sábado, 19 de setembro de 2015

COMPREENSÃO E EVOLUÇÃO

Em sua passagem pela Terra Jesus disse que a casa do Pai tem muitas moradas, porém omitiu detalhes sobre essas moradas, pois elas não seriam compreendidas pelos homens que viviam naquela época.

De fato, o mundo etéreo abriga um número infindável de seres e de moradas, em várias dimensões, nas quais interagem espíritos com as mesmas afinidades vibratórias. Existem, assim, planos de grande sofrimento habitados por aqueles que sintonizam com desejos inferiores, e outros de elevada luz, procurados por aqueles que desenvolvem o amor e a fé em Deus.

À medida, entretanto, que os espíritos vão reencarnando, eles não o fazem apenas para cumprir provações e receberem os devidos ensinamentos, mas também para entenderem inúmeras referências que lhes serão úteis para galgar planos superiores.

Compreendam da seguinte forma: uma criança que deve ingressar no curso primário, para ser alfabetizada, não poderia ser colocada para administrar uma biblioteca. Mas, a partir do momento que ela aprende a ler, estuda vários assuntos nos anos seguintes da fase de crescimento, e cursa uma universidade, ela vai adquirindo as referências necessárias para compor o seu conhecimento de como administrar uma biblioteca. E quanto mais cursos ela frequentar, já na fase adulta, como técnicas de catalogação, idiomas, entre outros, mais ampliadas estarão as suas possibilidades, pois foram adquiridos vários subsídios, referências úteis à estrutura do conhecimento.

O mesmo ocorre, por exemplo, com as religiões. Zoroastro forneceu aos homens alguns ensinamentos limitados às possibilidades de compreensão da época. O mesmo aconteceu com Moisés, Jesus, Maomé, Siddartha Gautama e Kardec, dentre outros, pois nem tudo podia ser revelado, sob pena dos homens se tornarem céticos e, até em alguns casos, entrarem em pânico.

Já imaginaram se Kardec falasse aos homens sobre raios laser, transplantes de órgãos humanos, clonagem de animais, cromoterapia e choque de galáxias? Seria visto como louco e o espiritismo destinado ao fracasso. Da mesma forma Jesus não poderia falar em sua época detalhadamente sobre reencarnação, poder da mente, passes magnéticos, ectoplasma, psicografia e outras questões que posteriormente foram explicadas pelo espiritismo. Se o Cristo se alongasse em certos assuntos alguns apóstolos não o levariam a sério.

Cabe ao homem, então, estar com a mente aberta para avaliar os ensinamentos presentes que vão sendo aos poucos difundidos porque, caso contrário, ele estará fazendo o papel da criança que aprendeu a ler, chegou na fase adulta à universidade, e após concluí-la ficou estudando somente os textos e matérias que lhe foram ministradas na própria universidade, fixando-se perigosamente no passado, sem a preocupação de aprender novas técnicas descobertas posteriormente, e de outras vertentes que lhe possam trazer respostas por analogias que desenvolvam o raciocínio, na interação das ciências de modo sistêmico.

Por esse motivo muitos espíritos continuam reencarnando na Terra e prendem-se em demasia ao planeta, pois eles abraçam ensinamentos que se constituem apenas em um tijolo da construção, procurando ver esse tijolo equivocadamente como a construção inteira. Essa opção lhes dificulta sobremaneira no momento de se desprenderem de um plano espiritual denso para outro mais evoluído e sutil, pois lhes faltam as referências necessárias para a compreensão da mudança no momento de se adaptarem às novas condições.

Seria o mesmo que um homem na Terra que não desenvolveu a mente de forma espiritualizada tentar entender o que acontece no plano espiritual após a morte física. Ele não concebe a existência de colônias mais sutis no plano etéreo, e tampouco a ideia de que na Terra se copia intuitivamente o que já existe no espaço. Da mesma forma que fica difícil para os que ainda estão encarnados na Terra, mesmo espiritualizados, entenderem o que vem na sequência da evolução, quando cada vez menos se utiliza a matéria. Essa compreensão ocorre apenas através do entendimento das referências que permitem ao homem chegar previamente aos planos mais avançados não pela sua presença, mas pela presença de sua mente. Esta funciona como um explorador que vai à frente e depois comunica as condições do terreno, fazendo com que o interessado passe a ver como menos interessante ficar onde está, e lhe estimule trabalhar para alcançar os planos abertos por sua própria mente. Da mesma forma que alguém quando chega à universidade não deseja mais voltar ao primário alfabetizante, porém prosseguir na conquista de novas ideias e ideais, ou seja, aprender mais tendo como base o curso universitário.

O homem, assim, precisa ser eclético e eliminar de sua vida o medo de conhecer e de aprender, entendendo que o novo apenas acrescentará, sem destruir o antigo que ficará como experiência. Estudando o que for possível quanto às religiões, compreendendo-as, respeitando-as e, caso seja sua vontade de não aceitar certas premissas, tentar adquirir novos ensinamentos por analogias, através da meditação.

Dessa forma, ele poderá obter ensinamentos e sinais originários de várias fontes, vendo que nenhuma religião é superior à outra, sendo mais tolerante, menos intransigente, bem como consolidando o leque de referências, que lhes serão tão importantes em seu processo evolutivo.





Hur Than de Shidha / Khaléu






Fonte: Grupo de Estudos Swami Vivekananda
Fonte da Gravura: Tumblr.com

A PROVIDÊNCIA DIVINA NÃO SE OPÕE ÀS NOSSAS PROVAÇÕES

Está escrito no livro do Gênesis que Deus criou o homem à sua imagem e há séculos que os judeus e os cristãos citam este versículo: «Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança…» Eles citam, mas será que aprofundaram verdadeiramente o sentido desta revelação para retirarem dela todas as consequências? Não, eles continuam a queixar-se de que as suas orações não são atendidas.

Dizer que Deus nos criou à sua imagem significa que Ele introduziu em nós uma quintessência de Si mesmo, da mesma luz, da mesma pureza, do mesmo poder. A Ciência iniciática chama Eu superior a esta quintessência divina em nós. Sempre que nos concentramos no nosso Eu superior, ligamo-nos ao Criador. Graças aos nossos esforços para alcançar esse centro, esse cume que existe em nós, fazemos jorrar uma luz, uma força que vai vivificar todas as células do nosso corpo. Esta luz e esta força são respostas que Deus dá às nossas preces.

É inútil censurardes o Senhor por não atender às vossas preces enquanto Lhe pedirdes que Ele venha visitar-vos no lugar onde insistis em permanecer. Se não mudais nada no vosso comportamento, na vossa maneira de pensar, como podeis imaginar que Ele virá tirar-vos do inferno em que vos atolastes? É exatamente como, se descerdes a uma gruta ou a uma cave, ficardes surpreendidos por não encontrar lá o sol, o seu calor, a sua luz.

O que representam a gruta ou a cave? Todas as manifestações do intelecto ou do coração, todos os maus hábitos. Enquanto não renunciardes a eles, permanecereis na escuridão e ao frio. Aqueles que se recusam a abandonar as suas velhas maneiras de viver ao mesmo tempo que oram ao Senhor para que venha salvá-los não são mais atendidos nas suas preces do que se pedissem ao sol para vir aquecê-los e iluminá-los no fundo de uma gruta; e perdem o seu tempo. Eles é que têm de se deslocar e ir até Ele melhorando a sua conduta.

Os humanos chamam Providência a um poder que, pensam eles, deve protegê-los dos perigos e das provações. De modo nenhum! A Providência nunca se opõe a que eles recebam as lições de que necessitam para se melhorarem. Por vezes, essas lições começam por sucessos e eles ficam todos contentes… até ao dia em que descobrem que, nesses sucessos, se escondiam também algumas armadilhas.

Obter um posto importante, ser reconhecido no seu trabalho, qualquer que seja o domínio, aparece como uma vantagem. Mas, muitas vezes, aqueles que são bem-sucedidos têm tendência para esquecer essas qualidades essenciais que são a bondade, a generosidade, a humildade, a abnegação. Por isso, começam para eles as oposições, as provações, para aprenderem a praticar essas virtudes. O Céu não se preocupa em os proteger: ele vigia e espera que eles tenham aprendido a lição. Quando ela estiver aprendida, eles recuperarão o seu prestígio, nesta vida ou numa outra, mas deverão tê-la presente.




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Quando criamos uma conexão viva e constante com Deus, automaticamente nos conectamos com toda a família global. E qual é o resultado disso? Passamos a receber cooperação de todos, não apenas daqueles que foram beneficiados com a nossa ajuda. Assim é que funciona a maquinaria divina. Quando elevamos a consciência em direção ao Supremo, nos conectamos com toda a criação. Como resultado, tudo de melhor vem a nós. O método para isso é criar um relacionamento vivo com Ele baseado no amor, na honestidade e na confiança.

Existe uma história que relata uma conversa entre os dedos da mão. Cada um exaltava sua própria importância. O polegar dizia que era o mais importante porque com ele se faz a impressão digital. O indicador dizia que ele é usado para apontar Deus, sendo assim o mais especial. O dedo médio se achava o melhor porque é o maior. O anelar dizia ser o dedo onde todos usam o anel. E o dedo mínimo dizia ser muito cooperativo e por isso imprescindível. Porém, individualmente nenhum deles é capaz de realizar uma tarefa. Todos precisam trabalhar juntos. Essa é a maravilha da unidade. (Dadi Janki)

Bem-estar começa quando passamos a cuidar dos recursos internos: intelecto e mente. O intelecto é a sua inteligência, sua habilidade para tomar decisões, se concentrar e ver as coisas claramente. A mente controla os pensamentos e as emoções. A primeira coisa a fazer é ver o que a mente e o intelecto querem. Entender como eles operam ajuda a controlá-los. Assim você também passa a entender o que você quer deles. As mudanças começam aqui.

Doçura é a maestria dos sentidos. Olhos que vêem o fundo das coisas, ouvindo que escutam o coração das coisas, voz que só expressa a essência das coisas. Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá descansar e assistir. O que é realmente doce nunca pode ser vítima do tempo, porque doçura é a qualidade da pessoa cuja vida tocou a eternidade.




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal