Dentro da restrição imposta pela Contagem do Ômer, existe um dia que funciona como um oásis: o dia 18 de Iyar ou o 33º dia da Contagem do Ômer.
33, em hebraico, é representado pelas letras Lamed (valor trinta) e Guimel (valor três). Quando invertidas, temos "gal", que significa "monte" - algo que nos coloca acima de um determinado padrão.
O Lag Ba Ômer está associado a dois grandes eventos: no tempo de Rabi Akiyva, seus 24.000 discípulos começaram a morrer repentinamente no período do Ômer como resultado da forte energia de julgamento que começou a surgir entre eles. Estas mortes cessaram no 33º dia.
Também em Lag Ba Ômer celebramos o aniversário de morte (hilulah) de Rabi Shimon Bar Yochay, autor do Zohar. Rabi Shimon foi um dos cinco discípulos de Rav Akiyva empenhados na preservação do conhecimento da Torah entre os judeus, principalmente diante da ocupação romana. Fugindo dos romanos, Rabi Shimon e seu filho Elazar viveram por 13 anos escondidos em uma caverna, período em que foi instruído por Eliahu na redação do Zohar.
Em áreas abertas, fogueiras são acesas para celebrar Lag Ba Ômer. A história conta que os romanos foram orientados a procurar Rabi Shimon, durante a noite, próximos a fogueiras, onde certamente ele estaria estudando a Torah. Algumas crianças ouviram isso e acenderam várias fogueiras, em diferentes pontos, para confundir o inimigo e proteger Rabi Shimon.
Esta é uma data muito especial, com grandes possibilidades de revelação espiritual. A pedido do próprio Rabi Shimon, sua morte não deve ser lembrada com tristeza. Segundo os mestres de nossa tradição, ele não partiu antes de revelar tudo que lhe fora permitido revelar, de modo que, ainda hoje, somos gratos pelos ensinamentos que deixou.
Rav Mario Meir
Fonte: Academia de Cabala
Fonte da Gravura: http://www.naamat.org.br/site/lag-baomer/
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