quinta-feira, 12 de setembro de 2013

NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia.

É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência.

Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação, para os Espíritos, é um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.



S. Luis (Paris, 1859)



Fonte: do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", Allan Kardec
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

UM CONSELHO AOS QUE PENSAM EM SUICÍDIO

Na prática de consultório psicoterápico, um dos momentos mais delicados é quando estamos tratando um paciente que fala em suicídio, em cansaço da vida, pensa em desistir, principalmente quando até já tentou anteriormente. Nesses casos, a utilização dos medicamentos psiquiátricos deve ser realmente avaliada, por sua maior rapidez de ação. Por ser uma situação aguda, potencialmente grave, deve-se considerar a relação custo/benefício, ou seja, as vantagens de melhoria da depressão e da ansiedade/efeitos colaterais. 

Como já falei anteriormente, como ensino aos meus alunos dos Cursos de Formação, como falo nas palestras e nas entrevistas, não sou absolutamente contrário ao uso dos medicamentos químicos, e sim ao seu uso abusivo, intempestivo e, frequentemente, desnecessário pela possibilidade de serem utilizados medicamentos energéticos, como a Homeopatia e a Terapia Floral, os procedimentos energéticos, como o Reiki, a Terapia de Regressão e o tratamento espiritual (desobsessão) em Centros Espíritas. Mas em casos de urgência, como pensamentos ou tentativas de suicídio, os psicotrópicos têm sua indicação.

Alguns colegas médicos, sem lerem o que escrevo, sem saberem realmente o que penso, me criticam, me rotulam de “religioso”, de “alternativo”, e até, talvez, de doido e irresponsável. Mas tenho a minha consciência tranquila de que, em nenhum momento, venho me colocando contra qualquer tipo de Medicina ou Terapia; pelo contrário, venho defendendo o Holismo, que é justamente a união de todos em prol dos doentes. E dentro do Holismo está incluída, evidentemente, a Medicina Alopática. Costumo dizer isso aos meus colegas Terapeutas Vibracionais que, afirmando-se holísticos, são contra a Alopatia. Como podem ser contra um tipo de Medicina se afirmam-se holísticos? O Holismo é o todo! Cada Medicina, cada terapia, tem seu espaço, seu lugar, a sua hora de ser utilizada, por isso, o ideal é que todos nós nos esforcemos para aprendermos mais e mais Medicinas e Terapias, para podermos, em cada paciente, em cada momento, utilizarmos a mais indicada. Ou então encaminharmos nosso paciente para quem pode ajudá-lo mais do que nós, ou naquele momento. É importante a humildade para percebermos quando o caso é para nós, para um outro profissional, ou para uma associação de Medicinas ou terapias. Os médicos que ficam presos apenas à Medicina Alopática, do corpo físico, estão autolimitando-se, deixando de aprender outras Medicinas e, com isso, prejudicando ou deixando de poder atender melhor seus pacientes. Isso também aplica-se aos Terapeutas alternativos, que trabalham com as Medicinas Vibracionais, e que estudaram e aplicam apenas 1 ou 2 delas, deixando de saber mais para poder ajudar mais.

Eu vejo o futuro como uma integração entre todas as pessoas que dedicam sua vida ao auxílio dos doentes. Em breve, não haverá mais essa separação entre oficial e alternativo e os curadores estudarão várias maneiras de entender e tratar os doentes. A Alopatia ocupará um lugar de destaque nas urgências e nas emergências, incluindo aí os pacientes com tendências suicidas. As Medicinas Vibracionais ocuparão um lugar de destaque na cura profunda dos doentes, por possibilitarem retificar nosso sistema energético, incluindo aí os nossos pensamentos e os nossos sentimentos, onde reside a origem das doenças físicas. As Medicinas Espirituais ocuparão um lugar de destaque na cura da alma.

Nos pacientes com ideias ou tentativas suicidas, todo cuidado é pouco! Frequentemente será imprescindível a avaliação de um psiquiatra para a possibilidade do uso de psicotrópicos, principalmente os antipsicóticos, os antidepressivos e os ansiolíticos. Mas, se o caso não for tão urgente, tão assustador, o uso desses medicamentos químicos poderá ser retardado um pouco, com cuidado, com atenção, enquanto se utilizam os medicamentos homeopáticos e as essências florais, os procedimentos energéticos não-medicamentosos e o tratamento espiritual. 

Dificilmente uma pessoa que pensa e fala em suicídio não está obsediada por Espíritos que estão lhe incutindo essas ideias! E então, muitas vezes, um tratamento de desobsessão pode ter uma ação benéfica mais rápida do que com os psicotrópicos. 

Recentemente tratei a filha de uma amiga minha que afirmava estar vendo seres de capa preta, comandados por um mais velho, de barba, com uma bengala. Ela dizia que eles falavam com ela, ofendendo-a, ridicularizando-a, dizendo que iam matá-la, que era para ela matar-se. E ela realmente tentou o suicídio por três vezes, através de enforcamento. Levada a um psiquiatra, o diagnóstico óbvio foi o de esquizofrenia, chegando a ser internada. 

Veio a mim tomando Haldol e Akineton para os efeitos colaterais extra-piramidais. Mantive, evidentemente, esses psicotrópicos, mas falei a ela que acreditava que realmente estava vendo e ouvindo esses seres, ou seja, eles eram reais, espíritos inferiores que, por algum motivo, estavam lhe perturbando, e que então ela não era louca e sim tinha uma capacidade de ver seres do mundo espiritual. Entramos com essências florais e a encaminhei para uma consulta em Centro Espírita, onde foi verificado que realmente esses seres existiam, sendo que um deles estava agarrado ao seu pescoço, dizendo para ela enforcar-se! Com isso, ela foi melhorando a ponto de não mais vê-los nem escutá-los e a medicação psiquiátrica pode ser retirada, gradativamente. 

Hoje em dia ela está desenvolvendo sua mediunidade num Centro Espírita. Se não tivesse feito o tratamento desobsessivo, seria mais um caso "incurável" e passaria provavelmente toda sua vida tomando psicotrópicos, sendo internada, ou cometeria realmente o suicídio. Como ela, milhões de pessoas no mundo todo são rotuladas de esquizofrênicas sem o serem.

Por isso, em todo paciente que tenha pensamentos ou atitudes suicidas, é obrigatória uma consulta em Centro Espírita para ser investigada sua parte espiritual. A psicoterapia é também obrigatória para analisar-se a sua personalidade, suas carências, seus conflitos, e aí as essências florais têm uma ação bem boa para auxiliar a melhorar mais rapidamente o que deve ser melhorado. A utilização dos psicotrópicos, como falei anteriormente, deve restringir-se aos casos urgentes, mais dramáticos, em que valha a pena submeter-se aos efeitos colaterais. Mas a utilização apenas desses medicamentos químicos em pacientes suicidas sem uma consulta espiritual, sem investigar se não existem espíritos lhe influenciando mentalmente nessas ideias, é um risco de “cronificar-se” um paciente. Os psicólogos e os psiquiatras precisam abrir-se para isso, para que possam atender melhor seus pacientes e os familiares desses doentes devem também estar abertos, para não permanecerem apenas num tratamento químico, desconsiderando toda uma evolução da Medicina e das terapias que vem ocorrendo no mundo todo, e à qual, infelizmente, um certo número dos representantes do meio oficial vem resistindo, ignorando, ironizando ou até combatendo.

Para as pessoas que pensam em suicídio, quero dar um conselho, uma orientação. Os pensamentos e os sentimentos não estão no cérebro, estão em nossa estrutura energética, e essa, ao morrer o corpo físico, permanece. Nós somos um ser energético e estamos inseridos dentro de um corpo físico. Ao matar seu corpo físico, a intenção daquela pessoa é parar de pensar, parar de sentir, parar de sofrer! Mas isso não ocorre com o suicídio, pelo contrário, a pessoa sai do seu corpo morto ainda pensando e sentindo, e pior, agora está invisível! Seus familiares não lhe vêm (com exceções...), seus amigos não lhe vêm (com exceções...), os Seres da Luz lhe vêem, mas os Espíritos inferiores também e, geralmente, pela baixa frequência vibratória em que se encontra, esses últimos é que levam vantagem na sua conquista e o suicida é levado ao Umbral onde padecerá sofrimentos inenarráveis por muito e muito tempo, frequentemente séculos! Sofrerá imensamente mais do que sofria aqui na Terra. Quando conseguir libertar-se daquele lugar, será levado ao Plano Astral para um período longo de tratamento e conscientização. Quando reencarnar novamente, virá provavelmente com sequelas daquele seu ato com danos físicos e psicológicos terríveis, que levará várias encarnações para corrigir... Por exemplo, poderá vir com retardo mental, com deformações físicas, com problemas cardíacos, com graves doenças de difícil diagnóstico e tratamento etc.

Então pergunto: vale a pena matar-se?



Dr. Mauro Kwitko



Fonte: SOMOS TODOS UM
http://somostodosum.ig.com.br/
http://www.maurokwitko.com.br/

Para ver vídeos e ouvir áudios do Mauro Kwitko, acesse o Canal Sol do Everest no link: www.youtube.com/soldoeverest

Para conhecer mais sobre o Mauro Kwitko, acesse:
www.stum.com.br/c.asp?i=2169&s=1  
www.maurokwitko.com.br/site/

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O QUE É SÁBIO ESPERAR DO YOGA?

Damos toda a razão a quem pretender com o Yoga melhorar suas condições físicas e psicológicas. Você poderá colher tais frutos. 

Seu corpo remoçará, como o desejo. Os sinais de decadência física, própria da idade avançada, seguramente serão retardados ou substituídos pelos aspectos juvenis que dão encanto às pessoas moças. As adiposidades desaparecerão. A cor rosada e sadia brilhará em seu rosto. As linhas elegantes, o tórax desenvolvido, a harmonia dos gestos, o porte ereto, tudo enfim que embeleze a figura, se encontram a seu dispor. 

No plano psicológico, alcançará, concomitantemente, outras tantas vantagens. Ao tratar de cada asana e de cada pranayama, em "Autoperfeição com Hatha Yoga" e em "Yoga para Nervosos", fiz referência a vantagens terapêuticas. Essas referências foram retiradas de tratados respeitáveis bem como de minha experiência com milhares de casos.

Tão flagrantes e seguros são os proveitos do Yoga que atraíram uma infinidade de aficionados no mundo todo. Como você e eu, homens e mulheres, jovens, velhos e de todas as categorias sociais e profissionais se atiram avidamente à prática. Que pretendem?

Propaganda intensa e eficaz tem divulgado o Hatha Yoga. O conhecimento divulgado, no entanto, é de certa forma infiel. O Hatha Yoga tem sido apresentado como uma nova panaceia, capaz de servilmente recompor a saúde e a forma física de quem delas precisa para triunfos mundanos. Artistas de cinema, elementos do society, pessoas ociosas do mundo ocidental abraçaram o Yoga, que se transformou em passatempo, mania, moda, divertimento, sei lá o que… Evidentemente, uma deturpação lamentável. Tais homens e mulheres, do Yoga só desejam as vantagens, ao mesmo tempo em que se furtam a um austero comportamento e às implicações de ordem espiritual. Verdadeiros tontos, inebriados pelo mais evidente e mais facilmente desejável, praticam Yoga como quem joga um novo tipo de carteado, como quem vai à sauna ou salão de beleza.

Mesmo a essas pessoas o Yoga faz bem, no plano físico. Não faz todo o bem que poderia fazer, no entanto, em virtude de não atuar mais profundamente no plano psicoespiritual. O que um diletante consegue, praticando asanas por motivos esportivos ou estéticos, é muito menos do que lucraria, se, a par de fazer as técnicas, também amasse o próximo, ajudasse os outros e se comportasse com alta dignidade. A saúde e plástica de uma estrela de cinema naturalmente melhoram com os exercícios, mas muito menos do que se ela transformasse sua vida numa permanente oferenda a Deus. Os frutos mais doces da árvore do Yoga só podem ser colhidos nos ramos mais altos e mais tenros, portanto verdadeiramente impraticáveis àqueles cujo egoísmo pesa uma tonelada. Refiro-me às realizações, às experiências e as vivências mais transcendentes e libertadoras. Os diletantes se contentam em apanhar as frutas do chão que os pássaros já não querem.

Contam que um tolo, ao comer bananas, devorava as cascas e lançava fora a polpa saborosa. Da mesma forma, as pessoas vaidosas se iludem dizendo que praticam Yoga quando apenas cultivam o impermanente. Algumas chegam mesmo a se dizerem yoginis, quando apenas se contentam com resultados superficiais.

Se no plano físico o Yoga deturpado apenas oferece vantagens menores, no plano ético-espiritual chega mesmo a ser maléfico e luciferino. Já viu o leitor que alimentar o ahamkara (egoísmo) é a fonte de todos os pecados, de toda a fragilidade, dor e angústia. Ao mesmo tempo causa e efeito da vaidade, da cobiça, da inquietude e das vicissitudes, o ahamkara nos mantém exilados da casa paterna. Tudo o que contribui para engordar e criar apego ao eu superficial; tudo o que vier a criar novas ilusões e grilhões novos; tudo, enfim, que levar a crer que o homem é apenas sua posição social, suas vitórias profissionais ou artísticas, que é um amontoado de lembranças, imagens e ideias; tudo o que fizer o homem considerar-se este frágil arranjo temporário de experiências psico-sociais e moléculas químicas; tudo o que o afastar do objetivo último – a unificação – não passa de perigoso inimigo. O Hatha Yoga, mal utilizado, pode ser esse inimigo.

Ora, é certo que morreremos. É certo que somos sujeitos a doenças, acidentes, envelhecimento e dor. Por mais miraculoso que seja o Hatha Yoga, não nos salva dessas coisas. Aliás, elas não são males. São naturais. “A doença é o aluguel que pagamos por morar no corpo”, lembra Ramakrishna. Os sofrimentos são-nos não só naturais, mas também necessários. Por que nos perturbarmos quando ele nos chegar e por que dele tentar fugir? É ainda o muito amado Ramakrishna que nos ensina: “É preciso esquentar o ferro várias vezes e martelá-lo muito tempo, antes que ele possa tornar-se aço temperado. E só então é possível dar-lhe a forma que se deseja e dele fazer uma espada cortante. Da mesma forma, um homem deve passar várias vezes pela fornalha das tribulações, deve ser batido pelas perseguições do mundo antes de tornar-se humilde, puro e capaz de ascender à presença de Deus”.

Qual a atitude mais sábia que se deve manter, na doença e em face do envelhecimento? Temê-las? Tentar fugir?

Devemos cumprir tudo o que é possível e razoável, a fim de preservar a saúde e as energias da mocidade. Não devemos, entretanto, fazer nossa felicidade depender de tais coisas. Não devemos desesperar ao cairmos doentes. Não convém entregarmo-nos ao abatimento quando perdemos cabelos ou notamos rugas no rosto. A Sabedoria Universal ensina que só o espírito é eterno. Só ele pode servir de alicerce à nossa felicidade.

“Todo aquele, pois, que ouve essas minhas palavras e as observa será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela não caiu, pois estava edificada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve essas minhas palavras e não as observa será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, vieram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e foi grande a sua ruína.” (Evangelho seg. Mateus, 7:24)

Edifiquemos, portanto, a nossa sobre a rocha eterna do espírito.

Há os que se dedicam ao Yoga em busca de siddhis, isto é, poderes psíquicos. É uma outra forma de desvirtuar o Yoga e de colher desenganos. A ninguém é lícito brincar de aprendiz de feiticeiro. Essas pretensões são antinaturais e ainda distraem o discípulo de seu objetivo verdadeiro. Disse Krishna a Arjuna: “Podeis estar certo de que um homem que se esforça para obter os poderes psíquicos não realiza Deus. O exercício desses poderes implica o ahamkara, o egoísmo, que é um obstáculo no caminho da realização.”

Quero que o leitor entenda que, se com a prática do Hatha Yoga aspira a lucros mundanos e ligados ao ahamkara, isto é, lucros egoísticos, estará acumulando futuras decepções e perdendo terreno na grande tarefa de sua existência: a libertação, o Reino dos Céus, o “regresso”…

No Hatha Yoga, como em tudo, devemos comportar-nos segundo o preceito evangélico: “Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo”.

Se as praticamos com essa disposição, só teremos proveito e nenhum dano.

“Se conhecerdes o Único, podereis tudo conhecer. Os zeros que se colocam depois do algarismo 1 tornam-se centenas de milhares. Mas se apagardes esse algarismo 1, nada restará.” (Ramakrishna)

Saúde, beleza, energia, poderes ocultos, eficientes realizações mundanas, tudo enfim que o Hatha Yoga proporciona, são apenas zeros. Zeros e mais zeros enfileirados não fazem mais do que zero, se não forem precedidos pelo “1” da realização do Yoga, ou Integração.



Prof. José Hermógenes



Fonte do Texto: originalmente publicado na década de 1960, extraído das pp. 203 a 206, da 38ª edição, de 1998, do livro "Autoperfeição com Hatha Yoga", do Prof. José Hermógenes
www.profhermogenes.com.br

Extraído do sítio EKADANTAYOGA
www.ekadantayoga.com.br

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?

Um velho avô de setenta anos foi perguntado por seu neto de sete anos: "Vovô! Quantos anos você tem?" e o velho respondeu: "Dois!" 

A criança ficou admirada e lançou um olhar de dúvida. 

O velho respondeu: "Eu passei apenas os últimos dois anos na companhia do Senhor, até então eu estava mergulhado no pântano da busca pelo prazer." 

Somente os anos que você viveu com o Senhor devem ser contados como vida, o resto não vale a pena contar. 

Saiba que toda essa riqueza, propriedade e fama existem apenas por um momento fugaz. 

Desenvolva apego pelo Senhor, quem estará com você onde quer que vá.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AFINIDADE - "INGERIMOS PENSAMENTOS"

O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.

Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.

Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.

O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.

Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.

A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.

Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.

De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.

Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.

Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam.

Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.

Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.

Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.

Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.
Demoramo-nos com que se afina conosco.
Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de espíritos a que nos ligamos.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.

Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.

Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.

Trabalhar incessantemente é dever.
Servir é elevar-se.
Aprender é conquistar novos horizontes.
Amar é engrandecer-se.

Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contacto com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.




Emmanuel / Francisco Cândido Xavier




Fonte: do livro "Roteiro"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A FELICIDADE PODE SER ENCONTRADA ATRAVÉS DE ALGUMA COISA?

Nós buscamos felicidade através de coisas, relações, pensamentos, ideias. Então as coisas, a relação e as ideias se tornam mais importantes que a felicidade. Quando você busca felicidade através de uma coisa, então a coisa se torna de maior valor que a própria felicidade. Quando apresentado desta maneira, o problema parece simples e é simples. Buscamos felicidade na propriedade, na família, no nome; então propriedade, família, ideia se tornam o mais importante, porque assim a felicidade é buscada através de um meio, e o meio destrói o fim. Pode a felicidade ser encontrada através de algum meio, através de alguma coisa feita pela mão ou pela mente? Coisas, relação e ideias são muito visivelmente inconstantes; ficamos sempre infelizes por elas. As coisas são inconstantes, elas se gastam e se perdem; relação é constante atrito e a morte aguarda; ideias e crenças não têm estabilidade nem permanência. Buscamos felicidade nelas e, contudo, não percebemos sua inconstância. Assim, o sofrimento se torna nossa companhia constante e, superá-lo, nosso problema. Para descobrir o verdadeiro significado de felicidade, devemos explorar o rio do autoconhecimento. O autoconhecimento não é um fim em si mesmo. Existe uma fonte para uma correnteza? Cada gota de água do início ao fim faz o rio. Imaginar que vamos encontrar felicidade na fonte é estar enganado. Ela é para ser encontrada no ponto em que você está no rio do autoconhecimento.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS PRÉ-REQUISITOS PARA SER UM DISCÍPULO

Perguntaram a Osho:

Quais são os pré-requisitos para ser um discípulo?

Nenhum.

Um coração aberto, um coração amoroso, uma profunda confiança em si mesmo e nada mais é necessário.

Você não tem que se render a algum mestre, você não tem que adorar um Deus, você não tem que fazer alguma oração para alguma divindade hipotética.

Você não tem que ir para templos e igrejas artificiais para descobrir o que está escondido DENTRO DE VOCÊ.

Um discípulo é a semente de um mestre. O discípulo também é uma flor de lótus, ele é exatamente isso que você ESTÁ PROCURANDO EM OUTRO LUGAR E NÃO DENTRO DE SI MESMO.



Osho, em "Live Zen"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal