quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SÓ O VERDADEIRO SILÊNCIO PODE EXPRIMIR A ESSÊNCIA DA DIVINDADE

O sábio a quem perguntardes «O que é Deus?» ficará em silêncio, pois a esta pergunta só se pode responder com o silêncio. Só o silêncio, o verdadeiro silêncio, consegue exprimir a essência da Divindade. Dizer que Deus é amor, sabedoria, poder, justiça... corresponde à verdade, mas essas palavras não expressam nada da sua infinitude, da sua eternidade, da sua perfeição. Não se conhece Deus falando ou ouvindo falar d’Ele, mas sim esforçando-se por entrar em si mesmo para chegar a essa região que é, precisamente, silêncio.

O silêncio é a região mais elevada da nossa alma e, no momento em que a atingimos, entramos na luz cósmica. A luz é a quinta-essência do universo. Tudo o que vemos ao nosso redor e mesmo aquilo que não vemos é atravessado por luz, está impregnado de luz. O propósito do silêncio é precisamente a fusão com essa luz viva, poderosa, que penetra em toda a criação. Quando nos fundimos com essa luz, já não perguntamos o que é Deus e muito menos se Ele existe.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A AUTOCONSCIÊNCIA É TRABALHOSA - MUDANÇAS

Por que aceitamos, por que nós seguimos? Seguimos a autoridade do outro, a experiência do outro e, então, duvidamos dela; esta busca pela autoridade e sua sequência, desilusão, é um processo doloroso para a maioria de nós. Nós maldizemos ou criticamos a autoridade uma vez aceita, o líder, o mestre, mas não examinamos nosso próprio anseio por uma autoridade que possa dirigir nossa conduta. Uma vez que compreendemos este anseio, compreenderemos a significação da dúvida.

A autoconsciência é trabalhosa, e desde que a maioria de nós prefere um modo fácil, ilusório, nós criamos a autoridade que dá forma e padrão à nossa vida. Esta autoridade pode ser o coletivo, o Estado; ou pode ser o pessoal, o mestre, o salvador, o guru. A autoridade de qualquer espécie é ofuscante, ela traz negligência; e como a maioria de nós considera que ser reflexivo é ter dor, nos entregamos à autoridade. A autoridade engendra poder, e o poder sempre se torna centralizador e, portanto, completamente corruptor; ele corrompe não só o manipulador do poder, mas também aquele que o segue. A autoridade do conhecimento e da experiência é perversora, esteja investida no mestre, seu representante ou o sacerdote. É sua própria vida, este conflito aparentemente infindável, que é significativa, e não o padrão ou o líder. A autoridade do mestre e o sacerdote afastam você do ponto central, que é o conflito dentro de você mesmo.

Nós ouvimos com esperança e medo; buscamos a luz do outro mas não estamos alertamente passivos para sermos capazes de compreender. Se o liberado parece preencher nossos desejos, nós o aceitamos; se não, continuamos nossa busca por aquele que o fará; o que a maioria de nós deseja é gratificação em diferentes níveis. O importante não é como reconhecer aquele que é iluminado mas como compreender a você mesmo. Nenhuma autoridade aqui ou lá adiante pode lhe dar conhecimento de si mesmo; sem autoconhecimento não há libertação da ignorância, do sofrimento.

A maioria de nós está satisfeita com a autoridade porque ela nos dá uma continuidade, uma certeza, uma sensação de se estar protegido. Mas um homem que queira compreender as implicações desta profunda revolução psicológica deve estar livre da autoridade, não deve? Ele não pode considerar nenhuma autoridade, seja de sua própria criação ou imposta a ele por outro. E isto é possível? É possível para mim não confiar na autoridade de minha própria experiência? Mesmo quando rejeitei todas as expressões exteriores de autoridade – livros, professores, sacerdotes, igrejas, crenças - ainda tenho o sentimento de que ao menos posso confiar em meu próprio julgamento, em minhas próprias experiências, em minha própria análise. Mas posso eu confiar em minha experiência, meu julgamento, minha análise? Minha experiência é o resultado de meu condicionamento, não é? Eu posso ter sido criado como muçulmano ou budista ou hindu, e minha experiência dependerá de minha base cultural, econômica, social e religiosa, assim como a sua. E posso eu confiar nisso? Posso confiar como meu guia, como esperança, como a visão que me dará fé em meu próprio julgamento, que novamente é o resultado de memórias acumuladas, experiências, o condicionamento do passado se encontrando com o presente? Ora, quando me fiz todas estas perguntas e estou consciente deste problema, vejo que só pode haver um estado no qual realidade, inovação, pode surgir, que gera uma revolução. Esse estado existe quando a mente está completamente vazia do passado, quando não existe analista, nem experiência, nem julgamento, nem autoridade de qualquer tipo.

A mudança acontece quando não existe medo, quando não existe nem experimentador nem experiência; só então acontece a revolução que está além do tempo. Mas isso não pode acontecer enquanto estou tentando mudar o “eu”, enquanto estou tentando mudar o que é em outra coisa. Eu sou o resultado de todas as compulsões, persuasões sociais e espirituais, e de todo o condicionamento baseado na ambição – meu pensamento se baseia nisso. Para me libertar desse condicionamento, dessa ambição, eu digo a mim mesmo: “Eu não devo ser ambicioso; devo praticar a não-ambição”. Mas tal ação está, ainda, dentro do campo do tempo, é ainda a atividade da mente. Apenas veja isso. Não diga: “Como vou chegar nesse estado onde sou não-ambicioso?” Isso não é importante. Não é importante ser não-ambicioso; o importante é compreender que a mente que está tentando sair de um estado para outro está ainda funcionando dentro do campo do tempo, e, portanto, não há revolução, não há mudança. Se você quiser, realmente, compreender isto, então a semente dessa revolução radical já foi plantada e isso vai operar: você não tem nada a fazer. (Collected Works, Vol. VIII, 163, Choiceless Awareness)




J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

ALZHEIMER - CAUSAS ESPIRITUAIS

(...) Estudos desenvolvidos pela Associação Médico-Espírita do Brasil, em que destacamos a atuação da Dra. Alessandra Granero, médica geriatra, e do Dr. Décio Iandoli Júnior, renomado professor e autor de obras espíritas, têm levantado – no tocante ao Alzheimer –  algumas hipóteses de causas espirituais, baseados em estudos sistemáticos de obras espíritas, como as obras de André Luiz.

Estes estudiosos têm citado a rigidez de caráter (inflexibilidade), a culpa, os processos obsessivos graves, a depressão e os sentimentos doentios, tais como ódio e mágoa (sobretudo quando mantidos a médio e longo prazos), como causas espirituais para a ocorrência do mal de Alzheimer.


É interessante que características intelecto-morais relacionadas à religiosidade aparentemente não são facilmente perdidas, pelo menos nas fases iniciais da doença, o que permite com mais facilidade recorrer a terapias espirituais efetivas, com a participação ativa do paciente.


Obviamente, o papel da família em enfermidades desse tipo é de importância central, tanto para a melhoria da qualidade de vida do paciente, quanto do ponto de vista das questões espirituais, pois muitas vezes o grupo familiar está associado às causas cármicas que poderiam estar na raiz de tal problemática.

O acompanhamento espiritual é fundamental também para a família, pois os entes queridos sofrem muito com o gradual “distanciamento” do ser amado, que passa por um processo lento, porém consistente, de perda de interação cognitiva com os familiares e amigos. Alguns chegam a afirmar tratar-se de um lento e gradual “processo de desencarnação”.


Se analisarmos que, em concordância com André Luiz em “Ação e Reação”, as tarefas desenvolvidas na terceira idade repercutem muito em nossa futura condição espiritual na erraticidade, devemos considerar de alta responsabilidade o esforço dos amigos, familiares e terapeutas, mesmo que aparentemente improfícuo, na melhoria das condições dos irmãos que estão passando por essa provação. A necessidade de trabalho intelectual e a tendência à depressão denotam a necessidade de amplo esforço em tarefas de alto nível intelecto-moral.


As prováveis causas espirituais, como processos obsessivos e atitudes de intransigência moral, entre outras, indicam a necessidade de contínuo esforço de esclarecimento espiritual, se possível com leitura diária de páginas evangélico-doutrinárias e frequência, se possível semanal, à casa espírita para tratamento com passes.




Astolfo O. de Oliveira




Fonte do Texto e da Gravura: "O Consolador"
Revista Semanal de Divulgação Espírita