terça-feira, 10 de junho de 2014

ABANDONE A SERIEDADE

Perguntaram a Osho: Embora seu discurso de ontem tenha sido bem sério e profundo, havia estranhas cócegas e gargalhada surgindo em mim. Em algum lugar profundo, havia um senso de humor, como uma sutil subcorrente. E lágrimas frequentemente rolavam! Os momentos de clareza e insight dão origem a um senso de humor? E o que são as lágrimas?

Sim, Chinmaya, a clareza sempre traz um senso de humor. A pessoa começa a rir, não dos outros, mas de si mesma, de todo o ridículo dos jogos do ego, de toda a estupidez da mente humana. E quando há gargalhada as lágrimas não estão distantes; elas são aspectos de uma só energia. Elas não são diametralmente opostas, mas complementares.

Sempre que houver uma profunda gargalhada, fatalmente haverá lágrimas seguindo-a. E sempre que houver lágrimas profundas a gargalhada virá logo. Elas andam juntas, são partes de um só clima — o clima da clareza, da profundidade, da altura.

Você pode ficar surpreso ao saber que os esquizofrênicos não podem rir, e uma pessoa que não pode rir tem algo da esquizofrenia; ela é mentalmente enferma. Os esquizofrênicos começam a rir somente quando estão saindo de suas esquizofrenias. Foi observado que o psicoterapeuta pode terminar o tratamento uma vez que perceba o esquizofrênico rindo. Este é um fato de grande importância.

Muitos pretensos santos são realmente esquizofrênicos — eles não podem rir. E se você não pode rir como pode chorar, verter lágrimas? Ambos se tornam impossíveis. Quando a risada e o choro são impossíveis, seu coração fica completamente fechado; você não tem emoções e começa a viver somente na cabeça, e toda a sua realidade consiste em pensamentos. Pensamentos são secos, eles não podem trazer a risada ou as lágrimas. As lágrimas e a risada vêm do coração. E a clareza não é da mente, mas do coração; a confusão é da mente.

Assim, Chinmaya, essa foi uma boa experiência. Sua esquizofrenia está desaparecendo, e posso terminar com o tratamento. Ria mais, chore mais, torne-se novamente uma criança. A seriedade é sua doença; abandone a seriedade.

E nunca se confunda entre a seriedade e a sinceridade — a seriedade não é sinceridade. A sinceridade não precisa ser séria; ela pode rir, pode chorar, pode verter lágrimas. A seriedade é um estágio bloqueado da mente, um estágio em que você não pode fluir; é um estado de não-fluxo, de estagnação. Pessoas sérias são pessoas doentes.





Osho, em "Vá Com Calma - Discursos Sobre o Zen-Budismo"





Fonte: http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AMOR E JUSTIÇA

Quem, de uma maneira ou de outra, ajudou outras pessoas, acha justo receber algo em retorno. Isso é justo, sim, mas o amor que impele a dar sem nada esperar está acima da justiça. O sentimento daquilo que é justo já habita naturalmente no homem; mesmo os malfeitores podem ter, de certo modo, o sentido da justiça, e até os animais. E quantos crimes não são cometidos para, supostamente, restabelecer a justiça? Não se pode negar que a justiça é uma virtude, mas o amor é uma virtude ainda maior. Vós manifestastes a vossa generosidade e, em nome da justiça, pensais que vos devem alguma coisa, pelo menos um agradecimento. Mas, se persistis em esperar aquilo que pode não chegar – há pessoas que nem sequer pensam em dizer “obrigado” –, sentis uma decepção, um descontentamento. E por que é que ruminais esses sentimentos negativos? Por causa do bem que fizestes! Será isso inteligente?... Por que é que não procurais preservar, por todos os meios, a alegria que sentistes ao fazer o bem?





Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MUNDOS REGENERADORES

Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada.

Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.

Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.

Mas, nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.

Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. (Santo Agostinho - Paris, 1862)





Allan Kardec 





Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", FEB, cap. 3
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DOÇURA - RENÚNCIA

Precisamos ficar atentos para o curso de nos tornarmos doces. Quem me tornará doce? Uma pessoa se torna doce quando ela é alegre. Podemos pensar que basta falar a verdade, mas quando falamos a verdade precisamos ser muito doces. Precisamos encontrar uma maneira de falar docemente. Se houver peso, deixe que haja leveza. Não pergunte “Como?”, diga “Agora!”. Deus deseja nos tornar inocentes das negatividades.


Renunciar não é abdicar-se da casa, do carro, da família, do trabalho, do mundo. Não é optar por uma vida de eremita. O verdadeiro significado da renúncia é abandonar aqueles padrões de pensamentos e aquelas atitudes que me causam sofrimento. Com autorrespeito, detectar os pontos fragilizados. Com determinação, divorciar-se deles, definitivamente. Renúncia não é perda, é aquisição. Porque quando conseguimos nos livrar do peso da tristeza, criamos espaço interior para uma vida plena.





Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal