quinta-feira, 21 de maio de 2015

VIDA INTERIOR E VIDA EXTERIOR

Muitos sabem que dar prioridade à vida interior relativamente às aquisições materiais é uma condição para o seu equilíbrio, para o seu crescimento espiritual. Então, por que é que se comportam como se não o soubessem?

Vemo-los correr constantemente atrás do dinheiro, das honras, da glória. E como não hão de eles sentir-se tentados? Faz-se tanto furor em relação ao sucesso social! Os jornais, o rádio, a televisão, põem a tônica todos os dias nos sucessos de alguns indivíduos que “chegaram lá”. Deste modo, despertam a vontade dos outros, menos favorecidos e que estão longe de imaginar que essas pessoas tão admiradas, tão celebradas, não são verdadeiramente felizes. E por quê? Porque elas sentem, de um modo confuso, que nada daquilo que possuem lhes pertence verdadeiramente: estão à mercê dos acontecimentos, das intrigas dos seus rivais ou de concorrentes que saberão ser mais ativos e mais hábeis do que elas.

Aqueles que trabalharam para adquirir riquezas espirituais, pelo contrário, sentem que estas lhes pertencem verdadeiramente. Elas permitem-lhes enfrentar as dificuldades que eles encontram no seu caminho; e eles estão sempre prontos a fazer os outros beneficiarem das suas riquezas, pois estão conscientes não só de que não perderão nada, mas também de que, sendo generosos, ficarão ainda mais ricos.


Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SER ESPIRITUALIZADO

Neste mundo, as pessoas são julgadas por sua raça, dinheiro, status, religião e mil outros critérios que a sociedade nos impõe.

Na condição de seres espirituais, entretanto, precisamos nos esforçar para ter uma consciência diferente.

Ser espiritualizado é acreditar que todos têm o direito de captar energia espiritual e trazer essa energia para suas vidas e para as vidas dos demais. Ser espiritualizado é entender que a Luz existe em cada um de nós. Ser espiritualizado é estar interessado no bem estar dos outros e não apenas cuidarmos de nós mesmos.

Quando tivermos esta consciência, poderemos chegar a um lugar onde teremos um sentido de unidade com nosso próximo e a bênção da Luz em nossas vidas e no mundo.

Certo dia, um aluno foi falar com seu professor espiritual e perguntou: ”Como posso estudar estes ensinamentos o dia inteiro se preciso trabalhar para trazer o sustento para minha família?"

O professor respondeu pensativamente: ”Só porque você está trabalhando não significa que não pode se conectar com os ensinamentos. Por exemplo, quando você está trabalhando e um freguês lhe pediu um quilo de farinha, dê a ele a medida honesta. Isso é espiritualidade. Ou quando alguém lhe pede dinheiro emprestado, dê a ele o empréstimo de uma forma justa. Isso também é espiritualidade. Simplesmente aplique o que aprendeu em tudo que fizer e, dessa maneira, você fará do trabalho de sua vida o trabalho de seu crescimento espiritual.”

Hoje, nós também precisamos lembrar-nos que não se trata da quantidade de tempo que somos capazes de devotar aos nossos estudos que faz a diferença, mas a forma como aplicamos em nosso cotidiano o que aprendemos.

Muitos de nós pensam que, uma vez atingido um ponto em que são espiritualizados, estão com a vida ganha. Ou seja, nada dá errado para eles, ninguém que amam fica doente, nada de ruim lhes acontece, têm dinheiro suficiente para tocar a vida - em resumo, conseguem aproveitar a vida.

Mas, de um ponto de vista espiritual, sabemos que se estivermos caminhando sem tropeções, precisamos parar e dar uma boa olhada na situação, porque em algum lugar ao longo do caminho não estamos crescendo. O Zohar diz: "Pois eu irei refiná-lo como o ouro é refinado", querendo dizer que nesta vida estamos constantemente sendo refinados para atingirmos nosso potencial.

Jacó, o Patriarca, um Tzadik (pessoa justa), passou por muita dor em sua vida. Mesmo na velhice, a vida ainda lhe apresentava dificuldades: perdeu duas esposas, foi separado de seu adorado filho José e sofreu toda a tristeza que acompanhou essa separação. As questões duras - a angústia e as dificuldades - só continuaram a se acumular. O Zohar nos conta que, para uma pessoa justa, não existe nunca "agora basta, chega de dificuldades". Por algum motivo, essas pessoas vivem uma vida que não é tranquila.

O que isso significa para nós? Significa que devemos todo dia pegar um martelo e batermos em nós mesmos? Claro que não. Acredite, o mundo faz isso por nós. O que significa, entretanto, é que precisamos estar constantemente conscientes de que há uma razão maior para nossa existência sobre esta Terra que vai além de simplesmente acordar de manhã, ir trabalhar, comer e dormir. Quando a vida nos apresenta uma dificuldade, é uma oportunidade e uma dádiva do Criador para nos ajudar a crescer.




Karen Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal