quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

ALGO DIFÍCIL DE FAZER


Mais e mais, tranquilamente vou tendo de fazer aquela coisa difícil que ninguém está disponível para fazer por mim ou comigo:

Viver realmente minha vida interior e procurar Deus de acordo com minha vocação.


Thomas Merton, OCSO



Fonte: Merton na Intimidade
(Fisus, 2001) p. 154
Via: Associação Thomas Merton
https://merton.org.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/pai-convento-porta-hospitalidade-2762858/

UM AUTÊNTICO E PROFUNDO TRABALHO


Fazei convergir todas as vossas atividades para um único objetivo – o vosso aperfeiçoamento – e assim desencadeareis em vós mesmos forças que vos transformarão profundamente. As atividades profissionais dos humanos, em geral, só mexem com eles superficialmente. Ir à fábrica ou ao escritório, trabalhar num laboratório, fazer política, instruir crianças, não pode revelar todas as forças neles depositadas pelo Criador, a não ser que ao mesmo tempo, pelo pensamento, o sentimento e a vontade, façam um trabalho que dá um sentido mais amplo a essa atividade, isto é, que toca as raízes do seu ser. Decidi-vos, pois, a começar esse trabalho, o único autêntico trabalho, tomai-lhe o gosto, não passeis um só dia sem ativar forças benéficas em vós e à vossa volta, e vereis os resultados!


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de Autoria pessoal

VOZ DO CORAÇÃO?


O Dr. Paul Pearsall, neuropsicólogo da Universidade do Havaí (USA), no seu maravilhoso livro "Memória das Células", após apresentar e debater sobre a conhecida voz do coração, defende a sua tese, abordando com cuidado o mecanismo das células, seu funcionamento, sua memória e outras peculiaridades.

Em determinado momento na obra referida, acentua: “Você sabia que o coração pensa, lembra, comunica-se com outros corações, ajuda a regular o sistema imunológico, armazena informações que pulsam…?”, confirmando que também participa das nossas decisões e que devemos estar atentos à sua comunicação.

Quando Allan Kardec escreveu "O Livro dos Espíritos", na questão de número 459 indagou: "Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?"

Eles responderam: “Muito mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem”.

Em nossa luta quotidiana, não poucas vezes procuramos agir conforme os ditames da razão, consoante a filosofia do Iluminismo, até mesmo tocando, sentindo, e, quando estamos decididos e avançamos, a voz do coração faz-nos mudar totalmente, resultando em bênção o empreendimento que, se houvesse seguido outro roteiro, teria sido um desastre.

A crença na imortalidade da alma leva-nos ao conceito de que estamos sempre acompanhados por aqueles que nos amaram e/ou nos odiaram enquanto se encontravam na vilegiatura carnal.

Ao responder com segurança a Allan Kardec a indagação feita, os guias da humanidade conclamam-nos a viver conforme os padrões dignificantes do dever, os postulados éticos estabelecidos, as regras do comportamento saudável.

Assim procedendo, geramos uma vibração de identidade com os Espíritos nobres que se nos acercam e inspiram-nos o mais correto comportamento em todos os instantes da nossa existência.

Quando isso não ocorre, e nos encontramos com a mente viciada, dominados por hábitos doentios e perversos, tornamo-nos instrumentos de Espíritos equivalentes, porquanto os atraímos por afinidade vibratória.

A voz do coração provém desses verdadeiros anjos guardiães, quando nos candidatamos a realizações enobrecedoras e ao próprio progresso nas suas diversas facetas.

A cada dia defrontamos situações complexas e de difícil atendimento que nos exigem reflexão e cuidado, a fim de que possamos manter a paz de espírito e a alegria de contribuir para o bem-estar pessoal, assim como da sociedade.

Quando ocorre o contrário, surgem as obsessões, os disparates, as aflições consumptíveis (esgotadoras, destrutivas) e os desastres de vária ordem.

Assim sendo, procuremos ouvir a voz do coração, mantendo conduta exemplar em todas as circunstâncias.



Divaldo Pereira Franco




Fonte: Artigo publicado no jornal A Tarde (Bahia), coluna Opinião, 10 de junho de 2021.
Via: https://www.febnet.org.br/portal/2021/06/14/voz-do-coracao/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal