quarta-feira, 27 de março de 2013

DEIXAI AOS MORTOS O CUIDADO DE ENTERRAR SEUS MORTOS

Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.)

Que podem significar estas palavras: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tomar perceptível.

A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.



Allan Kardec



Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo". FEB. Capítulo 23. Items 7 e 8.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PÁSCOA (VISÃO INICIÁTICA) - COELHO E CHOCOLATE


Iniciação 

É um drama ritualístico onde se expressam simbolicamente os ensinamentos mais elevados da vida e da consciência. Tem também como objetivo conferir certo poder aqueles que dela participam. Nas iniciações tradicionais do Egito, o candidato à iniciação era conduzido até certa sala da Grande Pirâmide e lá era iniciado nos mistérios da Tradição Atlante, da qual a escola de mistério egípcia herdou sua sabedoria. O candidato era colocado dentro de um sarcófago, e este era fechado. O sarcófago era um local onde o corpo do candidato à iniciação permanecia enquanto ele saía conscientemente do corpo por processos místicos que não podem ser explicados aqui. O candidato, então, tinha a plena consciência de que não era apenas um corpo, mas que também possuía uma dimensão espiritual, uma essência divina, a que damos o nome de alma.

As Iniciações consideradas mais elevadas são aquelas realizadas no Plano Astral. Neste plano, o iniciando tem uma vivência muito mais real do processo iniciático e sente tudo o que se passa como sendo absolutamente real. Essas iniciações conferem um poder àqueles que são bem sucedidos nela, além de sempre representar ensinamentos profundos sobre as leis e princípios do Universo. São exemplos dessas iniciações em astral a Iniciação de Cerbero e a Iniciação do Duplo Caminho, esta última faz parte dos mistérios de Apolônio de Tiana.

A palavra Páscoa também significa uma espécie de iniciação... 

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição (iniciação) de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo teriam sido reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. 

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade (iniciação). Um ritual de passagem (iniciação), assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida. 

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. 

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade (iniciação), e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar (iniciação), dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade! 

Vamos ver agora como surgiu o chocolate... 

Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses" (iniciação), o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753. 

Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou. 

O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro. Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida. 

Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados. 

Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía. 

Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumi-lo isoladamente.  

E o coelho? 

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. 

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida? 

No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida (iniciação). Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. 

Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! 



J. S. Godinho



Fonte do Texto: http://br.dir.groups.yahoo.com/group/informativo_projeto_oficinas_da_alma/message/176
Fonte da Gravura:
http://tipoassim.tv/voce/dentro-da-caixola-chocolate-e-coelho-na-pascoa-como-surgiu-isso/attachment/coelhi1/