domingo, 19 de abril de 2015

OUVIR É UMA AÇÃO DA VERDADE

Por favor, já que vocês se deram ao trabalho de vir até aqui, me permitam sugerir que ao ouvir o que estou dizendo, ouçam até o fim, e não apenas peguem pedacinhos aqui e ali que sirvam a vocês; ouçam à totalidade disto, e verão que a coisa toda está ligada. Se você pega um pedacinho, terá apenas as cinzas que criarão mais miséria, mais sofrimento, mais confusão. Também, ouvir em si é uma arte. Muitos de nós nunca ouvem realmente, ouvimos só parcialmente. Ouvimos as palavras que são ditas, mas nossas mentes estão em outro lugar; ou nossas mentes respondem apenas ao significado das palavras, e esta resposta imediata nos impede de escutar aquilo que está além das palavras. Assim, ouvir é uma arte; mas se você pode ouvir totalmente ao que está sendo dito, então, nesse próprio ouvir você descobrirá que existe uma libertação, pois tal ouvir não é premeditado, calculado; é uma ação da verdade porque toda sua mente está ali, toda sua atenção está sendo dada. Se você ouve sem interpretar, sem lembrar uma citação de algum livro antigo, ou comparar tudo isto com o que leu, então você descobrirá que sua própria mente passou por uma mudança realmente radical.





 J. Krishnamurti






Fonte: Collected Works, Vol. X, Action
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

ESSA ESPERA É A TRANSFORMAÇÃO

Pergunta a Osho:

Eu não sou rica nem tenho tudo de que preciso. Mas, mesmo assim, eu me sinto sozinha, confusa e deprimida. Existe alguma coisa que eu possa fazer quando esse tipo de depressão acontece?

Se está deprimida, fique deprimida; não “faça” nada. O que você pode fazer? Qualquer coisa que faça, fará por causa da depressão e isso a deixará mais confusa. Você pode rezar a Deus... A sua oração será uma oração deprimente. Como você está deprimida, qualquer coisa que fizer virá acompanhada de depressão. Causará mais confusão, mais frustração, porque você não vai ser bem-sucedida. E, quando não é bem-sucedida, você fica mais deprimida, e esse é um ciclo sem fim.

É melhor ficar com a depressão original do que criar um segundo ciclo e depois um terceiro. Fique com o primeiro; o original é belo. O segundo será falso e o terceiro será um eco longínquo. Não crie esses últimos dois. O primeiro é belo.

Você está deprimida, portanto, é assim que a existência está se manifestando para você neste momento. Você está deprimida, então continue assim. Espere e observe. Você não vai poder ficar deprimida por muito tempo, porque neste mundo nada é permanente.

Este mundo é um fluxo. Ele não pode mudar as suas leis básicas por você, de modo que possa continuar deprimida para sempre. Nada aqui é para sempre; tudo está em movimento e em mudança. A existência é um rio; ela não pode parar para você, para que você possa continuar deprimida para sempre. Ela está em movimento — já mudou. Se você observar a sua depressão, verá que nem ela é a mesma; é diferente, está em mutação.

Só observe, continue com ela e não faça nada. É assim que a transformação acontece: por meio do não-fazer.

Sinta a depressão, prove-a em profundidade, vivencie-a, esse é o seu destino — quando menos esperar você sentirá que ela desapareceu, porque a pessoa que aceita até mesmo a depressão não pode ficar deprimida.

A pessoa, a mente que consegue aceitar até a depressão não permanece deprimida! A depressão precisa de uma mente sem aceitação: “Isso não é bom, isso não é nada bom; isso não devia ter acontecido, não devia; as coisas não deveriam ser desse jeito”. Tudo é negado, é rejeitado — não aceito.

O “não” é a reação básica; até a felicidade será rejeitada por uma mente como essa. Essa mente descobrirá algo para rejeitar a felicidade também. Você ficará em dúvida quanto a ela. Sentirá que algo está errado. Estará feliz, por isso achará que existe alguma coisa errada: “Bastou meditar durante alguns dias para eu ficar feliz? Isso não é possível!”

A mente sem aceitação não aceita nada. Mas, se conseguir aceitar a sua solidão, a sua depressão, a sua confusão, a sua tristeza, você já estará transcendendo. Aceitação é transcendência. Você eliminou o próprio motivo da depressão, então ela não pode continuar.

Experimente isto: Seja qual for o seu estado de espírito, aceite-o e aguarde até que esse estado mude por si só. Você não estará mudando nada, poderá sentir a beleza que se assoma quando o seu estado de espírito muda naturalmente. Você verá que é como o sol nascendo pela manhã e se pondo à noite. Então, mais uma vez ele se elevará no céu para depois se pôr à noite, e assim dia após dia.

Você não precisa fazer nada a respeito. Se conseguir sentir os seus estados de espírito mudando naturalmente, você vai ficar indiferente. Vai ficar a quilômetros de distância, como se a mente estivesse em outro lugar. O sol está nascendo e se pondo; a depressão está surgindo, a felicidade está surgindo, depois indo embora, mas você não está participando disso. Ela vem e vai embora por conta própria; os estados irrompem, mudam e desaparecem.

Com a mente confusa, é melhor esperar e não fazer nada, para que a confusão desapareça. Ela vai desaparecer; nada é permanente neste mundo. Você só precisa de muita paciência. Não tenha pressa.

Eu lhe contarei uma história que eu sempre repito. Buda estava atravessando uma floresta. O dia estava quente — o sol estava a pino — ele tinha sede, por isso pediu ao seu discípulo Ananda, “Volte. Nós cruzamos um córrego. Volte e pegue um pouco de água para mim”.

Ananda voltou, mas o córrego era estreito demais e algumas carroças estavam passando por ele. A água, agitada, tinha ficado barrenta. Toda a sujeira do fundo viera à superfície, tornando a água imprópria para consumo. Então Ananda pensou, “Terei de voltar de mãos vazias”. Ele voltou e disse ao Buda, “A água ficou barrenta, não dá para beber. Deixe-me seguir na frente. Sei que há um rio a alguns quilômetros daqui, eu irei até lá e buscarei água”.

Buda disse, “Não! Volte ao córrego”. Ananda voltou para não desobedecer ao Buda, mas foi contrariado. Ele sabia que a água não ficaria límpida outra vez e que iria apenas desperdiçar seu tempo, além de estar com sede também. Mas ele não podia desobedecer ao Buda. Mais uma vez voltou ao riacho para em seguida refazer o trajeto e dizer a Buda, “Por que o senhor insiste? A água não é potável!”

Buda disse, “Vá outra vez”. E como ordenou Buda, Ananda aquiesceu.

Na terceira vez que ele voltou ao riacho, a água estava cristalina como de costume. A sujeira tinha baixado, as folhas mortas descido rio abaixo e a água estava límpida outra vez. Então Ananda riu. Ele encheu seu cântaro de água e voltou dançando. Ao chegar, caiu aos pés do Buda e disse, “Os seus métodos de ensino são miraculosos. Você me ensinou uma grande lição — que só é preciso ter paciência e que nada é permanente”.

E esse é o ensinamento básico do Buda: nada é permanente, tudo é transitório, então para que se preocupar? Volte ao mesmo riacho. Agora, tudo já deve ter mudado. Nada continua igual. Tenha simplesmente paciência e a sujeira vai se assentar, a água vai ficar cristalina outra vez.

Ananda também tinha perguntado ao Buda, depois de voltar do córrego pela segunda vez, “Você insiste para que eu vá, mas eu posso fazer alguma coisa para que a água fique mais limpa?”

Buda disse, “Por favor, não faça nada; do contrário, você a deixará mais enlameada ainda. E não entre no córrego. Fique apenas do lado de fora, esperando na margem. Se entrar, você só piorará as coisas. O córrego flui naturalmente, portanto, deixe-o fluir”.

Nada é permanente; a vida é um fluxo. Heráclito disse que você não pode entrar no mesmo rio duas vezes. É impossível entrar duas vezes no mesmo rio porque o rio nunca pára de fluir; tudo já terá mudado. E não só o rio flui, você também flui. Você também estará diferente; você também é um rio fluindo.

Veja essa impermanência de tudo. Não tenha pressa; não tente fazer coisa alguma. Apenas espere! Espere num total não-fazer.

E, se conseguir esperar, a transformação acontecerá. Essa espera é a transformação.




Osho





Fonte:
"Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura:
http://www.iosho.co.in/index.php/category/photos/

TODOS SOMOS CENTELHAS DIVINAS

Rejeitar um ser humano, menosprezá-lo, humilhá-lo, é declarar que ele não é uma criatura de Deus e ninguém tem o direito de declarar ou sequer de pensar tal coisa; ninguém tem o direito de se pôr entre essa criatura e o seu Pai Celeste. Se alguém, pela sua própria vontade, se suprimir ao amor divino, é livre de o fazer, evidentemente; mas ninguém pode suprimi-lo a ele, ninguém tem o direito de o excluir.

Mesmo os seres menos evoluídos, mesmo os mais culpados, são filhos de Deus. Deus pôs neles essa centelha, o espírito, que é uma emanação d’Ele, e é a presença dessa centelha que os faz participar da natureza divina. Quando eles cometem erros, merecem, evidentemente, ser repreendidos, sancionados. Mas, mesmo que se seja obrigado a tratá-los com severidade e a mantê-los um pouco de parte, nunca se deve esquecer que existe algures neles, profundamente “enterrado”, um germe divino, e que esse germe divino deve ser respeitado e cultivado. Nas humilhações por que se faz passar os filhos de Deus, é o próprio Deus que se ultraja.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O DINHEIRO SE TORNA O REFLEXO DA MENTALIDADE DO INDIVÍDUO

O orgulho da riqueza, do poder e da juventude parecem predominantes atualmente. O dinheiro é inerte, é sem vida. Como ele pode ser forte? Sua força ou fraqueza é reflexo da mentalidade do indivíduo.

Riqueza e educação são como água pura. Quando a água é vertida num frasco de uma determinada cor, a água parece ser da mesma cor. Da mesma forma, quando a riqueza está nas mãos de uma pessoa má, ela será usada somente para maldades. O dinheiro, se está nas mãos de pessoas de coração puro, será usado para ações nobres. Por isso, o uso da riqueza ou conhecimento é dependente do caráter da pessoa em cujas mãos eles estão.

O dinheiro não é mau. A intenção com a qual você usa o dinheiro deve ser para o bem. Use a espiritualidade para tornar mais eficiente o foco de sua mente para o bem.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal