segunda-feira, 8 de abril de 2013

DHARMAM CHARA - PRATIQUE A CONDUTA CORRETA


"Fale a Verdade e pratique a Retidão, Sathyam Vada Dharmam Chara", dizem as escrituras. 

Elas também declaram "Sathyam Naasthi Paro Dharmaha" - não há dharma ou lei maior que a Verdade. 

Note que a prescrição Védica é "Dharmam Chara" - Pratique a Conduta Correta. 

Não é suficiente aprender sobre ela, você deve praticá-la, preencher cada momento com pensamentos, palavras e ações que reflitam sua percepção desse Dharma. Tal vida é a marca registrada daquele que possui verdadeiro bom caráter. E é a esse caráter que as escrituras se referem como o melhor ornamento da pessoa.


Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ONDE DEUS ESTÁ ESCONDIDO?





Pergunta a Osho: Amado Osho, o que exatamente está me impedindo de ver o óbvio? Eu simplesmente não compreendo o que fazer ou o que não fazer. Quando é que eu serei capaz de ouvir o som do silêncio?

O que exatamente está obstruindo a minha visão de ver o óbvio? O simples desejo de vê-lo. O óbvio não pode ser desejado, o óbvio é!

Quando você deseja, você se afasta: você começa a buscar o óbvio. Nesse exato momento você o tomou distante, ele não é mais o óbvio, ele não mais está próximo; você o colocou bem distante. Como pode você buscar pelo óbvio? Se você compreende que é óbvio, como pode você buscá-lo? Ele está simplesmente aqui! Qual a necessidade de buscá-lo ou desejá-lo? 

O óbvio é o divino, o mundano é o sublime e o trivial é profundo. Você está encontrando Deus a cada momento, nas suas atividades simples do dia-a-dia, porque não existe mais ninguém. Você não pode encontrar ninguém mais, é sempre Deus de mil e uma formas. 

Deus é bem óbvio. Apenas Deus é! Mas você busca, você deseja... e você perde. Nesta sua mera busca você coloca Deus bem longe, muito distante. Isso é uma viagem do ego.

Tente compreender... o ego não está interessado no óbvio porque com o mesmo ele não pode existir. O ego não está de forma alguma interessado no que está próximo, ele está interessado no distante, lá longe. Pense bem: o homem alcançou a lua, mas ele ainda não alcançou o seu próprio coração. 

O distante... o homem inventou viagens espaciais, mas ele ainda tem que desenvolver as viagens até a alma. Ele alcançou o Everest, mas ele não se interessa em ir para dentro do seu próprio ser. 

Perde-se o que está próximo e busca-se o que está bem distante. Por quê? Porque o ego sente-se bem; se a jornada é difícil o ego sente-se bem, existe algo a ser provado. Se é difícil, existe algo a se provar. O ego se sente bem em ir até a lua, mas ir para dentro do seu próprio ser? Isso não seria muito pretensioso.

Existe uma velha história:

Deus criou o mundo. E então, ele costumava viver na terra. Você já pode imaginar... ele tinha tantos problemas, todos vinham reclamar, todos batiam à sua porta nas horas vagas. À noite pessoas vinham e diziam: “Isso está errado, hoje nós precisávamos de chuva e está tão quente”. E alguém vinha logo depois e dizia: “Não traga chuvas por enquanto — eu estou fazendo algo e a chuva estragaria tudo”.

E Deus estava a ponto de ficar louco... “O que fazer? Tantas pessoas, tantos desejos, e todos esperando e todos necessitando serem atendidos, e eram desejos tão contraditórios! O fazendeiro queria chuva e o ceramista não queria chuva alguma pois ele fazia vasos e a chuva podia destruí-los; ele necessitava de sol quente por alguns dias...” E assim em diante.

Então, Deus chamou os seus conselheiros e perguntou: “O que fazer? Eles irão me enlouquecer, e eu não posso satisfazer a todos. Ou eles irão me matar um dia destes! Eu gostaria de encontrar um lugar para me esconder”.

E os conselheiros sugeriram várias coisas. Um deles disse: isso não é problema, vá para o Everest. Ele é o pico mais elevado dos Himalaias, ninguém irá alcançá-lo”.

Deus disse: “Você nem imagina! Eles o alcançariam em poucos segundos”, para Deus isso seria apenas uns poucos segundos: “Edmund Hillary iria alcançá-lo com Tensing e então os problemas começariam. E uma vez que soubessem, então eles começariam a vir em helicópteros e ônibus, e tudo seria... Não, isso eu não vou fazer. Isso resolveria as coisas só por alguns minutos”. 

Lembrem-se de que o tempo para Deus tem uma dimensão diferente. Na Índia diz-se que para Deus milhões de anos é um dia, alguns segundos então...

Daí alguém mais sugeriu: “E por que não ir para a lua?”

E Deus respondeu: “Lá também não é longe o bastante; mais uns poucos segundos e alguém iria alcançá-la”.

E os conselheiros sugeriram estrelas distantes, mas Deus falou: “Isto não resolveria o problema. Seria apenas uma espécie de adiamento. Eu quero uma solução permanente”.

Então, um velho ajudante de Deus aproximou-se dele e sussurrou algo em seu ouvido. E Deus disse: “Você está certo. Vou fazer isso mesmo!”.

O velho ajudante havia dito: “Só existe um lugar onde o homem nunca irá alcançar — esconda-se nele mesmo”. E esse é o lugar onde Deus está escondido desde então: no interior do próprio homem. E esse seria o último lugar no qual o homem pensaria encontrá-lo.

Perde-se o óbvio porque o ego não se interessa por ele. O ego está interessado em coisas duras, difíceis, árduas, porque aí existe um desafio. Quando você ganha, você pode clamar por vitória. Se o óbvio está aí e você ganha, que tipo de vitória é essa? Você não terá muito de um vencedor. É por isso que o homem segue perdendo o óbvio e buscando o distante. E como pode você buscar o distante quando você não pode nem mesmo buscar o óbvio?

“O que exatamente está obstruindo a minha visão de ver o óbvio?” O mero desejo está tomando-o distante. Abandone o desejo e você verá o óbvio.

“Eu simplesmente não compreendo o que fazer ou o que não fazer.” Você não tem que fazer nada. Você tem apenas que ser um observador de tudo que está acontecendo ao seu redor. O fazer é de novo uma viagem do ego. Fazendo, o ego se sente bem — algo está aí para ser feito. O fazer é um alimento para o ego, ele fortifica o ego. Não faça nada e o ego cai por terra; ele morre, ele não é mais nutrido.

Então, simplesmente seja um não fazedor. Não faça nada que diga respeito a busca por Deus, e pela verdade. Em primeiro lugar isso não é uma busca, assim você não pode fazer nada a respeito. Simplesmente seja.

Deixe-me dizer-lhe isso de uma outra forma: se você está em um estado puro de ser, Deus vem até você. O homem nunca poderá encontrá-lo; Deus encontra o homem.

Simplesmente esteja em um espaço silencioso — não fazendo nada, não indo a lugar algum, não sonhando — e nesse espaço de silêncio repentinamente você encontrará Deus. Porque ele sempre esteve presente! Simplesmente você não estava em silêncio para que pudesse vê-lo e você não pôde ouvir a sua voz, pequenina e quieta.

“Quando serei eu capaz de ouvir o som do silêncio?” Quando? Você faz a pergunta errada. É agora ou nunca! Escute-o agora, porque ele está aqui, a sua música está tocando, a sua música está em toda a parte. Você simplesmente precisa estar em silêncio para que possa ouvi-la.

Porém, nunca diga “quando”; “quando” significa que você está colocando no futuro; “quando” significa que você começou a esperar e sonhar; “quando” significa “não agora”. E sempre é no agora, sempre é no momento presente. 

Para Deus existe apenas um tempo: o agora; e apenas um lugar: o aqui. “Lá”, “então” — abandone-os.


Osho, em "A Visão Tântrica: Discursos Sobre as Canções de Saraha"



Fonte do Texto e da Gravura: 
http://www.palavrasdeosho.com/2013/03/onde-deus-esta-escondido.html

LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO


Frequentemente muitas pessoas apresentam diversas dúvidas acerca do livre-arbítrio e do determinismo. Analisemos como a Doutrina Espírita se posiciona.

"A cada um será dado segundo as suas obras." Jesus (Mt 16,27)

O Livro dos Espíritos (Allan Kardec):

115. Dentre os Espíritos, alguns foram criados bons e outros maus?
Resposta: "Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um uma missão com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los de Si. A felicidade eterna e pura é para os que alcançam essa perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos ao passar pelas provas que a Lei Divina lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais depressa ao objetivo que lhes é destinado. Outros somente as suportam com lamentação e, por causa dessa falta, permanecem mais tempo afastados da perfeição e da felicidade prometida."

843. O homem tem sempre o livre-arbítrio?
Resposta. "Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria como uma máquina."

845. Não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio as predisposições instintivas que o homem já traz consigo ao nascer?
Resposta. “As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-las à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.”

859. Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem que ocorrer?
Resposta. “São de ordinário coisas muito insignificantes, de modo que vos podeis prevenir deles e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.”

859a) Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal maneira que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não seria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”

861. Ao escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um assassínio sabia que viria a ser assassino?
Resposta. “Não. Escolhendo uma vida de lutas, sabe que terá ensejo de matar um de seus semelhantes, mas não sabe se o fará, visto que ao crime precederá quase sempre, de sua parte, a deliberação de praticá-lo. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la, ou não. Se soubesse previamente que, como homem, teria que cometer um crime, o Espírito estaria a isso predestinado. Ficai, porém, sabendo que a ninguém há predestinado ao crime e que todo crime, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.

“Demais, sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais e os atos da vida moral. A fatalidade, que por algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Quanto aos da vida moral esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há fatalidade.”



Fonte: Boletim "O Espiritismo"
www.oespiritismo.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APRENDER É UMA FORMA DE NÃO CEDER


Aconteça o que acontecer, vós nunca deveis render-se, ceder interiormente. É nisso que reside o vosso poder. Na maior parte do tempo, não tendes qualquer poder sobre os acontecimentos em si mesmos, porque eles são apenas elos de uma extensa cadeia.

Quando estala a guerra, isso não depende de uma pessoa nem sequer de uma sociedade, mas sim de uma grande quantidade de fatores ideológicos, políticos, econômicos, inextricavelmente ligados uns aos outros. E há muitas outras desgraças que podem ocorrer e perante as quais se é impotente.

Mas, seja o que for que aconteça, a vida apresenta tantas possibilidades, o Criador pôs em vós tantos dons, tantas faculdades, que podeis tirar partido delas para beneficiar de toda essa riqueza. Em todas as circunstâncias e qualquer que seja o vosso estado, podeis fazer qualquer coisa, pelo menos pensar que há ali uma lição para aprender. Aprender é uma forma de não ceder. Para se permanecer vivo, há que aprender sempre.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NOSSO VERDADEIRO TRABALHO


Antes de deixar esse mundo, um dos maiores kabalistas deu um presente espiritual para cada um de seus alunos. Para um, deu sua retidão; para outro, sua sabedoria. Mas para um aluno muito especial, o mestre deu a tarefa de “consertar o mundo”.

Depois que o mestre morreu, seu aluno começou a viajar e a falar com quem quisesse ouvir. Ele estabeleceu como sua missão despertar as pessoas sobre os erros que estavam cometendo e fornecer-lhes ferramentas espirituais para se conectarem com o Criador. Depois de dois anos de devoção e esforço, ele começou a sentir um vazio e ficou imaginando se estaria realmente realizando o trabalho que seu mestre havia lhe confiado. Em resposta ao seu questionamento, o mestre visitou o aluno em um sonho e disse: “Você viajou para muito longe, tentando mudar o mundo, mas até onde foi tentando mudar a si próprio?”

É muito mais fácil para nós enxergar o que há de errado com os outros do que reconhecer nossas próprias falhas; mas nosso verdadeiro trabalho começa com nosso processo interno de transformação. 

Foi por esse motivo que escrevi o livro "O Poder de Mudar Tudo"; para despertar-nos para a ideia de que, por mais que desejemos mudar o mundo para tornar nossas vidas melhores, a verdade é que precisamos mudar a nós a fim de tornar o mundo melhor. É um paradoxo. Quanto mais você desejar transformar o mundo, mais tem que se transformar.

Nosso trabalho diário é a transformação pessoal, é encontrar nossa negatividade e realizar uma mudança positiva, melhorando tanto nossas vidas quanto as vidas dos outros. 

Todos nós temos o poder de mudar o mundo, e não temos que olhar além de nós para começar a consertá-lo.


Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal