sexta-feira, 15 de março de 2024

PLANO MONÁDICO E DIVINO - PLANOS E DIMENSÕES

 


O plano monádico é o espaço onde o Logos Solar “gera” as mônadas, suas “filhas” que, um dia, evoluirão como seres humanos. Segundo informações provenientes de diversos quadrantes espiritualistas, existirão no plano monádico cerca de 40 a 60 biliões de mônadas em evolução no nosso sistema solar.

Tanto quanto sabemos, estas mônadas são formadas por um processo em que o Logos Solar isola segmentos da sua consciência com “membranas porosas” formadas de matéria monádica que permite dois resultados:

– por um lado, cria unidades / centros de consciência, individualizadas e auto-conscientes que irão evoluir no universo solar;

– por outro, permite que elas se mantenham em contacto e comunicação permanente através da porosidade dessas membranas individualizadoras.

É também neste plano que as mônadas desenvolvem aquela parte da sua evolução que não passa pela encarnação nos planos inferiores e sobre a qual nada se conhece.

O plano divino é um espaço “privado” do Logos Solar, provavelmente onde serão planeadas as estruturas e diretrizes fundamentais do seu universo – o sistema solar – conjuntamente com outras “atividades” que ignoramos completamente.

Como atrás referimos, alguma literatura “espiritualista” descreve os planos suprafísicos de uma forma algo romanceada que sugere serem lugares diáfanos e etéreos, uma espécie de “paraíso do universo”, onde se viveriam estados eternos de lazer e felicidade sem nada para fazer senão a sua fruição infinita. Ora, uma eternidade onde nada houvesse que fazer senão “contemplar” Deus infinitamente, em pouco tempo se tornaria algo de tão profundamente monótono e fastidioso que pouco se assemelharia ao “paraíso celestial” proposto pelas religiões tradicionais. Claro que nada disto corresponde minimamente à verdade. Estes mundos, habitados por um número de seres incomensuravelmente superior aos encarnados no plano físico, são lugares de trabalho e evolução onde cada ser desenvolve e aperfeiçoa capacidades e qualidades determinadas, interage com outros seres e aprende a tornar-se um criador e um auxiliador da humanidade. Existem no universo muitas trajetórias evolutivas que nada têm a ver com a nossa, com as quais nunca nos cruzamos e sobre as quais pouco ou nada sabemos. É um erro tipicamente humano pensar que o universo somos nós e que a vida e forma humanas são as únicas que existem e contam. Nós somos apenas uma espécie no seio de milhões de outras, com formatos e objetivos evolutivos diferentes dos nossos.

Para se ter uma pequena ideia da grandeza e vastidão da vida nos planos suprafísicos, valerá a pena apresentar aqui um pequeno excerto de uma mensagem transmitida por um Mestre da Grande Fraternidade Branca, Morya, um dos mais conhecidos Mestres da Sabedoria:

“Cada raio de ação divina sobre a Terra é composto por inúmeras cidades espirituais repletas de trabalhadores em corpo astral e em corpo causal. Somente em relação ao Raio Azul, o Raio de Poder Divino, Vontade Divina e Ordem Divina, temos uma quantidade incalculável de núcleos de operação sobre a Terra, como se fossem para vós, milhares de células de um organismo. Estas células do organismo vivo do Raio Azul são como cidades de uma nação, cidades de planeamento e execução das estratégias de aplicação da Vontade Divina sobre a Terra, através de milhares de mecanismos.

Dentre esses mecanismos, as religiões são também, desde sempre, parte das nossas atribuições sobre o vosso planeta. Os representantes espirituais das religiões, de tempos em tempos, descem à Terra para controlar os impulsos humanos e fomentar o progresso, a elevação, os conhecimentos de ordem metafísica e manifestar a vontade divina de que a sabedoria e a luz se ancorem definitivamente na Terra.

Em cada uma dessas cidades, em que laboram devotados seres de envergadura inquestionável, existem centenas e centenas de especialistas de cada área do conhecimento espiritual universal e planetário. Em cada uma delas, a extensão e a arquitetura das cidades comporta ministérios, laboratórios, templos, teatros abertos, jardins, salões imensos para palestras, cursos e debates sobre os assuntos terrenos, canais de telecomunicação, de informação, de reciclagem de arquivos de sabedoria planetária, escoadouros de lixo astral provindos de vossas mentes, e assim por diante.

Em cada uma dessas estâncias, por sua vez, trabalham em regime de dispensação do raio azul milhares de almas comprometidas com o bem e com a iluminação das consciências.

Podem imaginar uma metrópole grande da vossa Terra e imaginar o funcionamento de todos os órgãos de poder, de ensino, de artes, de política, de administração de instituições, de comunicação, de lazer etc.? Temos milhares delas assim, em dimensão superior, mas ainda no plano astral. Agora imaginem, irmãos da Terra, os núcleos que não se situam na dimensão astral e sim na dimensão causal.”

Nas obras esotéricas, confundem-se por vezes as noções de “planos e dimensões”. Existe contudo uma diferença entre elas:

– A noção de “plano” refere-se à estrutura material e atômica de cada plano e patamar do universo e do sistema;

– A noção de “dimensão” remete para os níveis de consciência, o grau de abrangência com que um ser compreende o mundo onde vive. Quanto mais sutil for a matéria, mais ampla e abrangente é a visão que se possui do universo, no espaço e no tempo e vice-versa.

Uma ilustração deste fenômeno poderá ser dada pela imagem de um alpinista a escalar uma montanha. Quanto mais alto sobe, mais ampla e desimpedida é a visão que tem do horizonte. Aquilo que ele é capaz de observar a partir do topo da montanha, embora seja invisível a quem se encontra em patamares inferiores, sempre existiu e existirá. O que acontece é que a sua visualização só é possível a partir de uma certa altitude. Para quem ainda não atingiu essa altitude, essa panorâmica é como se não existisse. Isto significa que a capacidade de apreender e compreender o lado oculto da vida e do universo está vedado aos seres cuja consciência se encontre ainda focada nos planos materiais da existência. No sistema solar, só a partir da 6.ª dimensão (a dimensão da alma) é que é possível começar a ter uma visão integrada e unificada da vida e do universo.


José Caldas



Fonte: do livro «AO ENCONTRO DA TEOSOFIA (O Homem e o Universo à Luz da Sabedoria Antiga)», de José Caldas, inserido na Coleção "Luz do Ocidente". Parte do Cap. "O TERRITÓRIO EVOLUTIVO DO SER HUMANO – O SISTEMA SOLAR" - "PLANO MONÁDICO - PLANO DIVINO - PLANOS E DIMENSÕES" - pp. 93 a 97
Fonte da Gravura: a capa do livro em questão

A PALAVRA: ENTRE O PENSAMENTO PURO E REALIZAÇÃO NA MATÉRIA


«Faça-se luz!» Segundo o Gênesis, foi a partir do momento em que Deus pronunciou estas palavras que começou a Criação. Esta “fala” de Deus, que não tem qualquer relação com aquilo a que podemos chamar palavras, é simplesmente uma maneira de exprimir a ideia de que, para criar, Deus projetou algo de Si próprio. Dizer que Deus “falou” significa que ele teve vontade de Se manifestar. Achais que isto é muito difícil de compreender... Não! Consideremos um exemplo da vida corrente. Vós tendes uma ideia, mas onde está ela? Podemos vê-la ou localizá-la em alguma parte do vosso cérebro? Não. E também temos de reconhecer que não sabemos de que matéria ela é feita. Mas, no momento em que exprimis essa ideia por palavras, desde logo se começa a perceber a sua existência. E quando, por fim, agis em conformidade com essa ideia, ela encarna-se na matéria, torna-se visível. A palavra é um intermediário entre o plano do pensamento puro e o da realização na matéria.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/%C3%ADcone-de-fala-voz-falando-audio-2797263/

ALÉM DE RELAXAR O CORPO


Vivemos em um mundo obcecado por conquistas e sucesso. Mesmo a meditação é muitas vezes vista apenas como uma forma de aumentar as capacidades do nosso cérebro para sermos mais produtivos e funcionais. Basta ir a uma livraria e perceber como na seção de auto ajuda as estantes estão repletas de livros que nos falam sobre as virtudes da meditação: como ela melhora a nossa saúde, o nosso corpo e a nossa mente e, portanto, a nossa conta bancária.

Não nego que seja absolutamente importante cuidar do corpo e da mente para mantê-los em ótimas condições de saúde. Até Evágrio Pôntico (Monge) disse: “Nosso santo e asceta mestre (Macário, o Grande) declarou que o monge deveria sempre viver como se fosse morrer amanhã, mas, ao mesmo tempo, deveria cuidar de seu corpo como se não fosse morrer, conviver com ele por muitos anos.” Cuidar do nosso corpo com alimentos saudáveis ​​e em quantidades modestas e praticar exercício físico adequado como Yoga, Tai Chi ou Chi Kung, é claramente de extrema importância.

Também vemos essa abordagem orientada para resultados na meditação. Claro, é possível praticar meditação apenas pelos seus benefícios para a saúde, que pesquisas provaram ser inúmeros. Claro, é maravilhoso parar o interminável murmúrio da nossa mente e nos libertar do estresse e da tensão. Isso nos fará sentir bem, ficar livres de preocupações, ansiedades, desejos e medos que costumam nos assediar e assim impedir o desperdício de energia de nossa mente girando continuamente.

Porém, se meditarmos apenas com esse propósito, estaremos desperdiçando uma grande oportunidade, pois a meditação nos traz muito mais do que apenas benefícios fisiológicos para o corpo. Um meditador comprometido considera o cuidado corporal e o relaxamento como uma preparação essencial para alcançar o verdadeiro propósito da meditação: transformar a mente e a forma como encaramos a realidade. Quando conseguimos isso, descobrimos a parte espiritual do nosso ser e a nossa conexão total com a fonte de todo o ser. Portanto, a meditação é uma disciplina espiritual que envolve permanecer na solidão e no silêncio em que abandonamos todas as experiências sensoriais, imagens, emoções e pensamentos: o nosso ego. Somente quando nos reconectarmos com a nossa essência espiritual, o nosso verdadeiro eu, poderemos viver uma vida plena com significado autêntico, porque então as nossas ações fluirão da profunda consciência do Divino e sentiremos conexão, responsabilidade e preocupação pelos outros.

A compaixão, a preocupação com os outros, é o verdadeiro sinal de que a nossa mente está se transformando. Evágrio disse: “Feliz o monge que vê o bem-estar e o progresso de todos os homens com tanta alegria como se fossem os seus .” Só podemos preparar-nos para esta transformação aquietando o nosso corpo e a nossa mente, abrindo-nos à obra do Espírito Santo. Porque é a sua função: “O Espírito Santo tem compaixão das nossas fraquezas e, conhecendo as nossas impurezas, visita-nos frequentemente. Se encontrar o nosso espírito em oração, por amor à Verdade, então desce sobre nós e dissipa todos os pensamentos que nos assombram.”


Kim Nataraja



Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/garota-ioga-praia-medita%C3%A7%C3%A3o-4300034/