sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ESPIRITUALIDADE - PACIÊNCIA - NATUREZA - ALEGRIA

Espiritualidade não é adoração ou fé cega, mas a ciência do fortalecimento pessoal. É sobre descobrir, desenvolver e maximizar o potencial interior adormecido no âmago de cada ser humano. Com percepção constante e foco nos recursos pessoais, energia espiritual é liberada fluindo na forma de zelo e entusiasmo, discernimento, precisão. Espiritualidade proporciona entendimento, melhora a comunicação e as relações humanas. (BK Ramesh Trimurti, Personal management through spirituality, The World Renewal, April, 2004)

Paciência é uma daquelas virtudes que pode transformar um momento de grande ansiedade em quietude, uma rápida agitação mental no fluir suave de um rio. Na presença de uma pessoa paciente somos envoltos por uma aura de calma como se entrássemos na luz tranquila da ausência de pressa dela. Mesmo quando ela está ocupada, a qualidade da sua ocupação irradia paciência. Para ser paciente, observe a natureza. A natureza é sempre pacientemente ocupada. (Mike George)

Natureza é o jeito que somos é a forma como reagimos, como nos comportamos. Muitas vezes falamos ou fazemos coisas impulsivamente e nos arrependemos depois. Se quisermos mudar nossas respostas, precisamos mudar nossa natureza. Precisamos assimilar uma natureza de facilidade, leveza e simplicidade. Na extensão em que o intelecto, a visão e as palavras são simples, leves e fáceis, ficamos livres do conflito com a nossa natureza antiga.

Alegria é uma mostra sutil dos benefícios da meditação. Pessoas que meditam tem faces alegres. A alegria é um convite silencioso para um mundo de despreocupação e felicidade. Por ser contagiante, é a mais atrativa e efetiva forma de servir os outros. Ciúme e inveja não convivem com a alegria. Grandes mentes são altruístas. Grandes mentes têm grandes corações. Para manter sua alegria absorva apenas as boas qualidades e virtudes dos outros. (BK Jagdish Chander)




Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Recanto Oriental
Parque Farroupilha (Redenção)
Porto Alegre/RS
Acervo de autoria pessoal

A REVOLUÇÃO INCONSCIENTE - A VONTADE DO EU - O EU OBSERVADOR

Nós usamos virtude, “amor”, a ação da vontade, como meios de subjugar a nós mesmos, nossas idiossincrasias, e pensamos que estamos mudando. Mas, essencialmente, quando chegamos aos níveis mais profundos, ainda é a mesma coisa. Quando consideramos revolução, mudança, certamente não estamos interessados apenas nas mudanças superficiais, que são necessárias, mas com a questão mais profunda, que é a revolução, revolução total, a revolução integrada da totalidade de nosso ser. Pode essa mudança ser provocada pelo esforço, ou deve haver a cessação de todo esforço? O que significa esforço? Para a maioria de nós, esforço implica na ação da vontade, não é? Espero que vocês estejam acompanhando tudo isto, porque se não ouvirem sabiamente, perderão completamente o que vou dizer. Se você ouvir sabiamente, experimentará diretamente o que estou dizendo. A revolução total deve ser completamente inconsciente, não voluntária, não produzida por alguma ação da vontade. Vontade é ainda o desejo, ainda o “eu”, o ego, qualquer que seja o nível em que você possa colocar essa vontade. A vontade de agir é ainda o desejo e, portanto, é ainda o “eu”, e quando eu suprimo a mim mesmo a fim de ser bom, a fim de obter, a fim de me tornar mais nobre, é ainda o desejo, é ainda a ação da vontade tentando se transformar, vestir uma roupagem diferente, é ainda a vontade do “eu” tentando obter um resultado. (Collected Works, Vol. VIII, 35, Action)

Enquanto o “eu” for o observador, aquele que acumula experiência, que se fortalece pela experiência, não pode haver mudança radical, nem liberação criativa. Essa liberação criativa só chega quando o pensador é o pensamento, mas a lacuna não pode ser transposta por meio de nenhum esforço. Quando a mente percebe que qualquer especulação, qualquer verbalização, qualquer forma de pensamento dá força ao “eu”, quando ela vê que enquanto o pensador existe apartado do pensamento deve haver limitação, o conflito da dualidade, quando a mente percebe isso, então ela está vigilante, constantemente consciente de como ela se separa da experiência, afirmando-se, buscando poder. Nessa conscientização, se a mente busca isto mais profunda e extensivamente sem procurar um fim, uma meta, surge um estado onde pensador e pensamento são um. Nesse estado não há esforço, não há se tornar, não há desejo de mudança; nesse estado o “eu” não existe, pois há uma transformação que não é da mente. (The First and Last Freedom,140, Choiceless Awareness)




J. Krishnamurti





Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALEGRIA E PROSPERIDADE

Quando estou no metrô olho o rosto dos demais passageiros. Na maioria vejo um silencioso desespero. Uma tristeza profunda. Uma desesperança.

A prosperidade em todos os aspectos e em todas as áreas somente advém de uma profunda alegria. Aquele sentimento de fundo que permeia todas as nossas ações.

Este tipo de alegria somente temos, quando sentimos aquela sensação de fluxo oceânico com a criação. Essa alegria de ser um só com o Criador e toda a criação é que permite criar todas as situações que queremos e desejamos.

Quando se chega nesse ponto é instantâneo. Essa alegria é fruto de saber, de conhecer. Não é achar; é saber. Existe uma enorme diferença. Saber é vivenciar. Tem-se certeza porque se conhece. É vivenciado.

Tudo que existe no universo só pode ser criado com extrema alegria. Uma alegria genuína. A alegria das crianças inocentes e boas. Essa alegria de deslumbramento e gratidão que sentimos quando estamos em êxtase.

Essa experiência de pico, como Maslow falava, é essa experiência cósmica de união com o Todo. Isso em algumas pessoas acontece uma vez na vida, em outras que chegaram na fusão com o Todo, passa a ser o sentimento contínuo de amor sem fim.

É a alegria de amar incondicionalmente. Quando chegamos num ponto em que não há mais possibilidade de outro sentimento que não o amor. Amor numa intensidade tão grande, numa amplitude tão imensa, que não importa mais de que lado das dimensões da realidade estamos. Continuamos amando sem cessar. Sem tabus e sem preconceitos. Puro amor. Pura doação. Criando uma hierarquia entrelaçada que se reforça por si só.

É com essa alegria que criamos o que queremos, desejamos ou precisamos. Caso não se esteja criando com facilidade é porque está faltando essa alegria pura, transbordante, infinita.

Como se pode chegar a sentir continuamente essa alegria? Entregando-se incondicionalmente ao Todo e deixando que Ele dirija sua vida.




Hélio Couto





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Fonte da Gravura: O Grande Espírito dos Himalaias
Pintura de Nicholas Roerich
http://www.roerich.org/