terça-feira, 18 de abril de 2023

CONHECIMENTO ESPIRITUAL E CONDUTA CORRETA


O conhecimento espiritual é considerado o requisito primordial para o ser humano. Entretanto, o que é realmente primordial é a sua conduta - a conduta correta. A conduta de um indivíduo determina as suas qualidades e estas, por sua vez, determinam o seu comportamento. Todos são filhos de Deus e têm o mesmo direito ao amor do Senhor. Por que razão, então, existem diferenças entre os seres humanos? Por que não há igualdade ou similaridade entre eles? Isso ocorre devido às diferenças na sua constituição mental. Se a mente for impura, as ações estarão fadadas a ser impuras. Se a mente e a consciência forem distorcidas pelo egoísmo, o comportamento humano também o será. Quando a mente e a consciência se voltarem para o Divino, as boas ações se seguirão naturalmente. A mente é a causa das boas e das más ações. Portanto, o que quer que desejemos alcançar, devemos tentar fazê-lo sem excitação ou agitação. (Discurso Divino, 8 de abril de 1983)


Sri Sathya Sai Baba



Fonte: http://www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O QUE VEMOS ATRAVÉS DO AMOR SE ABRE DIANTE DE NÓS


Podemos aprender a ver a realidade. Só de vê-la e morar com ela já é curativo. Leva-nos a um novo tipo de espontaneidade: a de uma criança que sabe apreciar o frescor da vida, a autenticidade da experiência. É a espontaneidade da verdadeira moral que consiste em fazer a coisa certa naturalmente, não vivendo nossas vidas de acordo com regras escritas, mas vivendo nossas vidas com a única moralidade, a moral do amor. A experiência do amor nos dá uma capacidade renovada de viver nossas vidas com menos esforço. A vida deixa de ser uma luta, torna-se menos competitiva, menos possessiva, pois o que vemos através do amor se abre diante de nós (...). No fundo, somos seres felizes.

Se formos capazes de aprender a saborear as dádivas da vida e ver como ela realmente é, estaremos mais bem preparados para aceitar sua amargura e sofrimento. Isso é o que aprendemos generosamente, lentamente, dia após dia, enquanto meditamos.

A meditação nos leva a compreender a maravilha do comum. Ficamos menos viciados em procurar formas extras de estimulação, diversão ou distração. Começamos a descobrir nas coisas comuns de nossa vida diária que o esplendor subjacente do amor, o poder onipresente de Deus, está em toda parte e em todos os momentos.

No entanto, pode ser uma tarefa difícil. É a isso que se refere a seguinte história sobre um discípulo de Buda:

Houve um discípulo muito melancólico do Buda que se esforçou muito, mas nunca foi capaz de realmente entender o que o Buda estava tentando ensinar a ele sobre a verdadeira natureza da realidade. Buda estava um tanto desesperado com este discípulo, então um dia ele deu a ele uma tarefa. Ele entregou a ele um saco pesado de cevada e disse: "Leve este saco até o topo daquela colina." A montanha era muito íngreme, mas o discípulo, que era muito obediente e tinha um profundo desejo de iluminação, carregou a pesada sacola nos ombros e subiu a montanha correndo, sem parar, conforme ordenado. Chegou ao topo totalmente exausto. Largando a bolsa, em um instante ele sentiu a iluminação. Sua mente se abriu para a realidade autêntica. Ele voltou e Buda, à distância, pôde verificar que seu discípulo estava iluminado.

Vemos que este caminho implica trabalho árduo: aprender a ficar quieto, deixar de lado as pesadas cargas do ego, aprender a conhecer e amar a nós mesmos. Cada um de nós tem seu próprio saco de cevada. É uma tarefa difícil, mas é um trabalho que fazemos por obediência, não por vontade própria. Fazemos isso em obediência a Jesus. Obedecemos ao chamado mais profundo do nosso ser, que é o chamado para sermos nós mesmos.

"Parte Número Cinco", Trecho de "Aspects of Love" de Laurence Freeman, OSB (Londres: Medium Media/Arthur James, 1997) pp. 54-55.


Carla Cooper



Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SIMBOLISMO DE DEIDADES HINDUÍSTAS









Paramahansa Yogananda Devotos do Brasil
https://t.me/DevotosdeYoganandadoBrasil
https://www.instagram.com/yoganandabrasil/
https://yogananda.org/pt/

REGRESSO ÀS REGIÕES DO ESPÍRITO


A descida do homem à matéria não foi um erro nem um acidente na sua evolução, estava prevista pela Inteligência Cósmica. Para obter o conhecimento total, o ser humano precisava de desenvolver as suas faculdades intelectuais e, para as desenvolver, tinha de ser colocado em condições em que a sua percepção do mundo invisível ficasse enfraquecida, para que ele se aplicasse na exploração da matéria. É esta a razão porque os humanos se encontram no seu estágio de evolução atual, em pleno materialismo. Mas este não é o estágio definitivo; um dia, a humanidade regressará às regiões da alma e do espírito que deixou, e fá-lo-á enriquecida por todas as experiências que fez na matéria, graças ao intelecto.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

HUMILDADE - UMA FORMA DE SER ESSENCIAL


No mundo em que vivemos, a virtude da humildade não é valorizada. Pelo contrário, tudo o que se deseja é o sucesso material, a fama, a autoafirmação. Chegamos até a equiparar humildade com humilhação. E claro, quem gosta de ser humilhado?

No entanto, para os Padres e Mães do Deserto, a humildade nunca foi sinônimo de humilhação: foi uma forma de ser essencial. São Bento também considera a humildade como uma das principais virtudes. A sua descrição, embora feita no contexto do mosteiro, ainda hoje é atual. Ele descreve os passos para a humildade como uma escada de doze degraus. Os dois primeiros são a base para adquirir a virtude da humildade: “O primeiro passo para a humildade é manter a reverência a Deus sempre diante de nossos olhos e nunca esquecê-la. Reverenciamos a Deus na Natureza e no Universo que nos cerca; intuímos o Invisível na manifestação do visível e respeitamos a presença Divina em todas as pessoas que encontramos”.

Esta atitude de respeito e reverência leva-nos a conhecer a nossa necessidade de Deus e conduz-nos ao segundo degrau da escada de São Bento para a humildade: abandonar a abordagem egocêntrica da vida. Nossa regra básica é: "Não seja feita a minha vontade, mas a tua" (Lucas 22,42). Ou seja, não pensando em nossos próprios benefícios e sentimentos, mas na necessidade dos outros: “Feliz é o monge que vê o bem-estar e o progresso de todos os homens com tanta alegria como se fosse a sua própria” (Evagrio Pôntico).

Os próximos passos para subir a escada referem-se à importância da obediência, da escuta profunda (...).

O nono passo é "controlar a língua e ser capaz de permanecer em silêncio. Falar apenas quando for feita uma pergunta". Em outras palavras, estamos sendo solicitados a ouvir os outros, em vez de exigir o direito de ser ouvidos.

Ele lida novamente com o orgulho egocêntrico e nosso forte apego à verdade de nossas próprias opiniões. Mesmo para Evagrio Pôntico, essa demanda foi bastante difícil de ser atendida.

Há uma história sobre ele, desde quando ele veio pela primeira vez para o deserto. Ele se aproximou de um dos monges (provavelmente Macário, o Grande) e perguntou-lhe o seguinte: "Dê-me alguns conselhos com os quais eu poderia salvar minha alma". Essa era a maneira usual de se dirigir a um monge idoso. Os eremitas do deserto ensinavam a quem lhes pedia conselhos, com poucas mas precisas palavras: sabiam intuitivamente o que o outro precisava ouvir. A história continua da seguinte forma: "O velho respondeu-lhe: se queres salvar a tua alma, não fales até que te façam uma pergunta." Esse conselho foi especialmente perturbador para Evagrio Pôntico e ele ficou com raiva por ter pedido conselhos: "Na verdade, li muitos livros e não posso aceitar instruções desse tipo." É fácil perceber que Evagrio ainda teve muito trabalho a fazer com seu orgulho! (...)

Precisamos dar esses passos na escada da humildade para a prática da meditação. Devemos manter nossa mente na Presença de Deus e deixar para trás nossos pensamentos egoístas de auto-realização e orgulho. Com toda a humildade, conhecendo nossa necessidade de Deus, perseveramos fielmente em nossa prática.

A paz de Deus, que excede todo entendimento, é um dom e não uma conquista da qual se orgulhar. É por isso que cada dia precisamos começar de novo com verdadeira humildade, com fé e esperança. John Main e Laurence Freeman nos lembram dessa necessidade enfatizando que somos todos iniciantes, não importa há quanto tempo estejamos nesse caminho.


Kim Nataraja



Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal