terça-feira, 9 de outubro de 2012

A ARTE DE VIVER O DIA A DIA - A UNIDADE


Unidade não quer dizer que todos se tornam um e o mesmo. O reconhecimento da diferença é a unidade. Um é muitos e muitos são um. Igualdade significa diferença e diferença é igualdade. Cada um é singular em si mesmo, e essa singularidade torna o mundo interessante. No estado de ser singular, existe um imenso respeito pela singularidade dos outros. Somente quando a pessoa realmente respeita e honra a si mesma é que ela pode respeitar os outros. Cada um de nós deve ser tão perfeito quanto nos é possível ser. Cada pessoa deve ser a mais perfeita possível – sem comparar-se às outras.

Uma bela sinfonia é possível por causa dos diferentes instrumentos. Um jardim é belo por causa das diferentes flores, arbustos, árvores e pedras. O homem e a mulher se harmonizam porque são diferentes. Assimilação não é esquecimento ou perda da singularidade individual, mas sim, o reconhecimento e a compreensão dos outros, harmonizando-se com eles. A democracia é bem vivida quando cada pessoa compreende e reconhece os direitos alheios e respeita os outros.

Um japonês deveria ser um japonês, um irlandês deveria ser um irlandês, um negro deveria ser um negro. Cada um deveria ser respeitado e honrado, sendo o melhor que lhe é possível. Num sutra budista está escrito que os salgueiros são verdes e as flores são vermelhas. Os salgueiros são belos em seu verdor e as flores vermelhas são belas enquanto flores vermelhas. Um outro sutra diz que a cor vermelha tem luz vermelha, a cor branca tem luz branca e a cor amarela tem luz amarela. Essas palavras expressam o mesmo pensamento.

Cada dia é um dia absoluto e não pode ser substituído por outro dia; cada lugar é único e absoluto em seu lugar; cada pessoa também é única e absoluta. O céu está acima e a terra está abaixo; isso faz uma unidade, e não é uma questão de qual deles é o melhor. Pai e mãe, marido e esposa, homem e mulher – o valor de cada um não pode ser julgado pela comparação. Julgar a si mesmo e aos outros pela comparação cria complexos.

Os complexos são a doença do mundo moderno. Para alcançarmos a paz, a harmonia e a alegria, precisamos abandonar esses complexos. Isso equivale a dizer que precisamos ver e compreender as coisas tais como elas são. Todos nós, cada um de nós, somos únicos e independentes e, ao mesmo tempo, somos inter-relacionados e interdependentes. Todos nós somos um.


Gyomay Kubose

Budismo Essencial





Templo Budista Apucarana, Nambei Honganji

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ATÉ QUE ALGUÉM SE TRANSFORME NUM SER HUMANO


O método da Cabalá tem como propósito mudar uma pessoa, até que ela se transforme em um ser humano (Adão), ou seja, aquele que é "similar" (Domeh) com o Criador. A cada momento, dia após dia, a pessoa tem que trabalhar para elevar a importância deste método e persistentemente continuar a se referir a ele. Afinal de contas, estamos perpetuamente sendo jogados para trás na espiritualidade, como se o Criador se distanciasse de nós. 

Parece-nos que os nossos estados mudam continuamente: Nós chegamos mais perto do Criador, e depois mais longe Dele. Mas, obviamente, isso acontece apenas nas nossas sensações. Na verdade, os novos genes informativos despertam em nós, e nós temos que corrigi-los. 

Uma pessoa tem 613 desejos relativos ao Criador. Nós não estamos falando sobre os desejos materiais deste mundo, mas sobre os desejos especificamente para o Criador. Somente esses desejos devem ser corrigidos até que se tornem semelhantes à atitude do Criador para conosco, isto é, sejam completamente direcionados à doação e a trazem alegria ao Criador. 

O pensamento original do Criador, no plano da criação foi dar prazer aos seres criados. Uma pessoa também tem que chegar ao mesmo estado, de modo que seu objetivo torna- se trazer contentamento ao Criador. A similaridade de propriedades com o Criador eleva a pessoa ao nível Dele e ela se funde, se une com Ele completamente, atingindo assim o objetivo final. 

No caminho para alcançar a meta, há muitos estágios de avanço. Na primeira fase, durante milhares de anos de história humana e passando por inúmeras reencarnações, o homem desenvolve o desejo terreno de desfrutar. Reencarnações substituem umas às outras, porque o desejo cresce constantemente e quer mais e mais à medida que novos genes informativos (Reshimot ) perpetuamente revelam-se nelas. 

Não vale a pena prestar atenção nos corpos que vivem e morrem, mas sim nos genes informativos que se revelam no desejo de desfrutar, dando-nos assim uma ilusão de que existem em nosso corpo. 

Na segunda fase de desenvolvimento, uma aspiração de revelar o Criador, de encontrar o sentido da vida, surge em uma parte do desejo, ou seja, em certas pessoas. A primeira pessoa que nunca recebeu esse tipo de desejo era Adam HaRishon. É por isso que ele é considerado o Primeiro Homem, e muitos outros o seguiram. Tais pessoas são chamadas Cabalistas porque aceitaram o método de correção que lhes permite revelar o Criador, na medida da semelhança de suas propriedades com a Dele. 

Os Cabalistas também passam por inúmeras fases de desenvolvimento e reencarnações, mas essas reencarnações são bastante diferentes porque a pessoa está no alcance do Criador, a força que rege as regras da natureza.Tendo recebido o primeiro despertar para a espiritualidade, nós entramos em um período chamado de preparação. Nesta fase, nós novamente passamos por muitos estados, mas desta vez eles ocorrem em conformidade com o método, com o grau de compreensão do mesmo. Ainda que o método esteja disponível para nós na forma de materiais de leitura, não foi revelado nas nossas almas ainda. 

É assim que nós avançamos: construindo o grupo e tentando inspirar uns aos outros. O principal trabalho está no aumento da importância do método e na transformação de nós mesmos. Nada pode ser mudado nesta realidade, exceto o próprio homem, o ser humano é o único que pode ser mudado. 

Além disso, temos que esclarecer o que exatamente pode ser alterado: apenas a intenção do desejo da pessoa. Desejos por si só, não são mutáveis; deixe os sozinhos. O homem tem 613 desejos que estão relacionados com o Criador, e ele tem que mudar as intenções sobre esses desejos de egoísta para doador. Na verdade, a pessoa não sente que tem 613 desejos, ou que eles são de uma natureza egoísta, ou que ela quer tirar proveito do Criador. Por enquanto, ela não tem nenhuma relação com o Criador, ou seja, nenhuma ligação com Ele. Aos poucos, a conexão com o Criador começa a revelar-se, fazendo-nos descobrir, assim, a nossa inclinação ao mal. Se uma pessoa ainda está imersa em seu egoísmo, ela precisa de correção chamada a Torá, "um tempero para ela." Com sua ajuda, uma pessoa pode mudar sua intenção, e direcionando-a do seu próprio benefício para o benefício da força superior, o que significa que ela cumpriu um mandamento. 

Assim, de acordo com a ordem dos desejos que se revelam em uma pessoa, ela realiza 613 correções (613 mandamentos ), até que ela corrige o vaso inteiro e recebe toda a abundância que o Criador preparou para ela, mas com a intenção de devolvê-la para a Fonte. É assim que a pessoa atinge a meta. 


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.




Lição Diária da Cabala, 07/10/1012 Shamati # 175




Fonte: www.laitman.com.br

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NECESSIDADES E SOFRIMENTOS NO PLANO ESPIRITUAL


O Livro dos Espíritos, questões 253 a 256.

253. Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos? 

"Eles os conhecem, porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, como vós outros: são Espíritos." 

254. E a fadiga, a necessidade de repouso, experimentam-nas? 

"Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar." 

255. Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é seu sofrimento?

"Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos." 

256. Como é então que alguns Espíritos se têm queixado de sofrer frio ou calor? 

"É reminiscência do que padecem durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade. Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual, em falta de coisa melhor, procuram exprimir a situação em que se acham. Quando se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passando algum tempo, que ainda o traz sobre os ombros." 


Allan Kardec 



Fonte: "O Livro dos Espíritos"

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A MEMÓRIA E OS ANTIGOS PADRÕES DE COMPORTAMENTO


"A teoria não substitui a prática, a prática é fundamental para as experiências direta e indireta. Somente discípulos realmente envolvidos com o processo de evolução espiritual podem atingir graus mais elevados de consciência iluminando a si mesmos e aos demais."

O processo de desenvolvimento não depende somente do Guru, mas principalmente do discípulo que busca em seu Guru e com seu Guru os caminhos para sua superação!


"A memória é o incompleto desaparecimento de um objeto percebido", segundo descreve o antigo sábio Maharishi Pátañjali em seu tratado denominado "Yoga Sutra", capítulo I, versículo II. A memória é conhecida no Sânscrito como "Smriti", ou seja, a faculdade de adquirir, conservar e readquirir ideias, imagens, fatos, acontecimentos, reminiscências, cujos apontamentos serão usados pelo indivíduo a todo instante ou em algum momento da sua vida para sua aprendizagem e autoconhecimento. O Smriti é uma lembrança do passado ou do presente e que serve de lembrança e vestígio para o atual momento. Você deve utilizar-se da memória para aprendizagem e autoconhecimento no presente. Não utilize a memória para o amanhã. O amanhã não existe, o futuro não existe. Somente o aqui e o agora. Vivencie o aqui e o agora, vivencie o momento, mas tenha a memória dos fatos passados para não repetir os mesmos erros neste momento. Esteja alerta para o momento agora, neste instante. Mas normalmente o que acontece com pessoas que repetem os mesmos erros? 

Estas pessoas estão ligadas a antigos padrões de comportamento. Estes padrões de comportamento estão diretamente vinculados a ideias, imagens, fatos, acontecimentos e reminiscências do passado que nutrem a consciência constantemente. Eliminar estes bloqueios psicoemocionais significa libertar-se destas amarras. E isto só é conseguido com a mudança de hábitos. Assim, o crescimento pessoal pode ser acelerado simplesmente pela quebra de hábitos. É a condição de dependência inerente aos hábitos que deve ser quebrada. Quando você se encontra dizendo "não posso mudar isto", "sempre fiz assim", ou "eu sou assim mesmo você tem que me aceitar", então é exatamente isto que deve ser quebrado. 


Vamos analisar. A liberdade de escolha resulta no domínio do hábito. Qualquer ato intencional da vontade tem uma força mágica e é muito mais eficaz do que um ato habitual. Parece que há uma força e você está preso a ela. Isto é a memória (Smriti). O potencial para a mudança sempre está lá, mas é melhor não esperar por um momento de crise para nos livrar dos hábitos. Nossa própria sobrevivência como espécie se deve à nossa capacidade de mudar e de nos adaptar. Os hábitos mentais são mais difíceis de lidar do que os físicos, porque são menos óbvios. E em geral, são herdados dos pais (genética) ou então adquirimos por condicionamento social (meio em que nos encontramos). Estes restringem todo o nosso medo de viver, trazendo traiçoeiramente uma falsa imagem ou sensação de insegurança. Frequentemente a falta de consciência de hábitos desagradáveis é uma fonte de brigas entre as pessoas. Entretanto, muitas vezes, tudo o que é preciso para superar estes Vikshepas (obstáculos) é, em primeiro, à vontade de mudar, e depois a ação de mudança, de crescimento e de evolução. Sim, porque simplesmente ter a vontade de mudar não implica em mudança, mas em adiamento. Entretanto, a ação de mudar força à mudança. Quando o medo inicial de mudança é superado podemos realmente começar a desfrutar de novas experiências e do próprio amor.


Shri Vyaghra Yogi


Presidente da Ordem Filosófica Vidya Yoga Ashram
Doutor em Filosofia Sagrada pela World University (EUA)

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APRENDER A OLHAR


O Céu dá-vos todas as condições adequadas à vossa evolução, mas como, em geral, elas não se apresentam sob a forma que vós esperais, não só não as vedes, como vos queixais. Vós esperais que Deus vos dê a felicidade por intermédio do sucesso ou da glória e, como o sucesso e a glória não vêm, sentis-vos infelizes. Pois bem, isso é a prova de que não sois inteligentes nem perspicazes. Estudai tudo o que vos acontece e procurai entender o que o mundo invisível espera de vós ao colocar-vos perante dificuldades e problemas para resolver. De futuro, refleti e aprendei a olhar de outro modo tudo o que considerais obstáculos ou insucessos: compreendereis que há sempre alguma coisa a descobrir. A felicidade está onde vós ainda não sabeis vê-la. Gostaríeis que ela se assemelhasse à ideia que dela fazeis? Não, é impossível. Mas não desanimeis, vós não estais sós, muitos seres do mundo invisível pensam em vós e estão sempre a instruir-vos e a ajudar-vos.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CAMINHO DA AUTO ILUMINAÇÃO



O homem atinge um alto nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento, utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a paranormalidade, realizando o auto descobrimento e canalizando as energias anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na sociedade. 

O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a magnitude das faculdades parapsíquicas, superando os impedimentos que habitualmente se lhe antepões à educação. 

Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas, incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal. 

O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os resultados pelos quais se anelam. 

A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se em bons e maus, nobres e delinqüentes, pobres e ricos. 

Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas virtudes. 

Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos correspondentes no futuro do seu possuidor. 

Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das suas manifestações. 

Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento. 

O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno. 

Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio e dispõe-te a aplicá-la bem. 

O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos acontecimentos da sua existência. 

Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização. 

Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades, exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da personalidade ou das paixões inferiores. 

Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda sementeira responde à medida que o tempo passa. 

A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais, artísticas e mentais que exornam o homem. 

Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho próximo da auto iluminação.





Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis 




Fonte: do livro "Momentos de Iluminação"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS DOZE PRINCÍPIOS


Repete-os em solilóquio, balbuciando-os em silêncio, como se orasses.


1. Eu emito constantemente pensamentos de paz, amor, harmonia, bondade e benevolência a todos os meus irmãos da Humanidade.

2. Eu desejo a todos os homens a luz da SABEDORIA e amplitude de conhecimentos para que UNIDOS pelo critério, pela razão, pela bondade realizem a beleza e o poder, afim de que ninguém sofra.

3. Recordar-me-ei, diariamente, de que todos os homens são meus irmãos. Filho do mesmo Pai e da mesma Mãe espirituais. Feitos da mesma argila e que respiramos as mesmas substâncias cósmicas.

4. Devo pautar todos os meus atos, de agora em diante, pelas normas de Sabedoria, Força e Beleza. Deste modo tornar-me-ei útil à minha família e serei um ente justo na sociedade. 

5. Eu estabelecerei, como princípio, não permitir que outrem execute qualquer trabalho que a minha capacidade permita executar. Não aceitarei um sacrifício de tempo e de dinheiro, sem ter oferecido antes a sua equivalência, disposto a saldar e não a contrair um KARMA novo. E ainda que deva conquistar fortuna material, não fazê-lo com prejuízo de quem quer que seja. 

6. Hei de revelar-me sempre alegre, satisfeito, justo e pontual. Que a onda pensamento, que me envolva, seja de pura harmonia e que alguém me ofereça um sacrifício, que não lhe solicitei, receba o meu eterno agradecimento. 

7. Eu quero ser um INSTRUMENTO DE DEUS , seu próprio veículo e por todo meu saber, toda a minha capacidade e toda a minha força a disposição do meu semelhante, integralizado na realização do BEM COMUM, em harmonia com a Fraternidade Universal. 

8. Eu preciso tomar em consideração os direitos alheios para respeitar e ajudar a quem os respeite. Contudo, antes de exigir os meus direitos, procurarei cumprir os meus deveres. Os direitos são justas recompensas dos deveres integralmente cumpridos. 

9. Eu deverei manter-me firme em qualquer circunstância, mesmo contra mim, na defesa da VERDADE e por ela combater dentro de todas as minhas possibilidades, para que resplandeça sobre a Falsidade e a Mentira. 

10. Eu desejo olhar o dinheiro como um meio e não como um fim. Se possuo algum, jamais sentir-me-ei dono dele e sim mero administrador. 

11. Eu prefiro fazer e nunca receber benefícios. Para isso estudarei, aprenderei, trabalharei, conquistarei todos os meios, dentro destes princípios, e cuidarei da minha saúde para conseguir o êxito necessário.

12. Eu quero trabalhar para os outros, com os outros e em harmonia com todos e, sobretudo, com o próprio Deus, cuja manifestação está em mim e o meu EGO INTERIOR SIMBOLIZA.




Dr. Krumm Heller 
do livro "Rosa Esotérica"
Fraternitas Rosicruciana Antiqua



Fonte: www.famafra.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OBREIRO SEM FÉ



"....e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." (Tiago, 2:18) 

Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando inquietação e desânimo. 

Devota-se a determinado empreendimento de caridade e abandona-o, de início, murmurando: 

- "Para quê? O mundo não presta." 

Compromete-se em deveres comuns e, sem qualquer mostra de persistência, se faz demissionário de obrigações edificantes, alegando:

- "Não nasci para o servilismo desonroso."

Aproxima-se da fé religiosa, para desfrutar-lhe os benefícios, entretanto, logo após, relega-a ao esquecimento, asseverando:

- "Tudo isto é mentira e complicação."

Se convidado a posição de evidência, repete o velho estribilho:

- "Não mereço! Sou indigno!..."

Se trazido a testemunhos de humildade, afirma sob manifesta revolta:

- "Quem me ofende assim.?"

E transita de situação em situação, entre a lamúria e a indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado.

Em toda parte, é o trabalhador que não termina o serviço por que se responsabilizou ou o aluno que estuda continuadamente, sem jamais aprender a lição.

Não te concentres na fé sem obras, que constitui embriaguez perigosa da alma, todavia, não te consagres à ação, sem fé no Poder Divino e em teu próprio esforço.

O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e da ação no bem incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem enamorar-se de si mesmo na vaidade e sem escravizar-se às criações de que terá sido venturoso instrumento.

Revelemos a nossa fé, através das nossas obras na felicidade comum e o Senhor conferirá à nossa vida o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, de beleza e poder.




Francisco Cândido Xavier / Emmanuel 




Fonte: do livro "Fonte Viva"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal