sábado, 7 de janeiro de 2017

CONEXÃO INTERNA: ESTAMOS DISTRAÍDOS (Nossa vida tem sentido ou são espasmos de satisfação momentâneos?)

“A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.” – Rudolf Steiner


Estamos nos distraindo?

Você está muito estressado com seus compromissos? Você precisa se distrair um pouco. Procure se divertir mais, sair com os amigos, namorar. Fazer compras ou talvez fazer uma viagem… E se você tem boas condições financeiras, melhor: o mercado de entretenimento é incrível. Inúmeras possibilidades, diversão sem fim. Isto acaba nos estimulando a produzir mais, gerar mais dinheiro para que possamos desfrutar mais.

Mas o que nos leva a isso? Existe algum mal em se divertir, sair um pouco do estresse do dia a dia, da pressão do trabalho, ou mesmo do marasmo?

Logicamente não. Mas isto pode se tornar o seu foco?

Desde de muito cedo, passamos por um processo bem complicado: a Educação voltada para o mercado de trabalho. Todos, independente de nossas particularidades, nossos  talentos ou dificuldades, somos educados da mesma forma para atender as necessidades do sistema vigente. Muitas fórmulas sem sentido, decorar dados e regras para sermos aprovados, primeiramente na escola e depois nos centros de capacitação, para termos um emprego “digno”, conquistar um lugar no concorrido mercado de trabalho para receber nossos salários, poder manter o sistema funcionando e desfrutar das suas possibilidades. Mas existe algo oculto ainda por trás.

É perceptivo que este mecanismo não é saudável, pois já recai uma pressão sobre nós desde a nossa infância, exigindo boas notas – que seriam um reflexo de que estamos seguindo a cartilha da forma exigida, ou pagando suas consequências. Caso tenhamos sido bons alunos, entraremos na disputa por uma vaga na faculdade, outro fator de estresse bem grande, que exige muito do jovem, pois geralmente sofre uma pressão familiar, escolar, social além da sua própria.

Este mecanismo de educação, acaba exigindo um processo de anulação de nossas individualidades. Querem que sigamos padrões pré definidos de comportamento e de conhecimento, independente de nossas aptidões e interesses. Somos forçados a doar grande parte de nosso tempo com atividades que não nos interessa, que não têm sentido e que esquecemos imediatamente após nossas avaliações. Mas o processo fica marcado em nós, por todo estresse que passamos.

Desde a mais tenra idade, já queremos esquecer o estresse das provas e cobranças, do esforço em decorar as fórmulas e regras. Quem não se adéqua ao padrão é marginalizado, como repetentes, crianças problema e outros rótulos pejorativos. Então desde já nos esforçamos para entrar no padrão externo exigido, aos poucos vamos nos desconectando de algo interno, único em cada um. Aliado a isso temos as mídias, que tomam o tempo restante, nos tornando passivos e atentos sempre a algo externo que nos deixa passivos e suscetíveis a absorver os comportamentos e pensamentos propagados por elas.

Mas isso é apenas o começo, logo entramos na luta no mercado de trabalho. Da busca por autonomia e estabilidade financeira. E não é nada fácil. A pressão continua, talvez até maior. Situações de estresse e ansiedade passam a ser constantes. Trabalhos de 6 até 12 horas no dia. E quando chegamos em casa, queremos descanso, parar de pensar no trabalho etc… pois isto acaba tomando muito de nossa vitalidade, pois o que não alimenta nossa alma, acaba nos desgastando de forma muito intensa.

Quais seriam nossas válvulas de escape? Precisamos nos distrair um pouco, ver televisão, sair com os amigos e satisfazer alguns desejos para esquecer o estresse do dia a dia. Espero o fim de semana para sair, paquerar e beber com os amigos? Junto aquele dinheiro para fazer compras, trocar o carro ou fazer uma viagem? Arrumar uma companhia para sair nas redes sociais. Talvez adquirir bens seja uma forma de garantir o futuro e ter uma velhice tranquila…

Entramos em um círculo vicioso. Trabalhar e se distrair. Acabamos nos desconectando de algo muito importante e sagrado. A nossa essência individual. O caminho de autodesenvolvimento. O autoconhecimento. A autenticidade.

Nem percebemos, mas cumprimos nossas obrigações e nos distraímos. Aí está o grande perigo: desconexão. Mas o ego clama por atenção, ele faz parte essencial do desenvolvimento individual e o pouco tempo que temos para uma auto análise, um olhar para dentro, para a alma, acaba se tornando uma preocupação estética e de reconhecimento externo, nos tornamos narcisistas e egocêntricos. Uma ostentação física, de conquistas materiais e busca por prazeres momentâneos, pois desde sempre somos bombardeados por imagens que incitam nossos desejos materiais e instintivos: materialismo e erotização. Aqui percebemos outro aspecto bem interessante, o padrão estético e de comportamento.

No princípio da puberdade, com a aproximação da sexualidade e interesse pelo outro, começamos a buscar a integração com grupos de pessoas. Queremos nos divertir e interagir. Conhecer as pessoas e nos relacionar. Estar no padrão estético ajuda bastante e nos padrões de comportamento coletivos também. Ser uma pessoa bonita e descolada é um dos focos de muitos adolescentes, pois é o que movimenta as mídias, tanto TV quanto internet. Então elas passam a buscar isso de forma bastante intensa. Não porque alimenta a alma, mas por reconhecimento social.

Bom, sendo bombardeados pela mídia com padrões estéticos, comportamentos considerados bacanas e estímulos eróticos e de prazeres materiais, aliados ao processo de educação sem sentido que não alimenta nossa alma, tirando o prazer de adquirir o conhecimento, nos tornamos presas fáceis.

Começamos a perder a conexão interna aos poucos e nos vinculamos a estes padrões estéticos e de comportamento. Isso se reflete na dificuldade de aceitação da velhice, plásticas e comportamentos infantis, muito comuns hoje em dia.

Mas não para por aí… está muito travado? Se solte um pouco e entre na onda… tome uma cerveja ou algo para relaxar e fluir com as energias que estão à sua volta. Larga de ser chato e bicho grilo. Vamos nos divertir um pouco. Sair e beber passa a ser cotidiano. Ou mesmo outras drogas. (Oba, hoje é sexta feira).

Lembrando que isto é desde muito cedo, quando estamos mais velhos começamos a ficar cada vez mais vazios. Uma vida sem sentido pode levar a ansiedade, depressão, dependência (de álcool, relacionamentos etc…), a satisfação é um mero momento de prazer ou de conquista… não um estado anímico, um estado de ser. Nossa conexão é com arquétipos exteriores, não uma conexão interna. Somos personagens e nos confundimos com eles verdadeiramente. Mas se olharmos para o lado veremos uma dúzia de pessoas iguais, com os mesmos valores e perspectivas.

É Consciência x Inconsciência. Despertar x Sono. É esta a busca pela individuação, a busca do si-mesmo. O sentido da vida. É isto que estão roubando de nós. Somos reflexos de nossas experiências e percepções, e elas são experiências vazias, mecânicas e nossas percepções são de distração. Nossos padrões de comportamento e perspectivas estão sendo moldados desde a infância.

Esta desconexão contínua com a nossa essência se reflete em insegurança, medo, sensação de solidão, estresse, ansiedade e até doenças graves. Nossa força interior vai se esvaindo, tornando a nossa Força de Vontade fraca e não conseguimos nadar contra a maré, apenas caminhamos seguindo o fluxo e torcendo para que boas experiências aconteçam, ou mesmo, as comprando.

Educação sem sentido, trabalhos sem sentido – rotinas mecânicas, longas e estressantes, entorpecimento da percepção, busca por prazeres momentâneos, materiais, instintivos e por reconhecimento externo. Ostentação, narcisismo e egocentrismo. O que te alimenta a alma? Sua vida tem sentido ou são espasmos de satisfação momentâneos? Será que estamos tão distraídos assim?




Leonardo Maia





Fonte do Texto e da Gravura: Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/forum/conexao-interna-estamos-distraidos/

CONHECER A SI MESMO É CONHECER A DEUS

Autoconhecimento não é diferente do conhecimento de Deus. O sagrado conhecimento de Deus e o sagrado conhecimento do ser imortal são um e o mesmo. Estes são a única sabedoria divina. Ao realizar o ser uno onipresente, você irá se estabelecer na consciência da unidade. Então, você verá apenas a unidade em toda a diversidade que está a sua volta. A partir de então, você transcenderá a existência mundana e obterá a imortalidade que esteve procurando.

Qual é a base para esse conhecimento supremo? É a pureza da mente. Para purificar a mente você deve preencher toda a sua vida com espiritualidade. Engaje-se em atividades nobres. Associe-se a pessoas espiritualizadas. Observe uma conduta exemplar em sua vida diária. Esforce-se para cumprir seu dever com perfeição. Viva uma vida de serviços desinteressados e atos virtuosos. Estude os sábios ensinamentos do passado, pratique-os no seu dia a dia. Deixe que esses ensinamentos sejam os marcos do seu caminho. Assim, sua mente irá se tornar pura. E com uma mente pura, você será capaz de discriminar entre o permanente e o temporário; entre o que é benéfico e o que é prejudicial a seu progresso espiritual. Então, todas as suas atividades habituais do cotidiano tornar-se-ão sagradas e a graça de Deus será derramada sobre você.

Hoje, você pode ser altamente educado em conhecimento mundano; você pode ser um grande estudioso das escrituras sagradas ou um "expert" em varias áreas e ter renome mundial. Mas todas as suas conquistas e títulos não podem lhe proporcionar verdadeira sabedoria. Para ser verdadeiramente sábio e remover a aflição de seu coração, você deve saber quem você realmente é. Você deve realizar seu ser imortal. Você não pode transcender a aflição por qualquer outro meio. Apenas o conhecimento de seu ser verdadeiro irá permiti-lo transpor todo sofrimento e miséria. Este é o único conhecimento capaz de proporcionar alegria completa. Ao dominar um campo do conhecimento mundano, você obtém o respeito de seus semelhantes. Você pode se tornar famoso e satisfazer todas as suas aspirações mundanas; mas, somente ao adquirir o autoconhecimento, você merece e ganha a graça de Deus. Quando obtiver a graça, você irá se tornar sempre repleto de bem-aventurança. Você desfrutará a alegria suprema.

Quem são aqueles que merecem obter esse conhecimento sagrado? Estará este reservado, como alguns argumentam, aos idosos; ou serão as crianças também merecedoras? Deverá este ser dado apenas aos iniciados religiosos ou também àqueles que não possuem base religiosa? Deverá este ser restrito aos homens, ou as mulheres também estarão qualificadas? Na verdade, para obter essa sabedoria, raça, cor, idade, sexo, nacionalidade ou posição social não têm qualquer importância. O sábio Valmiki, em idade jovem, era um ladrão de beira de estrada; o sábio Narada nasceu de uma modesta criada; ainda assim, ambos se tornaram grandes expoentes espirituais. Todos estão igualmente aptos a adquirir esta suprema sabedoria.

O Senhor vem àqueles que possuem devoção por Ele; Ele olha o coração e não o "status" externo. Desenvolva a sua devoção. Devoção é muito importante para a vida humana. O Senhor disse na Gita: "Você se torna muito querido a Mim quando Me serve com o coração repleto de amor".




Sathya Sai Baba






Fonte: do livro "Ensinamentos de Sai Baba"
Fonte da Gravura: Tumblr.com

NÃO COMETA OS MESMOS ERROS EM 2017

Os filhos da arrogância são os que NÃO querem botar a mão na massa e fazer verdadeiramente algo que valha a pena por si, não desejam realmente fazer a tão falada reforma íntima.

Os filhos da arrogância são melindrosos, vaidosos, presunçosos e prepotentes.

Acreditam que toda boa mudança é positiva, mas para o outro.

São a favor dos estudos sérios e comprometidos com a verdade Maior, desde que não tenham que mudar nada em si.

São caridosos e benevolentes, quando não pisam nos seus calos!

São “mente aberta”, defensora do progresso moral, mental e espiritual, desde que os mesmos não os incluam na marcha coletiva, obrigatoriamente.

Gostam de dar bons conselhos, têm sempre uma frase de efeito guardada para alguma ocasião, mas não as aplicam em si próprios.

Se incluem na lista dos humildes, mas melindram-se com as admoestações e conselhos recebidos por quem quer que seja.

Estes irmãos e irmãs continuam adormecidos em seus vícios atávicos, melindrosos e orgulhosos, cientes de que estão cobertos de razão, doa a quem doer!

Ofendem-se e magoam-se quando criticados ou admoestados e lamentavelmente permanecem anestesiados para a necessidade de mudanças no campo da moral.

Alguns destes irmãos têm enormes dificuldades em compreender o verdadeiro significado da convivência em família, os mais orgulhosos e renitentes, com o tempo, vão se afastando dos entes mais próximos no intuito de NÃO ouvir-lhes as críticas e os conselhos.

Facilmente identificáveis são os que disfarçadamente vão seguindo suas vidas sem maiores atropelos, procurando não se movimentar dentro da necessidade de vencer o orgulho, a vaidade, a cupidez, os desregramentos, os sentimentos como a inveja, o ciúme e tantos outros. Estes Se incluem também nos grupos de pessoas que ao perceberem o esforço do outro em modificar-se positivamente, colocam-se em atitude de escárnio e desferem o “golpe” dizendo: “Vai virar santinho agora é?”

A maioria já está treinado em fingir que não é com ele, depara-se sempre com seu reflexo em todos os lugares, como por exemplo, neste despretensioso texto agora, mas não se identificam, pior, não buscam intimamente emendar-se, o orgulho não deixa!

Mas pode ocorrer o contrário! Pode identificar-se com o que está escrito e ofenderem-se e muito! Aí está o melindre de que falamos.

As criaturas têm em si aspectos positivos que já são o resultado das muitas vivências no plano da matéria, mas o que não as exclui de continuarem a caminhada rumo à evolução.

Muitos têm dificuldade de aparar em si as arestas inconvenientes, preferem fingir “estar tudo bem”, outros se atrasam nesta árdua tarefa, adiando o momento...

Dentro do lar são os que por anos a fio mantém-se firme na decisão de não tornar-se mansos e humildes, como o próprio Jesus sabiamente nos recomendou. Chegam a passar anos na mesma posição de “letargia moral”.

É muito cômodo viver a vida culpando o outro e é muito fácil passar a mesma escondendo-se por trás de um orgulho BESTA como um hipócrita mergulhado em sono profundo, acreditando que será no fim salvo, porque fez a sua parte como irmão, tio, avô, avó, mãe ou pai, esquecendo-se de aparar as próprias arestas.

Em nossa modesta opinião muitos creem que serão salvos no “fim”, por terem feito algo extremoso pelo outro.

Será salvo aquele que fez algo extremoso por si! Salvar-se-á aquele que libertar-se das amarras do orgulho e da presunção, da arrogância e do melindre!

Salvar-se-ão todos os que estiverem limpos da ignomínia e da FALSA FÉ!

Não responsabilizemos o irmão ao lado por nossas falhas ou desditas, nem por não termos nos portado como deveríamos diante da vida e não culpabilizemos os mesmos pelo “tempo perdido” com afetos e atenções “desvelados”.

Sem hipocrisia façamos uma minuciosa análise sobre o tempo que tivemos para nos aperfeiçoar em seres mais equilibrados e o desperdiçamos com tolices e mediocridades.

Algumas pessoas já se acostumaram ao longo da própria jornada evolutiva (encarnações) a culpabilizar “o outro” como sendo o motivo de sua real desgraça!

Somos os reais responsáveis por nossas más colheitas e um dia os mais desavisados ainda que não queiram, tomarão ciência disso.





Autor desconhecido






Fonte do Texto e da Gravura: do site "Sociedade dos Espíritos"
http://www.sociedadedosespiritos.com/

ENRIQUECENDO A VIDA

Se os humanos pensassem em proteger a sua vida, em preservá-la na maior pureza, teriam muito mais possibilidades de realizar as suas aspirações, pois é a vida iluminada, esclarecida, que é a fonte de todas as riquezas. Infelizmente, muito poucos conhecem esta verdade. Aquilo a que muitos chamam “viver” é, na realidade, uma dispersão, um desperdício das suas energias, e, quando eles ficam completamente esgotados, sem já terem gosto nem forças para empreender o que quer que seja, não compreendem e lamentam-se. Devem é reconhecer os seus erros e decidir agir, daí em diante, com mais inteligência. Se há uma ciência de que os humanos necessitam, a única, a verdadeira, é precisamente esta: como manter a sua vida pura e luminosa. Eles nunca devem esquecer que a qualidade dos seus pensamentos e dos seus sentimentos age sobre as suas reservas de energias, sobre a quintessência do seu ser. E a melhor maneira de preservar e enriquecer a sua vida é pô-la ao serviço do mundo divino.




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal