sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MANTENHA VIVO O DESCONTENTAMENTO

O descontentamento não é essencial em nossa vida, para qualquer questão, qualquer investigação, para examinar, descobrir o que é real, o que é Verdade, o que é essencial na vida? Eu posso ter esta chama de descontentamento na escola; e então arranjo um bom emprego e esse descontentamento desaparece. Eu fico satisfeito, me esforço para manter minha família, tenho que ganhar o sustento e, assim, meu descontentamento é acalmado, destruído, e me torno uma entidade medíocre satisfeita com as coisas da vida, não mais descontente. Mas a chama tem que ser mantida do início até o fim, de modo que haja verdadeira investigação, verdadeiro exame do problema do que é descontentamento. Porque a mente busca muito facilmente uma droga para contentá-la com virtudes, com qualidades, ideias, ações, ela estabelece uma rotina e fica presa aí. Estamos bem familiarizados com isso, mas nosso problema não é como acalmar o descontentamento, mas como mantê-lo ardente, vivo, vital. Todos os nossos livros religiosos, todos os nossos gurus, todos os sistemas políticos pacificam a mente, aquietam a mente, influenciam a mente a se apaziguar, deixar de lado o descontentamento e chafurdar em alguma forma de contentamento. Não é essencial estar descontente a fim de descobrir o que é verdadeiro?





J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DESAFIOS EXISTENCIAIS

Toda existência é oportunidade de aprendizado para todos nós, que partimos um dia do mundo espiritual a fim de realizar essa experiência ímpar chamada vida.

A vida, esta do lado de cá da existência, tem um propósito claro e inequívoco aos olhos de Deus: o de nos oferecer chances de progresso e melhoria pessoal.

Ao nos criar Espíritos imortais, nos fez a todos simples e ignorantes... Ou seja, sem capacidades intelectuais ou morais pré-determinadas.

Desta forma, a pergunta que mais nos ocorre é a seguinte: de onde vêm os nossos pendores, os dons com os quais nascemos, ou as virtudes e paixões que trazemos na alma?

Se somos criados todos iguais, por que somos aqui na Terra tão diferentes uns dos outros? Por que, irmãos gêmeos, sob a mesma educação, os mesmos pais, são tão diferentes?

Ao nascermos novamente, ao retornarmos à experiência de nascer, trazemos conosco toda uma bagagem que adquirimos nos caminhares que já fizemos em nossa história.

Trazemos no cofre de nossa alma todos os tesouros e todas as quinquilharias que, porventura, fomos juntando nos nossos caminhares, pelos caminhos que já percorremos ao longo de nossas existências.

Assim, todas as nossas virtudes e todos os nossos sentimentos são conquistas feitas em algum momento de nossa história, e que hoje trazemos para mais este capítulo do livro que estamos escrevendo desde muito.

Se hoje sentimos raiva, vingança e ódio, se temos inveja ou ciúmes, são desvalores que adquirimos por opção própria, e que ainda fazem parte de nossa estrutura emocional.

Por outro lado, se trazemos na alma a doçura, a compaixão pelo próximo, a benevolência no olhar, são resultantes dos esforços que fizemos para adquiri-los e tê-los na intimidade da alma.

Se hoje percebemos em nós sentimentos que já não são coerentes com nossos conceitos e valores, começa aí o esforço para a transformação da alma.

A vida é exatamente essa oportunidade que a Providência Divina nos oferece para que a modificação da alma, para melhor, se faça.

E para tanto, nossa vida é pródiga de oportunidades para modificarmos as coisas da alma que precisam ser mudadas.

Seja a esposa intolerante, o marido incompreensível, o filho exigente, o chefe às vezes tirano, todos nos oportunizam a chance de experimentar outros valores e desenvolver renovados sentimentos na alma.

Muitas vezes, o convite da vida vem através da doença, do revés financeiro que nos abala, ou do ente querido que parte para o Mundo Espiritual nos deixando órfãos emocionalmente.

Todos esses desafios que a vida nos oferece são convites silenciosos que ela nos faz, nos oferecendo a chance de renovar paisagens emocionais, repensar posicionamentos e principalmente, redirecionar nossos passos para caminhos que nos conduzam à felicidade.

Em qualquer momento de sua vida, perceba ser ela oportunidade bendita que Deus lhe oferece de iniciar a construção do Reino de Deus dentro de você.





Fonte: Redação do Momento Espírita
http://www.reflexao.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SABEDORIA - SER LIVRE - ACEITAÇÃO

A sabedoria mostra que a vida não funciona ao acaso. Ela ensina que tudo o que acontece neste teatro da vida tem um significado profundo. A sabedoria também revela que a colheita de hoje é resultado do que foi semeado ontem. Quando existe o desejo de colher melhores frutos, qualquer ato é preenchido de positividade e beleza. Quando eu tenho esse entendimento eu fico satisfeito e contente com tudo que está acontecendo na minha vida.

Uma pessoa livre é aquela que reconhece, cuida, alimenta, usa e expressa seu potencial. É um ser desperto que decidiu parar de culpar, reclamar e dar desculpas. Que assumiu sua responsabilidade e tem uma atitude de gratidão a cada momento. É um ser relaxado, mas que não fica confortável na zona de conforto. Sua energia é cheia de amor, coragem e determinação. É uma energia concentrada que rege sua mente e emoções, não se distrai com o que é sem importância, não perde de vista o que é importante. Seu poder vem de saber que nada ou ninguém pode impedi-la de ser livre e expressar todo o seu potencial.

Hoje eu só verei a bondade e a virtude de todos à minha volta. Quando vejo e aprecio as especialidades nos outros, torna-se fácil e natural ver e apreciar minhas próprias especialidades. Isto me torna uma pessoa fácil e leve. Às vezes eu posso achar difícil ou literalmente impossível ver as especialidades em algumas pessoas. Isto acontece porque temos o hábito de julgar e rotular. Ao julgar, deixamos de aceitar e amar. Aceitação é a chave para encontrar especialidades nos outros e em mim.




Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ROMPENDO O RUIM

Não existe essa coisa de “ruim”. Não realmente. Pelo menos, não no contexto da Kabbalah.

À primeira vista, esse pode ser um conceito chocante, mas ele também pode ser encarado como um grande alívio e como uma inspiração para nós.

Os kabalistas ensinam que o caminho para a realização ocorre quando pegamos qualquer uma das nossas negatividades, tais como egoísmo, raiva, inveja ou ódio e as transformamos na natureza do Criador – em qualidades como amor incondicional e compartilhar. Quando alinhamos nossa consciência e nossas ações com esta infinita força de compartilhar, acessamos a plenitude e as bênçãos incomensuráveis que o Criador deseja nos conceder.

Infelizmente, quando começamos a encarar de verdade nossa negatividade, isso pode parecer uma tarefa assustadora. Todos nós temos muito a trabalhar e sentimos, se é que já não sabemos, que podemos melhorar. Na verdade, alguns de nós gravitamos naturalmente no sentido de focar nos aspectos negativos do nosso comportamento. Somos nossos críticos mais ferrenhos. Enxergamos nossos erros e falhas de caráter como “ruins” ou como algo de que devamos nos envergonhar. Essa linha de pensamento, no entanto, é uma total perda de foco.

Se a realização é obtida ao transformarmos nossa negatividade em positividade, então, quanto mais negatividade tivermos, tanto mais realizados poderemos nos tornar potencialmente.

E por falar nisso, eis aqui uma verdade secreta universal: só enxergar sua negatividade já é meio caminho andado para vencer a batalha! A fim de encontrar todo o bem que se acha profundamente enterrado dentro de nós, primeiro temos que descobrir as partes opostas da nossa natureza. Então, podemos fazer com que essa bondade se manifeste em nossas vidas, através da nossa própria transformação.

Jamais se sinta mal com você mesmo.

Você não tem nada de que se envergonhar.

Cada um possui seu próprio conjunto de defeitos, especialmente designados para si. E todos nós cometemos erros.

Nossos atributos negativos são como pedaços de carvão, à espera de que os transformemos em diamantes. É assim que merecemos alcançar a realização.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A MEMÓRIA NÃO TEM VIDA NELA MESMA

O que queremos dizer com pensamento? Quando você pensa? Obviamente, o pensamento é o resultado de uma resposta, neurológica ou psicológica, não é? É a resposta imediata dos sentidos a uma sensação, ou é psicológica, a resposta de uma memória armazenada. Existe a resposta imediata dos nervos a uma sensação, e existe a resposta psicológica de uma memória armazenada, a influência da raça, grupo, guru, família, tradição e assim por diante; tudo que você chama de pensamento. Assim, o processo do pensamento é uma resposta da memória, não é? Você não teria pensamentos se não tivesse memória, e a resposta da memória a certa experiência coloca o processo do pensamento em ação. O que, então, é memória? Se você observar sua própria memória e como você reúne memória, perceberá que ela é ou factual, técnica, tendo a ver com informação, com engenharia, matemática, física e todo o resto; ou ela é resíduo de uma experiência inacabada, incompleta, não é? Olhe sua própria memória e você verá. Quando você encerra uma experiência, a completa, não há memória dessa experiência no sentido de um resíduo psicológico. Só há resíduo quando uma experiência não é totalmente compreendida, e não há compreensão da experiência porque olhamos cada experiência através de memórias passadas e, portanto, nunca encontramos o novo como o novo, mas sempre através da tela do antigo. Portanto, está claro que nossa resposta à experiência é condicionada, sempre limitada.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

24 DE JANEIRO 2014 - ORAÇÕES DIÁRIAS