sexta-feira, 3 de março de 2017

ACUMULAI TESOUROS NO CÉU


Quando a decisão de seguir uma certa via está gravada no mais profundo do vosso ser, isso torna-se como um instinto que vos impede de vos transviardes e que também vos indica como evitar ou ultrapassar obstáculos. Se esqueceis com frequência as boas resoluções que tomastes, é porque elas ainda não estão suficientemente impressas no vosso subconsciente, no coração das vossas próprias células. O papel de um Mestre espiritual é precisamente o de reavivar na alma dos seus discípulos a recordação das experiências do passado e das decisões que eles tomaram. Senão, quando eles tiverem de passar de novo a fronteira para o além, constatarão, mais uma vez, a mediocridade, a inutilidade, o vazio, da existência que tiveram… E ficarão condenados a uma vida errante nas regiões áridas e obscuras do outro mundo. Jesus dizia: «Acumulai tesouros no Céu.» Esta recomendação é a síntese de toda uma ciência da vida.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

EXPERIÊNCIA “PRÉ-MORTE” SANCIONA IMORTALIDADE


Em 1998, durante uma regata, Lars Grael, iatista brasileiro, detentor de 2 medalhas olímpicas, teve 2 paradas cardíacas após sua perna direita ter sido decepada por uma lancha que o atropelou quando velejava em Vitória. Ao ser amputada a sua perna e perder muito sangue, Grael teve paradas cardíacas e conheceu uma experiência de quase-morte. Nas palavras do próprio Lars, “foi uma experiência muito difícil de descrever”. O médico José Carlos Ramos de Oliveira, outro sobrevivente de parada cardíaca, endossa a sensação de Lars: “só quem passou por isso sabe o que é uma “experiência de quase morte”. Outro caso foi a de Maria Aparecida Cavalcanti , radialista e professora universitária em São Paulo, que afirma ter passado por 3 “experiências de quase-morte”. O relato abaixo se refere à segunda dessas experiências, ocorrida depois de um desastre automobilístico em Santa Catarina, em 1994.

"No momento do acidente, eu me senti tragada por um ‘túnel de vento’. Fiquei flutuando no asfalto e vendo o carro capotar num barranco. Outro carro parou e 3 homens saíram dele. Um deles desceu o morro e disse: ‘Tem uma mulher morta ali’. Era eu. Não tive nenhum choque ao ver o corpo – apenas lamentei, em pensamento, o que tinha sofrido. Fora do corpo, conseguia enxergar em todas as direções ao mesmo tempo. Então eu avistei 2 pessoas flutuando acima do morro. Uma delas era uma mulher morena. A outra, a silhueta de um homem alto, me pareceu conhecida – apesar de ser transparente. A moça esticou o braço direito e disse, sem mexer a boca: ‘tenha calma; isso está na sua programação’. Essa frase funcionou para mim como uma senha. Era como se eu resgatasse toda a minha memória. Deslizei em direção à dupla, mas lembrei que meu único filho de 12 anos estava sozinho num chalé sem vizinhos e sem telefone. Alguém precisava resgatá-lo. Nesse mesmo instante, fui tragada de novo pelo túnel e voltei ao corpo. Daí senti uma dor horrível. Foi o único jeito de avisar a família sobre o acidente e resgatar meu filho." [1]

O Dr. Raymond Moody popularizou o termo "experiência de quase-morte" em seu livro "Vida após a vida", escrito em 1975. Posteriormente, em 1982, o pesquisador George Gallup Jr. e William Proctor publicaram a "Aventuras na imortalidade", um livro que aborda a "experiência de quase-morte" baseado em duas pesquisas do Instituto Gallup, refletindo especificamente a quase morte e a crença na vida após a morte. Outro distinto estudioso Kenneth Ring, um dos mais prolíficos pesquisadores e autores de estudos sobre "experiência de quase-morte", relata um grande número de indivíduos que adquiriram autoconfiança e se tornaram mais extrovertidos após a experiência. Kenneth também verificou que as pessoas que passam por "experiência de quase-morte" tendem a perceber um aumento no senso de sentimentos religiosos e crença em um mundo espiritual. 

As teorias que explicam as “experiências de quase-morte" caem em duas categorias básicas: explicações científicas (incluindo médicas, fisiológicas e psicológicas) e explicações transcendentes (incluindo espirituais e religiosas). Obviamente, essas últimas não podem ser provadas nem negadas. A explicação metafísica mais comum é que alguém que passa por uma "experiência de quase-morte" está, na verdade, experimentando e lembrando de coisas que aconteceram com sua consciência não corpórea (espiritual). 

É natural que a ciência clássica – cuja realidade só admite o que pode ser observado e medido – não corrobora a retórica mística, mas não oferece meios de resolver essa questão, os cientistas têm tão-somente comprovado que as drogas cetamina [2] e PCP (cloridrato de fenciclidina), por exemplo, podem criar sensações nos usuários que são quase idênticas a muitas "experiências de quase-morte". Obviamente, isso apenas raspa a superfície das explicações possíveis para uma "experiência de quase-morte". 

Relatos sobre visões do que ocorre 'do lado de lá' são tão antigos quanto às pirâmides egípcias, às epopeias gregas e aos registros das civilizações indianas e chinesas. Na obra “República”, de Platão narra-se a história de um soldado morto pelo inimigo que viajou para a Terra dos Mortos, mas foi proibido de beber do Rio do Esquecimento porque tinha que retornar à vida. Relatos mais atuais de visões perto da morte foram feitos por Ernesto Bozzano em 1908, descreveu que muitas pessoas, em seu leito de morte, afirmavam ver pessoas conhecidas que já haviam morrido. Em 1927, o físico inglês sir William Barrett, membro da Royal Society, publicou o livro Deathbed Visions, no qual relata que essas pessoas não só viam parentes e amigos falecidos, mas contavam histórias de outros mundos. Na década de 1960, o parapsicólogo americano Karlis Osis fez um estudo-piloto sobre essas visões e encontrou algumas coincidências, como o fato de a maioria dos testemunhos se referir a conversas com pessoas já mortas.

Para alguns pesquisadores tais experiências sugerem a existência da mente, ou consciência, independentemente do cérebro, ou mesmo da existência e sobrevivência da “alma”. Obviamente que outros pesquisadores, os materialistas, têm convicção de que tais experiências são apenas o produto de um cérebro em estado fisiológico alterado. Naturalmente isso não invalida suas pesquisas, pois os Benfeitores do Além explicam que “assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites, e que pode acontecer impressionar-se o Espírito temporariamente com a alteração dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe as impressões”. [3]

A Doutrina Espírita fornece elementos que permitem concluir que muitas das “experiências e quase morte” resultam do desligamento parcial do perispírito. Na questão 157 de O Livro dos Espíritos, Kardec indagou: No momento da morte, a alma sente, alguma vez, qualquer aspiração ou êxtase que lhe faça entrever o mundo aonde vai de novo entrar? Os Espíritos alumiaram o tema respondendo: “Muitas vezes a alma sente que se desfazem os laços que a prendem ao corpo. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-se diante de si e goza, por antecipação, do estado de Espírito.” [4]. Na questão 407 o Codificador perguntou: É necessário o sono completo para a emancipação do Espírito? Os Seres do Além responderam: “Não; basta que os sentidos entrem em torpor para que o Espírito recobre a sua liberdade. Desde que haja prostração das forças vitais, o Espírito se desprende, tornando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo.” [5] Além disso, na questão 424 o mestre lionês esquadrinhou de forma sutil: Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a se desfazerem e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não fosse socorrido? A resposta dos Espíritos: “Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso.” [6]

A morte não é mais a mesma. Hoje um coração parado não significa que seu dono vá, necessariamente, passar para o “lado de lá”. Graças a uma série de procedimentos médicos e um aparelhinho chamado desfibrilador, uma parcela razoável de pacientes dados como mortos tem sido “ressuscitada” nas UTIs mundo afora. Várias dessas pessoas têm histórias para contar. São histórias que desconcertam a ciência com perguntas muito difíceis – e que só agora começam a ser respondidas. As "experiências de quase-morte" parecem oferecer alguma esperança de que a morte não é necessariamente algo a ser temido, nem é o fim da consciência. Mesmo a ciência tem dificuldades para lidar com a morte - a comunidade médica tem se debatido por décadas com definições específicas para morte clínica, morte orgânica e morte cerebral. 




Jorge Hessen





Fonte: do Blog "Artigos Espíritas"
https://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br
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Nota e referências bibliográficas: 

[1] Disponível em < http://super.abril.com.br/ciencia/na-fronteira-da-morte > acesso no dia 21/05/2016
[2] É uma droga dissociativa usada para fins de anestesia, com efeito hipnótico e características analgésicas
[3] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 374a, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001
[4] Idem, questão 157
[5] Idem, questão 407
[6] Idem, questão 424

GRATIDÃO: A PRIMEIRA QUALIDADE


A primeira qualidade que você deve cultivar é a gratidão ao Divino. As pessoas são gratas até por pequenos atos de serviço feitos a elas. Não é necessário ser grato ao Divino que nos forneceu tantos benefícios essenciais através da Natureza e dos cinco elementos? O ar que você respira, a água que você bebe e a terra em que você anda são todos dons de Deus. Quão grato você é pelo Sol que fornece a luz, que não pode ser igualado por todas as lâmpadas elétricas no mundo? Todas as bombas do mundo podem fornecer tanta água quanto é oferecido em uma única chuva? Podem todos os ventiladores do mundo fornecer-lhe tanta brisa como quando o vento sopra? Sem ser grato por estes dons divinos, o homem vai atrás do trivial e desperdiça sua vida. Os grandes sábios de outrora que adoravam Deus de várias maneiras consideravam a devoção como um meio de expressar gratidão à Providência. (Discurso Divino, 14 de janeiro de 1989)




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: http://hubpages.com/education/3-stories-on-Swami

quinta-feira, 2 de março de 2017

A TIRANIA E O CORROMPIMENTO DA ALMA


O significado de tirania está relacionado com opressão, crueldade e abuso de poder. O conceito moderno de tirania constitui uma forma de atuação indesejada tanto na política quanto em outras relações humanas. O sentido negativo será atribuído quando começar a haver restrições à liberdade de expressão, ameaças aos opositores e outros meios de abuso na tentativa de manter o poder em alguma esfera. Outras aplicações do termo tirania prendem-se com o domínio de certas realidades sobre um indivíduo podendo mudar de alguma forma o seu comportamento.

Você já sofreu algum tipo de tirania? E você é tirano em alguma esfera de relação?

Quem não conhece o dono da bola… que se ficar de fora do jogo, ou do melhor time, vai embora e leva a bola junto, fazendo com que os colegas se submetam às suas exigências e caprichos. O patrão que exige uma postura específica de seus subordinados, subjugando-os através de ameaças de demissão, ou favorecendo-os somente em caso de conduta específica (troca de favores). Ou mesmo aquela bela mulher que expressa sua tirania através do seu poder de sedução, para conseguir favores ou facilidades. O fortão que faz valer sua opinião através da força. O policial que acredita estar acima das pessoas por usar uma farda. Ou até o famoso “filho ou amigo do dono”.

E na política? Corrupção, compra de votos, superfaturamento de obras “compradas” na licitação, favorecimento na forma de regalias, leis, salários, aposentadoria desproporcional, engavetamento de processos e manipulação para favorecimentos de grupos específicos.

Se alguém depende de mim para algo, exijo que ele se submeta a algo para apenas realizar meus caprichos e desejos mesmo sabendo que estou utilizando um poder para persuadi-lo?

Isso é algo muito comum de acontecer, em todas as esferas, mas o problema é: Eu lido como um padrão ou um deslize?

Todos somos seres humanos e, muitas vezes cometemos erros e agimos com essa tirania. Movidos por desejos, necessidades ou caprichos, acabamos muitas vezes escorregando neste âmbito de relação.

Mas eu me importo? Mesmo sabendo que o que eu exijo está prejudicando alguém, grupos ou mesmo interferindo na moralidade de outra pessoa, fazendo-a agir contra suas convicções? Agora estamos entrando em um aspecto da ética, moralidade, da índole e da alma.

Parece uma simples analogia entre a tirania e a falta de caráter, de ética e imoralidade. Mas existem pontos muito importantes a serem considerados. Em muitos casos me sinto obrigado a agir assim me justificando a uma necessidade: Eu precisei agir assim senão perderia o emprego. A minha família iria passar fome. Minha mulher iria me abandonar. Entre outras tantas possibilidades que dizem exclusivamente ao âmbito individual. Esse ponto é crucial, pois daí pode-se chegar ao nível mais obscuro da tirania.

Quando tomamos como um padrão de comportamento comum, acabamos nos anestesiando e perdendo o sentido de humanidade. Este é o grande perigo. Não me toca a alma subjugar o outro, apenas luto para manter um domínio sobre uma certa realidade, não me importando se o que eu faço para isso não é ético e moral. Aí chegamos à corrupção da alma.

Fazemos o mal ao outro e não nos toca mais a alma, por isso a analogia: “Vendeu a alma ao Diabo”. Você terá seu poder, seu dinheiro, seu status, seus caprichos atendidos, mas em troca você perde algo muito valioso. Uma alma toca outra alma, isso é um grande segredo da humanidade. O outro não me importa mais, faço o que deve ser feito. Me torno egoísta e perco a compassividade, o respeito e o amor ao próximo. Uma pessoa sem alma, anestesiada à dor e ao sofrimento alheio.

Existem várias forças que nos impulsionam à ação tirânica, como desejos, necessidades, medo ou insegurança. Elas atuam em todos nós e por isso devemos ficar atentos, para que elas não nos façam ultrapassar o limiar entre Eu e o Outro.

Existe um aspecto ainda mais complexo, o da tirania hierárquica de poder e a forma como ela corrompe gradualmente a alma humana a partir dos postos superiores até os cargos inferiores.

Vamos exemplificar isso em uma operadora de Telemarketing: Existe a hierarquia inferior que seriam os tele-atendentes. Na grande maioria, jovens entrando no mercado de trabalho. Seu trabalho seria, por exemplo, oferecer cartões de crédito ou vender um provedor pago a quem assinou a internet.

Ganham um valor básico bem baixo e ganham extras por metas cumpridas. Eles são estimulados e premiados ao vender mais. Acontece que eles acabam sendo obrigados a persuadir o cliente a adquirir o produto para bater suas metas, por exemplo, dizendo ao cliente que é obrigatório um provedor (o que é verdade), mas ocultando a informação de que a pessoa tem direito a um provedor gratuito, mesmo sabendo disso. Como só ganham extras se bater as metas de venda – o que torna o salário muito superior, acabam criando estratégias de persuasão, mesmo sabendo que estão prejudicando a outra pessoa.

A estrutura do serviço os fazem parar de pensar no ser humano, e visar apenas a meta, anestesiando o processo de humanidade. Os que melhor se desenvolvem nesses mecanismos, recebem salários muito superiores aos dos outros e ainda podem ganhar uma promoção de supervisor com um salário e prêmios melhores, que coordena e estimula um grupo de tele-atendentes a cumprir metas de vendas.

Assim, continuam, caso desempenhem um bom papel e atinjam boas metas em sua nova função, podem chegar a gerente de operações, que coordena o grupo de supervisores e todos os tele-atendentes da operação específica, neste exemplo, venda de provedor de internet.

E o caminho continua… pois os benefícios e prêmios vão ficando cada vez maiores e já consigo separar o lado humano do institucional, penso pela Instituição, afim de preservar tudo o que conquistei, mesmo que esteja fazendo algo imoral e estimulando/exigindo que outras pessoas o façam – neste caso, os jovens atendentes de telemarketing. Além de estar corrompido, trabalho no corrompimento dos jovens que vendem o serviço, mesmo que inconsciente.

Isso acontece em muitas Instituições e no governo. Se a Instituição “força” o profissional a agir imoralmente, para que receba mais benefícios ou mesmo mantenha seu emprego, se trata de tirania institucional. Elas querem pessoas inteligentes, perspicazes, mas comprometidas consigo próprias e não com o “todo” para atuar em prol da Instituição e praticamente as compram. O dinheiro e o poder acabam corrompendo-as e desumanizando-as.

Para subir de cargos ou receber benefícios, tenho que agir conforme os interesses superiores, caso contrário, sofro retaliações e corro o risco até de perder os cargos que conquistei. Se faço o que é de interesse deles, aumento meu salário, ganho benefícios, e posso galgar um posto mais elevado. Senão, todo tipo de empecilho é colocado perante mim. Isto é comum e normal, até pela necessidade do funcionamento da estrutura/instituição. Mas o problema é quando existe um interesse escuso por trás, que faz com que as pessoas tenham que agir imoralmente para atender os interesses da estrutura/instituição. Quanto mais eu sirvo aos interesses, mais espaço e benefícios eu vou conquistando, e se eu me proponho a atuar imoralmente desde os cargos inferiores, isto pode tomar a minha forma de atuação tanto pela necessidade de manter meus benefícios quanto pela de possibilidade de conquistar mais deles. Aí inicia-se o corrompimento da alma.

Isto acontece em muitas instituições, privadas e públicas. Indicações para cargos, benefícios e favores em prol das hierarquias de cima. Como se diz, tudo uma questão de política e poder. Me ajude que eu te ajudo. As recompensas são altas. Para se estar nos cargos de cima, preciso estar adaptado ao mecanismo de corrupção e se continuo, prospero, senão posso por tudo que conquistei a perder, tornando-me prisioneiro da situação. Quanto maior o cargo, mais corrompido estarei. Então farei o possível para me manter, ajudando os que contribuem para que o mecanismo funcione e impelindo os que não ajudam, perdendo a ética, a moralidade e o sentido humanitário, perdendo a percepção da alma humana.

Os financiamentos vem em troca de benefícios. As grandes empresas e corporações patrocinam, mas exigem facilitações para o desenvolvimento de seus negócios, mesmo que estes não beneficiem as pessoas, o grupo maior, a humanidade. Controlam a mídia, o governo, as leis, tudo que puderem para manter o poder, mesmo que seja necessário enganar, manipular e corromper. Trazer o mal a várias esferas sociais.

A corrupção passa pelo aspecto humano, um homem corrupto é aquele que sofreu o corrompimento da alma e não se importa mais com o sofrimento causado por suas ações e seu poder de atuação. A tirania institucional vem da estrutura, dos mais altos cargos fazendo uma corrente de corrompimento até as bases, com uma força enorme.

O que é preciso para mudar tudo isso? Pessoas elevadas, comprometidas e com força moral suficiente para estar acima destas forças que corrompem a alma humana. É difícil? Sim, porque somos humanos e as dificuldades e desafios podem nos enfraquecer. Existe muito em jogo e somente uma forte conexão com propósitos elevados pode nos levar a uma transformação real.




Leonardo Maia






Fonte: Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/forum/a-tirania-e-o-corrompimento-da-alma/
Fonte da Gravura: http://zecarlosfrases.blogspot.com.br/2014/01/jiddu-khrisnamurti.html

O BEM E O MAL: TUDO DEPENDE DE NÓS


Muitos dos sofrimentos por que os humanos têm de passar vêm-lhes do exterior, evidentemente. Contudo, nestes sofrimentos que lhes são infligidos e de que eles não são diretamente responsáveis, cabe-lhes, apesar de tudo, uma parte da responsabilidade: eles não aprenderam a tornar-se imunes. Eles só são tão vulneráveis porque os elementos negativos vindos do mundo exterior encontram um eco neles. Pode mesmo acontecer que, por causa das impurezas, dos materiais obscuros que eles acumulam no seu intelecto e no seu coração, esse mal ainda aumente. Aqueles que se esforçam por viver em pureza e na luz conseguem neutralizar o mal que chega até eles; por outro lado, o bem que recebem é amplificado. Os que não sentem intensamente as bênçãos que lhes chegam todos os dias dos mundos visíveis e invisíveis têm neles toda a espécie de matérias opacas que são um obstáculo para essas bênçãos. Como podeis perceber, tudo depende de nós: repelir o mal, mas também atrair o bem, conservá-lo e, até, ampliá-lo.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

A percepção de ser uma alma, livre da influência limitada do corpo, afeta nosso pensar. Quando vejo a mim e os outros como almas, eu sentirei uma afinidade espiritual em relação a eles, mesmo quando sou consciente de que eles são diferentes de mim em muitos aspectos. Conexões entre almas são coloridas pelas qualidades inatas da alma: amor, paz, verdade e pureza. Quando vejo os outros como meus irmãos espirituais, filhos de um Deus, eu verei com compaixão e entendimento, além de seus papéis e erros. Por outro lado, se eu me prendo na consciência física e me identifico com os rótulos como, raça, nacionalidade, religião, gênero, eu julgarei os outros pelos mesmos rótulos. Eu sentirei afinidade pelas pessoas que vestem os mesmos rótulos que eu e tratarei as que vestem outros rótulos com indiferença, desconfiança e mesmo hostilidade.

Ao esquecer a verdade da minha identidade eu limito minha consciência e me torno pequeno, não confiável e preconceituoso. É esse estado da mente que faz com que as pessoas pensem em termos de “nós” e “eles”, que leva à divisão e conflito social. Muitos dos problemas enfrentados pelas sociedades humanas podem ser marcados pelo egoísmo, maus votos e outras negatividades que surgem ao identificar o “eu” com o corpo e ao ver os outros com a estreita perspectiva que isso cria. Em outras palavras, quando interagimos com base em identidades falsas, acabamos criando tristeza e machucando um ao outro. A percepção do eu verdadeiro me liberta do medo e apego. E também me capacita a expressar minhas virtudes, naturalmente. Além de trazer alegria, cria relacionamentos felizes.

Onde há desapego existe a habilidade para soltar. Há também amor e a capacidade de dar aos outros a oportunidade de serem eles mesmos. Minha própria atitude não exerce influencia. Assim os outros têm a chance de se expressar facilmente e naturalmente. Quando sou desapegado também sou amoroso. Com felicidade interior assisto tudo que a vida traz para a vida de cada um. Eu consigo ver as possibilidades internas que cada um tem para se tornar autoconfiante. O verdadeiro desapego dá uma chance aos outros de crescer.

Espalhe boas vibrações ao mundo através dos pensamentos. Assim como há grande variedade de fragrâncias, como de rosas e sândalos, espalhe fragrâncias de felicidade, paz, amor e bem-aventurança. Seja fonte de uma variedade de pensamentos elevados que espalha essas vibrações para todos. Borrife essas qualidades da mesma forma que perfume é borrifado. Preencha o mundo com fragrância.





Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PROBLEMAS COMO TRAMPOLINS PARA ALTAS REALIZAÇÕES


Em qualquer campo, em qualquer momento, em qualquer lugar, para uma pessoa dotada com as seis qualidades preciosas de zelo, coragem, firmeza, inteligência, capacidade e valor (Utsaham, Sahasam, Dhairyam, Buddhi, Shakti, Parakramam), o sucesso está garantido. Estas qualidades contribuirão para o bem-estar geral. No entanto, estas qualidades irão desafiá-lo com várias dificuldades que você deve enfrentar, de vez em quando. Assim como um estudante deve superar testes e exames para receber um título, essas qualidades também estão sujeitas a julgamentos na forma de perdas, problemas, dor, sofrimento e até mesmo calúnia. Tais julgamentos devem ser considerados como trampolins para suas altas realizações. Deve-se superar esses problemas com coragem e autoconfiança, e avançar. Quando você enfrenta dificuldades com coragem, você é obrigado a ter sucesso. (Divino Discurso, 14 de janeiro de 1997)





Sathya Sai Baba





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domingo, 26 de fevereiro de 2017

O QUE É A AURA HUMANA ?

A vida me levou a perceber pelo menos um fato central: o ser humano é uma aura que possui um corpo físico, e não o contrário.

No entanto, no dia-a-dia, a aura está colocada sob nossa influência direta e a verdade é que, como usuários, nem sempre estamos à altura da nossa responsabilidade.

Nosso corpo é dado pela natureza como um empréstimo. Dentro de determinadas condições, podemos usá-lo durante cerca de um século, antes de devolvê-lo; mas isso vai depender do que fica registrado a cada dia no campo eletromagnético sutil que nos rodeia. Tudo o que fazemos alcança e transforma a nossa aura. Se administrarmos melhor o potencial de vida que foi dado a nós, isso se traduzirá em um melhor campo energético ao nosso redor.

Para repor diariamente a vitalidade da aura magnética que rodeia nosso corpo físico, é útil, por exemplo, manter o hábito de caminhar no final da tarde durante cerca de 40 minutos. Faz bem subir e descer pelos caminhos de um parque natural, assim como respirar vigorosamente o ar puro no meio das árvores de uma paisagem natural, sentindo no rosto a força do vento. É recomendável, nestes passeios, atravessar um riacho para sentar-se sob uma árvore no meio do mato, e meditar por cinco ou dez minutos. O bom uso das forças vitais, mentais e espirituais é uma fonte de felicidade. Quando voltamos para casa, tudo ao nosso redor parece mais agradável.

Cada ser ou objeto tem um campo eletromagnético e espiritual que o rodeia. No caso humano, esta aura constitui um halo de luz invisível. É verdade que não há motivo para tentar “ver” as auras. Fotografias Kirlian captam apenas os seus aspectos mais externos e são interessantes como curiosidade. Em pouco mais de 99 por cento dos casos, os “clarividentes” são levados por suas fantasias e apenas desinformam o público. Os seus livros são úteis para as oficinas de reciclagem de papel e para as usinas de lixo. É aconselhável, portanto, optar pelo bom senso e deixar de lado a curiosidade por fenômenos enganosos que não dizem respeito à alma imortal, mas apenas distraem os ingênuos, afastando-os do verdadeiro caminho do autoconhecimento.

Há, no entanto, algumas indicações seguras sobre o aspecto geral da aura humana média. Segundo Helena Blavatsky, as cores da parte mortal da aura humana, começando dos níveis densos para os sutis, têm as cores violeta, laranja, vermelho e verde. Já na parte imortal da alma, o azul anil corresponde à mente superior. O amarelo é a cor da intuição espiritual, do sol e da sabedoria eterna. O nível mais elevado, átmico, resume toda a escala das cores anteriores, e o ovo áurico, ou limite externo da aura, é azul. [1] Mas não se deve visualizar esta descrição mecanicamente. Na dinâmica da vida, a forma da aura e os seus jogos de cores são altamente sensíveis e mutáveis e se alteram a todo instante. Além disso, cada princípio ou nível da consciência contém em si sete subníveis de diferentes cores e formas, de modo que a dinâmica de luzes da aura é extremamente complexa, variada e mutável.

A aura de um ser ou objeto não está apenas em torno dele. Está também no seu interior. Ela envolve, contém e anima os nossos vários eus. Assim como os bebês navegam no líquido amniótico da placenta materna, nós vivemos imersos em nossa aura, invisível e vital.

Cada vez que uma criança vai nascer, a sua alma imortal projeta, sobre a tela básica de vitalidade física dada por seus pais, o seu próprio material acumulado de vidas anteriores e suas perspectivas futuras. Desde o momento da concepção, a alma que renascerá se aproxima gradualmente do processo e passa a lançar sobre ele, de modo ativo e predominante, os conteúdos depositados no seu ovo áurico ou aura imortal.

Durante a vida física, nosso cérebro trabalha selecionando lembranças, fazendo associações e processando conhecimentos que estão registrados na luz astral da nossa aura. O cérebro físico é apenas um instrumento da consciência. Ele é um processador de dados através do qual a alma opera em diferentes mundos geometricamente concêntricos, cujas densidades são bem diferentes.

Qual é o ponto mais importante da aura? A essência espiritual de um ser, ensina Helena Blavatsky, é a mônada.

A mônada evolui desde a condição de um cristal ou pedra, no reino mineral, passando pelos reinos vegetal e animal ao longo de extensões incalculavelmente longas de tempo, até chegar ao reino humano. E depois do reino humano a mônada alcança o mundo divino, onde ainda continuará progredindo. Há setecentos anos, Jalaluddin Rumi escreveu uma passagem que poderia ser chamada de “autobiografia de uma mônada”:

“Morri como mineral e me transformei em uma planta; morri como animal e vi que era homem. Por que teria algo a temer? Nunca perdi nada por morrer. Mais uma vez irei morrer como homem para elevar-me à altura dos anjos abençoados; mas avançarei um dia até além do nível dos anjos. Tudo o que não é Deus, morre”. [2]

E o poeta brasileiro Múcio Teixeira disse a mesma ideia com outras palavras:

Morri no mineral,
para nascer na planta.
Fui pedra e fui semente,
brilhei no diamante e no cristal luzente.
Fez em mim o seu ninho
o pássaro que canta.
Passei às formas do animal,
Vendo indistintamente uma luz na outra banda.
Do animal passei à forma do homem,
faísca que desceu às cinzas e às brasas.
Mais tarde acenderei a luz eterna que é Deus. [3]

A mônada humana é a fonte superior da vida da aura. É o ponto no centro do círculo de uma vida, ou de uma aura, humana. A aura é a circunferência, a atmosfera que rodeia a mônada e registra tudo o que ela faz através dos seus instrumentos mentais, emocionais e físicos, e todos os seus avanços e progressos.

O principal elemento estruturador da aura é a vontade humana central, a sua prioridade como ser. Uma vontade elevada purifica a aura. O desejo inferior a contamina. Para a filosofia esotérica, a Bíblia está certa quando afirma:

“O que se planta, se colhe”.

Cada desejo e cada fato, grande ou pequeno, fica registrado na luz astral da aura do indivíduo – e produz os seus efeitos. Os desejos e ações mais centrais e intensos, em torno dos quais se estrutura a nossa vida cotidiana, são os mais importantes na formação da substância da aura.

Mas como funciona, na aura, o registro cármico das nossas ações físicas, emocionais e mentais?

Quando duas ou mais pessoas estão fisicamente próximas, suas auras ocupam o mesmo espaço físico e há vários tipos de interação e influências recíprocas. A aura registra a cada momento as trocas energéticas e os pensamentos, sentimentos, ações e intenções do ser humano que ela anima. A aura não separa o cidadão do mundo; mas, ao contrário, faz a sua ligação com ele. É através dela que cada ser humano influencia os outros e é influenciado. Ela fornece a sensibilidade e o ponto de vista a partir do qual ele dá significado às coisas que lhe acontecem, reage diante dos fatos externos, emite energias e deixa sua marca no mundo.

Carlos Castaneda escreveu que, para os guerreiros de sabedoria, os seres humanos são conglomerados de campos energéticos que têm a aparência de bolas luminosas. “Eles notam que cada uma destas bolas luminosas está individualmente conectada com uma massa energética de proporções inconcebíveis que existe no universo: uma massa que eles chamam de mar escuro de consciência. Eles perceberam que cada bola individual está conectada ao mar escuro de consciência em um ponto que é mais brilhante que a bola em si mesma. Os xamãs lhe dão o nome de ponto de união ou ponto de aglutinação (…)”. Castaneda escreveu também: “A verdadeira luta do homem não é com seus semelhantes, mas com a infinitude; e nem se trata de uma luta, mas, essencialmente, de uma aceitação. Devemos aceitar voluntariamente a infinitude. Nossas vidas surgiram da infinitude, e devem terminar onde começaram: na infinitude.” [4] Você pode e deve conhecer o infinito enquanto tem saúde e lucidez. Na verdade, esta é a grande oportunidade para obter tal conhecimento; e esse aprendizado ocorre através da comunhão interior.

Cada nível da nossa atmosfera psíquica pessoal habita um mundo diferente.

A aura vital, por exemplo, determina o jeito como a vitalidade é usada e como ela se renova. Esta camada tem dois aspectos. De um lado, o prana, a vitalidade propriamente dita. De outro, o linga-sharira, o conjunto de formas abstratas e arquetípicas que conduzem concretamente a vitalidade na tarefa de construir e manter o corpo físico. Esta aura vital é fortalecida pela homeopatia, pela acupuntura, pela ginástica meditativa, ioga, taichi-chuan. Também é purificada por práticas como natação, alimentação correta, exercícios de respiração e passeios na natureza. A boa saúde do sangue é especialmente importante. A aura vital é tão viva quanto o nosso corpo físico, mas muito mais sensível que ele. O que fazemos, pensamos e sentimos tem influência sobre ela.

Depois vem a camada emocional da aura, com suas subcamadas. Ela corresponde ao princípio kama, em sânscrito, e é o conjunto de sentimentos e emoções que povoam o nosso mundo interior. Se você cultivar sentimentos corretos, eles influenciarão as pessoas com quem convive. Quando purificada, a aura emocional se abre para os sentimentos superiores e nos conecta com o mundo divino. É verdade que “o reino dos céus está dentro de nós”. Mas isso não significa que ele está dentro do nosso corpo físico. Está em nosso eu superior, nossa alma imortal, que flutua em torno do nosso corpo, e não fica presa exatamente “dentro” dele.

Nem sempre é fácil purificar o nível emocional.

Um dos principais obstáculos surge de um fenômeno que poderíamos chamar de “pressão atmosférica oculta”.

A aura densa de um local, ou de certas pessoas, tem um poder de pressão sobre aquele que tenta erguer-se.

As novas emoções, mais puras, não conseguem impressionar, no início, pessoas cujas emoções são materiais ou egoístas. Ao contrário, aquele que pretende erguer-se em direção ao mundo divino é, normalmente, atacado por quem se identifica com o mundo inferior.

O mero processo de autoaperfeiçoamento de um cidadão pode ofender outra pessoa que considere “impossível” trilhar o caminho espiritual. Além disso, os velhos padrões vibratórios, agora suprimidos, tentam voltar à atividade e recuperar seu lugar na aura do aprendiz, enquanto os novos padrões ainda têm pouca força de hábito.

Durante uma longa etapa, o praticante tem de avançar no caminho do crescimento emocional enquanto corre o risco de mergulhar na aparente solidão, por um lado, ou de ser arrastado novamente para baixo pelas emoções dos outros e pelo clima psicológico desafiador que o rodeia, por outro lado. Cair e levantar é normal neste estágio da luta. “É errando que se aprende”, diz o ditado popular.

Quando o guerreiro da sabedoria alcança o reservatório ilimitado de energias em seu mundo interior, sua força passa a ser maior que todas as pressões ocultas externas.

Para diminuir os riscos da caminhada, ele deve ter cautela, buscando rodear-se de influências benignas e inspiradoras. É essencial desenvolver o poder da vontade, e apontar este poder para o alto. Ele deve simplificar a vida. É preciso cortar as metas supérfluas e morrer, psicologicamente, para o mundo egoísta. Quanto aos seus relacionamentos, o guerreiro não pode aceitar em sua aura nenhum rancor profundo ou duradouro. O seu desapego será testado. Se quiser alcançar a sabedoria, terá de abrir mão gradualmente de mais e mais coisas que ama.

Mas, depois da camada emocional, temos a aura mental.

A sua natureza é dupla. Uma parte dela olha para baixo e responde aos interesses do corpo físico e das emoções animais. Outra parte olha para a alma imortal e busca o mundo divino.

No plano coletivo, esta mente superior vive na primeira parte do século 21 um gradual despertar, enquanto a parte inferior da mente humana socialmente estruturada provoca uma crise após a outra. O mesmo contraste existe na aura individual de cada cidadão. O círculo vicioso do egoísmo não é mais capaz de resolver os problemas que ele mesmo provoca.

As crises que a vida coloca diante de nós devem ser respondidas com novas estratégias, mais altruístas. Os próximos passos só podem ser dados pela mente superior, criativa e solidária. Mas ainda estamos aprendendo a colocá-la em funcionamento na vida concreta. Este é o grande enigma que deve ser resolvido, na primeira metade do século 21, pelas pessoas do bem.

A aura mental registra nossas possibilidades intelectuais, nossas opiniões, nossa capacidade de aprender, e todo o carma dos nossos pensamentos.

As ideias e sentimentos que alimentamos são habitantes da nossa aura. Estes seres, semi-inteligentes, são chamados de “elementais” pela filosofia esotérica. Eles nos influenciam de vários modos sutis, e nos induzem a realimentá-los. Atuam principalmente através dos nossos hábitos, tendências, desejos, opiniões, objetivos, medos e esperanças. Por isso devem ser disciplinados. Os sábios ensinam que a melhor e a mais eficaz de todas as defesas psíquicas é a pureza e a força do pensamento. Se os elementais moradores da nossa aura forem adequados, teremos um escudo invejável. Não precisaremos de talismãs e rituais, nem de promessas feitas a algum santo em troca de proteção.

Os sentimentos inferiores e impuros são as toxinas da alma animal que faz parte do ser humano. A aura pode ter uma inflamação ou adoecer. É nela que se determina, de fato, o nosso estado de saúde física e emocional. A boa saúde exige, entre outras coisas, grandeza interior e capacidade de renunciar. Porém, a purificação não consiste em desistir de ter uma vontade forte. Ao contrário. Para trilhar o caminho espiritual é necessário ter muito mais coragem e firmeza do que os seres desinformados que atuam como egoístas ambiciosos.

De um lado, há cinco boas ferramentas para melhorar e preservar a qualidade de vida da nossa aura:

1) Renunciar ao que é supérfluo;

2) Não preocupar-se com o que está fora do nosso alcance;

3) Abandonar desejos inúteis ou pensamentos ociosos;

4) Definir metas pessoais elevadas; e

5) Concentrar-se construtivamente no que de fato depende de nós.

Mas, de outro lado, estes cinco pontos dependem de uma determinação inalterável, temperada com respeito e amabilidade para com todos.

A preguiça e outros sentimentos negativos acumulam vários tipos de lixo na aura. A coragem, a autoconfiança e a confiança nos outros seres reforçam o poder e a vitalidade da mônada espiritual, a essência da alma imortal. A mônada vive eternamente em unidade com toda a vida e por isso confia no universo. É a atividade da mônada espiritual que mantém a luminosa a aura humana.

De acordo com o temperamento e o grau de evolução individual da alma, diferentes setores da sua aura são maiores e mais desenvolvidos. Para alguns, a vitalidade pode vir primeiro. Para outros, é a intelectualidade, a intuição, ou a emoção, que vem antes. Não há duas auras humanas exatamente iguais.

As várias dimensões da aura individual são inseparáveis entre si e influenciam umas às outras o tempo todo. Vale para elas o lema “um por todos, e todos por um”.

Um pensamento positivo desperta uma emoção elevada, que aumenta a vitalidade e faz bem ao corpo físico. Um sentimento solidário expande o magnetismo pessoal, que expulsa os medos, que despertam pensamentos amplos e filosóficos, que nos conectam mais diretamente com a parte imortal da nossa aura.

O “anjo da guarda” é, na verdade, a parte imortal da nossa aura. É nosso eu superior.

Acima da camada mental, existe o nível da mônada, atma-buddhi em sânscrito. Segundo um raja-iogue dos Himalaias, a mônada fica situada pouco acima da cabeça humana, e constitui a fonte de inspiração para a auréola pintada pelos artistas de obras religiosas no alto da cabeça de Buda, Jesus e outros grandes instrutores. É pela mônada que você faz contato com o cosmo e com a massa infinita de consciência, citada por Carlos Castaneda. Ela é o seu ponto de conexão com a infinitude.

Finalmente, na parte mais externa da atmosfera pessoal, o ovo áurico é o “manto” que envolve nosso verdadeiro eu, estabelecendo sua marca e sua presença no oceano da vida.

O ser humano é um microcosmo. O que existe em pequena escala é como o que existe em grande escala. Quando a aura pessoal é luminosa e imune aos impulsos animais cegos, ela passa a ser transparente. Então há um pleno contato entre corpo, cérebro e emoções. O sentir, o pensar e o atuar estão em harmonia. Esta condição microcósmica permite um alinhamento entre alma mortal e alma imortal, que são a terra e o céu em nosso interior. Na mesma medida, a nossa alma imortal obtém um alinhamento consciente com o cosmo e a infinitude, no âmbito do nosso sistema solar. Assim ocorrem as verdadeiras experiências iniciáticas.

Seja qual for nosso estágio de desenvolvimento, tudo o que nos diz respeito está sendo processado em nossa aura o tempo todo. As pequenas preocupações do dia-a-dia, com suas esperanças e contratempos, produzem seus efeitos, assim como a presença da sabedoria eterna.

Na aura de cada indivíduo está o portal de acesso para a luz que ilumina as almas, e a força que sustenta o cosmo. O caminho do autoconhecimento é, na verdade, o caminho da percepção direta desse fato.





Carlos Cardoso Aveline





Fonte do Texto e da Gravura: do Blog "Filosofia Esotérica"
http://www.filosofiaesoterica.com/o-que-e-a-aura-humana/




NOTAS:

[1] Veja o volume XII dos “Collected Writings” de H. P. Blavatsky, TPH, Wheaton, EUA, “Esoteric Instructions”, pp. 487 a 713.

[2] “O Poder da Sabedoria”, Carlos Cardoso Aveline, terceira edição, Editora Teosófica, Brasília, 191 pp. Ver p. 84.

[3] “O Poder da Sabedoria”, obra citada, p. 30.

[4] “Teachings of Don Juan, With a New Commentary by the Author”, de Carlos Castaneda, Editora Washington Square Press, Nova Iorque, 1998, 213 pp., ver pp. XIV a XVII.

ANJO DE GUARDA SEM FANTASIA


Outro dia assistimos um vídeo onde se ensinava como "firmar" o anjo de guarda. Ainda se dizia neste vídeo que os Anjos perdem sua luz, será?

Quando falamos em anjos, logo imaginamos uma figura jovial, de beleza singular, dotada de um par de asas e uma auréola reluzente sobre a cabeça. Esta é a imagem que temos dos seres angelicais que são representados em estatuetas e pinturas, desde a época do renascimento.

A palavra anjo, deriva do latim ângelus e do grego ángelos (ἄγγελος) e que dizer mensageiro. A tradição cristã ensina portanto, que os anjos são espíritos mensageiros, prepostos de Deus e a eles são confiadas as mais honrosas missões. As anotações bíblicas registram algumas passagens protagonizadas por estas criaturas, já no Antigo Testamento: "Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei". (Êxodo 23, 20)

Estes seres são referenciados pela maioria das religiões, com variação de nomes e classificações. Mas independente da crença, se tornaram figuras populares e vinculam de alguma forma, o homem a Deus.

Os anjos teriam, dentre outras funções, a de proteger os homens. Há quem diga que eles são capazes de nos livrar de certas situações de perigo e nos acompanham nos momentos difíceis. Os anjos protetores são classificados pela crença popular como anjos da guarda. E aqui chegamos à questão em discussão. O que são os anjos da guarda segundo o espiritismo?

Definições Espíritas

Anjos - Para a Doutrina espírita, os anjos são espíritos que atingiram um adiantado grau de evolução, desta forma são espíritos puros ou perfeitos. A diferença da definição espírita para outras religiões é que estes espíritos não são seres santificados ou inatingíveis. Como todos nós fomos criados simples e ignorantes, temos a mesma oportunidade de evoluir e atingir a perfeição, logo seremos "anjos" quando chegarmos ao topo do desenvolvimento moral e intelectual.

Anjos da Guarda -  Os anjos protetores diferem dos anjos propriamente ditos. Estes são espíritos em diferentes graus de evolução, que recebem a missão de acompanhar o homem e ajudá-lo a progredir durante sua reencarnação e até mesmo após o desencarne. O espírito protetor é sempre de natureza superior a de seu protegido, entretanto não são espíritos perfeitos. Eles recebem a missão no plano espiritual e podem escolher a que espírito reencarnante proteger, de acordo com a sua afinidade. Não raro, nossos protetores são espíritos que conviveram conosco em outras existências.

Que influência os espíritos protetores exercem em nossa vida?

É importante salientar que apesar de nos protegerem, os espíritos guardiões não determinam o rumo de nossas vidas, pois a cada um é dado o direito de escolha, o livre-arbítrio. A função destes espíritos é a de nos inspirar com boas ideias, fortalecer-nos diante das dificuldades, não nos deixar esmorecer frente aos obstáculos, nos guiar na senda do bem. Todavia, o resultado final da influência de qualquer espírito em nossa vida, está subordinado diretamente às nossas vontades, seja de maneira positiva ou negativa.

[...] Cada anjo da guarda tem o seu protegido e vela por ele como um pai vela pelo filho. Sente-se feliz quando o vê no bom caminho; chora quando os seus conselhos são desprezados.

O espírito protetor pode nos abandonar?

Nunca seremos desamparados pela espiritualidade, mas para que a proteção seja efetiva devemos estreitar os laços de relação com os nossos protetores através dos nossos pensamentos e ações, os quais são determinantes para definir a nossa companhia espiritual.

O espírito guardião não nos abandona, mas pode se afastar quando nossas atitudes são opostas aos seus conselhos. Muitas vezes, somos tão teimosos que acabamos dificultando a ajuda oriunda do plano espiritual.

Caso o protetor espiritual necessite desempenhar outra missão ou até mesmo reencarnar, outro espírito o substituirá na tarefa de nos proteger.

Como ouvir o espírito protetor?

Não é necessário ser dotado de faculdade mediúnica apurada para se comunicar com o espírito protetor. Qualquer pessoa é capaz de ouvi-lo, basta elevar o pensamento através de uma oração sincera. Sempre que nos colocamos em sintonia com o plano espiritual através da concentração mental e da oração, obteremos respostas para o que procuramos. Pode ser que não ouviremos vozes ou vejamos espíritos, mas eles sempre nos falam através da consciência, da intuição e das boas ideias. Se queres portanto, estabelecer uma comunicação direta com teu protetor, cultive os bons pensamentos, mantenha atitudes idôneas e habitue-se a oração. Desta maneira, serás assistido efetivamente pela espiritualidade.





Fonte do Texto e da Gravura: do site "Sociedade dos Espíritos"
http://www.sociedadedosespiritos.com/





Referências:

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. 131. ed. 1. imp. (Edição Histórica) – Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - FEB, Rio de Janeiro, 1994.

PRAZER E DOR - A MENTE É RESPONSÁVEL POR AMBOS


Por que é que a mente pensa em sexo? Por quê? Por que isso se tornou um assunto central em sua vida? Quando existem muitas coisas chamando, exigindo sua atenção, você dá total atenção ao pensamento no sexo... O que acontece? Por que suas mentes estão tão ocupadas com isso? Porque esta é a última escapatória, não é? Essa é uma maneira de completo auto esquecimento. Por enquanto, pelo menos nesse momento, vocês podem esquecer de vocês mesmos – e não existe outro jeito de esquecer de si. Todas as outras coisas que vocês fazem na vida dão ênfase ao “eu”, a si mesmo. Seu negócio, sua religião, seus deuses, seus líderes, suas ações políticas e econômicas, suas fugas, suas atividades sociais, ir a uma festa e rejeitar outra – tudo isso está enfatizando e dando força ao “eu”. Isto é, existe somente este ato específico (sexo) no qual não há ênfase no “eu”, então ele se torna um problema, não é? (The First and Last Freedom, pp. 228-229)

A questão é: Por que o pensamento sempre evita o que é medo e se atém ao prazer? Essa é uma questão. Por que o pensamento interfere quando há uma experiência? Compreende? Tenho uma experiência de pôr do sol e, nesse momento, não há nada em que pensar; estou apenas olhando para a beleza daquela luz. Então o pensamento vem e diz: “Quero repetir isso amanhã”; noutras palavras, o conhecimento como experiência, que é prazer, quer que isso se repita. Tive dor, que é a lembrança daquela dor, que é conhecimento, e, de acordo com aquele conhecimento ou dependendo daquele conhecimento, o pensamento diz: “Não quero isso.” Está me acompanhando? O pensamento faz isso o tempo todo, funcionando entre o prazer e a dor. E o pensamento é responsável por ambos. (Talks in India 1970-71, pp. 164-65)

Você obtém prazer do velho, nunca do novo. Não existe tempo no novo. Portanto, se você puder olhar para todas as coisas sem permitir a intrusão do prazer – para um rosto, um pássaro, a cor de um sari, a beleza de uma lâmina de água cintilando ao sol, ou qualquer coisa que proporcione deleite – se você puder olhar para isso sem desejar a repetição da experiência, então não haverá dor, nem medo, e, portanto, haverá imensa alegria. É a luta para repetir e perpetuar o prazer que o transforma em dor. Observe isso em si mesmo. A própria exigência da repetição do prazer traz consigo a dor, pois ele não é o mesmo que era ontem. (Freedom from the Known, p. 37)

Pensando no prazer que tive ontem, o prazer que está morto, que é só memória, estou dando vida nova a essa lembrança morta. Por favor, observe isso em si mesmo. O pensamento revive o passado morto, o prazer morto, a lembrança morta, e, a partir dessa própria ideia morta, o pensamento começou a existir. É isso o que acontece durante toda a nossa vida. Por conseguinte, o pensamento não só cria essa contradição em nossas vidas – como prazer e medo – mas também acumula a memória de inúmeros prazeres que temos tido e, a partir dessas memórias, o pensamento renasce. (Talks & Dialogues Saanen 1967, p. 220)




J. Krishnamurti






Fonte: J. Krishnamurti Online
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://orihinaleskrima.com/krishnamurti-imagenes-eskrima-views/

VERDADEIRA SENSIBILIDADE


A maior parte dos humanos têm bom coração e são sensíveis, mas têm também uma maneira curiosa de manifestar essa sensibilidade. Se veem, no cinema ou no teatro, uma criança abandonada ou maltratada, pessoas pobres a morrer de fome ou a ser perseguidas, facilmente vertem algumas lágrimas. Mas se, à saída do espetáculo, passarem diante de um mendigo cuja fisionomia miserável deveria reter o seu olhar e suscitar a sua piedade, nem sequer o notam. E, quando chegam a casa, afastam os filhos com um empurrão, não os escutam, quando eles precisam de atenção e de ternura. Sim, é extraordinário! No cinema ou no teatro, as pessoas são sensíveis, ficam enternecidas, choram. Mas na vida, perante o mesmo espetáculo, muitas vezes fecham os seus olhos e o seu coração. Os humanos têm ainda muito a aprender sobre a verdadeira sensibilidade e como a manifestar. Quantos há que são sensíveis à beleza do mundo divino e, ao contemplá-la, sentem emoções tais, que todo o seu ser estremece e renasce purificado, regenerado?




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

AS 7 GRANDES REGRAS DE PARACELSO PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL


Se durante alguns meses se observarem rigorosamente as prescrições que se dão a seguir, verás operar na tua vida uma MUDANÇA TÃO FAVORÁVEL, que jamais as abandonarás. Mas para que obtenhas o êxito desejado, é necessário, isso sim que adaptes a tua vida à estrita observação destas regras. São simples e fáceis de seguir, mas é preciso segui-las com perseverança muito firme. Não achas que a felicidade vale bem algum esforço? Se não és capaz de seguir estas regras tão fáceis, com que direito te podes queixar dos teus fracassos? Que custaria fazer uma experiência? São regras ensinadas pelas mais Antigas Sabedorias e existe nelas mais TRANSCENDÊNCIA do que a sua simplicidade te leva a supor.




I) A primeira é melhorar a saúde. Para isso deve-se respirar, com a maior frequência possível profunda e ritmicamente, enchendo bem os pulmões; ar livre ou assomando-se a uma janela. Beber diariamente, em pequenos sorvos, dois litros de água, comer muitas frutas; mastigar os alimentos do modo mais perfeito possível, evitar álcool, o tabaco e os medicamentos, exceto se por um motivo grave esteja submetido a algum tratamento.

II) Afastar absolutamente do teu ânimo, por mais razões que existam, toda a ideia de pessimismo, rancor, ódio, tédio ou tristeza. Fugir como da peste de todas as ocasiões de lidar com pessoas maldizentes, viciadas, ruins, bisbilhoteiras, indolentes, mexeriqueiras, vaidosas, ordinárias e inferiores por natural baixeza intelectual ou pelos tópicos sensualistas que constituem a base dos seus discursos ou ocupações. A observância desta regra é de importância decisiva: trata-se de mudar a contextura espiritual da tua ALMA. É o único meio de mudar o teu destino, pois isto depende dos nossos atos e pensamentos… O AZAR NÃO EXISTE.

III) Faz todo o bem possível. Auxilia todos os desgraçados sempre que possas, mas jamais tenhas debilidades por nenhuma pessoa. Deves cuidar das tuas próprias energias e fugir de todo o sentimentalismo.

IV) É necessário esquecer todas as ofensas: mais ainda, esforça-te por pensar bem do teu maior inimigo: a tua alma é um templo que não deve ser profanado pelo ódio.

V) Deves recolher-te todos os dias aonde ninguém possa perturbar-te, nem que seja por meia hora, sentar-te o mais comodamente possível e NÃO PENSAR EM NADA. Isto fortifica energicamente o cérebro e o espirito por-te-ás em contacto com boas influências. Nesse estado de recolhimento e silêncio costumam ocorrer-nos ideias luminosas, suscetíveis de mudar toda uma existência. Com o tempo todos os problemas que se apresentam serão resolvidos vitoriosamente pois uma voz interior te guiará em tais instantes de silêncio, a sós com a tua consciência. Esse é o DAIMON de que falava Sócrates. Todos os grandes espíritos deixaram-se guiar por essa suave voz interior. Mas não a encontrarás assim de imediato, tens que preparar-te durante algum tempo, destruir as sobrepostas capas dos velhos hábitos, pensamentos e erros que pesam sobre o teu espirito, que é divino e perfeito em si, mas impotente por causa do imperfeito do veiculo que lhe ofereces hoje para se manifestar. A carne é fraca.

VI) Deves guardar silêncio absoluto de todos os assuntos pessoais; abster-te como se tivesses feito juramento solene, de referir aos outros, por mais íntimos que sejam, tudo quanto pensas, ouças, saibas, suspeitas, aprendas ou descubras. Durante muito tempo pelo menos, deve ser como CASA MURADA ou JARDIM FECHADO: é regra de suma importância.

VII) Nunca temas aos homens nem te inspire sobressalto o dia de amanhã. Mantém a tua alma forte e limpa e tudo te correrá bem. Nunca te julgues só, nem débil, porque há atrás de ti poderosos exércitos, que não concebes nem em sonhos. Se elevas o teu espírito, não existirá mal que te possa tocar. O único inimigo a quem deves temer é a TI MESMO. O medo e a desconfiança do futuro são mãe funesta de todos os fracassos, atraem as más influências e com elas o desastre. Se estudares atentamente as pessoas de “boa sorte”, verás que instintivamente observam grande parte das regras antecedentes; muitas das que obtêm riquezas, o mais certo é que não são de todo boas pessoas, no sentido justo, mas possuem muitas das virtudes que acima se mencionam. Por outro lado, a riqueza não é sinônimo de felicidade: pode ser um dos fatores que a ela conduz, pelo poder que nos dá para exercer grandes obras nobres, mas a felicidade mais duradoura só se consegue por outros caminhos, lá onde não impera o antigo SATAN da lenda, cujo verdadeiro nome é o EGOÍSMO. Nunca te queixes de nada. Domina os teus sentidos e foge tanto da modéstia como da vaidade, porque são funestas para o êxito. A modéstia retirar-te-á forças e a vaidade é tão nociva, que é como se disséssemos pecado mortal contra o Espírito Santo. Muitos grandes espíritos caíram despenhados dos mais elevados cumes por causa da vaidade, devendo a ela a sua queda muito possivelmente Júlio César, aquele homem extraordinário que se chamou Napoleão e outros.





Fonte: Blog "Gnosis Brasil"
http://gnosisbrasil.com/artigos/as-7-grandes-regras-de-paracelso-para-o-desenvolvimento-espiritual/
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia (Texto e Gravura do corpo do Texto)
http://www.antroposofy.com.br

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

MEDO - UM PROCESSO PSICOLÓGICO

Assim, a pessoa tem que compreender o medo. Você sabe, a pessoa tem medo: medo de seus parentes, medo de não passar nos exames, medo dos professores, medo do cachorro, medo da cobra. Você tem que compreender o medo e ficar livre do medo. Quando você está livre do medo, há o forte sentimento de ser bom, de pensar muito claramente, de olhar as estrelas, olhar as nuvens, olhar os rostos com um sorriso. E quando não existe medo, você pode ir muito mais longe. Então pode descobrir por si mesmo aquilo que o homem vem buscando geração após geração. (Krishnamurti On Education)

O medo não é só uma resposta das glândulas supra-renais, mas também um processo psicológico. Para compreender o medo, não intelectualmente, mas de fato estar livre dele, a pessoa precisa de observação muito aguda, tem que olhar para ele bem de perto. Quando a mente – que foi treinada numa cultura que aceita o medo como parte da vida com toda sua violência – compreende o medo então, talvez possamos ficar completamente livres não só conscientemente, mas também inconscientemente. Para entrar nesta questão do medo, a pessoa tem que estar consciente que deve olhar seu próprio medo, não o medo que lhe foi contado ou o medo do desconhecido, mas o medo real que a pessoa tem. (Talks in Saanen, 1968)





J. Krishnamurti






Fonte: J. Krishnamurti Online
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://orihinaleskrima.com/krishnamurti-imagenes-eskrima-views/