sábado, 9 de abril de 2016

DESERTO DA ALMA - AS SITUAÇÕES DIFÍCEIS DA VIDA

De alguém que não se deixa abater, sejam quais forem as dificuldades que tenha de ultrapassar, pode-se dizer que irá muito longe. Vós perguntais: «Nunca se deixar abater? Como é isso possível?» Com a boa vontade. Sim, a boa vontade, pois a vontade só por si não basta. Não basta cerrar os dentes ou os punhos perante as dificuldades e dizer: «Eu vou aguentar!», pois não é garantido que se consiga ser mais forte do que os acontecimentos, e fica-se esgotado.

Aquilo a que eu chamo boa vontade é uma vontade sustentada por um intelecto que procura compreender os acontecimentos e tirar deles uma lição, e por um coração sempre aberto aos outros. Esta boa vontade é também uma forma de paciência. Nada a desencoraja. Por isso, a paciência é uma qualidade que deve acompanhar todas as outras: é preciso ser sábio e paciente, ser generoso e paciente, ser forte e paciente, senão todas essas qualidades que são a sabedoria, a generosidade, a força, etc., perdem rapidamente o seu poder.

Em que é que devemos alicerçar a nossa esperança? Na certeza de que o futuro pode sempre ser melhor. Mesmo que o presente não seja famoso, os poderes da vida e do bem são tais que podem sempre vencer o mal, desde que decidais associar-vos a eles.

Alguém dirá: «Mas que esperança posso eu ter? Todas as minhas iniciativas falham, não tenho qualquer futuro!» Evidentemente, isso depende daquilo a que chamais o vosso futuro. Se só perspetivais esse futuro como sucesso material, social, ou como um romance de amor digno dos contos de fadas, talvez o vosso futuro esteja realmente tapado. Mas o vosso verdadeiro futuro, o vosso futuro de filhos e filhas de Deus, está escancarado diante de vós. Os dias são diferentes uns dos outros. Hoje não vistes o sol? Amanhã ele voltará a brilhar. Nada está definitivamente fechado para aqueles que sabem onde alicerçar a sua esperança.

Pode acontecer a cada um sentir-se interiormente como se atravessasse um deserto: já nem tem gosto nem desejo pelo que quer que seja, tudo para ele se torna enfadonho, estranho, vazio. Este estado é o mais grave em que um ser humano pode cair. O mais grave não é ter insucessos, ficar doente, arruinado, é já não ter amor, entusiasmo, fé, é perder o sentido da vida. Por isso, há que preparar em si próprio os elementos que serão necessários para sair incólume desse deserto da alma.

Cada dificuldade tem uma solução particular. Essa solução pode ser a luz, ou a vontade, ou a humildade, ou a pureza, ou o amor... Por isso, esforçai-vos por não descurar nenhum destes poderes, nenhuma destas forças, para não ficardes completamente sem recursos quando vem a provação. Mesmo que hoje vos pareça que nada vos falta, isso não justifica que não trabalheis para adquirir os elementos que – podeis estar certos! – um dia vos serão necessários.




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Nesse momento, o serviço mais essencial que podemos fazer para a humanidade é espalhar vibrações de paz. À medida que o medo e a animosidade abastecem os cenários ao redor do mundo, nossas vibrações - que emergem de pensamentos e votos pacíficos podem funcionar como tranquilizantes que acalmam a atmosfera. Assim como pensamentos tóxicos de ódio e revanche tem moldado as crises, pensamentos de paz mundial nos levarão em direção à resoluções mais calmas das situações.

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)

Tolerância significa aceitar as diferenças e mudar com graça. É uma aceitação intencional das coisas como são. É ficar calmo em meio às pessoas e situações que possamos não concordar. É manter nossa dignidade e equilíbrio interior enquanto passando pelo teste de resistência. Tolerância não é aprovar o comportamento e abordagem dos outros. É uma forma de mostrar respeito pela humanidade essencial de cada pessoa.

Para muitos de nós, tolerância pode parecer ser uma arma para os fracos. Mas tolerância, de fato, é o contrário do comportamento submisso. É uma virtude que independe de medo e aprovação, é um ato de grande coragem! Uma pessoa tolerante sabe que o silêncio muitas vezes pode ser mais poderoso do que a fala e então ela usa o comedimento para se conduzir através da situação. Ela sabe que através do silêncio muitas coisas complexas são resolvidas por si mesmas, não precisam do nosso impulso de reagir ou interferir.

Atualmente precisamos mudar a tendência de ter cabeças quentes e corações frios em relação às situações externas. Não importa o que aconteça, precisamos manter o coração aquecido com amor e compaixão e a cabeça fria com paz. Essa atitude ajudará a manter corpo e alma saudáveis. E uma boa vibração para o mundo será criada. (Sister Jayanti)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal