quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

OS MESMOS ERROS REPETIDAMENTE

(...) O Zohar afirma algo interessante sobre as pragas que aconteceram no Egito: O Faraó parece esquecer cada praga que acontece, depois que as coisas voltam ao normal. Toda a água se transforma em sangue (primeira praga), mas assim que volta à condição de água, o Faraó esquece o que aconteceu. Os sapos (segunda praga) infestam o país, mas, assim que vão embora, o Faraó se esquece de que eles estiveram ali. E assim por diante.

Há dez pragas contadas (...). E a minha pergunta é a seguinte: Se alguém lhe desse um tapa sete vezes, você realmente não se lembraria disso?

Felizmente, o Zohar esclarece a situação: Não se tratava do Faraó esquecer. Simplesmente ele retornava à consciência que tinha antes que cada praga especifica acontecesse, um fenômeno que acontece conosco de tempos em tempos.

Vamos pensar no seguinte: Quantas vezes cometemos um erro e recebemos um "tapa" do universo de uma maneira ou de outra, e simplesmente nos esquecermos disso quando o caos desaparece? Passamos pelos mesmos cenários repetidamente e, a cada vez que a questão se repete, dizemos: ”Eu sabia que estava errado.”

A verdade é que, a não ser que encontremos um caminho livre ou nos elevemos, saindo de nossos padrões, cometeremos os mesmos erros repetidamente. Se não nos levarmos a um nível espiritual mais elevado, passaremos pelas mesmas dificuldades repetidas vezes, até que cheguemos a um lugar onde estejamos dispostos a mudar. Felizmente, nesse poderoso lugar onde estamos dispostos a ir com nossa mudança, temos ferramentas espirituais para nos ajudar a ir em frente em nosso caminho e nos tornarmos a melhor pessoa que podemos ser.



Karen Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

ALCANÇANDO O SI MESMO

O homem só pode alcançar Deus, o Espírito Cósmico, se se esforçar por alcançar o espírito nele mesmo, o seu Eu superior. Assim, quando orais a Deus, na realidade é o cume do vosso ser que procurais atingir. Se conseguirdes, desencadeareis uma vibração tão pura e sutil que, ao propagar-se, ela produzirá em vós as transformações mais benéficas. E, mesmo se não obtiverdes ainda o que pedistes na vossa oração, pelo menos ganhareis alguns elementos muito preciosos. O que é que dá sentido à oração? O esforço que fazeis para atingir um cume em vós mesmos. Graças a esse esforço, movimentais lá muito longe, muito alto, uma energia que, ao vir até vós, produz vibrações de uma extrema sutileza, produz sons, perfumes, cores, e regenera todo o vosso ser.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

AOS QUE NÃO TEM TEMPO

Caminhar É Mais Fácil Com Pouca Bagagem


Em meio às pressões da vida diária, podemos sentir que “não temos tempo” para o estudo e a meditação sobre os temas sagrados.

Quando tal coisa ocorre, este é um sinal seguro de que devemos rever as nossas prioridades, para não perdermos um tempo indevido com coisas de pouca importância real. Não somos imortais, e gastar tempo em excesso com temas passageiros é agir como se pensássemos que vamos viver trezentos anos.

Um velho livro de orações judaico ensina:

“Hillel disse: ‘Quem exalta seu próprio nome, perde seu nome; quem não aumenta seu conhecimento, faz com que seu conhecimento diminua; quem não busca adquirir sabedoria, desperdiça sua vida; e quem faz uso desprezível do conhecimento está jogando fora os seus poderes.’ Hillel também costumava dizer: ‘Se eu não ajo pelo meu bem, quem agirá pelo meu bem? No entanto, se eu ajo apenas pelo meu próprio bem, o que sou eu? E se não agir agora, quando?’ ” [1]

E ainda:

“… E não diga ‘quando eu tiver tempo livre irei estudar’; você pode nunca ter tempo livre.” [2]

Devemos tomar iniciativas práticas no sentido de abrir espaço na vida diária para a busca da sabedoria. O livro de orações cita estas palavras do rabino Tarphon:

“O dia é curto, o trabalho é muito, os trabalhadores são lentos, e o Mestre tem urgência.” [3]

Não há como usar bem o tempo, se não soubermos que ele é um bem precioso, ou  se não eliminarmos as prioridades de terceira e quarta  importância em nossa agenda pessoal. Este é o primeiro passo.

O filósofo romano Lúcio Sêneca escreveu que a vida não é curta, mas pode parecer que ela não é suficientemente longa, se perdermos tempo demasiado com assuntos pequenos. De fato, o segredo de uma boa e longa caminhada é não levar muita bagagem nas mãos,  mas ater-se ao fundamental.




Carlos Cardoso Aveline




Fonte do Texto e da Gravura:
Do Blog "Amazônia Teosófica"
http://amazoniateosofica.com.br/index.php/2016/10/21/aos-que-nao-tem-tempo/




NOTAS:

[1] “Union Prayer Book for Jewish Worship”, Part I, Newly Revised Edition, The Central Conference of American Rabbis, Cincinnati, USA, 1953, 396 pp., ver p. 166.

[2] “Union Prayer Book for Jewish Worship”, obra citada,  p. 168.

[3] Obra citada, p. 169.