sexta-feira, 25 de março de 2016

COMPREENSÃO TOTAL DA HUMANIDADE - RAIVA E VIOLÊNCIA

Eis o terreno comum sobre o qual toda a humanidade se firma. E, aconteça o que acontecer no campo dessa consciência, somos responsáveis. Noutras palavras, se eu for violento, estou acrescentando violência a essa consciência que é comum a todos nós. Se eu não for violento, não estou fazendo esse acréscimo, estou introduzindo um fator completamente novo a essa consciência. Então, sou profundamente responsável, ou por contribuir para essa violência, para essa confusão, para a terrível divisão; ou, como reconheço profundamente no meu coração, no meu sangue, nas profundezas do meu ser, que sou o resto do mundo, sou a humanidade, sou o mundo, o mundo não está separado de mim, então, me torno totalmente responsável. (Social Responsibility, pp. 19-20)

O homem procura o tempo todo, tornar-se não violento. Então, há conflito entre “o que é” (a violência), e “o que deveria ser” (a não-violência). Há conflito entre os dois. Essa é a própria essência do desperdício de energia. Enquanto houver dualidade entre “o que é” e “o que deveria ser” – o homem procurando tornar-se outra coisa, esforçando-se para alcançar “o que deveria ser” – esse conflito será desperdício de energia. Enquanto houver conflito entre os opostos, o homem não terá energia bastante para mudar. Por que devo ter o oposto – a não-violência – como ideal? (The Flight of the Eagle, p. 56)

A não-violência tem sido largamente apregoada por vários líderes políticos ou religiosos. A não-violência não é um fato; é só uma ideia, uma teoria, um conjunto de palavras; o fato real é que você é violento. Esse é o fato. Isso é “o que é”. Mas não somos capazes de compreender “o que é”, e, por isso, criamos essa tolice chamada de não-violência. E isso dá lugar ao conflito entre “o que é” e “o que deveria ser”. Quanto mais você buscar a não-violência, mais estará semeando violência. Isso é tão óbvio! Portanto, será que podemos olhar para “o que é” sem nenhum tipo de fuga, sem nenhum ideal, sem suprimir ou fugir do “que é”? (The Flame of Attention, p. 74)

Se não houvesse nenhum ideal, só restaria a você “o que é”. Será que isso tranquilizaria as pessoas? Ou você teria então a energia, o interesse, a vitalidade para resolver “o que é”? Não seria o ideal da não-violência uma fuga ao fato da violência? Quando a mente não está fugindo, mas é confrontada com o fato da violência – que ela é violenta, não a condenando nem a julgando – então certamente tal mente tem uma qualidade inteiramente diferente e já não há violência. (The Flight of the Eagle, p. 32)

Quando se defronta com a violência, o cérebro passa por uma rápida mudança química; ele reage muito mais rapidamente do que o golpe. O corpo todo reage e há resposta imediata; a pessoa pode não revidar, mas a própria presença da raiva ou do ódio causa essa resposta e existe ação. Na presença de uma pessoa com raiva, veja o que acontece quando se está ciente disso sem que haja resposta a isso. No momento em que se está cônscio da raiva de outrem, e não se reage, há uma resposta muito diferente. O instinto da pessoa é responder ao ódio com ódio, à raiva com raiva; há uma injeção química que enseja reações nervosas no sistema. Mas acalme tudo isso na presença da raiva, e uma ação diferente se manifestará. (Questions and Answers, p. 23)

Violência não é só matar outra pessoa. É violência usarmos palavras ferinas, fazermos um gesto para afastar uma pessoa, obedecermos por medo. Portanto, violência não é somente matança organizada em nome de Deus, em nome da sociedade ou do país. Violência é coisa muito mais sutil, mais profunda, e estamos investigando-a em toda a sua profundidade. Quando você se denomina indiano, muçulmano, cristão, europeu, ou qualquer outra coisa, está sendo violento. Sabe por que isso é violência? É porque você está se destacando do resto da humanidade. Quando você se separa por crença, por nacionalidade, por tradição, isso produz violência. Portanto, um homem que busque compreender a violência, não pertence a nenhum país, a nenhuma religião, a nenhum partido ou sistema político; ele está interessado na compreensão total da humanidade. (Freedom from the Known, pp. 51-52)

Há tantos tipos de violência. Vamos examinar cada tipo de violência ou vamos considerar toda a estrutura da violência? Podemos olhar para todo o espectro da violência, e não para uma parte dela?... A fonte da violência é o “eu”, o “ego”, que se expressa de muitos modos – em divisão, em tentar tornar-se alguém – o que se divide em “eu” e “não eu”, como inconsciente e consciente; o “eu” que se identifica ou não com a família, que se identifica ou não com a comunidade, e assim por diante. É como uma pedra lançada em um lago: as ondas espalham-se cada vez mais, estando no centro o “eu”. Enquanto o “eu” sobreviver sob qualquer forma, muito sutil ou grosseira, haverá necessariamente violência. (Beyond Violence, p. 74)





J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

O HOMEM CÓSMICO E O HOMEM INDIVIDUALIZADO

No plano físico, os seres estão individualizados, separados, e o que cada um vive não afeta diretamente os outros. O vosso sofrimento ou a vossa alegria não se traduz, aparentemente, em sofrimento ou alegria para eles. Se comerdes um alimento indigesto, o vosso estômago é que fica mal, não é o deles. Mas no alto, nos planos sutis, não existe qualquer fronteira entre os seres, e todos os vossos estados produzem efeitos sobre eles. Sim, pois no alto existe um único ser, o Homem cósmico, que é a síntese de todos os seres.

Nós vivemos no Homem cósmico, somos nós próprios o Homem cósmico, e nenhuma criatura existe fora dele enquanto entidade separada. Daí decorre, pois, esta lei moral: todo o bem e todo o mal que fazemos aos outros é a nós mesmos que os fazemos. Talvez vos pareça que isto não tem sentido… Pelo contrário, tem muito sentido, pois no Homem cósmico nós somos um.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A ERA DO ESPÍRITO

Estaria a humanidade, hoje, em piores condições do que no passado?

Afirmamos que não. Os frutos que colhemos e que por vezes parecem apodrecidos, resultam da inferioridade humana que está aflorando à superfície para ser corrigida e aprimorada segundo os preceitos do Cristo, cujos ensinamentos de há muito extrapolam as fronteiras orientais e estão sendo sintetizados por todas as culturas, em cada uma na medida do próprio discernimento. Existe demora na assimilação desses valores porque é próprio do homem repelir aquilo que contraria sua natureza animal, predisposta à posse material, ao domínio do território, ao egoísmo que só enxerga os próprios interesses em qualquer situação. Demora não significa ausência perpétua de mudança. A pouco e pouco ela acontece e o progresso intelectual forçará o avanço moral. O desenvolvimento das ciências derrubou tabus e preconceitos. A humanidade, de modo geral, está agora melhor aparelhada para entender e buscar o que lhe faz bem, repudiando o que prejudica o organismo físico e social. Um pouco mais de tempo e as nuvens escuras das guerras, dos tóxicos e da violência se dissiparão na psicosfera terrena, pois estamos certos de que o ser humano, mesmo aos tropeços, está em busca e alcançará a sabedoria.




Luiz Sérgio






Fonte: do livro "O Despertar de uma Nova Era"
Psicografia de Elsa Cândida Ferreira
Via http://omundoqueeuencontrei.blogspot.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

O corpo é como um templo; a alma é como uma centelha de luz. O corpo é como um carro; a alma é como o motorista deste carro. O corpo e o cérebro são como um computador;  a alma é quem programa e usa o computador. É dito que a alma é uma estrela minúscula que vive no centro da testa, entre as sobrancelhas. Aqueles que praticam a consciência da alma se tornam auto soberanos. (B.K. Jagadish Chander, Easy Rajyoga, Brahma Kumaris  Ishwariya Vishwa Vidyalaya, Mount Abu)

Uma pessoa com um coração limpo sempre tenta fazer o melhor para aqueles com quem ela se relaciona. Ela não tem nada exceto virtude dentro de si. Ela desenvolve a capacidade de aceitar as pessoas como são e ignora os malfeitos. Por não se deixar influenciar negativamente ela faz o que é correto e mantém o equilíbrio na vida. Uma pessoa assim é doadora de felicidade para si e para os outros. Sua doação acontece através de ações e não de palavras.

Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros. Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas. É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar. Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros. (Ken O'Donnell, Lições para uma Vida Plena, Editora Gente, São Paulo, 1993)

Muitas pessoas tem o hábito de viver no passado ou viver no futuro. Mas o passado e o futuro não estão nas mãos delas. Elas acabam não apreciando nem o passado nem o futuro. Elas vivem num mundo de sonhos, imaginações e ilusões. Precisamos estar conscientes do presente. Precisamos tornar o momento presente o melhor momento. Este momento é resultado do momento que recém passou. Da mesma forma, o próximo momento será consequência do momento presente. Precisamos nos lembrar de estar presente no presente e apreciar a vida presente. (G. Surendran, Positive Life, Sapna book House, Bangalore)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com