quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

UM CASO DE AMOR COM O TODO


Meditar significa tornar-se ninguém. Significa dissolver-se no todo: não se manter separado, não resistir, mas dissolver-se...

É um caso de amor com o todo, uma unidade orgástica com o todo. É claro que, diante do todo, somos nada – pequenos como gotas de orvalho diante do oceano.

E, no momento em que você sabe que não é nada comparado com o todo, você aceita o todo com alegria - não em resignação, mas em júbilo, porque com o ego desaparecem todas as ansiedades, todos os medos.

Até o medo da morte desaparece quando você abandona o ego, porque só o ego morre. A realidade que você tem é eterna.

Quando todas as ansiedades e as preocupações desaparecem, você fica em descanso total.

A ausência do ego é o começo da meditação, e o descanso é a realização. Quando você se encontra em descanso tão profundo que nada pode perturbá-lo, é porque você achou sua casa... o que no Oriente se chama "satchitanand": verdade, consciência, bem-aventurança - as três faces de Deus, a verdadeira trindade.

No momento em que você está totalmente em paz, em silêncio, todas essas três faces são suas - você se torna divino. 

Na verdade, você sempre foi divino, mas só agora está descobrindo.




Osho, em "Meditações Para a Noite"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ONDE NOSSO TRABALHO ESPIRITUAL ACONTECE


Nossa tendência é viver no passado ou no futuro.

Há pessoas que vivem no passado, focadas em realizações anteriores ou atendo-se a traumas de infância – tanto, que sentem-se como se ainda estivessem vivenciando isso.

Outros vivem no futuro, uma existência em um tipo de terra dos sonhos, dizendo a todos o quanto serão grandiosos um dia, ou que realizações incríveis irão concretizar.

Os dois estados, passado e futuro, são simplesmente formas de escapar das responsabilidades do presente.

Não podemos nos tornar as pessoas que realmente precisamos ser se vivermos no passado ou no futuro, porque nosso trabalho espiritual acontece aqui neste exato instante.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUEM ÉS?


"Há só um Legislador e um Juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?" - (TIAGO, capítulo 4, versículo 12.)

Deveria existir, por parte do homem, grande cautela em emitir opiniões relativamente à incorreção alheia.

Um parecer inconsciente ou leviano pode gerar desastres muito maiores que o erro dos outros, convertido em objeto de exame.

Naturalmente existem determinadas responsabilidades que exigem observações acuradas e pacientes daqueles a quem foram conferidas. Um administrador necessita analisar os elementos de composição humana que lhe integram a máquina de serviços. Um magistrado, pago pelas economias do povo, é obrigado a examinar os problemas da paz ou da saúde sociais, deliberando com serenidade e justiça na defesa do bem coletivo. Entretanto, importa compreender que homens, como esses, entendendo a extensão e a delicadeza dos seus encargos espirituais, muito sofrem, quando compelidos ao serviço de regeneração das peças vivas, desviadas ou enfermiças, en caminhadas à sua responsabilidade.

Na estrada comum, no entanto, verifica-se grande excesso de pessoas viciadas na precipitação e na leviandade.

Cremos seja útil a cada discípulo, quando assediado pelas considerações insensatas, lembrar o papel exato que está representando no campo da vida presente, interrogando a si próprio, antes de responder às indagações tentadoras: "Será este assunto de meu interesse? Quem sou? Estarei, de fato, em condições de julgar alguém?"



Francisco Cândido Xavier/Emmanuel



Fonte: do livro "Caminho, Verdade e Vida", 28º ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 46.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal