Se você ainda não encontrou oportunidade ou razão para meditar em torno da reencarnação, este é um momento para faze-lo.
Somente através desta lei da Natureza conseguirá você entender as desigualdades que caracterizam as criaturas humanas encarnadas na Terra. Sem a reencarnação, como seria possível explicar racionalmente a perversidade e a bondade, a sabedoria e a estultície, a inteligência e a ignorância, a injustiça, a saúde e a doença, e todos os contrastes que observamos?
Sendo Deus justo, entenda que Ele não faria distinção alguma entre os seus filhos, aos quais ama com a mesma solicitude.
Com a reencarnação, você compreenderá porque nos defrontamos com pessoas de variadas condições emocionais e espirituais. As de melhor condição são as que se fizeram a si mesmas através dos séculos sucessivos, nas várias encarnações. Os menos preparados do ponto de vista emocional/espiritual, são as almas mais jovens, que ainda não tiveram as mesmas oportunidades nos séculos transatos, ou são aquelas que não souberam ou não quiseram aproveitar bem as oportunidades.
Os espíritos mais antigos, ou os que melhor aproveitaram as oportunidades, estruturando-se, são aqueles que agora, defrontados pelas dificuldades, sentem em si mesmos que reúnem condições para vencer, e entregam-se corajosamente ao trabalho que lhes propiciará a plenitude.
Os menos evoluídos ou experientes, sendo mais imaturos, desarvoram-se diante das ocorrências. Com um baixo nível de autocontrolabilidade e de controlabilidade das ocorrências, afligem-se, desesperam-se, perdendo-se no emaranhado das situações. Sem maturidade psicológica, de conteúdo mental infantil, tornam-se instáveis e se deixam consumir pela revolta, pela amargura e pela depressão, sucumbidos ao peso das aflições.
O ser humano é o mais alto e nobre investimento da vida, momento grandioso do processo evolutivo que, para atingir a sua culminância, atravessa diferentes fases que lhe permitem a estruturação psicológica, seu amadurecimento, sua individuação, conforme Jung.
Ao atingir a idade adulta deve estar em condições de viver as suas responsabilidades e os desafios existenciais. É comum, no entanto, perceber-se que o desenvolvimento fisiológico raramente faz-se acompanhar do seu correspondente emocional, o que se transforma em conflito, quando um aspecto não é identificado com o outro. Em tal caso, o período infantil alonga-se e predomina, fazendo-se característica de uma personalidade instável, atormentada, insegura, depressiva ou agressiva, ocultando-se sob vários mecanismos perturbadores.
A maturidade psicológica poderá ser alcançada através do auto estudo, que permitirá a eleição do que convém e do que não convém ser mantido na intimidade da Casa Mental, esforçando-se por eliminar dela tudo o que for prejudicial.
Izaias Claro
Fonte: do livro "Depressão - Causas, consequências e Tratamento"
Fonte da Gravura: www.morguefile.com