sábado, 11 de outubro de 2014

INTUIÇÃO DAS PENAS E GOZOS FUTUROS - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Questões 960 a 962 - Intuição das Penas e Gozos Futuros

Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos"


960. Donde se origina a crença, com que deparamos entre todos os povos, na existência de penas e recompensas porvindouras?

"É sempre a mesma coisa: pressentimento da realidade, trazido ao homem pelo Espírito nele encarnado. Porque, sabei-o bem, não é debalde que uma voz interior vos fala. O vosso erro consiste em não lhe prestardes bastante atenção. Melhores vos tornaríeis, se nisso pensásseis muito, e muitas vezes."


961. Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança?

"A dúvida, nos cépticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem."


962. Como pode haver cépticos, uma vez que a alma traz ao homem o sentimento das coisas espirituais?

"Eles são em número muito menor do que se julga. Muitos se fazem de espíritos fortes, durante a vida, somente por orgulho. No momento da morte, porém, deixam de ser fanfarrões."


Comentário de Allan Kardec:

A responsabilidade dos nossos atos é a consequência da realidade da vida futura. Dizem-nos a razão e a justiça que, na partilha da felicidade a que todos aspiram, não podem estar confundidos os bons e os maus. Não é possível que Deus queira que uns gozem, sem trabalho, de bens que outros só alcançam com esforço e perseverança. A ideia que, mediante a sabedoria de Suas leis, Deus nos dá de Sua justiça e de Sua bondade não nos permite acreditar que o justo e o mau estejam na mesma categoria a Seus olhos, nem duvidar de que recebam, algum dia, um a recompensa, o castigo o outro, pelo bem ou pelo mal que tenham feito. Por isso é que o sentimento inato que temos da justiça nos dá a intuição das penas e recompensas futuras.




Allan Kardec





Fonte: do livro "O Livro dos Espíritos", 76º ed., Rio de Janeiro, RJ, FEB, 1995
Fonte da Gravura: Palácio de Potala - Llasa
Fotografía de Rosa Sorrosal
http://www.good-will.ch/postcards_es.html

A VELHA MENTE ESTÁ CONFINADA PELA AUTORIDADE

O problema então é: É possível para uma mente que foi tão condicionada – educada em inumeráveis seitas, religiões, e todas as superstições, medos – se apartar de si mesma e, com isso, produzir uma nova mente?

A velha mente é essencialmente a mente que está confinada pela autoridade. Eu não estou usando a palavra autoridade no sentido legal; mas com essa palavra quero dizer autoridade como tradição, autoridade como conhecimento, autoridade como experiência, autoridade como meio de encontrar segurança e permanecer nessa segurança, externa e internamente, porque, afinal, é isso que a mente está sempre buscando, – um lugar onde ela possa estar segura, sem perturbação.

Tal autoridade pode ser a autoridade auto-imposta de uma ideia ou a chamada ideia religiosa de Deus, que não tem realidade para uma pessoa religiosa. Uma ideia não é um fato, é uma ficção. Deus é uma ficção; você pode acreditar nele, mas ele é ainda uma ficção. 

Mas para encontrar Deus você deve destruir completamente a ficção, pois a velha mente é a mente que é medrosa, que é ambiciosa, tem medo de morrer, de viver e de relação; e ela está sempre, consciente ou inconscientemente, buscando uma permanência, segurança.




J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal