quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SAL DA TERRA

Mateus, 5: "Vós sois o sal da terra: ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para mais nada presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte, nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontrem na casa. Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus."

Nessa passagem de seu ministério, Cristo chama a atenção para a nossa responsabilidade em relação ao trabalho de regeneração da humanidade, ao mesmo tempo que nos desperta para a nossa vocação espiritual. Faz-nos lembrar de como deve ser nosso trabalho espiritual: silencioso, mas abrangente, tal como o sal que não aparece no alimento mas dá-lhe sabor.

Assim, se queremos divulgar nossa filosofia de vida façamo-lo pelo exemplo, pela vivência, demonstrando nossa perfeita identificação com a verdade. Um exemplo vale mais que mil palavras.

Max Heindel afirma: "Não se nos julga pelo evangelho que pregamos mas pela vida que levamos. Observam nossa integridade nos negócios, a harmonia nos relacionamentos. Julgam-nos pelas conversas, pelas nossas companhias, pelos ambientes que frequentamos. Nada se nos é desculpado. Julgam nossa religião ou filosofia pelos efeitos que nos exercem sobre nossas vidas."

Não podemos falar de pureza e saúde, e ao mesmo tempo ingerir alimentos inadequados... fumo... álcool... drogas... Usar vestimentas de pele a partir do sacrifício de animais... Falar de fraternidade universal e alimentar preconceitos sociais, raciais...

Coerência é a palavra-chave. Somente através do exemplo que a manifeste podemos ser sal da terra e luz do mundo.

Fraternidade Rosacruz Max Heindel

Fonte: Boletim "ECOS" da Fraternidade R+C MH
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AS ORIGENS DA RELIGIÃO

Para compreendermos as origens da religião devemos tentar visualizar tão exatamente quanto possível as condições sob as quais o homem vivia, no alvorecer da civilização. Claramente ele vivia num ambiente físico variável e essencialmente hostil e possuía uma preparação tecnológica extremamente inadequada para defender-se desse ambiente. Sua mentalidade estava ainda opressivamente dominada por características definidamente animais, embora os valores da vida - o desejo do sucesso, da felicidade e vida longa - já estivessem naturalmente presentes. Seus métodos de produção de alimentos eram da mais simples espécie - apanhar insetos e frutos e o tipo mais elementar de caça e pesca. Ele não tinha morada fixa, vivendo em cavernas e abrigos naturais. Não pode ter existido nenhum tipo de segurança econômica, e não podemos estar muito errados ao assumir que, onde não existe segurança econômica tende a se desenvolver a insegurança emocional e seus correlativos, o sentimento de impotência e de insignificância. (1)

Uma pesquisa da história religiosa revela que o advento da religião racional é a consequência de uma consciência do mundo. As fases posteriores do tipo comunal de religião dos antepassados são dominadas pela reação consciente da natureza humana à organização social na qual se encontra. Tal reação é em parte emoção vestida com as roupagens da crença e do ritual, e em parte razão justificando a prática pelo teste da preservação social. A religião racional é a reação mais ampla dos homens em relação ao universo em que se encontram. (2)

(1) Paul Radin
(2) Alfred North Whitehead


Fonte: dos ensinos Rosacruzes (Ordem Rosacruz, AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NA REVOLUÇÃO ESPIRITUAL


Afirmação de fé. Exemplo de confiança.

As sombras se agitam, desorientadas, quando a luz se faz mais intensa. Indiscutivelmente, os problemas não desaparecem de vez. No entanto, é forçoso que o servidor se mantenha firme no posto de ação e vigilância, com a alegria de quem cumpre o dever.


Rogamos observação e prece, firmeza de ânimo e disposição a servir.


Estamos na condição do cultivador que se encontra em árduo serviço no solo, achanando a gleba e manejando o arado para lançar, por fim, a semente renovadora e produtiva. Realizado o trabalho da plantação, surge o período abençoado da espera.


E de tanta paz carecemos na complementação do serviço que, para sermos mais precisos, somos impelidos a lembrar a tarefa do cirurgião cujo esforço, em seguida ao trabalho operatório, é compelido a aguardar as respostas orgânicas do paciente.


Estejamos no desempenho de nossas atividades normais, dentro daquele preceito do “orai e vigiai”, porquanto, aqueles irmãos nossos do passado, a quem suplicamos renovação para eles e para nós, muito dificilmente se dispõem a essa mesma renovação.


Tenhamos paciência e calma, bom ânimo e fé, e assim, como usamos medicamentos, em doses certas e nas ocasiões certas, a fim de que o desequilíbrio do corpo desapareça em favor da saúde, adotemos comportamento análogo mobilizando palavras de paz, amor e bênção, ante as dificuldades da alma, para que se nos refaça a harmonia espiritual.


Francisco Cândido Xavier / Batuira

Fonte: do livro "Mais Luz"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIVENDO O DARMA E O BUDA

Cada pequeno e simples momento que vivemos, na verdade, é como uma semente muito poderosa, capaz de fazer desabrochar todo o seguimento de nossa vida. O hoje depende das sementes de ontem. O amanhã é semeado exatamente agora. Tudo o que pensamos, sentimos e fazemos, é como as sementes que espalhamos, aqui e ali, no jardim das nossas vidas. Quando germinam, elas pavimentam, cobrem o chão do caminho que escolhemos (consciente, ou não) palmilhar na existência. Se mantivermos essa clara percepção, ficaremos bem mais vivos e atentos a cada acontecimento que presenciamos, pois ele pode conter sementes maravilhosas. Basta, então, regá-las com a água pura e cristalina da nossa plena consciência. Assim, elas sorriem graciosamente para nós, porque fomos capazes de reconhecê-las e ajudá-las a florescer.

Angelika Zuiten (Monja Zen)

Fonte: do livro "Vivendo o Darma, Vivendo o Buda", p. 12, Ed. Bodigaya
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal