Você pode ter imensa fé em Deus. Mas, de tempos em tempos, o poder de Maya pode comprometer essa fé. Então, seja vigilante. No Mahabharata, mesmo devotos ferrenhos de Krishna, como Dharmaraja e Arjuna, mostraram hesitação em seguir o conselho de Krishna e tiveram de ser lembrados de seu dever por Bhishma e Draupadi, respectivamente. A fé em Deus nunca deve vacilar. Em nenhuma circunstância alguém deveria ir contra as determinações do Divino. Seja qual for a adoração que alguém possa oferecer, por mais intensamente que se possa meditar, se alguém transgredir os mandamentos do Senhor, essas práticas devocionais se tornam inúteis. A razão é que o Senhor não tem objetivos ou metas egoístas. É por motivos mesquinhos, egoístas e estreitos que as pessoas escolhem agir contra os mandamentos sagrados e nobres do Senhor. Mesmo pequenos atos de transgressão podem, no devido tempo, assumir proporções perigosas. (Discurso Divino, 12 setembro de 1991)
Dharma prático, ou regras de bom comportamento (achara-dharma), refere-se a questões temporárias relativas a nossos problemas e necessidades físicas, para as nossas relações passageiras com o mundo objetivo. O próprio instrumento dessas regras, o corpo humano, não é permanente; então, como podem essas regras serem eternas? Como pode sua natureza ser verdadeira? O Eterno não pode ser expresso pelo evanescente; a luz não pode ser revelada pelas trevas. O Eterno surge somente a partir do Eterno; a verdade emana somente da verdade. Portanto, siga os códigos objetivos do dharma relativos a atividades mundanas e da vida quotidiana, com pleno conhecimento e consciência do Atma-dharma básico interior. Somente então os impulsos internos e externos podem cooperar e produzir a bem-aventurança do progresso harmonioso. Se em suas ocupações diárias, você traduz os valores reais do dharma eterno em atos cheios de amor, então o seu dever para com a realidade interior, o Atma-dharma, também será realizado. Sempre construa sua vida sobre a base do Atma; então, seu progresso espiritual estará assegurado. (Dharma Vahini, capítulo 2)
Sathya Sai Baba
Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
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