sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A NATUREZA DA REALIDADE

"A realidade é meramente uma ilusão, muito embora uma ilusão muito persistente." Albert Einstein

De acordo com a Cabala, uma "cortina" divide nossa realidade em dois reinos descritos simplesmente como o reino do 1 % e o dos 99 %. O reino do 1 % engloba nosso mundo físico do caos. Mas isto é apenas uma pequena fração de toda a criação. Trata-se apenas daquilo que percebemos como nossos cinco sentidos.

Do outro lado da cortina estão os 99 % que englobam a vasta maioria da realidade. Esta é a fonte de toda plenitude, cura e conhecimento. Sempre que você experimenta alegria, você estabeleceu contato com este reino. Nosso sistema imunológico pessoal está conectado a este reino.

O princípio da Incerteza

Existe apenas um maneira de tornar todas as ferramentas da Cabala inoperantes e sem valor: se chama – incerteza. Se estivermos incertos e duvidosos sobre qualquer aspecto das ferramentas da Cabala, estaremos na verdade, puxando o fio da tomada de luz e desligando estas ferramentas. O ditado " Ver para crer" deve ser substituído por: "Crer para ver "!

Injetando certeza e aceitando responsabilidade espiritual (nunca somos vítimas) pelos males que nos afligem, nos tornamos participantes ativos em nosso processo de cura de todas as áreas de nossas vidas.

E com tudo isto em mente, podemos atrair a Força da Luz e alcançar a genuína vitória da Mente sobre a matéria.

Rav Philip Berg

Fonte: Centro de Cabala
www.kaballah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ATORES PRINCIPAIS NO CENÁRIO DA VIDA

Em algumas exposições e palestras, uso, constantemente este conceito: cada um de nós somos os atores principais no cenário de nossas vidas. A expressão, por si só bastante representativa, que remonta à atividade artística de representação, ganha outro contorno quando aplicada à existência espiritual, ou, à vida real. O palco é cada uma das encarnações e as cenas ocorrem em distintos locais, em que nosso concurso seja necessário: família, trabalho, estudo, vizinhança, lazer, ambientes públicos ou privados, veículos de transporte, ruas...

Digo isto porque, em verdade, percebo uma relativa aura de pessimismo ou de “conformismo” em grande parte do público que acorre às instituições espíritas, seja pelas questões inerentes ao cotidiano, seja pelos problemas ou dificuldades existenciais que todos (repito, todos) temos. Em parte, vejo responsabilidade dos espíritas (dirigentes e divulgadores) que, em sua maioria, tecem a pedagogia da dor, que é cunhada como “uma das formas de evolução”, e, na crônica espírita, associa-se ao amor como opções possíveis para o desenvolvimento espiritual. Creio, particularmente, que a “apologia” do sofrimento como “caminho” é resultante, tanto de nossas peregrinações espirituais sob a tutela de outras filosofias ou religiões, que atemorizam ou apregoam castigos e penas (presentes e/ou futuros), quanto da própria circunstância da ambiência brasileira, resultado de uma colorida miscigenação e pluralidade sócio-étnico-religiosa, que abre espaço para a adoção de conceitos e crenças particulares, que se somam aos fundamentos espiritistas. Há, inclusive, muita discussão, no meio e nos veículos de divulgação espíritas, sobre as chamadas “correntes” de pensamento, mais ou menos influentes e com quantitativo variável de adesões e seguidores.

Assim sendo, muitos frequentadores de centros já “entram” na reunião com aquele aspecto sofrido (e sofrível), cabisbaixos, semblante sisudo, como se carregassem em seus ombros “todos os problemas do mundo”. Sentam e permanecem, quase sempre, em silêncio (medidativo?), na espera no início dos trabalhos. Quando principia a exposição, em numerosas vezes, o tom de advertência ou de “recomendação” de algumas abordagens continua a sobrecarregar nossos companheiros ouvintes, que lamentam sua (ainda) atrasada condição, sonhando pelos dias futuros de mundos mais adiantados – a visão do “paraíso”, naquele momento. São convidados, assim, a “amar” (tolerar, ter paciência, perseverança, confiança no porvir, etc.) os sofrimentos, ou a sua própria condição existencial.

Muitos adeptos do espiritismo, assim, assumem “confortavelmente” a posição de “coitadinhos”, de alguém que está aqui, neste mundo (o “vale de lágrimas”) quase totalmente vinculado à reparação dos erros “passados”, os débitos que programou, antes de reencarnar, para saldar. Esquecemo-nos, em verdade, da própria dinâmica da vida, com seus contornos peculiares e progressivos, que altera (em função de nossa liberdade de escolha, e a atitude que dela deriva) substancialmente os meandros e as contingências de nossa atual peregrinação corporal. Nada, absolutamente, está tão predeterminado que não seja, por nós, consciencial e voluntariamente, modificado (principalmente, para melhor).

Devolver às criaturas esta maravilhosa “ferramenta” que é a disposição para a mudança, alinhavada ao direito (inalienável, inafastável e insubstituível) de escolha é o grande diferencial da Doutrina Espírita em relação às demais interpretações filosófico-morais disponíveis. A ciência espírita aplicada, por sua vez, consegue decifrar os principais enigmas de nossa existência, colocando-nos, deste modo, no devido lugar que temos, cada um, indistintamente e, como somatório, o conjunto social, que é o de contribuir decisivamente, primeiro em nossa própria superação e adiantamento espiritual, e, na sequência, como somatório das individualidades despertas e conscientes, a progressão da coletividade planetária.

O que sobressai, em mais esta temporada, no palco da matéria, é que está em cartaz a vivência oportuna dos Josés, das Marias, dos Marcelos, em novos figurinos, mas fazendo transparecer nas performances do dia-a-dia, os caracteres verdadeiros que marcam aqueles que encenam suas próprias histórias, em cenários distintos: o Espírito, individualidade inteligente, o filho pródigo da Criação.

Dr. Marcelo Henrique Pereira

Mestre e Doutor em Direito e Assessor Administrativo da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo - ABRADE.

Fonte: http://www.aeradoespirito.net
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EFEITO ESPELHO

Existe uma característica dos relacionamentos muito próximos, que é um dos principais fatores responsáveis em tornar a convivência insuportável. Trata-se do efeito espelho.

Um dos mecanismos mais usados para assimilação de informações e comportamentos é a “repetição”. Este fato resulta em uma forte tendência da mente humana em absorver padrões de comportamento que são insistentemente colocados na tela mental.

Essa tendência se aplica não somente em relação à qualidades, conhecimentos e habilidades. Mas também em relação aos defeitos, hábitos e comportamentos desinteressantes.

Ou seja, numa convivência próxima, é natural que além da maneira de falar, padrões de sentimentos e maneira de vestir, também sejam assimilados os denominados “defeitos de comportamento”.

Dessa maneira acontece um efeito no mínimo interessante. Após um certo tempo, a pessoa com que estamos convivendo, seja um filho, um cônjuge, um colega de trabalho, um amigo etc., terá a tendência natural em absorver algumas das nossas falhas de comportamento mais marcantes. Em especial aquelas que ainda não nos conscientizamos, mas que nos incomodam em nível subconsciente, ou ainda aquelas que já nos conscientizamos e achamos que superamos, mas que ainda continuam se manifestando inconscientemente.

Agora imaginem essa situação. A pessoa que estamos convivendo diretamente, passa a apresentar os defeitos que mais abominamos, em especial porque esses defeitos estão em nós, e em vários casos estamos procurando superá-los, mesmo que inconscientemente.

Esse é o efeito espelho, uma tendência que sabiamente existe para que possamos sentir na pele os nossos próprios defeitos de convivência, mas que na maioria dos casos, pela influência do ego, é o principal responsável em tornar a convivência de alguns relacionamentos insuportável.

Em outras palavras, a maioria dos problemas que surgem relacionados às falhas das outras pessoas, verdadeiramente está em nós, pois quando nos corrigimos, tudo se torna perfeito e passamos a não nos incomodar mais.

Júlio César de Castro Ferreira

(desconheço a fonte do texto)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EDUCAÇÃO ESPIRITUAL

O estado do mundo, como todos nós sabemos, está mudando. Mas não perca as suas esperanças – no método cabalístico, os pais ensinam suas crianças a dar amor, e, no processo, lembrar o que esqueceram há tempos.

A Educação espiritual (cabalística) tem sido o coração da nossa nação desde o seu início. É por isso que os judeus são chamados de Am HaSefer ("A nação do livro"). A formação espiritual tem sido o meio essencial para a existência da nossa sociedade; ela a construiu e foi um elemento vital dentro dela.

De fato, desde a recepção da Torá até a ruína do Segundo templo, velhos e novos, igualmente, tinham vivido em unidade e com clara percepção da força superior. Moisés estabeleceu a educação espiritual na nação, e crianças aprenderam desde cedo a conhecer a realidade baseada nas suas raízes no mundo superior. Foi dito que desde Beer Sheba no sul até a Represa no Norte, nenhuma criança era ignorante em relação à assuntos sobre pureza e impureza.

Pureza e impureza não se referem à assuntos espirituais, mas à força egoísta impura em nós, e a pura força de doação. Em outras palavras, mesmo o mais novo entre a nação sentiu altos níveis espirituais.

Uma Crise Agravante

Ainda, após a ruína do Segundo templo, a nação perdeu a sua tangível sensação da espiritualidade, embora a importância da espiritualidade tivesse permanecido bem enraizada nos corações das pessoas.

Mesmo estando em exílio, cada criança judia sabia como ler, escrever e calcular, e foi ensinada através dos antigos escritos. A educação para unidade, estabelecida pelos cabalistas, manteve as comunidades judaicas unidas durante a diáspora.

Apesar do fato que a educação produziu grande prosperidade, hoje, a importância da educação está declinando rapidamente. Jornais estão repletos com notícias e pesquisas descrevendo a violência escolar, abuso de drogas, depressão e desorientação entre os jovens. Pessoas jovens estão indiferentes em relação a valores e parecem querer mais do que este mundo pode oferecer.

Além do mais, a crise na educação e parte de uma crise muito mais ampla – uma de proporções globais. Cabalistas explicam que esse é um processo pelo qual o ego humano está ampliado para um ponto onde a pessoa não consegue mais saciá-lo.

Outro exemplo da arrogância do ego é a "crescente diferença de geração", que começou a acelerar no século passado. O jovem atual não consegue relacionar-se com a geração dos seus pais, e vê os adultos como fora de moda, desatualizados. Então, por um lado, nós não sabemos como educar as nossas crianças e satisfazer suas necessidades que mudam e aumentam.

Por outro lado, os jovens não possuem o meio de como comunicar-se com a geração prévia. Mais do que nunca, precisamos de um método que sirva como apoio para uma sociedade uniforme e feliz, na qual todas as partes encontram seu lugar e trabalho frente a um objetivo comum.

Leis de Doação e Amor

A sabedoria da cabala lida com a educação e a construção da sociedade como meio de atingir a força superior. Nos seus escritos, cabalistas revelam a evolução pela qual cada pessoa deve passar numa sociedade fundada na espiritualidade. Assim como cada alma recebe o que precisa do seu ambiente nos mundos espirituais, uma pessoa deve receber a educação correta em cada fase da vida dele(a).

Numa sociedade fundada nos princípios da sabedoria da cabala, nós podemos aprender, desde a infância, a apreciar a vida num nível profundo. Vamos entender que este mundo é muito mais rico do que os nossos cinco sentidos conseguem perceber. Desde cedo, nós vamos aprender através de jogos e exemplos a identificar as causas e latentes forças que controlam a realidade. Então, nós vamos conhecer as leis espirituais de amor e doação, aprender a usá-las corretamente, e poder viver em harmonia e equilíbrio com a natureza.

O Melhor Futuro

As crianças só podem implementar o que elas aprenderam após observar os exemplos feitos pelos adultos. A educação correta origina-se somente do exemplo pessoal. Um dos exemplos atuais na educação mundial é que nos comportamos de forma contraria à que ensinamos. Por exemplo, enquanto ensinamos valores altruístas como doação e colaboração, agimos de forma contrária a isso.

Tais contradições evocam confusão e desrespeito das crianças em direção aos seus pais. No entanto, num sistema de educação baseado na sabedoria da Cabala, os exemplos pessoais dos pais, de valores altruístas, estarão em harmonia com o que ensinam. A educação vai resultar da responsabilidade mutua; vai unir as gerações.

Os pais entenderão que tal consistência vai criar o melhor futuro para as suas crianças, e cometerão a adequada conduta por causa do seu amor pela sua prole. Similarmente, as crianças estarão expostas aos valores e exemplos pessoais de doação dos seus pais e aspirarão a unir-se a eles como membros ativos da sociedade. Elas obterão seu lugar do lado dos adultos e trabalharão juntos por uma sociedade próspera.

No final das contas, uma educação espiritual vai promover a sociedade como um todo.

Além do mais, tal tipo de criação vai mudar a vida de forma considerável. A geração jovem vai ser ajudada pela experiência adquirida pelos adultos, e usarão seus exemplos para aprender como vencer seu próprio ego quando ele estalar. Ao fazer isso, os jovens apreciarão a geração antiga e criarão uma ligação forte de amor e respeito entre eles.

A sociedade futura que os cabalistas sempre ansiaram pode ser construída através da educação espiritual, e pode ser feita hoje. É suficiente educar uma geração para "dar um chute inicial" no processo.

Isso, por sua vez, criará uma sociedade uniforme, não contaminada pela diferença de época. Ambas as gerações passada e atual vão apoiar uma a outra para que uma seja a garantia do sucesso da outra. Os velhos servirão como exemplo, e a necessidade para educar os jovens, via valores espirituais vai compelir os antigos a demonstrarem o certo exemplo. Então, eles vão complementar um ao outro e marcharão juntos frente à completa realização da realidade superior.

Rav Dr. Michael Laitman, PhD.

Fonte: http://www.kabtoday.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal