segunda-feira, 22 de abril de 2013

AFINIDADE ESPIRITUAL


Numa análise profunda em torno da problemática saúde/doença, pode-se afirmar que sempre o enfermo é o Espírito, em face dos seus compromissos em relação à vida.

Os sofrimentos que se derivam das enfermidades fazem parte da programática evolutiva do ser, que deles necessita, a fim de melhor ponderar em relação aos compromissos existenciais, nem sempre respeitados, invariavelmente relegados a plano secundário.

Nessa ocorrência, a da enfermidade, também incluem-se os fenômenos obsessivos, que podem responsabilizar-se por algumas delas, dando-lhes origem ou piorando-lhes o quadro em decorrência das afinidades existentes entre o paciente e o espírito agressor.

Vinculados pela carga emocional débito/demérito, a influência do Espírito desencarnado em relação ao encarnado, consequência de gravames praticados anteriormente, podendo também ser efeito da existência atual, tornando-se insistente presença no perispírito do seu antagonista, as contínuas cargas de energia morbosa que exterioriza terminam por desorganizar-lhe os equipamentos fisiológicos, facultando o surgimento das doenças de vária ordem.

Por outro lado, debilitando-se o indivíduo por efeito de alguma desordem orgânica, torna-se presa fácil dos inimigos que o sitiam, sofrendo-lhes as energias fluídicas perniciosas que lhe pioram o quadro na área da saúde, tornando-a mais difícil de ser recuperada.

Invariavelmente, portanto, em todos os processos enfermiços que alcançam a criatura humana encontram-se presentes influências espirituais perniciosas, tendo-se em vista a necessidade do paciente resgatar equívocos defluentes da conduta infeliz nas experiências passadas.

A Lei das afinidades espirituais, resultantes do estágio de evolução moral dos espíritos em relação a si mesmos e ao próximo, trabalha em favor do equilíbrio cósmico no indivíduo, estabelecendo que, onde se encontra o endividado aí se faz presente o cobrador, porque ninguém pode desconsiderar os estatutos morais que vigem no universo sem sofrer-lhes os efeitos, de acordo com o tipo de agressão praticada. 

É desse modo que a consciência culpada, esteja consciente ou não do crime praticado, elabora mecanismos punitivos autorreparadores, criando situações emocionais próprias aos conflitos e, noutras vezes, descarregando a culpa nas telas delicadas da organização cerebral, que as transfere para o sistema nervoso central, é direcionada para o sistema endócrino e, por fim, para o imunológico, desestabilizando-o...

Se compreendessem que vivem num mundo de intercâmbio de mentes e de ondas, de vibrações e de energias de toda procedência, melhor precatar-se-iam as criaturas humanas das intoxicações espirituais venenosas, pelo cultivar dos pensamentos saudáveis, geradores de campos psíquicos harmônicos, que se tornariam defesas naturais em relação às influências tormentosas. 

Na sublime lição de Jesus, quando sugeriu: "Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado", encontra-se a saudável advertência para o cultivo dos pensamentos superiores, evitando a construção ideológica de enfermidades, de desconcertos, de distúrbios da emoção.

A constância mental em torno dos valores elevados é de relevante significado, porquanto, além de beneficiar aquele que a mantém, espraia-se em volta, beneficiando todos aqueles que se lhe acercam em qualquer um dos planos da vida. 

Quando alguém se aproxima de um pântano ou de um jardim, desejando-o ou não, aspira o odor característico e, ali, demorando-se, impregna-se da sua exteriorização. 

No que diz respeito às ondas mentais, ao clima psíquico, a ocorrência é idêntica, propiciando cuidados em relação ao que se pensa, ao que se aspira, à forma como cada qual se comporta.


Divaldo Pereira Franco/Manoel Philomeno de Miranda



Fonte: do livro "Desafios e Benções"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TOURO - REORIENTAR DESEJOS (2º TRABALHO DE HÉRCULES - A CAPTURA DO TOURO DE CRETA)


O trabalho de Hércules associado ao signo de Touro é a captura do touro de Creta. O signo de Touro diz respeito ao modo como lidamos com a matéria. Todo uso da matéria é motivado pelo desejo, seja um desejo egoísta e ignorante ou um desejo altruísta e iluminado. Este trabalho de Hércules representa a reorientação dos desejos, de modo que deixem de estar voltados exclusivamente para o benefício individual e passem a estar dirigidos para o bem maior, coletivo.

Netuno (Senhor dos Mares) havia presenteado o rei da ilha de Creta com um touro sagrado. Entretanto, o rei pretendia sacrificar o animal. A tarefa de Hércules era resgatar o touro e levá-lo da ilha para o continente, onde estaria a salvo. Para encontrar o animal naquela ilha, Hércules se guia por uma luz que brilhava na fronte do touro. Quando finalmente consegue chegar até o touro, o herói monta sobre ele como se este fosse um cavalo, e assim cavalga o touro, atravessando o mar, até o continente.

O touro, com sua constituição robusta, representa o nosso corpo. E tal como o touro, o corpo é sagrado. Toda matéria é, em si mesma, sagrada. O que não é sagrado, muitas vezes, é o uso que fazemos da matéria e do corpo. O problema é que o touro está na ilha, um símbolo de isolamento e exclusivismo. Este é todo o mal e o verdadeiro e único pecado: separatividade. Semelhantemente, todo bem e toda virtude podem ser resumidos como amor, união e fraternidade. O continente representa isso, a integração da parte no todo, a coletividade.

Assim, o único problema a respeito dos bens materiais, do dinheiro e do corpo, com seus apetites, é que temos usado tudo isso para a satisfação dos nossos desejos egoístas. A solução não virá maldizendo a matéria, maltratando o corpo ou tentando suprimir todo desejo. O touro não deveria ser sacrificado, mas resgatado para o continente. Todas as formas materiais e as capacidades do corpo devem ser colocadas a serviço da coletividade. Isto será feito quando os desejos forem reorientados para o bem de todos. “Aquilo que você deseja de bom para você, procure desejar igualmente para todos.”

Mas como conseguiremos canalizar dessa maneira as forças do desejo? Hércules inicia guiando-se pela luz na fronte do touro. Esta luz simboliza um centro de energia localizado entre as nossas sobrancelhas, chamado chacra frontal. Ele está relacionado com o córtex frontal, a região do cérebro que é responsável pela nossa capacidade de nos auto-observar, de direcionar a nossa atenção para onde quisermos e de fazer escolhas conscientes. O primeiro passo, portanto, é acionarmos essas capacidades, tão próprias do ser humano, e procurarmos observar com alguma imparcialidade as emoções e desejos que se movem dentro de nós. Assim montamos sobre o touro, e poderemos cavalgá-lo.

Quando nos identificamos excessivamente com uma emoção ou desejo, nós nos tornamos sua vítima, e somos arrastados a fazer isto ou aquilo de acordo com tais impulsos internos, que nos controlam. Mas quando nos observamos com desprendimento e imparcialidade, podemos permanecer internamente livres para escolher o que fazer com as nossas emoções e desejos. Então fica possível canalizá-los de maneira mais sábia e construtiva, para o maior bem de todos.

O signo de Touro nos confere essa qualidade de percepção esclarecida, iluminada, que pode ser aprendida com a experiência. Gradualmente, através das experiências em meio à matéria, podemos compreender melhor a nós mesmos, e descobrir que todo benefício individual é ilusório e temporário, e apenas o bem coletivo é real e permanente.



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br



Fonte: http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2011/05/touro-reorientar-os-desejos.html
Fonte da Gravura: www.espiraistempo.com.br

TRANSFORMAÇÃO PERMANENTE


Os kabalistas ensinam que nosso propósito nesse mundo é nos transformarmos de seres egoístas em seres que compartilham. Fazemos isso centímetro por centímetro, camada por camada, removendo um aspecto após outro da nossa negatividade, para revelar a verdadeira natureza de compartilhar da nossa alma. 

Às vezes, os alunos me perguntam: “Como saber que realmente me transformei?”

É uma boa pergunta, porque existe uma grande diferença entre uma mudança de comportamento e uma transformação permanente. Você pode exercer a restrição quanto a uma necessidade egoísta, um mau hábito ou uma tendência destrutiva e se considerar mudado, mas se não tiver transformado o desejo, você não terá realmente se transformado em um novo ser.

Normalmente, pensamos que nosso trabalho espiritual muda comportamentos, mas a verdade é que precisamos mudar nossos desejos. 

A única vontade da nossa alma é compartilhar. Ao nos concentrarmos em como podemos expandir nossa capacidade de cuidar dos outros, na verdade expandimos o desejo da nossa alma, e consequentemente diminuímos os desejos egoístas. 

Transformação permanente é quando não parece mais restrição resistir àqueles hábitos e tendências que uma vez foram tão tentadores para nós. 

Identificar as áreas onde simplesmente fizemos alguma mudança versus transformação verdadeira pode ajudar a nos orientar sobre o passo seguinte que precisamos dar no nosso trabalho espiritual. 

Quando sentimos um anseio verdadeiro de sair de nós mesmos e ajudar os outros é que podemos dar o adeus final àquela negatividade para sempre.


Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal