domingo, 25 de dezembro de 2016

AS DOZE NOITES SANTAS (2ª NOITE - 25/26 dezembro)

Nasce o Sol, atravessamos o segundo dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu irradiando da Constelação de Aquário o segundo degrau desta escada espiritual. Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.

Os anjos são representados pela figura de um ser que derrama a água, o símbolo da vida, e assim eles também são chamados de “Filhos da Vida”. Eles são os seres espirituais imediatamente superiores a nós, mantendo conosco uma relação próxima. Os encontramos logo cedo no nascimento, quando “parecemos anjos”, nosso corpo vital ainda muito latente, cheio de vida.

Na nossa infância eles são chamados de “Anjo da Guarda”. São representados em todas as culturas protegendo uma criança dos perigos, sendo o seu guia e como guia permanecem ao longo de toda a vida.

Quando estamos em dúvida em relação a que caminho seguir, “Perguntamos a nosso anjo da guarda” sobre qual decisão tomar. Na vida adulta ele se transforma em nosso Guia Espiritual, nosso verdadeiro Self. “Assim deverás ser” nos fala no íntimo, transmutando continuamente forças vitais em forças de consciência, fazendo surgir nos pensamentos as imagens orientadoras para a nossa vida.

Nesta segunda Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de Aquário os impulsos dos Anjos para que possamos enxergar e permanecer fiéis aos nossos ideais. Os nossos ideais iluminam e protegem o nosso caminho e apontam para onde devemos seguir.

Nesta noite pense no que você quer alcançar neste ano que se inicia e olhe também para o seu estado de saúde. Da região de Aquário, o Anjo que tem sido o seu Guia Espiritual através de suas sucessivas vidas, irá iluminar suas metas individuais para este ano que se inicia. Ele também vai fortalecer a qualidade pessoal para você se tornar o agente da sua própria saúde.





Texto de Rudolf Steiner e Serguei Prokoffief
Pesquisa Edna de Andrade







Fonte do Texto e da Gravura: www.noitessantas.com.br
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/

O MITO DE TÂNTALO

Vanitas vanitatum et omnia vanitas – Vaidade das vaidades, tudo é vaidade

Não é de hoje que o homem aspira a mais perfeita e elevada purificação. Como outrora, religiosos ferrenhamente devotados empreendem uma luta interior buscando alcançar o Olimpo, atingir o nirvana ou vivenciar o paraíso na Terra.

O mito grego do rei Tântalo desvela a ambição de um mortal que, não satisfeito em ser notoriamente o “predileto dos deuses”, almeja transmutar-se num “deus” propriamente, incorrendo num erro brutal.

Apontando a hýbris (desmedida) em Tântalo, na obra intitulada “O Simbolismo na Mitologia Grega”, o renomado estudioso francês Paul Diel, afirma que: “Afoito por sua conquista e esquecido de sua condição mortal e seus limites, Tântalo chega a se exaltar com tal intensidade que lhe sobrevém a tentação de querer se tornar um igual entre as divindades, puros símbolos do espírito”.

A fim de obtermos maior clareza sobre esse latente desejo humano e de sua possível perversão, descortinemos o mito legado pelo premiadíssimo tragediógrafo Ésquilo (524-456 a.C.).

A desfrutar néctar e ambrosia, Tântalo, o próspero e abençoado rei de Corinto, justo e bem quisto, torna-se o único mortal admitido à mesa dos olímpicos. A consciência dessa distintiva predileção acaba por enredá-lo numa vaidosa e desvairada grandiosidade imaginativa.

Presunçoso, no afã de confirmar seu estatuto de “igual” entre os deuses, Tântalo convida a todos do Panteão para um banquete em seu palácio e, pondo em teste a onisciência divina, lhes oferece o alimento terrestre sob sua forma mais abjeta: a carne de seu próprio filho, Pélops.

Servir essa funesta iguaria, fruto de sua obsessão doentia, simboliza a maior perversão empreendida por um mortal. Eis que os deuses são mesmo oniscientes, reconhecem a blasfêmia e, horrorizados, repudiam a ofensiva dádiva. Somente a deusa Deméter, da agricultura, perturbadíssima com o recente desaparecimento da filha Perséfone (Prosérpina ou Kore para os romanos), desatentamente ingere um pedacinho da carne.

Malsucedido, Tântalo nem se igualou aos deuses, nem os rebaixou a seu nível, pois Zeus, o soberano do Olimpo, restaurador da ordem, ressuscita Pélops reconstituindo o pedaço faltante do ombro por mármore (daí “hamartía“, a marca) e delibera sobre qual seria o pior castigo para o herege. O menino fora poupado, mas a maldição lançada aos descendentes da Casa de Atreu (cujo expoente será o ganancioso rei atrida Agamêmnon), como a “marca do pecado original” legado no mito de Adão e Eva, trazemos todos até hoje: a eterna insatisfação.

A condenação pelo veredicto dos deuses, pela “lei psíquica”, ilustra a justiça inerente a todos nós. É na perturbação oriunda do conflito interior da psyché (alma) humana que as divindades tornam-se expressões simbólicas da legalidade essencial da vida e de sua necessidade de fazer justiça.

A santidade idealizada e perseguida em ciclos míticos como o hindu, o islâmico e o cristão, por exemplo, é justa. Almejar, no entanto, a santidade absoluta, esquecendo-se da condição humana, é irrealizável. Mais ainda, uma ambição dessa magnitude constitui evidente desmedida (hýbris), caso de Tântalo.

Paul Diel, afirma que: “Justamente em razão dos gregos não terem alcançado a visão clara e mais elevada do ideal simbolicamente expresso pelo mito cristão, é que [neles] o desejo de purificação perfeita só pôde ser visto sob seu aspecto negativo; o perigo de uma superexcitação doentia da esfera espiritual”. A visão mítica dos gregos nos “adverte contra esse perigo exprimindo unicamente o medo de ver rompida a harmonia das pulsões e perder a justa medida”.

Para outras formas de re-ligação (religião), o santo, o homem simbolicamente divinizado, “ungido” pelo “deus”, venceu todos os desejos da matéria, tanto no nível das inquietações físicas quanto no nível da imaginação exaltada e, tendo-os dissolvido, ele não é mais afetado por nenhuma tentação. Como Sidarta Gautama, o Buda, transcende a tudo e a todos.

Ao que Tântalo almeja, tornar-se também um deus, o grego impõe interdito. O ideal de santidade proposto pela doutrina cristã caracteriza um passo evolutivo que transpõe os marcos da cultura pagã. O interdito é esse: a carne se fazer espírito, o homem tornar-se deus. A correção é essa: o Espírito faz-se carne, Deus faz-se homem.

Desse modo, o indivíduo que busca a verdadeira santidade dispõe de toda energia de seus desejos, subtraindo-se ao mundo em relação ao qual ele nada mais deseja e, precisamente por haver-se assim libertado das múltiplas ligações afetivas, permanece unido ao mundo graças a vínculos mais intensos: o amor (caritas), a bondade e a compaixão.





Luciene Felix
(Luciene é professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana da ESDC)






Fonte do Texto e da Gravura:  do Blog "O Ponto Dentro do Círculo"
https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2016/06/21/o-mito-de-tantalo/

A META DA VIDA ALÉM DAS ILUSÕES

É dever primordial de todos transformar cada atividade de sua vida em força e beleza. Infelizmente, o sistema educacional de hoje não consegue nutrir as qualidades de salubridade, unidade e amor, que são as características da verdadeira educação. Todos vocês devem perceber que sua vida está se derretendo rapidamente como gelo, se vocês se importam em melhorar a si mesmos ou não. Muitas pessoas sentem que a aquisição de comida, roupas, abrigo, riqueza, conveniências e confortos constituem o próprio propósito da vida. A vida continua sendo uma tragédia enquanto as pessoas trabalham sob essa ilusão. Muitos são cegos para a meta da vida, alguns nem sequer sentem a dor de ser ignorante sobre isso. Apenas um em um milhão se esforça para realizá-la. Este esforço é o trampolim para a realização do propósito da vida. No dia em que se realiza o propósito da vida, ela passa por uma transformação total, da agonia (vedana) à liberdade da dor (nirvedana). (Rosas de Verão nas Montanhas Azuis, 1996, Capítulo 1)




Sathya Sai Baba







Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr.com

CAMINHOS E EXPERIÊNCIAS

A razão pela qual os humanos cometem tantos erros de julgamento e de comportamento, e passam por tantos sofrimentos, é que eles não sabem aquilo que vieram fazer a esta Terra. Eles vêm e vão embora... De onde vêm e para onde partem, eles ignoram. Para estas duas interrogações, só há uma resposta: Deus. Nós saímos da Nascente divina e a ela voltaremos, um dia. Ao longo das nossas múltiplas encarnações, por quais caminhos passaremos, antes de regressarmos? Isso depende de nós. Deus previu, para as criaturas que somos, um destino excepcional. De vez em quando, apenas, temos dele uma visão fugidia, e devemos agarrar-nos a essa visão com todas as nossas forças. Tudo o que pode conduzir-nos ao caminho do regresso representa etapas. Mesmo que sejam difíceis, dolorosas, essas etapas nunca devem apagar ou fazer-nos esquecer a visão daquilo que seremos quando regressarmos ao seio do Eterno, com todas as experiências que tivermos feito, com todas as qualidades e virtudes que tivermos adquirido e desenvolvido.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

O MELHOR PRESENTE

Para que uma celebração de Natal seja satisfatória, deve ser de uma natureza verdadeiramente religiosa. Jesus veio a esta Terra e apresentou seus ensinamentos, mas os seres terrenos esquecem completamente esse fato. Para eles o Natal significa - acima de tudo - fazer compras, gastar dinheiro, comprar presentes e criar confusão. Temos o poder de tornar o Natal significativo, cheio de paz e verdadeiramente religioso mas, em vez de usar esse poder, nós sucumbimos à energia mundana negativa. Saímos para comprar presentes mas geralmente isso não é feito com nenhum sentimento que pareça uma atitude de amor. (...)

A verdadeira religião traz paz e satisfação para a mente. Ações que só geram confusão não desempenham nenhum papel religioso. Ao contrário, elas vêm de uma mente facciosa que pensa: "Se eu der isto, receberei aquilo em troca." Tal mente é extremamente imatura e egoísta. (...)

Se agíssemos de um modo consistentemente maduro e significativo, nossos filhos também se tornariam serenos. Às vezes pensamos que eles são agitados por natureza e que nós somos algo especial, mas não é bem assim. (...)

É típico das pessoas materialistas acreditar que a felicidade e a frustração dependem totalmente de bens e de fenômenos externos. (...) Para essas pessoas, o sucesso ou o fracasso de um feriado religioso dependem inteiramente de coisas materiais; é por isso que são chamadas de materialistas. Não conseguem encontrar paz e felicidade dentro das suas consciências e, em vez disso, procuram algum sinal de amor externo e físico. Não importa o quanto elas possam dizer que são espirituais; suas mentes estão completamente obcecadas pelo nível material e grosseiro da realidade.

Quando, com perspicaz sabedoria, examinamos profundamente coisas como as nossas atitudes e o nosso comportamento durante o Natal, estamos de fato praticando o Dharma. Este é o verdadeiro objetivo religioso. O estudo do Dharma não significa pensar em algo vindo do céu, de um outro mundo. Trata diretamente de questões como a nossa motivação - o que estamos pensando e sentindo exatamente agora em meio a nossa vida cotidiana. Se não nos esforçarmos para controlar e transformar as mentes negativas e confusas de inveja, de ganância e assim por diante, então não existirá Cristianismo. Não haverá Budismo nem Mahayana nem nada que valha a pena. Devemos reconhecer a mente negativa como ela é e depois, aos poucos, começar a encontrar uma solução para a dor que ela causa em nós e nos outros. Dessa forma, a nossa mente pode ser conduzida para um estado de realização interminavelmente tranquilo. Se não fizermos nada para corrigir a nossa motivação e os modos deturpados de pensar, então o Natal só existirá para o ego. Apesar de estarmos supostamente fazendo uma celebração para Jesus, o que estamos fazendo de fato é algo completamente corrompido.

Desde que nascemos, de quantas festas de Natal já participamos? De que forma elas afetaram as nossas mentes? (...)

Por isso, para que a nossa celebração de Natal seja verdadeiramente religiosa, é importante lembrar quem foi Jesus, o que ele fez e o que ele significou. Dessa maneira, temos condições de compreender como ele beneficiou tantos seres e porque sempre foi uma força positiva, não só na sua época como também ao longo dos dois mil anos que se passaram até hoje. Jesus era dotado de uma compaixão excepcionalmente grande. É muito bom averiguar esse fato e considerá-lo em profundidade. Se o pensamento que vier à nossa memória for: "Preciso alcançar as realizações que ele alcançou e tornar-me tão compassivo quanto ele", esta será a mais perfeita base para celebrar o seu nascimento. Com esse sentimento no coração, uma festa de Natal pode ser muito significativa e válida. (...)





Lama Thubten Yeshe





Fonte: do livro "Noite Feliz - Reflexões Sobre o Natal"
Tradução de Humberto A. B. Rodrigues
Ed. Pensamento, SP
Fonte da Gravura:
http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2013/12/Velas-para-o-Natal-5.jpg

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Alguns tem o hábito de se sentirem pesados. Eles dão ouvidos às coisas dos outros e isso os torna pesados. Na consciência da alma ficamos leves. Então pratique ser luz por um segundo e veja a diferença que isso faz. Deixe todos os pensamentos do tipo: “eu tenho que reagir”, “eu tenho que me vingar”. Se alguém cometer um erro minha tarefa é permanecer silencioso internamente. Minha vida deveria ser uma inspiração para os outros. Eu deveria me tornar um exemplo. (Dadi Janki)

Você já ouviu alguém dizendo: “Quantas vezes preciso lhe falar para fazer isso dessa maneira?” Uma lição é que, mesmo tentando, nunca poderei controlar as circunstâncias, as pessoas ou situações já que elas estão em constante mudança. A única coisa que posso controlar é o modo que escolho responder. Só posso aumentar minha capacidade para tolerar; só eu posso desenvolver minha habilidade para entender; e só eu posso criar meu amor pelos outros mesmo que um dia eles me elogiem e no outro eles me difamem. (Yogesh Sharda)

Nunca acredite em ninguém que diz que não podemos mudar. A visão é um dos segredos da transformação pessoal. Somos todos artistas. Nossa mente é o palco da criação e da visão. Qual é a visão que você tem de si hoje? Paciente? Descontraído? Positivo? Tenso? Pressionado? O que você prefere? Então seja criativo! A paciência se parece com que? Sinta isso! O que você sente quando está usando o seu poder de esperar? Sempre comece com uma visão, não com uma ação. Veja isso e você será isso. Seja isso e você fará isso. É assim que criamos nossa própria vida. (Mike George)

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)




Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com