segunda-feira, 6 de outubro de 2014

FRAQUEZAS SÃO SINAIS

Cada ser humano tem uma ou várias fraquezas – seria demasiado moroso enumerá-las – e as possibilidades de sucumbir às tentações não faltam, surgem continuamente situações que despertam nele a gula, a sensualidade, a frivolidade, a ganância, a agressividade... 

Quem quer vencer as suas fraquezas deve tentar identificar os sinais que lhe anunciam a vinda da tentação. Ele descobrirá que esses sinais são sempre os mesmos e que são um aviso. Deve analisar-se e perceber em que ocasião sucumbiu e por que sinais a tentação começou a insinuar-se nele. Esses sinais podem ser um movimento de impaciência, uma sensação no plexo solar, um pensamento que o atravessa, uma imagem que se lhe apresenta etc.

Há sempre sinais que vos advertem de que a tentação se aproxima. Eles são diferentes consoante as pessoas e, por isso, cabe-vos a vós ter consciência deles. Quando, finalmente, tiverdes descoberto esses sinais precursores, podereis tornar-vos senhores da situação, pois, assim que eles aparecerem, sabereis que deveis aumentar a vossa vigilância.



Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ACEITAÇÃO - INTROSPECÇÃO - PAZ

Quando há honestidade e leveza no eu não há problema na comunicação com os outros. Se alguém insultar você, mantenha sua paz. Se alguém se dirigir a você de cabeça quente, não fique quente também. Permaneça calmo internamente e você manterá a boa comunicação. Tentar explicar algo para alguém que está quente, não funcionará. Leve sua mente para além da desconsideração, aceite o que está acontecendo e seja flexível.

Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros. Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas. É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar. Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros. (Ken O'Donnell)

Cultive o hábito de criar pensamentos realmente pacíficos e poderosos. Aprenda a ficar em paz no silêncio e você nem precisará pensar. Pensamentos bons e benéficos surgirão naturalmente. Novas ideias virão na sua mente. Se algo precisa ser feito, isso virá de forma sutil e tranquila. Assim, se você tiver que encontrar alguém, essa pessoa virá até você sem que você a chame. Permaneça em paz e os pensamentos que você tiver serão colocados na prática. (Dadi Janki)

Cuide-se, mantenha sua paz. Foque sua consciência na sua forma espiritual uma pequenina estrela como um minúsculo ponto de luz no centro da testa. Experimente realmente a diferença entre você, a Estrela Brilhante, e você, o corpo, o veículo físico. O cansaço acabará e a irritação também. Suas ações serão preenchidas de amor, para si e para os outros.



Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autorial pessoal

DEFICIÊNCIA MENTAL E LOUCURA (QUESTÕES DE "O LIVRO DOS ESPÍRITOS")

371. A opinião de que os deficientes mentais teriam uma alma inferior tem fundamento?

- Não. Eles têm uma alma humana, muitas vezes mais inteligente do que pensais, que sofre da insuficiência dos meios que tem para se manifestar, assim como o mudo sofre por não poder falar.

372. Qual o objetivo da Providência ao criar seres infelizes como os loucos e os deficientes mentais?

- São Espíritos em punição (educação/expiação - observação minha) que habitam corpos deficientes. Esses Espíritos sofrem com o constrangimento que experimentam e com a dificuldade que têm de se manifestarem por meio de órgãos não desenvolvidos ou desarranjados.

372a. É exato dizer que os órgãos não têm influência sobre as faculdades?

- Nunca dissemos que os órgãos não têm influência. Têm uma influência muito grande sobre a manifestação das faculdades; porém, não as produzem; eis a diferença. Um bom músico com um instrumento ruim não fará boa música, mas isso não o impedirá de ser um bom músico.

Comentário de Allan Kardec: É preciso distinguir o estado normal do estado patológico (*). No estado normal, a moral (**) suplanta o obstáculo que a matéria lhe opõe. Mas há casos em que a matéria oferece tanta resistência que as manifestações são limitadas ou deturpadas, como na deficiência mental e na loucura. São casos patológicos e, nesse estado, não desfrutando a alma de toda a sua liberdade, a própria lei humana a livra da responsabilidade de seus atos.

373. Qual pode ser o mérito da existência para seres que, como os loucos e os deficientes mentais, não podendo fazer o bem nem o mal, não podem progredir?

- É uma expiação obrigatória pelo abuso que fizeram de certas faculdades; é um tempo de prisão.

373a. O corpo de um deficiente mental pode, assim, abrigar um Espírito que teria animado um homem de gênio em uma existência precedente?

- Sim. A genialidade torna-se às vezes um flagelo quando dela se abusa.

Comentário de Allan Kardec: A superioridade moral nem sempre está em razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito para expiar. Daí resulta frequentemente para eles uma existência inferior à que tiveram e causa de sofrimentos. As dificuldades que o Espírito experimenta em suas manifestações são para ele como correntes que impedem os movimentos de um homem vigoroso. Pode-se dizer que deficientes mentais são aleijados do cérebro, assim como o coxo das pernas e o cego dos olhos.

374. O deficiente mental, no estado de Espírito, tem consciência de seu estado mental?

- Sim, muito frequentemente; ele compreende que as correntes que impedem seu vôo são uma prova e uma expiação.

375. Qual é a situação do Espírito na loucura?

- O Espírito, no estado de liberdade, recebe diretamente suas impressões e exerce diretamente sua ação sobre a matéria. Porém, encarnado, se encontra em condições bem diferentes e na obrigatoriedade de só fazer isso com a ajuda de órgãos especiais. Se uma parte ou o conjunto desses órgãos for alterado, sua ação ou suas impressões, no que diz respeito a esses órgãos, são interrompidas. Se ele perde os olhos, torna-se cego; se perde o ouvido, torna-se surdo etc. Imagina agora que o órgão que dirige os efeitos da inteligência e da vontade, o cérebro, seja parcial ou inteiramente danificado ou modificado e ficará fácil compreender que o Espírito, podendo dispor apenas de órgãos incompletos ou deturpados, deverá sentir uma perturbação da qual, por si mesmo e em seu íntimo, tem perfeita consciência, mas não é senhor para deter-lhe o curso, não tem como alterar essa condição.

375a. É então sempre o corpo e não o Espírito que está desorganizado?

- Sim. Mas é preciso não perder de vista que, da mesma forma como o Espírito age sobre a matéria, também a matéria reage sobre o Espírito numa certa medida, e que o Espírito pode se encontrar momentaneamente impressionado pela alteração dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe suas impressões. Pode acontecer que, depois de um período longo, quando a loucura durou muito tempo, a repetição dos mesmos atos acabe por ter sobre o Espírito uma influência da qual somente se livra quando estiver completamente desligado de todas as impressões materiais.

376. Por que a loucura leva algumas vezes ao suicídio?

- O Espírito sofre com o constrangimento e a impossibilidade de se manifestar livremente, por isso procura na morte um meio de romper seus laços.

377. O Espírito de um doente mental é afetado, depois da morte, pelo desarranjo de suas faculdades?

- Pode se ressentir durante algum tempo após a morte, até que esteja completamente desligado da matéria, como o homem que acorda se ressente por algum tempo da perturbação em que o sono o mergulha.

378. Como a alteração do cérebro pode reagir sobre o Espírito após a morte do corpo?

- É uma lembrança. Um peso oprime o Espírito e, como não teve conhecimento de tudo que se passou durante sua loucura, precisa sempre de um certo tempo para se pôr a par de tudo; é por isso que, quanto mais tempo durar a loucura durante a vida terrena, mais tempo dura a opressão, o constrangimento após a morte. O Espírito desligado do corpo se ressente, durante algum tempo, da impressão dos laços que os uniam.


Notas:

(*) - Estado patológico: situação em que o organismo sofre alterações provocadas por doenças (N. E.).
(**) - A moral: o conjunto das virtudes; a vergonha; o brio (N. E.).




Allan Kardec





Fonte: do livro "O Livro dos Espíritos", 76º ed., Rio de Janeiro, RJ, FEB, 1995
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CONHECER TODO O CONTEÚDO DO SEU PENSAMENTO

Não ser coisa alguma é o começo da liberdade. Assim, se você é capaz de sentir, de entrar nisto descobrirá, conforme estiver consciente, que você não é livre, que está limitado a muitas coisas diferentes, e que, ao mesmo tempo, a mente espera ser livre. E você pode ver que as duas coisas são contraditórias. Então a mente tem que investigar por que ela se prende a alguma coisa. Tudo isto implica trabalho duro. É muito mais árduo do que ir ao escritório, do que qualquer tarefa, do que todas as ciências reunidas. Porque a mente humilde, inteligente está interessada em si mesma sem ser egocêntrica; portanto, ela tem que estar extraordinariamente alerta, consciente, e isso significa verdadeiro trabalho árduo todo dia, toda hora, todo minuto. Isto exige trabalho insistente, pois a liberdade não chega facilmente. Tudo impede – sua esposa, seu marido, seu filho, seu vizinho, seus Deuses, suas religiões, sua tradição. Tudo isto o impede, mas você as criou porque quer segurança. E a mente que está buscando segurança nunca pode encontrá-la. Se você observou um pouco no mundo, sabe que não existe tal coisa como segurança. A esposa morre, o marido morre, o filho vai embora, alguma coisa acontece. A vida não é estática, embora gostássemos que fosse. Nenhuma relação é estática porque a vida é movimento. Essa é uma coisa a ser percebida, a verdade a ser vista, sentida, não uma coisa para se argumentar a respeito. Então você verá, ao começar a investigar, que isto é realmente um processo de meditação. Mas não fiquem hipnotizados com essa palavra. Estar consciente de cada pensamento, saber de que fonte ele brota e qual a sua intenção, isso é meditação. E conhecer todo o conteúdo de seu pensamento revela a totalidade do processo da mente.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Áries, a descida em 10 passos
Pintura de Ludger Philips
http://www.ludgerphilips.org/

DESENVOLVIMENTO INTERIOR E CONFLITOS (INDIVIDUALIDADE E PERSONALIDADE)

(...) pode dar a impressão de que é o Eu que evolui. Por isso, faz-se mister esclarecer que, sendo uma centelha do Absoluto, o Eu já é perfeito e completo em si mesmo e não tem necessidade de evoluir, de progredir. Na realidade, o que evolui, o que cresce é o Seu aspecto consciência.

(...) a parte do Eu que encarna, que se encerra nos veículos da personalidade, evolui ao longo de um processo de crescimento e despertar lento e progressivo, até chegar ao auto-reconhecer.

A energia divina do Eu autolimita-se ao imergir na matéria, mas não se dispersa, não se anula. A muito custo, inconscientemente, ela tende a retornar à origem de onde veio e, remontando através da matéria dos diversos planos, "transforma-a em consciência".

É exatamente isso que o querem dizer as palavras de Sri Aurobindo: "A evolução é uma lenta transformação da energia em consciência."

A personalidade, que é o conjunto de três veículos (físico-etérico, emotivo e mental), constitui simbolicamente a matriz, a Mãe, onde a semente do Eu cresce e progride, dela recebendo seu alimento.

Todavia, a evolução da consciência é muito lenta e gradativa, e não pode acontecer de maneira rápida e regular enquanto a personalidade também não estiver formada, organizada e integrada. Na verdade, os veículos da personalidade também passam por um amadurecimento e uma evolução que ocorrem paralelamente, e às vezes independentemente, a partir do desenvolvimento da consciência do Eu.

Esse desenvolvimento é muito moroso e inconsciente nas primeiras encarnações e, de início, revela-se apenas como consciência do eu, como autoconsciência, porém no seu aspecto mais negativo de separatividade, egoísmo, fechamento... Além disso, há uma completa identificação dessa consciência do eu com os veículos pessoais e não raro com o corpo físico.

Portanto, a evolução do homem em suas primeiras vidas é sobretudo uma formação, uma organização e qualificação de corpos pessoais que de um estado inicial bruto, amorfo, não-organizado, confuso, passam a adquirir qualidades, faculdades, sensibilidades e se delineiam e organizam em decorrência das várias experiências e eventos da vida e dos contatos com o mundo exterior.

Essa evolução dos corpos pessoais, entretanto, por acontecer enquanto o Eu, o verdadeiro Eu, ainda está latente e inconsciente, pode levar ao desenvolvimento de características e tendências negativas, ou seja, permeadas de egoísmo, orgulho, ambição, desejo. A personalidade, ou seja, o conjunto dos três corpos, pode chegar a um grau relativamente avançado de formação e integração, só que sob a orientação, não do eu verdadeiro, do Eu, mas de um "eu" falso e construído que é essencialmente uma força, quase uma entidade independente. É como se houvesse uma idade da personalidade e uma idade da Alma, entendendo-se por Alma a consciência do Eu imanente.

Na verdade, existem pessoas dotadas de uma personalidade forte, eficiente e organizada, que têm êxito na vida mas são imaturas do ponto de vista interior e espiritual. Isso acontece sobretudo com as pessoas extrovertidas, cuja energia vital está toda voltada para fora, para o mundo objetivo, em busca de experiências, de ação, de conhecimento da realidade exterior.

Às vezes pode acontecer o oposto. Pode ocorrer um grande desenvolvimento interior, uma sensibilidade ao mundo subjetivo e abertura de consciência decorrentes de uma ou de mais vidas dedicadas ao misticismo, à interioridade, à introversão, ao recolhimento, e ao mesmo tempo uma personalidade carente, deficitária, não-desenvolvida e bruta. É o caso dos introvertidos.

A meta é o desenvolvimento global do homem, tanto do ponto de vista da consciência do Eu quanto do ponto de vista dos veículos pessoais, uma vez que o Eu precisa de uma personalidade bem-formada e desenvolvida para poder utilizá-la plenamente.

Tal meta, contudo, não é alcançada por um caminho direto e fácil, mas por uma trilha tortuosa, difícil, indireta, semeada de lutas, crises, perigos, ilusões e condicionamentos a serem superados. Por essa razão, é preciso saber quais são as eventuais fases desse desenvolvimento interior e distinguir entre as diversas manifestações da nossa complexa natureza humana para compreender quais delas provêm do Eu, ou seja, da nossa individualidade, e quais, ao contrário, se originam na personalidade.

Desenvolvemo-nos com base em duas diretrizes paralelas, que muitas vezes se alternam: uma objetiva, exterior, outra subjetiva, interior; devemos tomar consciência de que vivemos no dualismo entre o nosso verdadeiro ser, o eu real, e o eu pessoal, que, embora construído e ilusório, é forte e organizado.

Nas primeiras vidas esse dualismo é inconsciente, porque o eu real, o Eu, é de todo latente e entorpecido; aos poucos, entretanto, ele se torna cada vez mais manifesto e consciente, e tem início um período de alternâncias durante o qual prevalece ora a personalidade, ora a individualidade, até que essas duas forças se confrontam e principia, então, o conflito decisivo.

Muito embora esse dualismo tenha sido criado ilusoriamente pela nossa identificação com os instrumentos pessoais, é puramente teórico afirmar que somos "unos" porque na prática agimos como se fôssemos "dois" e todo o nosso caminho evolutivo, até o momento da completa identificação com o Eu, é marcado pelo dualismo, pelo conflito e atrito entre duas forças opostas: a da personalidade e a da individualidade.

Ainda assim esse dilacerante dualismo é inevitável e, aliás, necessário, uma vez que "antes de poder unir é preciso dividir", como diz Alan Watts, ou seja, é preciso passar pela experiência da divisão, do conflito, da separação, para então poder reencontrar conscientemente a unidade.

Para se alcançar mais facilmente essa meta, é útil conhecer a constituição interior do homem, começar a entender a natureza das energias que agem e circulam nele e aprender a distinguir entre os impulsos que procedem do Eu, e aquilo que, ao contrário, é uma manifestação alterada, distorcida, falseada de um dos veículos da personalidade.

O conhecimento das características, qualidades e funções específicas de cada um dos corpos pessoais, embora de início seja apenas teórico, nos ajudará a desenvolver gradativamente uma das qualidades mais importantes para o nosso crescimento interior: o discernimento. Essa qualidade capacita o homem a não cair nas ilusões, nas falsas identificações, a saber distinguir entre o que é pessoal, factício, falso (ou seja, proveniente do eu pessoal), e o que é real (ou seja, proveniente do Eu). Permite-lhe desenvolver a sensibilidade e a intuição para entender a diferença entre a verdadeira e a falsa consciência. 

O desenvolvimento da capacidade de discernir e sua utilização constituem a primeira fase do lento processo de reunificação interior, da superação do dualismo aparente entre o Eu e os seus veículos, e corresponde à necessidade de "dividir" antes de reunir. Na realidade, o discernimento não divide em dois a "essência fundamental", que é a mesma tanto na individualidade quanto na personalidade. Ele distingue o verdadeiro do falso, o autêntico do ilusório, e ajuda a reencontrar a "essência" em meio às infra-estruturas, às falsas construções, aos hábitos e automatismos, que não têm uma realidade e consistência efetivas.

Os veículos pessoais não são "falsos" em si mesmos, não são "impuros" em sua essência — são falsos e impuros na medida em que são condicionados e usados erroneamente.

"A impureza é um erro funcional", diz Sri Aurobindo. Devemos, pois, descobrir a verdadeira função de cada um dos veículos, para utilizar as suas energias na direção correta e fazer com que se tornem o que realmente são: instrumentos de expressão do Eu.

Cada um dos corpos da personalidade é um reflexo de um dos aspectos do Eu.

Segundo as doutrinas esotéricas, o Eu tem três aspectos:

Vontade (Atma);
Amor (Buddhi);
Inteligência Criativa (Manas).

Estes, por sua vez, correspondem e são o reflexo no microcosmo dos três aspectos da Divindade, presentes em todas as religiões, a saber:

Pai... Vontade... Atma;
Filho... Amor... Buddhi;
Espírito Santo... Inteligência Criativa... Manas.

Essa triplicidade divina do Uno reflete-se, portanto, no homem, conferindo ao Eu individual três aspectos, três qualidades que, por sua vez, se refletem na personalidade, dando vida a três corpos, ou veículos de expressão, como segue:

Corpo mental ... Vontade (1º aspecto)... Pai;
Corpo astral (ou emotivo) ... Amor (2º aspecto)... Filho;
Corpo físico-etérico... Inteligência Criativa (3º aspecto)... Espírito Santo.

Através da evolução gradativa da consciência, o homem deve descobrir essas ligações e reconduzir os seus veículos à sua função correta. Deve compreender que construiu inconscientemente na personalidade automatismos, hábitos e "erros funcionais" por não ter consciência de sua verdadeira natureza e identificou-se com um "eu" ilusório, criando em si um dualismo e uma separação entre a individualidade ainda latente e a personalidade de superfície.

O trabalho é longo, difícil e cheio de obstáculos, porque a personalidade, embora feita de hábitos, automatismos e condicionamentos, se estabilizou e quase se consolidou sobre esses erros, tornando-se uma entidade separada, conquanto ilusória, que resiste continuamente às tentativas de mudar de direção.

Urge trabalhar com constância e persistência e ir a fundo para erradicar esses hábitos, desmascarar os condicionamentos, dispersar as névoas das ilusões e reconduzir gradativamente as energias dos veículos à sua verdadeira função.

Assim, como primeiro passo para tomar-nos senhores das energias dos corpos pessoais, para entender as leis que delas resultam, suas peculiaridades, e começar a desmantelar a construção falsa e cristalizada que nos limita, que nos impede de ser nós mesmos e de realizar a verdadeira tarefa dos instrumentos de expressão do Eu, é necessário conhecer minuciosamente a estrutura oculta do homem.




Dra. Angela Maria la Sala Bàta





Fonte: do livro "O Eu e seus Veículos de Expressão", cap. 2, Ed. Pensamento, 1991
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NEM TODAS AS FLORES FLORESCEM AO MESMO TEMPO

Todos são filhos de Deus. Por isso todos devem viver como encarnações do amor e como irmãos e irmãs, amando e servindo. 

Pessoas mantêm distância enquanto não entendem o poder do amor. Depois que compreenderem e experimentarem o amor, elas se tornarão um. Você será capaz de compreender essa verdade, mais cedo ou mais tarde. 

Quando uma planta produz flores, nem todas elas florescem ao mesmo tempo. Algumas estão em processo de florescimento, algumas floresceram totalmente, mas outras estarão apenas na fase de botão. Somente a flor totalmente desabrochada espalha sua fragrância. 

Da mesma forma, as pessoas também estarão em diferentes estágios de evolução - algumas são como o botão, algumas estão em um estágio de florescimento e algumas outras são como a flor totalmente desabrochada, espalhando sua fragrância. 

Espere pacientemente até que o estágio de fragrância chegue.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal