quarta-feira, 14 de agosto de 2013

SUPERCULTURA E CALAMIDADES MORAIS

"Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?" (Lucas, 12:20)

Não basta ajuntar valores materiais para a garantia da felicidade.

A supercultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos, em todos os reinos da natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da astronáutica. No entanto, entre os povos mais adiantados do planeta, avançam duas calamidades morais do materialismo, corrompendo-lhe as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente, a angústia e a obsessão.

É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas. Para suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa, precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.

Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec: "A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade, que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se devem à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, preserva a sua razão de abalos que, se não fora isso, o conturbariam". (Evangelho Segundo o Espiritismo)



Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

DENTRO DE NÓS EXISTEM VENENOS

Dentro de nós existem venenos, incluindo a cobiça, a raiva e a ilusão. A cobiça é a ganância que nos faz correr atrás de fama, vantagem, riqueza e sexo. Ilusão é ignorância, falta de conhecimento. Além desses três venenos, existem outros, como arrogância e desconfiança. Devemos praticar a atenção plena na vida diária para descobrir se a cobiça, a raiva e a ilusão estão presentes em nós e ver quantos sofrimentos são causados por elas (e não somente por circunstâncias externas). O Buda perguntou: "Como a raiva pode surgir em quem não tem raiva?" A principal causa da raiva é a sua semente que existe dentro de nós mesmos. Duas pessoas podem escutar as mesmas palavras e ver as mesmas coisas e apenas uma delas ficar com raiva. Palavras e acontecimentos simplesmente estimulam o que está dentro de nós. Se não houver sementes de raiva na nossa consciência armazenadora, esse sentimento não poderá surgir.



Thich Nhat Hanh



Fonte: do livro "Ensinamentos Sobre o Amor"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A RAZÃO PARA ESTARMOS NESTE MUNDO (Sabedoria da Cabala)

A única razão para estarmos neste mundo é para REVELAR O CRIADOR durante o tempo de nossa existência. Esta é a definição da sabedoria da Cabalá, o método de revelar o Criador neste mundo pela criatura, e o mundo vai existir até que todas as criaturas revelem o Criador. Todo mundo sente esta realidade até revelar o Criador em todos os seus desejos. É por isso que o mundo existe.

Portanto, no final, nós chegamos à obra do Criador, isto é, à Sua revelação. A revelação do Criador é a revelação da propriedade de amor e doação, em oposição à nossa natureza, que nós vemos em torno de nós mesmos e descobrimos dentro de nós mesmos.

A revelação da natureza do Criador só é possível em nosso próprio pedido, necessidade e desejo. Portanto, na medida em que a pessoa estuda a ciência da Cabalá, ela começa a sentir que não tem a revelação do Criador, a força de doação e amor. Será que de repente eu vou querer amar o outro, dar a ele?

É possível eu esperar como resultado do meu trabalho e de todos os meus esforços que eu seja capaz de amar a todos: a natureza inanimada, vegetal e animal, e as pessoas? Eu posso chegar a tal desejo de amar a todos desinteressadamente, sem qualquer respeito por mim mesmo e sem receber minha própria satisfação? Que situação, quais as condições, deve o Criador organizar para mim, para que eu queira isso?

É impossível imaginar que isso possa acontecer. Afinal de contas, eu só posso amar aquilo que me traz prazer: peixe ou doces, comida, sexo, família, dinheiro, poder e conhecimento. No entanto, é impossível imaginar que eu possa amar algo que não me traga prazer.

Eu sinto o meu desejo completamente vazio, sem obter qualquer prazer dele e sequer sentir o sofrimento de vazio, nada e decepção. Meu ego sofre. Eu me sinto exausto. Todos os meus planos que resultam da minha velha natureza egoísta entraram em colapso. Eu sinto que não tenho futuro no meu desejo de desfrutar. Este estado é pior que a morte, o colapso de todas as esperanças, apenas algum tipo de sofrimento desumano como o sofrimento de Jó.

Eu começo a entender que não vou ser capaz de obter qualquer prazer dessa situação. No entanto, apesar disso, acima de tudo, se eu ainda aspiro pela doação e o amor, a agir pelo bem do outro, essas ações realmente serão a fim de doar! Nesse caso, eu posso ter a certeza de que o meu desejo egoísta não vai receber nada disso, porque eu não conto com a recompensa futura, mas apenas penso nas ações em si que acabam com outra pessoa e são realizadas lá.

Minha vaidade não deve ser alimentada pelo fato de que eu me comportei como um herói que tem o orgulho por ter se sacrificado. Esta é também uma recompensa e não é uma recompensa pequena. Isto é, ninguém sabe o que eu fiz, e eu, eu mesmo, sequer sei disso. O meu egoísmo é privado da menor oportunidade de obter alguma compensação. Isto é o que é chamado de doação, e nós temos que alcançar este estado.

Isso acontece gradualmente, devido às mudanças que ocorrem em nós. Agora, esse estado final nos parece abstrato e impossível, mas, na verdade, é muito inspirador. Na medida em que a pessoa avança e descobre as condições necessárias para a ação espiritual, ela encontra uma oportunidade nelas para ser como o Criador, para estar neste estado, neste pensamento e desejo. É a força com a qual Ele controla e abarca toda a criação.

Se a pessoa realiza esta mudança psicológica interna dentro dela e prefere o prazer da doação, ela revela esse estado, e todo o resto nós vamos aprender lá. De qualquer forma, toda essa vida e este mundo já fazem sentido.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 02/06/13



Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: http://laitman.com.br/2013/08/a-razao-para-estarmos-neste-mundo/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ENSINAMENTOS E MÉTODOS

O nosso ensinamento apresenta-nos inúmeros métodos, mas, para eles darem resultados, vós deveis aprender a orientar o vosso pensamento. 

Por si mesmo, um método não representa grande coisa; se não se souber como considerá-lo e aplicá-lo, será ineficaz. Por quê? Porque é só uma ferramenta. Uma palavra ou um gesto que se repete só liberta o seu poder se se lhe atribuir um conteúdo, pondo nele um pensamento e até um sentimento.

Vós possuís recursos que não imaginais e que deveis aprender a explorar estando presentes em tudo aquilo que fazeis. 

Muitas vezes, estais cansados não porque trabalhastes muito, mas porque não sabeis que esforços deveis fazer nem, sobretudo, como os fazer. 

O que cansa é viver uma vida parada, automática, maquinal. Ao passo que, se puserdes um pensamento ou um sentimento nas vossas atividades, sentir-vos-eis animados, vivificados.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal