[...] a alegria da meditação é que é uma celebração ao ser, uma celebração da alegria total de receber sua vida como um presente e fazer o que Blake disse, "beijar a alegria enquanto ela voa". A oração não é possuir, não é controlar, mas é a pura alegria de ser. Chegamos a esta celebração porque a meditação nos leva ao centro, ao ponto da quietude. Em cada pessoa há um ponto tranquilo que sou eu, mas não exclusivamente eu.
O que você vai aprender com a meditação em sua própria experiência é que existe apenas um centro, que é o centro de todos os centros. Este é o aprendizado a que chegamos ao meditar [...]. O compromisso da meditação é nos desvencilharmos de nossas preocupações autoconscientes [...]
Os momentos de meditação vão se tornando progressivamente mais acolhedores, mais alegres, mais centrados, e em nossas vidas a experiência do significado de "Deus é Amor" vai se aprofundando. O centro de todos os centros é Deus que é Amor.
O discipulado cristão é viver no desapego e no Amor ao próximo. E o discipulado começa com um chamado que nos desperta do coma da autopreocupação. Somos chamados, somos escolhidos. E a meditação é nossa resposta a esse chamado do centro mais profundo de nossa consciência desperta.
"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para irdes e dardes fruto, e para que o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. Isto vos ordeno: amai-vos uns aos outros." João 15: 16, 17
Meditando, desapegando-nos, abrindo-nos ao centro do nosso ser, aprendemos a amar.
Fr. John Main, OSB
Fonte: do livro "O Coração da Criação", Canterbury Press, 2007
Traduzido para o espanhol por Lucía Gayón, e para o português por este blog.
PERMANECER EN SU AMOR - Coordenadora: Lucía Gayón - Ixtapa, México
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Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/plano-de-fundo-textura-amostra-arte-5209055/
