quinta-feira, 23 de maio de 2013

O TRANSE MEDIÚNICO SEGUNDO ALEXANDRE AKSAKOF (uma síntese)


1) PERSONISMO (agente alfa)

- A onda inibitória do transe atinge o córtex cerebral;
- Funções clássicas da subconsciência;
- Domínios da psicologia;
- Denominado de “personismo” (A. Aksakof);
- Fenômenos subliminais (F. Myers);
- Automatismo psicológico (P. Janet);
- Funções “alfa”;
- Causa intra mediúnica;
- Fatos esquecidos ou jamais conscientizados afloram à memória (criptomnésia, a memória oculta);
- Aspectos recalcados da personalidade, que se constituem em sistemas mais ou menos autônomos, podem fugazmente assumir o controle do córtex cerebral;
- As áreas corticais, habitualmente excitadas, isto é, que se prendem ao “quotidiano”, são as que prontamente se inibem durante o transe;
- As áreas corticais que estão apagadas, inibidas (fatos esquecidos, recalques) tendem à desinibição.


2) ANIMISMO (agente psi)

- A onda inibitória do transe aprofunda-se no córtex cerebral;
- Funções “psi”;
- Faculdades supranormais da subconsciência (metapsiquistas);
- Animismo (A. Aksakof);
- Indica que existe no homem um sistema não físico, uma alma;
- Domínios da parapsicologia;
- Causa intra mediúnica;
- À medida que se estende e se intensifica a inibição cortical, as estruturas do subcórtex entram em “efervescência”, libertas da ação frenadora do córtex cerebral;
- A personalidade profunda (pólo subcortical) assume o controle da atividade nervosa e evolui com duas direções:

a) O impulso nervoso atinge o córtex, suscitando automatismos motores e sensoriais que resultam nos fenômenos “psi gama” ou mediunidade de expressão cortical (efeitos psíquicos):

- Efeitos Intelectuais (lobos frontais): intuição, psicografia e psicofonia;
- Efeitos Sensoriais (córtex extra frontal): sensitividade, vidência e audiência.

b) O impulso nervoso atinge os centros vegetativos da base do cérebro (hipotálamo) mobilizando recursos celulares protoplasmáticos que se projetam para além do corpo resultando nos fenômenos “psi kapa” ou mediunidade de expressão sub cortical (efeitos físicos):

- Efeitos Físicos / psicocinésia (subcórtex):
- Somatização (fenômenos intra mediúnicos;
- Telecinesia (fenômenos extra mediúnicos);
- Ectoplasmia (materializações e geração de plasma).


3) ESPIRITISMO (agente teta)

- A onda inibitória do transe chega à superfície do subcórtex cerebral
- Funções “teta”;
- Espiritismo (A. Kardec);
- Causa extra mediúnica;
- A maior parte do encéfalo está “apagado”, permanecendo alguma atividade no subcórtex;
- O psiquismo e o perispírito ficam mais possibilitados ao contato com agentes “psi teta” (desencarnados).



Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)



Referências e sugestões bibliográficas:

- “Animismo e Espiritismo”, Alexandre Aksakof
- “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec
- “Mecanismos da Mediunidade”, André Luiz
- Artigo “Animismo e Espiritismo”, de Sérgio Biagi Gregório
- "Animismo ou Espiritismo", Ernesto Bozzano



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PROBLEMAS INFANTIS E JUVENIS (CAUSAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES)


A criança é plenamente acessível aos verdadeiros e genuínos valores, mas também a falsos e ilusórios valores, é óbvio. Aqui temos, assim, o princípio da responsabilidade de cada um no seu cuidado e trato em relação a infância e juventude.


As crianças, em praticamente todas as épocas, sempre foram familiarizadas com o crime desde a mais tenra idade. E como toda a ideia tende a tornar-se em ato, são, os adultos, altamente responsáveis por expô-las ao contato com imagens e ideias de violência. Temos, portanto, uma das causas ou estímulos à violência infantil com suas consequências danosas em todas as idades.


Por outro lado, encontramos causas também dentro do lar. Nele pode ocorrer o excesso de cuidado, o vício da bebida, a falta de harmonia, a falta de carinho, a falta de diálogo, a violência e muitos outros problemas. A criança percebe e registra tudo e começa a ter atos e modelos de vida como consequência direta. A falta de responsabilidade e consciência dos pais pode gerar e estimular atos sérios, graves e até incorrigíveis.


Temos ainda a problemática da educação errônea, mal dirigida e mal intencionada que leva, também, a infância e a juventude, a efeitos danosos. A maioria das escolas apenas "empurram" teorias diversas, por força de imposição curricular e doutrinária da política social e econômica vigente. O que é útil, saudável e que poderia oportunizar a expressão nata e sadia das crianças e jovens ficam em segundo plano. A ideia de busca de uma finalidade e objetivo em todos os sentidos da vida estão, geralmente, sufocados por outros "interesses", restando-lhes o vazio existencial.


Estatutos, princípios, declarações de direitos da criança e adolescentes são criados com uma finalidade, porém desvirtuados e utilizados para fins de encobrir teorias sociais de matizes políticas. Pretender reformar e proteger a infância e a juventude somente submetendo-as e constrangendo-as está claro que é ineficaz; entretanto não podemos nos esquecer de que o extremo oposto é também danoso.


Podemos considerar que o êxito, ou o caminho para o êxito, está possivelmente na apresentação constante de certas verdades e valores convincentes, lógicos, comprovados e esperançosos.


Deve-se, em primeiro lugar, procurar compreender o mundo infanto juvenil da melhor e mais profunda maneira, e levar em conta suas dificuldades e inexperiências para que se possa tentar resolver seus problemas, ou melhor, propiciar-lhes maneiras e incentivos para que possam desfrutar de uma vida mais plena e proveitosa.


A seguir, deve-se considerar a participação ativa da criança e do jovem aluno como essencial à sua educação. É fundamental, do ponto de vista da educação construtivista, que o aluno seja o agente da sua própria formação, e que o professor assuma o papel de motivador e orientador, superando a função e figura de um mero repassador de conteúdos. Infelizmente, o que se observa no construtivismo, ainda muito manchado de políticas e interesses, é que tem se prestado apenas de ser um pano de fundo para um alto grau de permissividade e falta de responsabilidade (pais, alunos e escola).


Todas as épocas possuem seus problemas. Hoje fala-se muito em crise de ética e meio ambiente. Contudo, a partir dessa crise, estamos vivendo o nascimento de novos valores e de uma consciência mais global, ecológica e social. E a criança deve ser estimulada e agregada na participação desse novo contexto. Estimulá-las desde cedo às praticas sociais e ecológicas sadias e tornar conhecidos os exemplos positivos da experiência humana será algo a ser cada vez mais exercido.


Os problemas infantis e juvenis não serão solucionados se lhes fecharmos os olhos às situações e desafios da vida cotidiana. É dentro desse contexto que as metas e objetivos deveriam ser enfatizados e trabalhados.


Toda a problemática continuará e se tornará mais grave se continuarmos o enfoque atual da civilização, ou seja, o existir para satisfazer apenas "necessidades" humanas materiais.


Não se observa outro caminho ou saída a não ser que o homem lute para realizar sua imagem real, interior, arquetípica, sua própria totalidade. E a educação e a família deveriam enfatizar desde o início a preparação do ser humano, infância e juventude, para esse ideal. Tudo deveria ser organizado de maneira que a sociedade humana se subordine à meta primordial de garantir ao ser humano a sua auto realização de acordo com a sua natureza interior, suas aptidões e tendências. Portanto, a capacidade de questionar, discutir, discernir e a responsabilidade social deveria ser assumida pelos adultos e estimulada nos jovens.


A partir dessas ideias básicas, pode-se alimentar a esperança de um futuro melhor e de que os problemas sejam resolvidos da melhor maneira possível. E como as crianças serão os futuros pais, mestres e professores, poderão transmitir e saber lidar mais profundamente e sabiamente com as bases e causas dos problemas que advirão em sua caminhada. Saberão enfrentar todas as dificuldades e crises que fazem parte da natureza humana e que são necessárias como ferramentas de evolução, autorrealização e conscientização.




Prof. Hermes Edgar Machado Junior




Referências e sugestões bibliográficas:

- Educação na Nova Era, de Alice A. Bailey
- O Senso de Responsabilidade na Sociedade, de Torkom Saraydarian
- A Psicologia da Cooperação e da Consciência Grupal, de Torkom Saraydarian
- Ter ou Ser, de Erich Fromm
- Saber Cuidar, de Leonardo Boff
- Ecologia, Mundialização e Espiritualidade, de Leonardo Boff



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal