terça-feira, 30 de maio de 2023

MÊS DE GÊMEOS

Gêmeos e Aquário representam o centro da garganta no homem.

A respiração, inspiração e expiração, é regida por Gêmeos.

Quando a consciência nos penetra, a respiração não é mais experienciada e atingimos o estado de equilíbrio em que a força prânica flui constantemente. Neste estado, deixa de existir a alternância de opostos. Esta é uma expressão de Aquário.

Gêmeos é representado pelo símbolo maçônico de um homem branco e um mulher negra, Yin e Yang na natureza, a dualidade tal como podemos percebê-la.

Quando falamos e nos comunicamos, projetamos nossa personalidade no mundo. Nesse momento, deixamos de SER, e nos TORNAMOS um reflexo. O tempo é inútil quando SOMOS, mas torna-se um veículo e tem um propósito para o homem interior já que este se manifesta nos três mundos através do pensamento, da fala e da ação. A experiência é fruto do nosso trabalho nos três mundos da existência humana. Ao longo da experiência de vida, nasce o discernimento, o desapego, a aceitação, a resistência, a intuição e a compaixão, e somos capazes de nos estabelecer no centro da garganta. Estas são as propriedades divinas de Mercúrio, que é o regente de Gêmeos. Lentamente, o discípulo experimenta que suas opiniões sobre si mesmo e sobre os demais perdem sua posição dominante e a vida é aceita tal como ela o é. É então quando podemos nos firmar no SER e experimentar os frutos do nosso trabalho. Isso é o que definimos como Consciência Búdica. O discípulo, então, agora, começou a construir a Ponte ou o Antah-Karana-Sarira que existe no cérebro como uma conexão sutil entre a glândula pineal e o corpo pituitário.



Heinrich Schwägermann Lorenzen




Fonte: Circular de Vaisakh, Carta no 2, ciclo 37, del 21 de mayo al 21 de Junio de 2023
World Teacher Trust – España
www.wttes.org
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/signos-do-zod%c3%adaco-s%c3%admbolo-3231780/

MEDITAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO CORAÇÃO


O rígido sectarismo de alguns líderes religiosos está levando muitos cristãos a encontrar uma expressão mais verdadeira dos ensinamentos de Jesus na antiga sabedoria contemplativa. Para muitos, vale a pena acreditar em uma doutrina, - mesmo quando se trata do inefável -, não só porque afirma ser verdadeira, mas porque nos ajuda a manter nossas crenças, além do mero "consumo". No entanto, nenhuma crença pode ser mantida com convicção, exceto a certeza da fé que vem com esperança e amor.

A certeza do fundamentalista deve ser banida e devemos permitir que a dúvida surja para que possamos questionar tudo. Nossa experiência dessa morte da certeza também leva à morte do desejo – o desejo egoísta de querer estar certo, estar seguro e ser melhor do que os outros. Essa morte representa nossa participação na Cruz. O renascimento do desejo que ela traz é o desejo transformado que brota de um coração puro na visão de Deus. Esse “desejo por Deus” não é como qualquer outro desejo que já sentimos. Como disse São João Clímaco “feliz é a pessoa cujo desejo por Deus se tornou a paixão de um amante por sua amada”. Nunca se esgota, nem nos leva a abusar dos outros para alcançá-lo. É, ao mesmo tempo, o desejo e a liberação do desejo tal como o experimentamos antes.

A meditação nos leva à purificação do coração e à morte do desejo. Assim como há um nascimento para cada morte, também a regeneração do desejo leva ao desejo de Deus. Não é o desejo de um objeto ou da própria satisfação. Mas é um desejo de felicidade: nunca poderíamos desejar ser infelizes. O desejo de Deus é o desejo de nossa felicidade cumprindo o mandato do amor. Este mandamento nos diz que o único desejo que nos fará verdadeira e profundamente felizes é o desejo da felicidade do próximo.


Trecho de “Dear Friends”, escrito por Laurence Freeman, OSB, no Boletim da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã (inverno de 2000).


Transcrição de Carla Cooper



Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/ioga-mar-aceno-medita%c3%a7%c3%a3o-zen-chan-3338691/

A MEDITAÇÃO E O APOSENTO SECRETO


Meditais, por exemplo, acerca de verdades sublimes que não conseguis captar, e eis que ao fim de algum tempo conseguis compreendê-las. O que se passou? De onde veio essa compreensão?... O vosso espírito já a possuía desde sempre, mas era um domínio ao qual a vossa consciência ainda não tinha tido acesso. Porque o homem, que não sabe o que se passa no seu subconsciente, também não sabe o que se passa no Alto, no Céu, no seu Céu, no seu espírito, a superconsciência.

Podeis fechar-vos quantas vezes quiserdes entre as quatro paredes de um quarto e aí orar; se não tiverdes amor pelo Senhor, se não conseguirdes atingir esse estado de fervor que é próprio da oração, não podereis encontrar esse aposento secreto nem entrar nele. O aposento secreto é o estado de grande concentração, de paz, de silêncio interior, em que todo o resto se extingue, em que não existe mais nada senão a vossa oração, a vossa palavra interior que percorre o espaço. Nesse momento, mesmo se não souberdes que estais nesse aposento secreto, vós estais lá realmente.

O aposento secreto é um símbolo magnífico e de uma grande profundidade, que era certamente conhecido muito antes de Jesus. Todos os Iniciados e místicos sabem que para orar é preciso entrar nesse aposento interior, porque no exterior o Céu não os ouvirá. Por quê? Imaginai que estais na rua e que quereis falar a um amigo que se encontra noutra cidade: não podereis fazê-lo, a menos que entreis numa cabine telefônica, porque há lá um aparelho onde marcareis um número e estabelecereis a comunicação. Se ficardes na rua, por mais que griteis, por mais que berreis, o vosso amigo não vos ouvirá. Da mesma maneira, para sermos ouvidos pelo Céu, é preciso que entremos nesse aposento secreto de que falava Jesus, porque ele também está equipado com "aparelhos telefônicos" que permitem comunicar com os mundos superiores.

Mas aprofundemos mais ainda esta comparação: quando entrais numa cabina telefônica, fechais a porta para poder escutar e falar sem barulhos. De igual modo, esse aposento secreto deve estar silencioso, porque não é com barulho que se faz o trabalho espiritual.

Devemos, pois, compreender que existe em todos os seres um lugar muito silencioso em que eles devem penetrar fechando a porta atrás de si. Fechar a porta quer dizer não deixar entrar pensamentos e desejos estranhos à oração, senão haverá parasitas na vossa comunicação com o Céu e não obtereis resposta. Só no aposento secreto é que a comunicação pode passar correctamente: Vós falais e ouvis; dirigis um pedido ao Céu e recebeis uma resposta. Se não conseguirdes captar o que vos dizem é porque vos esquecestes de fechar a porta ou não conseguistes acalmar o tumulto dos vossos pensamentos e dos vossos sentimentos.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: Publicações Maitreya, Porto, Portugal
https://publicacoesmaitreya.pt
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/nascer-do-sol-ioga-natureza-3848628/