A vida solitária, sendo silenciosa, varre a cortina de fumaça composta de palavras que o homem estabeleceu entre sua mente e as coisas.
Na solidão, permanecemos diante da realidade crua das coisas.
E, no entanto, descobrimos que a crueza da realidade que nos inspirou temor não é a causa nem de temor nem de vergonha.
Está revestida da amável comunhão do silêncio, e esse silêncio está relacionado com o amor.
O mundo, que nossas palavras tentaram classificar, controlar e até mesmo desprezar (porque não podiam contê-lo), se aproxima de nós, pois o silêncio nos ensina a conhecer a realidade respeitando-a lá onde as palavras a profanaram.
Thomas Merton, OSB
Fonte: "Na liberdade da solidão", Ed.Vozes, 2001, p. 68
Via Associação Thomas Merton - https://merton.org.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/homem-solid%C3%A3o-%C3%A1rvore-apoiando-se-1156543/