você entra em si mesmo, aquela honestidade verdadeira e profunda aparece. É quando a alma se torna honesta que o conhecimento espiritual entra na alma. E quando isso acontece você descobre uma mina de joias dentro de si. Portanto, tenha a sensatez de usar a mente de forma correta. Independente do que os outros estão fazendo, eu tenho de ser feliz comigo e feliz com todos.” (Dadi Janki)



Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O PRESENTE DEVE IMPOR A SUA VONTADE

Todas as manhãs, quando acordais, dizei para vós próprios que nada é mais importante do que viver bem o dia que está a começar, pois é o “hoje” que conta. Do mesmo modo que o presente não é senão uma consequência do passado, o futuro é um prolongamento do presente. Passado, presente, futuro, tudo se liga. O futuro será edificado com os alicerces que colocais hoje. O passado é passado, mas originou o presente, e o presente tem as raízes do futuro. Portanto, concentrando-vos no momento presente construireis o vosso futuro. De certo modo, o passado continua vivo e ainda age sobre o vosso presente, mas vós não sois obrigados a deixá-lo tomar o poder. É ao presente que deveis dar o poder, para que ele domine o passado, que até o deite por terra, se necessário, para agir sobre ele. Quando o passado era o presente, era todo-poderoso. Agora, que é passado, está subordinado ao presente e é o presente que tem voz na matéria. O passado passou e o futuro está “a vir”. Agora o presente deve impor a sua vontade, a fim de transformar o passado e orientar o futuro.





Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 26 de julho de 2014

MORRA TODO DIA

O que é idade? É o número de anos que você viveu? Isso faz parte da idade; você nasceu em tal e tal ano, e hoje tem quinze, quarenta ou sessenta anos. Seu corpo envelhece e também sua mente quando está sobrecarregada com todas as experiências, misérias e aborrecimentos da vida; e tal mente não pode descobrir o que é verdade. A mente só pode descobrir quando é jovem, viçosa, inocente; mas inocência não é uma questão de idade. Não é só a criança que é inocente – ela pode não ser – mas a mente que é capaz de experimentar sem acumular o resíduo da experiência. A mente tem que experimentar, isso é inevitável. Ela tem que responder a tudo – ao rio, ao animal doente, ao corpo morto sendo levado para cremar, aos aldeões pobres carregando seus fardos ao longo da estrada, às torturas e misérias da vida – de outro modo ela já está morta; mas ela deve ser capaz de responder sem ficar retida pela experiência. É a tradição, o acúmulo de experiência, as cinzas da memória que envelhecem a mente. A mente que morre todo dia para as memórias de ontem, para todas as alegrias e sofrimentos do passado, tal mente é viçosa, inocente, ela não tem idade; e sem essa inocência, tenha você dez ou sessenta anos, não encontrará Deus.





J. Krishnamurti






Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 10 de julho de 2014

VIVA AS QUATRO ESTAÇÕES EM UM DIA

Não é essencial que haja uma constante renovação, um renascimento? Se o presente está sobrecarregado com a experiência de ontem, não pode haver renovação. Renovação não é a ação de nascer e morrer; ela existe além dos opostos; só a liberdade da memória acumulada traz renovação, e não existe compreensão salvo no presente. A mente só pode compreender o presente se ela não comparar, julgar; o desejo de alterar ou condenar o presente sem compreendê-lo dá continuidade ao passado. Apenas compreendendo o reflexo do passado no espelho do presente sem distorção, existe renovação. Se você viveu uma experiência integralmente, completamente, não descobriu que ela não deixou traços? Apenas as experiências incompletas deixam sua marca, dando continuidade à memória auto-identificada. Nós consideramos o presente como um meio para um fim, assim o presente perde sua imensa significação. O presente é o eterno. Mas como pode uma mente que é composta, reunida, compreender aquilo que não é reunido, que está além de todos os valores, o eterno? Quando cada experiência surgir, viva-a tão completa e profundamente quanto possível; reflita sobre ela, sinta-a extensiva e intensamente; esteja cônscio de sua dor e prazer, de seus julgamentos e identificações. Só quando a experiência é completada há renovação. Devemos ser capazes de viver as quatro estações em um dia; estar agudamente consciente, experimentar, compreender e ficar livre das acumulações de cada dia.






J. Krishnamurti






Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 28 de março de 2014

SÓ EXISTE CONSCIÊNCIA

Existe apenas um estado, não dois estados tais como consciente e inconsciente, existe apenas um estado de ser, que é consciência, embora você possa dividi-la em consciente e inconsciente. Mas essa consciência é sempre do passado, nunca do presente; você está consciente apenas de coisas encerradas. Você está consciente do que estou tentando transmitir no segundo depois, não é? Você compreende no momento seguinte. Você nunca está consciente ou ciente do agora. Olhem seus próprios corações e mentes e vão ver que essa consciência está funcionando entre o passado e o futuro e que o presente é meramente uma passagem do passado para o futuro. Se você olhar sua própria mente trabalhando, verá que o movimento para o passado e para o futuro é um processo em que o presente não existe. Ou o passado é um meio de escapar do presente, que pode ser desagradável, ou o futuro é uma esperança distante do presente. Então a mente está ocupada com o passado ou com o futuro e descarta o presente. Ela ou condena e rejeita o fato ou aceita e se identifica com o fato. Tal mente não é obviamente capaz de ver qualquer fato como um fato. Esse é nosso estado de consciência, que está condicionado pelo passado e nosso pensamento, é a resposta condicionada ao desafio de um fato; quanto mais você responde de acordo com o condicionamento de uma crença, do passado, mais o passado fica fortalecido. Esse fortalecimento do passado é, obviamente, a continuidade dele mesmo, que ele chama futuro. Então esse é o estado de nossa mente, de nossa consciência; um pêndulo indo e vindo entre o passado e o futuro.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ALÉM DO TEMPO

A mente condicionada, certamente, é incapaz de descobrir o que está além do tempo. Ou seja, senhores, a mente como a conhecemos é condicionada pelo passado. O passado, movimentando-se pelo presente para o futuro, condiciona a mente; e esta mente condicionada, estando em conflito, com problema, sendo medrosa, insegura, busca alguma coisa fora das fronteiras do tempo. É isso que todos fazemos de várias formas, não é? Mas como pode uma mente que é o resultado do tempo encontrar aquilo que é eterno? A morada de suas crenças, de suas propriedades, de seus apegos e das formas de pensar reconfortantes está sendo constantemente derrubada. Mas a mente continua buscando segurança, então há um conflito entre o que você quer e o que o processo da vida exige de você. É isso que está acontecendo com cada um de nós. Não sei se este problema interessa de fato a vocês. A existência diária, com todos os seus problemas, parece ser suficiente para a maioria de nós. Nossa única preocupação é encontrar uma resposta imediata para nossos vários problemas. Mas cedo ou tarde descobre-se que as respostas imediatas não são satisfatórias porque nenhum problema tem uma resposta apartada do problema em si. Mas se eu puder compreender o problema, todas as suas complexidades, então o problema não existe mais.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SÓ UMA PESSOA REBELDE É REALMENTE REVOLUCIONÁRIA

Perguntaram a Osho: Você pode falar mais um pouco sobre as qualidades de um rebelde? É a mesma coisa que o “novo ser humano”?

As qualidades do rebelde são multidimensionais. Primeiro, o rebelde não acredita em nada a não ser na própria experiência. A verdade dele é sua única verdade; nenhum profeta, nenhum messias, nenhum salvador, nenhuma santa escritura, nenhuma tradição antiga pode lhe dar a verdade. Eles podem falar sobre a verdade, podem fazer muito estardalhaço sobre a verdade, mas saber sobre a verdade não é conhecer a verdade. Saber sobre a verdade é o mesmo que tecer comentários em torno dela. Mas quem fica em torno nunca chega ao centro.

O rebelde não tem sistema de crença - crente ou ateu, hindu ou cristão. Ele é um investigador, um buscador. Mas é preciso entender algo bastante sutil: o rebelde não é um egoísta. O egoísta também não quer pertencer a nenhuma igreja, a nenhuma ideologia, a nenhum sis­tema de crença, mas a razão para ele não querer pertencer é comple­tamente diferente da razão do rebelde. O egoísta não quer pertencer porque pensa demais em si mesmo. Ele é egocêntrico; só consegue fi­car sozinho.

O rebelde não é egoísta, é totalmente inocente. A sua descrença não é uma atitude arrogante, mas uma abordagem humilde. Ele está simplesmente dizendo, “A menos que eu encontre a minha própria verdade, todas as verdades que emprestei dos outros são como um far­do para mim, elas não vão me libertar. Posso me tornar uma pessoa instruída, mas não conhecerei nada com o meu próprio ser. Não serei testemunha de nenhuma experiência”.

O rebelde não pertence a nenhuma igreja, a nenhuma organização, porque não quer ser apenas um imitador. Ele quer permanecer puro e imaculado para que possa buscar sem nenhum preconceito, de modo que possa permanecer aberto e sem nenhuma ideia preconcebida. Mas toda a abordagem é de uma pessoa humilde.

Um rebelde respeita sua própria independência e também res­peita a independência de todas as outras pessoas. Ele respeita a sua própria divindade e respeita a divindade de todo o universo. Todo o universo é seu templo - é por isso que ele abandonou os pequenos templos feitos pelo homem. Todo o universo são suas sagradas escri­turas - é por isso que ele abandonou todas as sagradas escrituras es­critas pelo homem. Mas não é por arrogância, é para empreender uma humilde busca. O rebelde é tão inocente quanto uma criança.

A segunda dimensão será não viver no passado, que não existe mais, e não viver no futuro, que não existe ainda, mas viver no presente com a máxima consciência e espírito alerta que se possa conseguir  Em outras palavras, viver consciente no momento. Normalmente vivemos como sonâmbulos. O rebelde tenta viver uma vida de consciência  A consciência é sua religião, a consciência é sua filosofia, a consciência é seu modo de vida.

A terceira dimensão é que o rebelde não está interessado em dominar os outros. Ele não tem avidez pelo poder, porque essa é a coisa mais feia do mundo. A avidez por poder destruiu a humanidade e não permite que ela seja mais criativa, que seja mais bela, que seja mais saudável, que seja mais inteira. E é essa avidez pelo poder que acaba levando aos conflitos, às competições, à inveja e finalmente às guerras.

A avidez por poder é a base de todas as guerras. Se você observar a história humana... toda a história humana não passa de uma história de guerras, do ser humano matando o ser humano. As razões mudaram, mas a mortandade continua. Parece que as razões são apenas desculpas. O fato real é que o ser humano gosta de matar.

Numa fábula de Esopo - e essas são as melhores fábulas do mundo  muito simples e cheias de significado -, uma ovelhinha está bebendo água de um riacho das montanhas, com água limpa e cristalina. Um leão enorme se aproxima e, naturalmente, se interessa pela ovelha - é hora do café da manhã. Mas ele tem que encontrar uma desculpa para o seu comportamento, então diz à ovelha, “Você está sujando o riacho. Não entende que eu sou o rei da selva?”

A pobre ovelhinha diz, “Mas Sua Alteza, estou bebendo água num trecho mais abaixo do rio, por isso, mesmo que eu suje a água, ela está correndo rio abaixo - não na sua direção. O senhor está tornando- a suja e eu estou bebendo essa água. Por isso sua lógica está errada”.

O leão viu que a ovelha tinha razão e ficou com muita raiva. Disse  “Você não tem respeito pelos mais velhos. Está discutindo comigo”.

A pobre ovelha rebateu, “Não estou discutindo, estou simplesmente constatando um fato. O senhor pode ver para onde a água está correndo”.

O leão se calou por um momento e então disse, “Agora eu me lembro. Você pertence a uma família muito pouco instruída e mal educada  O seu pai me insultou ontem”.

A pobre ovelha disse, “O senhor deve estar falando de outra pessoa  porque o meu pai morreu há três meses e o senhor deve saber que ele está na sua barriga. Ele não está mais vivo porque o senhor o almoçou. Como ele pode tê-lo desrespeitado? Ele está morto!”

Aquilo foi demais. O leão pulou sobre a ovelha e agarrou-a, dizendo  “Você não tem modos, não conhece as regras de etiqueta, não sabe se comportar”.

A ovelha disse, “O fato é que é hora do almoço. Simplesmente me devore, não precisa inventar mais desculpas”.

Uma fábula tão simples! Esopo fez milagres. Ele disse muita coisa sobre o ser humano.

Um rebelde vive simplesmente no momento, com percepção, sem nenhum desejo de dominar. Ele não tem nenhuma ânsia de poder. É um cientista da alma - essa é a quarta dimensão. Assim como a ciência usa a dúvida, o ceticismo, a investigação, ele usa os mesmos métodos para a busca interior. A ciência os usa para a realidade objetiva, ele os usa para sua própria subjetividade. Mas ele não condena a dúvida  não condena o ceticismo, não condena a desobediência, não condena uma abordagem descrente da realidade. Ele mergulha dentro do seu próprio ser com uma mente científica.

A religião do rebelde não é supersticiosa, é científica. Sua religião não é a busca de Deus, porque começar com Deus significa que você já aceitou a crença e, se aceitou a crença, a sua busca está contaminada desde o princípio.

O rebelde penetra no seu mundo interior de olhos abertos, sem nenhuma ideia do que está procurando. Ele continua polindo sua inteligência. Continua tornando seu silêncio mais profundo, sua meditação mais profunda, para que o que quer que esteja oculto dentro dele venha à superfície; mas ele não tem ideias preconcebidas sobre o que está procurando.

Ele é basicamente um agnóstico. Essa palavra tem que ser lembrada  pois ela descreve uma das qualidades mais básicas. Existem crentes que acreditam em Deus, existem ateus que não acreditam em Deus e existem agnósticos que simplesmente dizem, “Não sabemos ainda. Vamos buscar, então vamos ver. Não podemos dizer nada antes de termos procurado em todos os recônditos do nosso ser”. O rebelde começa com “eu não sei”. É por isso que eu digo que ele é como uma criança pequena, inocente.

Dois garotinhos discutiam sobre a possibilidade de fugir de casa  “Mas se os nossos pais nos pegarem, vão bater em nós”, disse um deles.

“Então batemos neles também”, disse o outro.

“Mas não podemos fazer isso! A Bíblia diz que temos que honrar pai e mãe.”

“Tudo bem, então eu bato no seu pai e você bate no meu.”

Uma solução simples e inocente, sem nenhuma dificuldade!

O rebelde vive uma inocência infantil, e a inocência é o mais misterioso dos fenômenos. Ela abre as portas de todos os segredos da vida.

Só uma pessoa rebelde é realmente revolucionária e é verdadeiramente religiosa. Ela não cria uma organização, não cria um séquito  ela não cria igrejas.

Mas é possível que rebeldes possam ser companheiros de viagem; possam apreciar a companhia uns dos outros, possam gostar de dançar juntos, de cantar juntos, de chorar juntos, para sentir a imensidão da existência e a eternidade da vida juntos.

Eles podem se fundir num tipo de comunhão sem ter que renunciar à própria individualidade; pelo contrário, a comunhão de rebeldes fortalece a individualidade de todos, nutre a individualidade de todos, dá dignidade e respeito à individualidade de todos.




Osho, em "Transformando Crises em Oportunidades: O Grande Desafio Para Criar Um Futuro Dourado Para a Humanidade"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

MEDITAÇÃO NÃO É CONCENTRAÇÃO

Meditação não é concentração. Na concen­tração, há alguém se concentrando e um objeto sobre o qual se concentra. Há uma dualidade. Na meditação, não há ninguém dentro e nada fora.

Ela não é uma concentração. Não há divisão en­tre o interior e o exterior. O interior flui para fora e o exterior para dentro. A demarcação, o limite, as fronteiras não existem mais. O que está dentro, está fora; e o que está fora, está dentro. É uma consciência não-dual.

A concentração é uma consciência dual: é por isso que cansa; é por isso que, ao se concen­trar, você se sente exausto. É impossível concentrar-se por vinte e quatro horas; se o fizer terá que tirar férias para descansar. A concentração não pode tornar-se sua natureza nunca.

A meditação não cansa, não o deixa exausto. Pode ser feita por vinte e quatro horas, por dias, por anos. Pode ser eterna; é um relaxamento em si mesma.

A concentração é um ato, um ato voluntário. A meditação é um estado involuntário, um estado de inação. É um relaxamento, um simples abandonar-se no próprio ser, o qual é o mesmo ser do Todo.

Na concentração, a mente funciona a partir de uma resolução: você está fazendo alguma coi­sa. A concentração vem do passado. Na medita­ção, não há nenhuma resolução por trás. Você não está fazendo nada em particular, está simples­mente sendo.

A meditação não tem passado, não está contaminada pelo passado. Não tem futuro, está limpa de qualquer futuro. É o que Lao Tzu chama de wei-wu-wei, ação através da não-ação. É o que os mestres Zen têm dito: sentando-se em silêncio, sem fazer nada, a primavera vem e a gra­ma cresce por si mesma.

Lembre-se: ‘por si mes­ma’ — nada é feito. Você não puxa a grama para cima; a primavera vem e a grama cresce por si mesma. Esse estado — no qual você permite que a vida siga seu próprio caminho, sem querer diri­gi-la, sem querer controlá-la, sem a manipular, sem lhe impor nenhuma disciplina — esse estado de pura e indisciplinada espontaneidade é medi­tação.

A meditação está no presente, no puro pre­sente. A meditação é imediata. Você não pode me­ditar, mas pode estar em meditação. Você não pode estar em concentração, mas pode se concen­trar. A concentração é humana; a meditação é divina.



Osho, em "O Livro Orange"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NÃO ADIE O QUE VOCÊ PODE FAZER HOJE


O melhor entre os homens é aquele que tem compaixão; o momento mais abençoado é o "presente", este exato segundo, e a melhor ação é aliviar a dor e o sofrimento dos outros. Você decide iniciar Naamasmarana (repetição do Nome do Senhor) na "próxima quinta-feira", como se a morte tivesse lhe assegurado por escrito que não virá chamá-lo até essa data. Não adie o que você pode fazer hoje ou agora, neste exato momento. Esforce-se pelo seu objetivo. O objetivo se aproximará de você mais rápido do que o ritmo com qual você se aproxima dele. Deus anseia tanto salvá-lo como você anseia ser salvo. Ele é Amor, Ele é Compaixão por todos que se debatem no caminho. Deus concede os desejos de cada um de Seus devotos e, consequentemente, Ele é chamado de Bhaktha Abheeshta Pradha.


Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal