sábado, 7 de dezembro de 2024

ELEVADOS PELA HUMILDADE


Quanto mais queremos aproximar-nos de Deus, mais precisamos de nos ancorar na humildade.

Santo Agostinho mostra-nos muito bem que assim é através de uma comparação conhecida: «A meta que visamos é muito alta, pois é a Deus que procuramos, que queremos alcançar, já que só nele está a nossa bem-aventurança eterna. Ora, só podemos atingir esta meta tão elevada através da humildade. Queres subir? Começa por te rebaixar. Sonhas em construir um edifício que se eleve até aos céus? Cuida primeiro de lançar os alicerces com humildade». E quanto mais elevado for o edifício, acrescenta o Santo Doutor, mais fundos devem ser os fundamentos. Tanto mais que o solo da nossa pobre natureza é singularmente movediço e instável. Ora, a que altura aspira este edifício espiritual? À visão de Deus. Vede, pois, exclama ele, «a que grau de sublimidade se há de elevar este edifício, que meta sublime devemos alcançar; mas não esqueçais que só lá chegareis através da humildade» (Sermão 10, Verbis Domini).

É fácil compreender, pois, por que razão São Bento, que não nos dá outro objetivo que não seja «encontrar a Deus», funda a vida espiritual na humildade.



Beato Columba Marmion (Abade)



Fonte: Evangelho Quotidiano - Evangelizo
www.evangelhoquotidiano.org
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/ai-gerado-freira-idoso-9028497/

SENTIDO DA PALAVRA CARMA


Sempre que agimos, desencadeamos inevitavelmente certas forças que, também inevitavelmente, produzirão determinados efeitos. É esta ideia de uma relação de causa e consequência que está contida, originalmente, na palavra “carma”. Depois é que o termo foi tomando o sentido de pagamento por uma transgressão cometida.

Na realidade, podemos dizer que o “carma” (no segundo sentido do termo) se manifesta sempre que um ato não é executado na perfeição – o que acontece quase sempre! Mas o homem deve fazer tentativas, exercitar-se, para atingir a perfeição. Enquanto for desajeitado e cometer erros, terá de corrigir-se, reparar os erros; para isso, evidentemente, terá de penar, de sofrer.

Perguntar-me-eis: «Mas então, se ao agirmos nós cometemos obrigatoriamente erros, mais vale não fazermos nada.» Alguns apresentaram esta filosofia, mas ela não é uma boa solução, porque, se nada se fizer, nada se aprenderá. É preferível agir, enganar-se e sofrer, esforçando-se por imprimir diariamente aos seus atos, às suas palavras, aos seus sentimentos e aos seus pensamentos, cada vez mais bondade, pureza e desapego. Pouco a pouco, deixareis de sofrer consequências dolorosas, já não tereis carma. Vivereis cada vez mais com alegria, na plenitude, e a isto chama-se “dharma.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/buda-whee-carma-andando-ouro-993855/