sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A AUTODESTRUIÇÃO NUMA PRECISA ANOTAÇÃO ESPÍRITA

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de pessoas se matam por ano em todo o mundo. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio. Somente no Brasil, quase 30 pessoas se suicidam por dia, e infelizmente os números são crescentes. As maiores incidências são nos países ricos. O leste europeu registra um dos mais altos índices de suicídio proporcionalmente. Países da Ásia, como Coreia do Norte, China e Japão são os recordistas mundiais.

Em 2014, mais de 25 mil pessoas cometeram suicídio no Japão. Isso dá uma média de 70 por dia. A maioria é de homens. O assunto voltou a ter destaque recentemente com o suicídio de um homem de 71 anos, que ateou fogo no corpo dentro de um trem bala. Para o psicólogo Wataru Nishida, da Universidade Temple, em Tóquio, a solidão na velhice é o fator número um que antecede a depressão e o suicídio. Tese que encontra respaldo em John Cacioppo, cientista e professor de psicologia da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que sugere ser o isolamento um fator impactante para acelerar o extermínio “prematuro” do idoso solitário. Para Cacioppo há fatores de risco em face do sentimento de solidão, dentre os quais estão a interrupção frequente do sono, elevação da pressão arterial, aumento do cortisol (hormônio do estresse), alterações no sistema imunológico e aumento da depressão. [1]

Talvez realmente a solidão seja preocupante enfermidade dos dias de hoje. Mas não são apenas os idosos homens com problemas pessoais que estão tirando suas vidas. O índice vem crescendo rapidamente entre homens jovens, fazendo com que o suicídio seja a principal causa de morte entre os homens japoneses com idades entre 20 e 40 anos. E as evidências apontam que estes jovens estão se matando porque perderam completamente a esperança e são incapazes de pedir ajuda. [2]

Para alguns pesquisadores as causas do suicídio podem estar relacionadas a distúrbios psicossociais, como exclusão, dependência química, desesperança e traumas emocionais. Não raro, o suicídio é tido como consequência da depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, anorexia e desvios de personalidade. E os especialistas procuram responder o que leva o ser humano a desrespeitar o seu instinto de autopreservação.

Sob a tese sociológica, o escritor francês Albert Camus, no seu livro intitulado “O Mito de Sísifo” defende a tese que só existe um problema filosófico realmente grave: o suicídio - Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder a questão de filosofia. Que o confirmem os peculiares escritores Artur Shopenhauer no seu macabro livro “As Dores do Mundo”, que induz o leitor fragilizado ao suicídio, e Friederich Nietzsche, que em “Assim Falava Zaratustra” afirma que orar é vergonhoso. Emille Durkhein, um dos maiores pesquisadores das teses suicidógenas, afirma que a culpa maior para uma pessoa cometer um ato tão extremo, de vencer o próprio instinto de conservação é da sociedade, que é a grande pressionadora para esse ato extremo do homem - é o ser psicológico sendo abatido pelo ser social.

Os Espíritos explicam que o adiamento de uma dívida moral significa reencontrá-la mais tarde com juros somados com cobrança sem moratória. A vida na Terra foi dada como prova e expiação e depende de cada um lutar com unhas e dentes para ser feliz o quanto puder, amenizando as suas dores com amor. [3] Como explicar o descontentamento da vida que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos? Certamente é resultado da ociosidade, da falta de fé, e também da saciedade. É óbvio que ninguém tem o direito de acabar com a própria vida. O suicídio é uma grave transgressão às leis de Deus.

O suicídio cometido por desgosto da vida é uma brutal estupidez, uma loucura. Ora, por que tais infelizes rebeldes da vida não trabalhavam para o próximo? Com certeza a existência seria menos pesada. Infelizes são os que não têm a coragem de suportar as adversidades da existência. Deus ajuda os que sofrem e não os que carecem de energia e de coragem. As consternações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados. O suicídio é resultado da ociosidade, da falta de fé, e geralmente da saciedade. [4]




Jorge Hessen




Fonte do Texto e da Gravura: do Blog "Artigos Espíritas"
https://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br





Referência bibliográficas:

[1] Disponível em http://oglobo.globo.com/saude/solidao-aumenta-em-14-as-chances-de-idosos-morrerem-de-forma-prematura-11609030#ixzz2yAIPeewV,acesso em 05/10/2015

[2] Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150705_japao_suicidio_rb, acesso em 07/10/2015

[3] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 920, RJ: Ed. FEB. 2000

[4] Idem, questões de 943 a 949

MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS DO AMOR

Os espíritos luminosos do mundo invisível estão sempre a fazer trocas de amor: eles encontram-se no espaço, saúdam-se, penetram-se uns aos outros com raios puros e continuam a sua rota. Não ter corpo físico não impede que se faça trocas e se ame. Também vós fazeis, com as criaturas que vos rodeiam, milhares de trocas que não são físicas. Não dais beijos a toda a gente, não tomais toda a gente nos braços, mas não parais de ter encontros que vos alimentam e vos tornam felizes. Por que não haveis de aumentar o número e a qualidade dessas trocas? O amor, tal como é compreendido pela maioria dos humanos, esse amor ávido, egoísta, possessivo, ciumento, cruel, é uma verdadeira escravatura. Vós direis: «Mas nós temos um corpo, não podemos manifestar-nos como anjos.» Ficai a saber que, na realidade, não é o vosso corpo que mais se opõe às manifestações espirituais do amor, é o vosso mundo psíquico, que não aprendestes a controlar, a iluminar. Ter um corpo não nos impede de nos aproximarmos desta concepção espiritual do amor, pois a alma e o espírito em nós são tão reais como o nosso corpo físico e podem fazer trocas com todas as outras almas e todos os outros espíritos do universo.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com