... Como se manifesta o novo tipo humano? Em que consiste essa renovação? Qual é seu sinal?
Eis a resposta: Ele é o homem que sonda completamente a essência e a natureza do primeiro nascimento sideral e suas consequências; que está decidido a palmilhar a senda do retorno, voltando-se, para tanto, a seu santuário do coração, à rosa-do-coração, também designada como “o Senhor da Gruta”, a fim de liberar e aplicar a força ali encerrada.
Na rosa-do-coração está presente uma força sétupla que corresponde aos sete universos e, portanto, conduz aos sete nascimentos siderais. Solicitamos, aqui, vossa atenção para o fato de que o primeiro nascimento sideral refere-se à parte da realidade dialética que existia no período anterior à Queda. E visto que nem uma só fase do caminho de desenvolvimento pode ser omitida, está claro que a fase inicial refere-se a retornar ao estado de ser pré-adâmico, carregado dos tesouros da experiência de incontáveis séculos.
Essa é a assinatura do novo homem de modo geral. Entrando em detalhes, pode-se dizer que a radiação da rosa-do-coração é uma força atômica absolutamente não-terrena.
Quando um aluno da Escola Espiritual libera essa força e consegue preencher com ela todo o seu ser, fazendo-a circular em seu ser, então toda sua existência inevitavelmente se modificará e se tornará, entre outras coisas, muito mais etérica. O inteiro santuário da cabeça com seu maravilhoso instrumentário será dotado de faculdades totalmente diferentes.
Desse modo, surgirá por fim, uma criatura que se situa entre o tipo humano do primeiro nascimento sideral e o do segundo, estando de fato no mundo, porém já não sendo do mundo. É o homem joanino, que se manifestará, pouco importando se ele é indicado como João, o Batista, João, o Evangelista, ou João do Apocalipse. Por “João” é designado o ser humano em quem o Espírito Sétuplo realizou um poderoso trabalho de transmutação, portanto, o homem a quem o Espírito Santo Sétuplo manifestou sua graça.
Esse homem é o que se distancia da vida burguesa comum e experimenta esta vida como um deserto. Tal como o Batista, ele sai ao encontro dos que o buscam, e transmuta-se a tal ponto que, por fim, perde-se naquele a quem chamamos de Jesus, o Senhor, mediante a transfiguração do santuário da cabeça, onde o homem-alma surgirá.
Esse homem tornou-se, então, pluri dimensional, quadridimensional. Nós o chamamos de João-Jesus. Carregado de seus tesouros, ele retornou à aurora do primeiro nascimento sideral para, em seguida, elevar-se ao segundo nascimento sideral, ao reino dos céus. E agora ele começa seu grande trabalho a serviço do mundo e da humanidade, trabalho que podemos denominar um caminho da cruz. O caminho da cruz, exemplificado para ele no passado por um dos grandes, é seguido e cumprido por aquele que, tendo nascido como João-Jesus, é agora denominado “Cristiano Rosa-Cruz”.
Nesse momento da grande vitória, em que o caminho da cruz foi trilhado, do começo ao fim, por um ser humano como nós, por um ser que, seguindo a Cristo, como Cristiano Rosa-Cruz, realizou a senda óctupla, a senda dos dois quadrados, vemos em radiante beleza a pedra de toque branca, a pedra cúbica, a cruz encerrada em um cubo, em sinal de que a tarefa foi cumprida:
1. como homem;
2. como alma, e
3. como espírito...
J. van Rijckenborgh e Catharose de Petri
Fonte: do livro "A Fraternidade Mundial da Rosa-Cruz", O Apocalipse da Nova Era II, 2ª conferência de renovação de Aquarius
Lectorium Rosicrucianum - Escola Internacional da Rosacruz Áurea
www.rosacruzaurea.org.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/fantasia-luz-humor-reino-unido-2861107/