sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

A DESORIENTAÇÃO DE HOJE


(...) Uma das principais características do nosso tempo é a desorientação, qualidade negativa, expressão da atual fase involutiva. Enquanto a palavra de ordem do nosso tempo se mostra nas diretivas conceituais: razão e analise, a da época que se seguirá: intuição e síntese. Se se atentar para a palavra dos nossos homens de pensamento observar-se-á que ela está carregada de erudição e ciência, sendo complexa e difícil, mas que lhe falta orientação da suprema simplicidade da sabedoria e do verdadeiro.

É uma complicação crescente, que marcha para a confusão babélica, com que no fim desse século (20) se encerrará, mesmo no cérebro do dirigente, a nossa assim chamada civilização, para que, desta decomposição possa nascer uma nova civilização, baseada em outros princípios, sustentada por outros cérebros, próprios de um tipo biológico diferente.

O corpo social desta corrente de pensamento que a exauriu o seu ciclo e completou a sua tarefa, com a atual civilização, está se desfazendo. Nesta decomposição prosperam todos os princípios patogênicos que têm função biológica de acelerar a destruição. Em todo campo hoje tudo é destruição. Mas é na putrefação do corpo morto que a vida depõe a semente das suas novas formas. Os grandes criadores, pois, nascem e operam agora, lançando essa semente.

A civilização futura não é muito compreensível aos espíritos de hoje. Pela observação de algumas normas mentais do nosso mundo atual, verificamos que este, se é indiscutivelmente muito forte no campo da desorientação e da destruição é, de outro lado, fraquíssimo no campo da compreensão. Como é possível dirigir povos, provocar e desencadear guerras, legislar, impor isto ou aquilo, agir em qualquer campo sem ter compreendido o que seja a vida e a morte, a finalidade de cada coisa, o próprio plano do universo? O instinto que tudo guia, basta para o bruto, e ainda que em grande parte o homem esteja embrutecido, o problema da vida se tornou, atualmente, muito complexo para que esses instintos possam bastar. No mundo político, social, econômico, religioso, cultural, movemo-nos em um mar de contradições. Falamos de matéria, espírito, eletricidade, justiça, liberdade, direitos e deveres etc., sem compreender o que exatamente sejam e sem saber colocar cada conceito no seu devido lugar, como parte integrante de um plano que logicamente tudo engloba. Na cultura somos muito fragmentários e divergentes, perdidos em particularidades e em sutilezas inconcludentes. No campo prático se mata, rouba-se, age-se para o bem ou para o mal, sem saber a exata consequência das próprias ações. Não o sabe nem quem faz o bem nem quem pratica o mal. Apenas névoas. Existe a fé mas a fé não é exata, é vaga. E a razão de muito pouco vale. Impõe-se tudo esclarecer e tudo demonstrar, para que o homem tudo possa compreender seriamente.

Estranha transformação está sofrendo o materialismo! Escava e escava na matéria e eis que encontra o espírito que havia negado. E as religiões que clamam pelo triunfo porque vêem na ciência uma confirmação, encontrarão uma alma individualizado, designada com aqueles termos e conceitos que antes lhes pareciam tão adversos e demolidores. Hoje todos se encontram divididos sem conhecer a verdade pela qual lutam. Quem realmente luta pela verdade, que é una, simples, única, não pode estar dividido. Quem está dividido, está nas seitas, nos partidos, nos agrupamentos e interesses humanos, no próprio egoísmo, mas não na verdade. Quanto ainda estamos longe de a haver compreendido. A unidade esta no amor recíproco, filho da compensação que ainda falta. Deus e a vida estão na unidade. No exclusivismo e separatismo está "satanás", isto é, a involução e a morte.

O ridículo e o horror da nossa atual situação serão compreendidos pelas gerações futuras. Então se verá a imensa estupidez de matar, porque se concluía que não se mata uma pessoa destruindo-lhe o corpo. Os chamados mortos permanecem junto a nós mais vivos do que antes e, segundo foram por nós tratados, assim também nos tratarão. Aqueles que se arvoram em juízes e justiceiros, não o são mais do que por um momento, desempenham, para fins que eles mesmos o ignoram, uma dada função biológica. Eles serão, por sua vez, de acordo com o que fizeram, julgados e mesmo justiçados. O papel de rico e pobre é instável, e o de vencedor e vencido, é, como nos demonstra a história, transitório para os povos. As revoluções quase sempre devoram os próprios autores e filhos. Quem utiliza a espada perecerá pela espada. Trata-se de equilíbrios de forças, equilíbrios que obedecem a leis invioláveis que se resolvem em esquemas que o homem ignora e contra os quais nada podem. Como é efêmero para quem quer que seja, em tal ordem de coisas, exclamar vitória.

Os próprios imperialismos dissimulados sob máscaras diversas, sempre iguais, não constituem senão uma forma de obediência a Lei, que concede a palma ao vencedor, apenas para confiar-lhe o encargo de, dominando, coordenar, nutrir e permitir a evolução de outras nações menores. E estas, pela mesma lei, se deixam dominar, nutrir, guiar e instruir até se tornarem adultas, para então rebelar-se e se tornarem, como se diz, livres. É o mesmo que se dá com os novos rebentos que crescem sobre o velho tronco, nutrindo-se da sua ruína. Sempre o mesmo esquema: dualismo, centro e periferia, núcleo positivo e elétrons negativos que giram em seu derredor, pai e filhos. Crescidos os filhos, o pai nada mais tem a fazer. O mesmo se passa com as nações imperialistas. E todos, servos da mesma lei, todos enquadrados no desenvolvimento dos ciclos históricos do tempo. É fatal.

Mas hoje não estamos numa época de compreensão e sabedoria. As ideias são magras e poucas, frequentemente erradas; há trevas nas mentes e enormes vácuos. Que terríveis provações serão necessárias para apenas chegar-se a compreender pouca coisa Mas é necessário, porque a sabedoria não se pode conquistar com a eficiência alheia, mas apenas com a própria dor.

Assim progride lentamente o caminho da história. O destino é um desenvolvimento lógico e, quando se lhe conhecem todos os elementos, visto que o efeito esta fatalmente ligado à causa, pode-se então o rever o futuro, para o indivíduo e para os povos. Então a história estará toda presente e o tempo assinala por si só a sucessão de quadros conhecidos, e então também o tempo estagna no pensamento, a intuição supera essa dimensão e tudo aparece permanentemente no presente. O problema está em se conhecer todos os elementos construtivos do sistema de forças formado pelo eu individual, como pelo coletivo de um povo.

Hoje se age ao acaso, em geral por interesses materiais e imediatos, pouco se cuidando do depois que se ignora. Ouçamos as últimas palavras de Buda aos seus discípulos:

"Semeia um pensamento e colheras uma ação.
Semeia uma ação e colheras um hábito.
Semeia um habito e colheras um caráter.
Semeia um caráter e colheras um destino."

Hoje sabe-se pouco ou nada da realidade do imponderável em que se registra tudo quanto pensamos ou fazemos e do qual tudo renasce. Mas hoje domina o involuído e este tipo biológico vive na periferia, não procurando o poder senão na matéria, na força, no dinheiro. O evoluído de amanhã viverá mais em demanda do centro e procurará o poder no espírito, no mérito, na convicção das almas. Ele será mais rico, porque estará mais vizinho da fonte da vida que está no interior, no centro — Deus. Então a conquista imperialista pela guerra será substituída pela conquista das almas, pelo exemplo, pela iluminação, pela paz.

Que imensos continentes inexplorados serão alcançados pela ciência e pela mente de amanhã! É a descoberta feita com espírito de verdade e não com o utilitarismo de hoje, que cumprira o encargo de arredar todas as barreiras do medievalismo espiritual, que ainda nos asfixiam dentro do exíguo âmbito de suas paredes. O pensamento moderno está ainda encerrado em castelos torreados que fazem guerra entre si. O futuro forçará as portas e derrubará os muros. A vida está a céu aberto. As arquiteturas lógicas do passado são agora prisões e não casas. Quando se houver experimentalmente provado aquilo que agora a intuição me diz, isto é, que o espírito é um organismo de forças individualizáveis por onda, frequência e potencial, e que a sua vida se exprime em oscilações dinâmicas ou vibrações de um comprimento de onda que se situa além dos raios ultravioletas, então se poderão construir aparelhos radio-receptores de tais ondas, que revelarão o pensamento incorpóreo humano e super-humano. Então se poderá fazer mecanicamente tudo aquilo que hoje poucos sensitivos o fazem, sós e incompreendidos. Para penetrar-se cientificamente no mundo do espírito, é necessário atingi-lo através da decomposição do sistema dinâmico nas zonas de máxima frequência, assim como para atingir o mundo da energia se decompôs o sistema atômico da matéria nas zonas mais evoluídas, mais velhas e mais complexas. No fundo da matéria, além da energia que já encontramos nela, encontraremos o espírito. Isto é lógico e análogo no fisio-dínamo-psiquismo, trino-monismo do universo. As descobertas já feitas serão comparadas, com as do amanhã, a coisas pueris. Eis o imenso futuro.



Prof. Pietro Ubaldi




Fonte: do livro "Ascensões Humanas"
Tradutores: Erlindo Salzano, Adauto Fernandes Andrade e Medeiros Corrêa Júnior
FUNDAPU - Fundação Pietro Ubaldi
Campos/RJ
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/continentes-bandeiras-silhuetas-975936/

O DESPERTAR DO CRISTO INTERNO


Com a ressurreição estamos isentos da necessidade de objetivar Deus. Não precisamos mais falar com Deus para suplicar ou acalmá-lo. “Seu pai sabe quais são suas necessidades antes que você pergunte a ele”, Jesus nos assegura. A partir daquele momento eterno em que Jesus despertou para a sua união com o Pai, a humanidade superou a sua infância espiritual. A partir desse momento amadurecemos na “dimensão plena de Cristo”. Este momento de Cristo encontra-se no centro do nosso ser, nos nossos próprios corações, onde o seu Espírito vive e cresce como uma semente enterrada na terra.

Encontrar esse momento é o trabalho da meditação. É um trabalho alegre que nos enche de vitalidade porque percebemos que o momento já amanheceu e nasce de forma imperecível. Uma vez que descobrimos esta união na nossa própria experiência, toda a nossa existência renasce. Estamos unidos a uma totalidade que é santidade. E tudo isso é obra de um momento, o momento de Cristo.

Não apenas estamos libertos da necessidade de ver a nós mesmos e a Deus de uma forma dualista. Na verdade, somos convidados a não fazê-lo. “Chegou a hora, na verdade chegou”, em que somos chamados a adorar a Deus em espírito e em verdade. Ao dizer isto à mulher samaritana, Jesus chama-nos a todos para uma nova dimensão de consciência espiritual. Não poderemos mais persistir no dualismo da infância espiritual e estar na verdade do momento de Cristo. A presença do Espírito de Cristo em nós não é apenas um dom, é uma oferta especial, uma graça que podemos aceitar ou rejeitar. É a realidade, a porta que nos leva à união sem limites.



Transcrição de Carla Cooper



Fonte: Trecho do livro “O Cristo Presente”, de John Main, publicado em “Mosteiro sem paredes: cartas espirituais de John Main”, ed. Laurence Freeman (Norwich: Canterbury, 2006), p. 163 .
WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/jesus-cristo-amor-divino-cora%C3%A7%C3%A3o-4715280/


Nota: Para mais detalhes ver:
* JOHN MAIN E A MEDITAÇÃO CRISTÃ: https://coletaneas-espirituais.blogspot.com/2020/05/john-main-e-meditacao-crista.html

SENSAÇÃO DO ESPÍRITO AO REENCARNAR


Em que se fundamenta a doutrina da reencarnação?

Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles que não tiveram a oportunidade de melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem perdão. (Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", questão 171)

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Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.

A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam.

O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.

Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a ideia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo.

Quem é que, ao cabo da sua caminhada, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência. (comentário de Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", questão 171)


Sensação do Espírito ao Reencarnar


No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação semelhante à que experimenta ao desencarnar?

Muito maior e sobretudo mais longa. Pela morte, o Espírito sai da escravidão; pelo nascimento, entra para ela. (Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", questão 339)


É especial para o Espírito o instante da sua encarnação? Pratica ele esse ato considerando-o grande e importante?

Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar. (Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", questão 340)

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O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá.

Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnação é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. Ele deixa o mundo dos Espíritos pelo mundo corporal, como o homem deixa este mundo por aquele.

Sabe que reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar.

Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia. (comentário de Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", questão 340).

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Quando chega a ocasião de reencarnar, o Espírito sente-se arrastado por uma força irresistível, por uma misteriosa afinidade, para o meio que lhe convém. É um momento terrível, de angústia, mais formidável que o da morte, pois esta não passa de libertação dos laços carnais, de uma entrada em vida mais livre, mais intensa, enquanto a reencarnação, pelo contrário, é a perda dessa vida de liberdade, e um apoucamento de si mesmo, a passagem dos claros espaços para a região obscura, a descida para um abismo de sangue, de lama, de miséria, onde o ser vai ficar sujeito a necessidades tirânicas e inumeráveis. Por isso é mais penoso, mais doloroso renascer que morrer; e o desgosto, o terror, o abatimento profundo do Espírito, ao entrar neste mundo tenebroso, são fáceis de conceber-se: é mais penoso, mais doloroso renascer do que morrer. (Léon Denis, "Depois da Morte", 17ª ed., p. 246)


Série de Palestras



Fonte: Editora Auta de Souza
Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza
Taguatinga Sul - Distrito Federal
www.ocentroespirita.org.br
www.editoraautadesouza.com.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/ressurrei%C3%A7%C3%A3o-morte-sonhe-espa%C3%A7o-7036772/

A INFLUÊNCIA DOS SONS NA MATÉRIA


O relato bíblico da tomada de Jericó, cujas muralhas se desmoronaram ao som das trombetas, ou o mito de Orfeu, que com a sua lira encantava não apenas os humanos, mas também as feras, as rochas e as ondas desenfreadas, revelam-nos, entre tantos outros, que desde a mais remota antiguidade os Iniciados conheciam a influência mágica dos sons sobre os seres e sobre a matéria.

É interessante conhecer que centros do organismo são ativados pela audição dos sons. É toda uma ciência, ainda pouco explorada. Até agora, os místicos têm-se interessado mais pelos instrumentos do que pela voz. Eles têm tendência a acreditar que a voz é menos expressiva que um instrumento, o que não é exato. Se a voz humana ainda não deu toda a sua riqueza e ainda não manifestou todos os seus poderes, é porque os homens não dão suficiente atenção à sua maneira de viver.

As cordas vocais não são um instrumento exterior ao homem, como todos os outros instrumentos musicais; portanto, tudo o que o ser humano vive, mas também todos os sentimentos e pensamentos que alimenta no seu coração e na sua cabeça se refletem sobre elas. Mesmo que um cantor possua grandes qualidades técnicas, as suas fraquezas e as desordens da sua vida transparecerão na sua voz.

Por isso, aqueles que querem verdadeiramente cultivar a sua voz e conservá-la por muito tempo, devem não só tomar muitas precauções com a sua saúde, mas também dar atenção às emoções que vivem. A menor emoção – inquietação, medo, dúvida, cólera, alegria, esperança – reflete-se na voz.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: Publicações Maitreya, Porto, Portugal
https://publicacoesmaitreya.pt
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