segunda-feira, 8 de abril de 2013

ONDE DEUS ESTÁ ESCONDIDO?





Pergunta a Osho: Amado Osho, o que exatamente está me impedindo de ver o óbvio? Eu simplesmente não compreendo o que fazer ou o que não fazer. Quando é que eu serei capaz de ouvir o som do silêncio?

O que exatamente está obstruindo a minha visão de ver o óbvio? O simples desejo de vê-lo. O óbvio não pode ser desejado, o óbvio é!

Quando você deseja, você se afasta: você começa a buscar o óbvio. Nesse exato momento você o tomou distante, ele não é mais o óbvio, ele não mais está próximo; você o colocou bem distante. Como pode você buscar pelo óbvio? Se você compreende que é óbvio, como pode você buscá-lo? Ele está simplesmente aqui! Qual a necessidade de buscá-lo ou desejá-lo? 

O óbvio é o divino, o mundano é o sublime e o trivial é profundo. Você está encontrando Deus a cada momento, nas suas atividades simples do dia-a-dia, porque não existe mais ninguém. Você não pode encontrar ninguém mais, é sempre Deus de mil e uma formas. 

Deus é bem óbvio. Apenas Deus é! Mas você busca, você deseja... e você perde. Nesta sua mera busca você coloca Deus bem longe, muito distante. Isso é uma viagem do ego.

Tente compreender... o ego não está interessado no óbvio porque com o mesmo ele não pode existir. O ego não está de forma alguma interessado no que está próximo, ele está interessado no distante, lá longe. Pense bem: o homem alcançou a lua, mas ele ainda não alcançou o seu próprio coração. 

O distante... o homem inventou viagens espaciais, mas ele ainda tem que desenvolver as viagens até a alma. Ele alcançou o Everest, mas ele não se interessa em ir para dentro do seu próprio ser. 

Perde-se o que está próximo e busca-se o que está bem distante. Por quê? Porque o ego sente-se bem; se a jornada é difícil o ego sente-se bem, existe algo a ser provado. Se é difícil, existe algo a se provar. O ego se sente bem em ir até a lua, mas ir para dentro do seu próprio ser? Isso não seria muito pretensioso.

Existe uma velha história:

Deus criou o mundo. E então, ele costumava viver na terra. Você já pode imaginar... ele tinha tantos problemas, todos vinham reclamar, todos batiam à sua porta nas horas vagas. À noite pessoas vinham e diziam: “Isso está errado, hoje nós precisávamos de chuva e está tão quente”. E alguém vinha logo depois e dizia: “Não traga chuvas por enquanto — eu estou fazendo algo e a chuva estragaria tudo”.

E Deus estava a ponto de ficar louco... “O que fazer? Tantas pessoas, tantos desejos, e todos esperando e todos necessitando serem atendidos, e eram desejos tão contraditórios! O fazendeiro queria chuva e o ceramista não queria chuva alguma pois ele fazia vasos e a chuva podia destruí-los; ele necessitava de sol quente por alguns dias...” E assim em diante.

Então, Deus chamou os seus conselheiros e perguntou: “O que fazer? Eles irão me enlouquecer, e eu não posso satisfazer a todos. Ou eles irão me matar um dia destes! Eu gostaria de encontrar um lugar para me esconder”.

E os conselheiros sugeriram várias coisas. Um deles disse: isso não é problema, vá para o Everest. Ele é o pico mais elevado dos Himalaias, ninguém irá alcançá-lo”.

Deus disse: “Você nem imagina! Eles o alcançariam em poucos segundos”, para Deus isso seria apenas uns poucos segundos: “Edmund Hillary iria alcançá-lo com Tensing e então os problemas começariam. E uma vez que soubessem, então eles começariam a vir em helicópteros e ônibus, e tudo seria... Não, isso eu não vou fazer. Isso resolveria as coisas só por alguns minutos”. 

Lembrem-se de que o tempo para Deus tem uma dimensão diferente. Na Índia diz-se que para Deus milhões de anos é um dia, alguns segundos então...

Daí alguém mais sugeriu: “E por que não ir para a lua?”

E Deus respondeu: “Lá também não é longe o bastante; mais uns poucos segundos e alguém iria alcançá-la”.

E os conselheiros sugeriram estrelas distantes, mas Deus falou: “Isto não resolveria o problema. Seria apenas uma espécie de adiamento. Eu quero uma solução permanente”.

Então, um velho ajudante de Deus aproximou-se dele e sussurrou algo em seu ouvido. E Deus disse: “Você está certo. Vou fazer isso mesmo!”.

O velho ajudante havia dito: “Só existe um lugar onde o homem nunca irá alcançar — esconda-se nele mesmo”. E esse é o lugar onde Deus está escondido desde então: no interior do próprio homem. E esse seria o último lugar no qual o homem pensaria encontrá-lo.

Perde-se o óbvio porque o ego não se interessa por ele. O ego está interessado em coisas duras, difíceis, árduas, porque aí existe um desafio. Quando você ganha, você pode clamar por vitória. Se o óbvio está aí e você ganha, que tipo de vitória é essa? Você não terá muito de um vencedor. É por isso que o homem segue perdendo o óbvio e buscando o distante. E como pode você buscar o distante quando você não pode nem mesmo buscar o óbvio?

“O que exatamente está obstruindo a minha visão de ver o óbvio?” O mero desejo está tomando-o distante. Abandone o desejo e você verá o óbvio.

“Eu simplesmente não compreendo o que fazer ou o que não fazer.” Você não tem que fazer nada. Você tem apenas que ser um observador de tudo que está acontecendo ao seu redor. O fazer é de novo uma viagem do ego. Fazendo, o ego se sente bem — algo está aí para ser feito. O fazer é um alimento para o ego, ele fortifica o ego. Não faça nada e o ego cai por terra; ele morre, ele não é mais nutrido.

Então, simplesmente seja um não fazedor. Não faça nada que diga respeito a busca por Deus, e pela verdade. Em primeiro lugar isso não é uma busca, assim você não pode fazer nada a respeito. Simplesmente seja.

Deixe-me dizer-lhe isso de uma outra forma: se você está em um estado puro de ser, Deus vem até você. O homem nunca poderá encontrá-lo; Deus encontra o homem.

Simplesmente esteja em um espaço silencioso — não fazendo nada, não indo a lugar algum, não sonhando — e nesse espaço de silêncio repentinamente você encontrará Deus. Porque ele sempre esteve presente! Simplesmente você não estava em silêncio para que pudesse vê-lo e você não pôde ouvir a sua voz, pequenina e quieta.

“Quando serei eu capaz de ouvir o som do silêncio?” Quando? Você faz a pergunta errada. É agora ou nunca! Escute-o agora, porque ele está aqui, a sua música está tocando, a sua música está em toda a parte. Você simplesmente precisa estar em silêncio para que possa ouvi-la.

Porém, nunca diga “quando”; “quando” significa que você está colocando no futuro; “quando” significa que você começou a esperar e sonhar; “quando” significa “não agora”. E sempre é no agora, sempre é no momento presente. 

Para Deus existe apenas um tempo: o agora; e apenas um lugar: o aqui. “Lá”, “então” — abandone-os.


Osho, em "A Visão Tântrica: Discursos Sobre as Canções de Saraha"



Fonte do Texto e da Gravura: 
http://www.palavrasdeosho.com/2013/03/onde-deus-esta-escondido.html

LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO


Frequentemente muitas pessoas apresentam diversas dúvidas acerca do livre-arbítrio e do determinismo. Analisemos como a Doutrina Espírita se posiciona.

"A cada um será dado segundo as suas obras." Jesus (Mt 16,27)

O Livro dos Espíritos (Allan Kardec):

115. Dentre os Espíritos, alguns foram criados bons e outros maus?
Resposta: "Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um uma missão com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los de Si. A felicidade eterna e pura é para os que alcançam essa perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos ao passar pelas provas que a Lei Divina lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais depressa ao objetivo que lhes é destinado. Outros somente as suportam com lamentação e, por causa dessa falta, permanecem mais tempo afastados da perfeição e da felicidade prometida."

843. O homem tem sempre o livre-arbítrio?
Resposta. "Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria como uma máquina."

845. Não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio as predisposições instintivas que o homem já traz consigo ao nascer?
Resposta. “As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-las à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.”

859. Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem que ocorrer?
Resposta. “São de ordinário coisas muito insignificantes, de modo que vos podeis prevenir deles e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.”

859a) Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal maneira que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não seria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”

861. Ao escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um assassínio sabia que viria a ser assassino?
Resposta. “Não. Escolhendo uma vida de lutas, sabe que terá ensejo de matar um de seus semelhantes, mas não sabe se o fará, visto que ao crime precederá quase sempre, de sua parte, a deliberação de praticá-lo. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la, ou não. Se soubesse previamente que, como homem, teria que cometer um crime, o Espírito estaria a isso predestinado. Ficai, porém, sabendo que a ninguém há predestinado ao crime e que todo crime, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.

“Demais, sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais e os atos da vida moral. A fatalidade, que por algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Quanto aos da vida moral esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há fatalidade.”



Fonte: Boletim "O Espiritismo"
www.oespiritismo.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APRENDER É UMA FORMA DE NÃO CEDER


Aconteça o que acontecer, vós nunca deveis render-se, ceder interiormente. É nisso que reside o vosso poder. Na maior parte do tempo, não tendes qualquer poder sobre os acontecimentos em si mesmos, porque eles são apenas elos de uma extensa cadeia.

Quando estala a guerra, isso não depende de uma pessoa nem sequer de uma sociedade, mas sim de uma grande quantidade de fatores ideológicos, políticos, econômicos, inextricavelmente ligados uns aos outros. E há muitas outras desgraças que podem ocorrer e perante as quais se é impotente.

Mas, seja o que for que aconteça, a vida apresenta tantas possibilidades, o Criador pôs em vós tantos dons, tantas faculdades, que podeis tirar partido delas para beneficiar de toda essa riqueza. Em todas as circunstâncias e qualquer que seja o vosso estado, podeis fazer qualquer coisa, pelo menos pensar que há ali uma lição para aprender. Aprender é uma forma de não ceder. Para se permanecer vivo, há que aprender sempre.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NOSSO VERDADEIRO TRABALHO


Antes de deixar esse mundo, um dos maiores kabalistas deu um presente espiritual para cada um de seus alunos. Para um, deu sua retidão; para outro, sua sabedoria. Mas para um aluno muito especial, o mestre deu a tarefa de “consertar o mundo”.

Depois que o mestre morreu, seu aluno começou a viajar e a falar com quem quisesse ouvir. Ele estabeleceu como sua missão despertar as pessoas sobre os erros que estavam cometendo e fornecer-lhes ferramentas espirituais para se conectarem com o Criador. Depois de dois anos de devoção e esforço, ele começou a sentir um vazio e ficou imaginando se estaria realmente realizando o trabalho que seu mestre havia lhe confiado. Em resposta ao seu questionamento, o mestre visitou o aluno em um sonho e disse: “Você viajou para muito longe, tentando mudar o mundo, mas até onde foi tentando mudar a si próprio?”

É muito mais fácil para nós enxergar o que há de errado com os outros do que reconhecer nossas próprias falhas; mas nosso verdadeiro trabalho começa com nosso processo interno de transformação. 

Foi por esse motivo que escrevi o livro "O Poder de Mudar Tudo"; para despertar-nos para a ideia de que, por mais que desejemos mudar o mundo para tornar nossas vidas melhores, a verdade é que precisamos mudar a nós a fim de tornar o mundo melhor. É um paradoxo. Quanto mais você desejar transformar o mundo, mais tem que se transformar.

Nosso trabalho diário é a transformação pessoal, é encontrar nossa negatividade e realizar uma mudança positiva, melhorando tanto nossas vidas quanto as vidas dos outros. 

Todos nós temos o poder de mudar o mundo, e não temos que olhar além de nós para começar a consertá-lo.


Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 7 de abril de 2013

O CONFORTO QUE VEM DE DEUS



No livro “O SERMÃO DA MONTANHA”, o escritor espiritualista Huberto Rohden diz o seguinte; “Muitos sabem falar de Deus. Alguns até sabem falar com Deus. Mas quase ninguém sabe calar perante Deus para que Deus possa lhe falar”. Para que possamos tratar desse assunto, primeiramente, temos que compreender como age nosso pensamento no universo em que vivemos e de que forma ele se movimenta.

Na questão 27 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, obra codificada por Allan Kardec, lemos a seguinte resposta dos Espíritos superiores: “Há dois elementos gerais do universo, a matéria e o Espírito, e acima de tudo Deus, o criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material tem-se que juntar o fluido universal, que desempenha o papel intermediário entre o Espírito e a matéria”.

É através do fluido universal que os Espíritos se comunicam entre si, ou com os encarnados e vice-versa. Quando oramos, ou seja, quando estamos sintonizados com Deus, ocorre o mesmo, pois é através desse fluido que nos comunicamos com Ele.

A distância que nossa prece alcançará através desse fluido dependerá da intensidade de nossa fé e da sinceridade. Assim, quanto mais intensas forem nossa fé e nossa sinceridade, mais perto de Deus nossa prece chegará. 

Diz Allan Kardec, no livro “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (cap. XXVII, item 10): “O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento, seja quando o ser a quem oramos atende ao nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele. Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que preenche o espaço, assim como na terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem, assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, e que as relações se estabelecem à distância entre os próprios encarnados”. 

Igualmente, através desse fluido, Deus nos conforta e nos dá energia para enfrentarmos bem as dores pelas quais passamos em nosso dia a dia. A grande maioria dessas dores são frutos de nossa imprevidência, são violações que cometemos contra as Leis Divinas sem nos darmos conta. Entretanto, quando transgredidas, essas leis reagem de maneira a nos chamar a atenção em forma de dor. Se não encontramos os motivos nesta vida é porque as infringimos numa outra, pois somos Espíritos que tivemos muitas encarnações no passado e a reparação dos erros cometidos em encarnações pretéritas é uma necessidade natural.

Temos diversas espécies de dores: emocionais, sentimentais, dificuldades de relacionamento, perda de bens materiais, de emprego, de entes queridos e por aí a fora, porém, somente quando essas dores atingem um grau insuportável nossos pensamentos se voltam para Deus, na busca de conforto. Nessa hora, tentamos orar, procuramos uma religião, ou algum lugar que nos alivie a dor, que vem para nos despertar e dizer que devemos evoluir e meditar o que fazer para nos livrarmos dela e alcançarmos o crescimento espiritual.

Se formos a um Centro Espírita, obteremos orientação, seremos encaminhados para uma assistência espiritual adequada e receberemos os fluídos necessários para o nosso restabelecimento. Em nota às questões 68, 69 e 70 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Kardec diz: “Quando a quantidade de fluido vital se esgota, pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contém”. É como se a bateria de um carro ficasse fraca e necessitasse ser recarregada. 

Como recarregar esse fluido em nosso organismo?

Se a fraqueza não atingiu o corpo físico, podemos começar a recarregá-la através da prece dirigida a Deus, feita por nós mesmos ou por outras pessoas; de palavras de conforto dirigidas a nós; de palestras instrutivas (principalmente evangélicas); de passes e da modificação de pensamentos (exemplo: de pessimistas para otimistas). Isso tudo, porém, dependerá de como fazemos a prece, assimilamos as palavras que ouvimos e utilizamos os fluidos oferecidos a nós por intermédio do passe, ou seja, tudo dependerá de nós.

Se o corpo físico já foi atingido, além dos cuidados da prece, das palavras amigas e do passe, deveremos também receber os cuidados que a medicina nos oferece.

Em nota à questão de nº 70 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Kardec diz: “O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade, pode dá-lo ao que o tem pouco e, em certos casos, restabelecer a vida prestes a se apagar”. Podemos deduzir que, em havendo alguma anomalia em nosso organismo, poderemos receber assistência através da fluidoterapia, geralmente chamada passe. Assim, podemos ser assistidos nas doenças de ordem física, ou de ordem espiritual, mas a eficácia dessa assistência dependerá da vontade de quem a recebe. 

No salmo 46:10 encontramos a seguinte frase: “Aquieta-te, eu sou Deus”.

Na maioria dos momentos de aflição, entretanto, fazemos muito barulho, com queixas, murmúrios, revoltas, etc, quando deveríamos nos aquietar e ver o que Deus tem para nós. Nada acontece por acaso. Tudo tem sua razão de ser. É hora de reflexão, então, aquietemo-nos, sintonizemo-nos com Deus e tenhamos a certeza que Ele nos enviará o conforto necessário. Ele é nosso Pai e nos quer bem.



Elio Mollo



Fonte: http://adde.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A VIDA SÓ É POSSÍVEL ATRAVÉS DOS DESAFIOS


Conto mais uma pequena estória...

“Era uma vez um fazendeiro que, após uma colheita ruim, reclamou: ‘Se Deus me desse o controle do clima, tudo seria melhor, pois parece que ele não entende muito de agricultura.’”

Isso é verdade! Ninguém jamais ouviu dizer que Deus é um fazendeiro - como ele poderia saber?

“O Senhor disse a ele: ‘Durante um ano eu lhe darei o controle do clima; peça o que você quiser, e seu desejo será concedido.’”

Antigamente, Deus costumava fazer isso. Depois ele se cansou...

“O pobre homem ficou muito feliz e imediatamente disse: ‘Agora eu quero sol!’, e o sol saiu. Mais tarde ele disse: ‘Que chova!’, e choveu. Durante um ano inteiro, o sol brilhava e depois chovia. As sementes cresciam, cresciam... era um prazer observar aquilo! ‘Agora Deus pode entender como se controla o clima’, ele pensou com orgulho. A plantação nunca antes havia crescido tanto, ficando tão verde, e de um verde tão saudável.

Chegou a hora de colher. O fazendeiro pegou a foice para cortar o trigo, mas sentiu um aperto no coração. Os caules estavam praticamente ocos.

O Senhor veio e lhe perguntou: ‘Como estão as suas plantas?’ O homem se queixou: ‘Pobres, meu Senhor, muito pobres!’ ‘Mas você não controlou o clima? As coisas não saíram como você queria?’

‘Claro! E é por isso que estou perplexo - recebi a chuva e o sol que eu pedi, mas não há o que colher.’

Então o Senhor disse: ‘Mas você nunca pediu vento, tempestades, gelo e neve, tudo o que purifica o ar e torna as raízes duras e resistentes! Você pediu chuva e sol, mas não pediu mau tempo. É por isso que não há o que colher.”’

A vida só é possível através dos desafios. A vida só é possível quando você tem tanto o bom tempo quanto o mau tempo; quando tem prazer e dor; quando tem inverno e verão, dia e noite; quando tem tristeza tanto quanto felicidade, desconforto tanto quanto conforto. A vida passa entre essas duas polaridades.

Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende a se equilibrar. Entre essas duas asas, você aprende a voar até a estrela mais distante.

Se você escolhe o conforto, a conveniência, você escolhe a morte. É assim que perde a felicidade real: você escolheu a conveniência no lugar dela.

É muito conveniente seguir a voz dos pais, é conveniente seguir o padre, é conveniente seguir a igreja, é conveniente seguir a sociedade e o Estado. É muito fácil dizer sim a essas autoridades, mas aí você nunca cresce. Você está tentando conseguir o tesouro da vida por um preço muito baixo. Mas é preciso pagar por ele.

Seja um indivíduo e pague por isso. Na verdade, se você ganhar uma coisa sem pagar, não a aceite — isso é insultante para você. Não a aceite; não lhe fica bem. Diga: “Vou pagar por isso - só então, aceitarei.”

Realmente, se uma coisa lhe é dada sem você estar preparado para ela, sem ser capaz de tê-la, sem estar receptivo a ela, você não poderá possuí-la por muito tempo. Vai perdê-la num lugar ou noutro. Você nunca será capaz de apreciar o valor dela.

A existência nunca lhe dá algo por um preço baixo, pois você nunca será capaz de gostar de verdade de algo que não exigiu nenhum esforço de você.

Escolha o mais difícil. E ser um indivíduo é a coisa mais difícil do mundo, porque ninguém quer que você seja um indivíduo. Todos querem matar a sua individualidade e fazer de você um carneirinho.

Ninguém quer que você seja você mesmo. Por isso, você vai perdendo a felicidade, vai perdendo a direção e, obviamente, a meditação se torna impossível, a concentração parece quase inexistente.

Você não consegue se concentrar, não consegue meditar, não consegue ficar com coisa alguma por mais que uma fração de segundo. Como pode ser feliz?

Escolha o seu destino. Eu não posso mostrar a você qual é o seu destino - ninguém mais sabe, nem você. Você tem que senti-lo, e tem que ir devagar.

Assim, abandone tudo aquilo que, em seu ser, for emprestado, e então você poderá sentir. Isso sempre o conduzirá ao lugar certo, à meta certa.

Aquilo que neste momento você chama de consciência não é a sua consciência. É uma substituta — uma pseudo consciência, uma farsa, uma falsificação. Abandone-a! E, quando a abandonar, você poderá ver, escondida atrás dela, a sua real consciência que estava à sua espera.

Quando essa consciência penetrar em sua percepção, a sua vida terá uma direção, a meditação seguirá você como uma sombra.


Osho, em "O Homem que Amava as Gaivotas"


Fonte: http://www.palavrasdeosho.com/2013/03/vida-so-possivel-atraves-desafios.html
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 6 de abril de 2013

SANTA SARA: A FILHA DE JESUS CRISTO E MARIA MADALENA


Contam as antigas lendas francesas relacionadas com a descendência de Jesus Cristo e Maria Madalena que durante a perseguição aos cristãos primitivos ocorrida nos anos seguintes à crucificação, alguns de seus discípulos e pessoas próximas fugiram da Judeia em um barco e chegaram à costa sul da Gália, atual França.

Na embarcação usada para a fuga pelo mar Mediterrâneo estavam os irmãos Lázaro, Maria Madalena e Marta, juntamente com a mãe dos apóstolos João e Tiago, chamada Maria Salomé, acompanhados ainda por Maria de Cleofas, a tia de Jesus, e Maximin d’Aix, um de seus setenta e dois discípulos e famoso evangelizador da região de Aix-en-Provence.

Além de todos eles, participava desta jornada uma jovem de pele morena, supostamente vinda do Alto Egito para servir à tia de Jesus como aia.

Seu nome era Sara, a jovem que atualmente vem sendo identificada na literatura sobre a descendência familiar de Jesus Cristo como sua filha com Maria Madalena.

Esta tradição ressurgiu com força na década de 1980, graças à obra O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dos escritores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln.

Nos últimos anos, as teorias sobre os frutos da união matrimonial celebrada entre Jesus e sua principal discípula vêm ganhando cada vez mais força no imaginário popular graças à publicação de novos romances históricos baseados nas ideias que acabaram sendo popularizadas pelo escritor Dan Brown.

Alguns autores mais recentes que aproveitam o sucesso do bestseller O Código Da Vinci e a ideia que identifica o Santo Graal com o Sangue Real dos herdeiros do Salvador e sua esposa redimida sugerem que Santa Sara, a menina egípcia que acompanhou os familiares e discípulos de Jesus Cristo na embarcação rumo às terras francesas, era na verdade a filha do divino casal da Galileia.

Este é o caso do livro The Woman with the Alabaster Jar: Mary Magdalen and the Holy Grail (A Mulher com o Vaso de Alabastro: Maria Madalena e o Santo Graal), escrito por Margaret Starbird e publicado em 1993, contendo a ideia de que Santa Sara é a filha de Jesus e Madalena, e que este fato seria a autêntica fonte da lenda associada com a mística de Saintes-Maries-de-la-Mer.

Como já mencionamos acima, a tradição local afirma que a cidade de Saintes-Maries-de-la-Mer foi o porto onde os familiares e discípulos de Jesus desembarcaram de sua fuga pelo Mediterrâneo. No barco estavam três santas, Maria Madalena, Maria Salomé e Maria de Cleofas, as chamadas Três Marias, as quais são as mesmas três mulheres que primeiro testemunharam a tumba vazia de Jesus, e cujas relíquias são o foco de devoção de peregrinos.

Assim que Jesus foi crucificado, as Três Marias e sua comitiva teriam partido da cidade egípcia de Alexandria acompanhadas de seu tio, José de Arimateia. As lendas francesas sustentam que a embarcação chegou ao território que hoje corresponde ao sul da França, onde havia uma fortaleza chamada Oppidum-Ra. O local passou logo a ser conhecido como Notre-Dame-de-Ratis, pois Ra se tornou Ratis (que em latim significa algo como “navegar”), para mais tarde tornar-se Notre-Dame-de-la-Mer, e no século XIX, Saintes-Maries-de-la-Mer.

Margaret Starbird afirma que o nome Sara significa “princesa” em hebraico, um forte indicativo de que ela seria a descendente esquecida do “sang réal”, o sangue real do Rei dos Judeus. O esquecimento de Sara teria sido consequência da supressão que o Catolicismo Romano realizou sobre a veneração e a devoção ao Sagrado Feminino, resultando num desequilíbrio espiritual da doutrina cristã.

Para a autora, o Cristianismo Primitivo incluía a celebração do chamado Hierosgamos, que significa união dos opostos, uma espécie de Sacramento da Câmara Nupcial tal como a concebiam os antigos gnósticos, muitos deles contemporâneos e até mesmo identificados com os primeiros cristãos. Esta celebração oferecia um modelo arquetípico do noivo (Jesus Cristo) e da noiva (Maria Madalena), ensinando a metafísica da união do Espírito Puro com a Alma Arrependida, e a ciência da união sexual entre homem e mulher. Este último corresponde à mescla inteligente do erótico com o sagrado, um ato verdadeiramente religioso capaz de converter seus adeptos em deuses, ou seja, de levá-los à união com a Divindade para conhecer seus Mistérios.

Este modelo de unidade conciliadora da dualidade acabou sendo perdido logo nos primeiros séculos do Cristianismo, uma verdadeira tragédia espiritual que acabou excluindo as lideranças femininas, o que era muito comum no tempo dos primeiros discípulos de Jesus. A autora insiste que tal parceria sagrada é universal e apenas reflete aquela existente em outras regiões do planeta, em contextos religiosos muito anteriores ao daquele em que se formou a religião do Cristo.

Nos dias atuais, para o bem da retomada do equilíbrio de gêneros na religiosidade cristã e a revisão da importância da sexualidade para uma espiritualidade autêntica e conciliadora do humano com o divino, Santa Sara converteu-se em um instrumento de oposição aos velhos padrões autoritários e de rigidez hierárquica, onde o masculino impera à força e às cegas sobre o feminino por puro medo de perder seu poder e de ser tragado pela sensualidade que secretamente deseja.

Giordano Cimadon

Fonte do Texto e da Gravura: 
http://www.sgi.org.br/cristianismo/santa-sara-a-filha-de-jesus-cristo-e-maria-madalena/

SERVIÇO À HUMANIDADE


Trabalhai sabendo que estais a preparar o vosso futuro e o de toda a humanidade. 

Todos os desejos acabam por se realizar, tanto os bons como os maus. Se os maus desejos se realizam mais facilmente e mais depressa é porque a maioria dos seres na terra só procuram satisfações vulgares, materiais, e até, muitas vezes, perigosas, embora eles não se apercebam disso. E as emanações produzidas por esses pensamentos e esses desejos criam no plano fluídico condições mais favoráveis aos germes do mal do que aos do bem. É por isso que estes germes crescem e invadem a terra.

Existem tão poucos seres humanos conscientes que trabalham verdadeiramente para o bem! Então, os seus bons projetos ainda não encontram terreno propício à sua realização. Mas, embora ainda não se possa influenciar a marcha do mundo, pelo menos pode-se fazer bem à sua volta.


Omraam Mikhaël Aïvanhov


Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CONVITE À DISCIPLINA


"Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer." (Lucas,cap. 17, vers. 10)

Os néscios não conseguem entendê-la.

Os preguiçosos supõem marginalizá-la.

Os ingratos desconsideram-na.

Os frívolos transferem-na no tempo e na oportunidade.

Os atormentados teimam por evitá-la.

Os vândalos corrompem-na.

Os pervertidos pensam mudar-lhe a estrutura, confundindo o teor em que se apresenta.

Mas, incorruptível, a disciplina traça linhas diretivas e vigorosas, trabalhando o diamante bruto do espírito, a fim de expungí-lo de toda jaça e torná-lo de real lavor.

Enxameiam em todo lugar os homens que a conspurcam, enlouquecidos pela tirania do "eu" ou amesquinhados sob o peso da irresponsabilidade.

Nos dias modernos, muitas pessoas acreditam que manter disciplina em relação a si mesmas, como ao próximo e à comunidade, - bases que são da Humanidade -, é esforço vão, tendo em vista a vitória dos usurpadores, das facções poderosas que se utilizam da força e da astúcia dos donos dos monopólios, como da impiedade...

No entanto o mentiroso a si mesmo se engana; o tirano a si próprio se prejudica; o avaro constrói; o presídio dourado da loucura pessoal; o criminoso jugula-se à hediondez; o explorador condiciona-se à insaciabilidade.

Ninguém engana, realmente, ninguém.

É da Lei Divina que somente sofre o que o homem deve. Desde que se apresente em condição de vítima expunge, enquanto o algoz adquire débito para ulterior aflição.

Face a isso, disciplina-te no exercício dos pequenos labores para fruíres as alegrias que te conduzirão aos eloquentes deveres que libertam e acalmam.

Disciplina é impositivo de alevantamento moral fomentador do progresso, base da paz, de que ninguém pode prescindir.

Se as tuas disciplinas morais por enquanto se apresentam como pesada canga, persevera e insiste nelas até que te chegue o instante liberativo em que se transformarão em prazer de plenitude e gozo de harmonia pessoal decorrente do júbilo de todos pelo que hajas produzido e conseguido.


Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis



Fonte: do livro "Convites da Vida". Ed. LEAL, cap. 14
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 5 de abril de 2013

DA RESTRIÇÃO TOTAL À REVELAÇÃO TOTAL


Nosso crescimento e desenvolvimento espiritual começa com a restrição do desejo de receber, que inicialmente nos domina. No momento que tentamos nos restringir, nós entramos no estado de Ibur (gestação) espiritual, sobre o qual se diz: "Um embrião no ventre de sua mãe vê o mundo de um extremo ao outro. Há uma vela acesa acima da sua cabeça e lhe é ensinada toda a Torá".

Isso significa que ele não está limitado de forma alguma, pois se restringiu totalmente — o pequeno desejo egoísta que ele tem nesse momento em que ele sente o mundo corporal. É porque ele não sentiu o mundo espiritual de forma alguma, mas só este mundo, a realidade fictícia, como uma pessoa que está inconsciente, alucinando. Mas quando ele restringe seu desejo de receber, ele se torna ilimitado, não precisa mais receber, uma vez que a Luz de Ein Sof (Infinito) se ilumina para ele como a Luz Circundante, que é como estar no ventre da mãe. Assim, ele atravessa os estágios de Ibur.

Depois que ele nasce, ele já começa a trabalhar com o primeiro Aviut (espessura) do desejo, em vez do Aviut no nível da raiz, e depois é limitado novamente. A Luz de Ein Sof que não fica mais fraca de forma alguma, não o alcança, pois ele não tenta totalmente se anular e aderir ao superior. Ele próprio constrói Masachim (telas) e aumenta seus desejos a fim de realmente alcançar a Luz de Ein Sof pelo seu próprio trabalho e vesti-la em seus vasos.

Agora existem diferentes limitações em seu trabalho, e a Luz ilumina apenas na medida em que ele pode recebê-la a fim de doar em seus vasos corrigidos. Portanto, diz-se que: "o Criador odeia os corpos", ou seja, o desejo de receber. O desejo de doar, no entanto, não é mais chamado de corpo, mas alma, uma parte Divina do Alto.

Assim, há um estado em que a pessoa se restringe de modo que a Luz de Ein Sof possa alcançá-la infinitamente. Mas a plenitude está em permitir que a Luz de Ein Sof seja revelada sem quaisquer restrições por parte da pessoa. A própria pessoa tem que descobrir com a ajuda de um Masach e trabalhar no nível de Ein Sof por si mesma, de modo a atingir a plena adesão com a Luz que não está limitada por qualquer restrição.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 12/03/13, Shamati #15


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: http://laitman.com.br/2013/03/da-restricao-total-a-revelacao-total/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 4 de abril de 2013

PÉS NA TERRA, CABEÇA NO CÉU


Quando Jesus dizia «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus», fazia uma distinção entre os valores materiais, terrestres, e os valores espirituais, mas ele não preconizava às pessoas que abandonassem o mundo e se virassem unicamente para Deus. Enquanto vivemos na terra, não está em questão abandoná-la. Mas nesta terra nós devemos unicamente pousar os nossos pés, mantendo a cabeça no céu, ou seja, pondo sabedoria e amor em todas as nossas atividades, para que cada uma delas nos aproxime do mundo divino.

Nós temos uma missão a cumprir na terra. Esta missão consiste em manifestar Deus em cada coisa. Há que viver a vida terrestre à maneira das plantas: elas estão fixas à terra, mas transformam-na e fazem-na evoluir. O homem não só não deve deixar a terra, a matéria, como deve concentrar-se nela para a transformar. As plantas revelam-nos como não deixar a terra e, ao mesmo tempo, dirigir-se para o céu. É mais uma lição que a natureza nos dá.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A UNIDADE QUANTUM DO MUNDO

É impossível prever a polarização (direção de oscilação do campo eletromagnético) do fóton emitido por um átomo. Mas é possível provocar a emissão de dois fótons da mesma polarização, mas de uma direção desconhecida. O fóton não tem uma polarização definitiva até interagir com o observador. No entanto, medir a polarização de um dos fótons permitirá a determinação da polarização do outro fóton no mesmo instante. Como pode o segundo fóton instantaneamente "aprender" sobre as medições realizadas com o primeiro fóton, não importa o quão longe eles estejam espalhados, e encontrar a polarização no mesmo instante? Conclusão: Nosso mundo não é um conjunto de átomos locais, tijolos; é um todo, e o que acontece numa parte dele altera instantaneamente o todo. (Alex Chulichkov, Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas)


Isto é um fato. E a conclusão é simples: todos nós somos um todo, e é por isso que devemos chegar a uma única forma por nossos próprios esforços, e a partir dela vamos começar a ver, sentir e existir no mundo superior e quântico: o mundo eterno e perfeito, além do espaço, tempo e movimento.



Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: http://laitman.com.br/2013/03/a-unidade-quantum-do-mundo/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

INTELECTO E INTUIÇÃO


O intelecto é, evidentemente, um excelente meio de conhecimento, mas é limitado, pois ajuíza e tira conclusões a partir da aparência das coisas e da visão parcial que tem delas. Ele não permite pronunciar-se corretamente sobre os seres e as situações, o que origina muitos erros. É certo que, acumulando pacientemente um grande número de elementos, se pode chegar a ter um esboço da totalidade, mas quanto tempo isso exigirá? E há sempre elementos sutis, impalpáveis, que o intelecto não conseguirá captar. Quando travais conhecimento com alguém, não podereis ficar a saber de imediato o que essa pessoa é. É preciso que vos relacioneis com ela durante um certo tempo. A única forma de conhecer imediatamente um ser na sua totalidade é desenvolver a intuição, que é uma manifestação do espírito. A verdadeira intuição não necessita de elemento algum para julgar: ela penetra instantaneamente no coração dos seres e das coisas e pronuncia-se de imediato sem nunca se enganar. Nada lhe é ocultado.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: : www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 27 de março de 2013

DEIXAI AOS MORTOS O CUIDADO DE ENTERRAR SEUS MORTOS

Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.)

Que podem significar estas palavras: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tomar perceptível.

A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.



Allan Kardec



Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo". FEB. Capítulo 23. Items 7 e 8.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PÁSCOA (VISÃO INICIÁTICA) - COELHO E CHOCOLATE


Iniciação 

É um drama ritualístico onde se expressam simbolicamente os ensinamentos mais elevados da vida e da consciência. Tem também como objetivo conferir certo poder aqueles que dela participam. Nas iniciações tradicionais do Egito, o candidato à iniciação era conduzido até certa sala da Grande Pirâmide e lá era iniciado nos mistérios da Tradição Atlante, da qual a escola de mistério egípcia herdou sua sabedoria. O candidato era colocado dentro de um sarcófago, e este era fechado. O sarcófago era um local onde o corpo do candidato à iniciação permanecia enquanto ele saía conscientemente do corpo por processos místicos que não podem ser explicados aqui. O candidato, então, tinha a plena consciência de que não era apenas um corpo, mas que também possuía uma dimensão espiritual, uma essência divina, a que damos o nome de alma.

As Iniciações consideradas mais elevadas são aquelas realizadas no Plano Astral. Neste plano, o iniciando tem uma vivência muito mais real do processo iniciático e sente tudo o que se passa como sendo absolutamente real. Essas iniciações conferem um poder àqueles que são bem sucedidos nela, além de sempre representar ensinamentos profundos sobre as leis e princípios do Universo. São exemplos dessas iniciações em astral a Iniciação de Cerbero e a Iniciação do Duplo Caminho, esta última faz parte dos mistérios de Apolônio de Tiana.

A palavra Páscoa também significa uma espécie de iniciação... 

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição (iniciação) de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo teriam sido reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. 

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade (iniciação). Um ritual de passagem (iniciação), assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida. 

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. 

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade (iniciação), e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar (iniciação), dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade! 

Vamos ver agora como surgiu o chocolate... 

Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses" (iniciação), o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753. 

Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou. 

O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro. Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida. 

Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados. 

Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía. 

Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumi-lo isoladamente.  

E o coelho? 

A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. 

Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida? 

No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida (iniciação). Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. 

Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! 



J. S. Godinho



Fonte do Texto: http://br.dir.groups.yahoo.com/group/informativo_projeto_oficinas_da_alma/message/176
Fonte da Gravura:
http://tipoassim.tv/voce/dentro-da-caixola-chocolate-e-coelho-na-pascoa-como-surgiu-isso/attachment/coelhi1/

terça-feira, 26 de março de 2013

VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA


Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.

- Deve-se comemorar a Páscoa?
- Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas?
- Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?

Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para marcar a data, como fazem as demais religiões ou filosofias cristãs. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.

O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.

Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.

A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas 22,15-16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma comemoração, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi aproveitar o sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à imolação de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos e a ressurreição.

Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do Pessach, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à festa dos ázimos, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nissan) e, a partir do evento bíblico denominado "êxodo" (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.

Mas há outros elementos evangélicos que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao martírio, ao sofrimento de Jesus, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.

No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter subido aos Céus em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os eleitos no chamado juízo final. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.

A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a competência ou a qualificação de todos os Espíritos. Com tantas oportunidades quanto sejam necessárias, no nascer de novo, é possível a todos progredirem.

A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos nossos pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para nos salvar, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os bíblicos Adão e Eva, no Paraíso. A presença do cordeiro imolado, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o filho de Deus, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam em cores vivas as fases da via sacra.

Esta tradição cristã da culpa é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande e última lição de Jesus, que vence as iniquidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que permaneceria eternamente conosco, na direção bussolar de nossos passos, doravante.

Porque Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação. Esta palavra “salvação”, segundo Emmanuel, vale por “reparação”, “restauração”, “refazimento”. Portanto, “salvação” não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é "libertação" de compromisso; é regularização de débitos. Como diz a bandeira do Espiritismo: "Fora da Caridade não há Salvação". Então, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não estaremos salvos, livres das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade. Portanto, aproveitemos mais esta data, para revermos os pedidos do Cristo, para "renovarmos" nossas atitudes. 

A Doutrina codificada por Allan Kardec não possui dogmas, rituais, não institui abstinências alimentares, nem possui comemorações vinculadas a datas comerciais e cívicas. Por isso, os espíritas não comemoram a morte nem o reaparecimento de Jesus. O Espiritismo nos ajuda a entender os acontecimentos da passagem de Jesus no plano Terra e esclarece que a Páscoa é uma festividade do calendário adotada em nossa sociedade por algumas religiões. Para os espíritas a Páscoa, como qualquer outro período do ano, deve ser um momento de reflexão, estudos e reafirmação do compromisso com os ensinamentos do mestre, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.

Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar coordenando o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.

Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de sermos deuses, fazendo brilhar a nossa luz.

Comemore, então, meu amigo, uma outra Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.




Fonte: Adaptação de textos de: 

Marcelo Henrique
http://rumoslibertadores.blogspot.com.br/2013/03/visao-espirita-da-pascoa.html

Rudymara do Grupo de Estudo Allan Kardec http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2012/04/pascoa-na-visao-espirita.html

Fonte da Gravura: 
http://www.mensagenscomamor.com/images/jpgs/img/p/pascoa_2013_3.jpg

FESTA-CONEXÃO DE PESSACH (PÁSCOA)


A Bíblia conta que nessa época Moisés libertou o povo de Israel do Faraó, através das 10 pragas.

A Cabala ensina que há muitos códigos nessa passagem. 

O Egito é um código para nosso ego, e o povo de Israel é um código para a humanidade.

As 10 pragas é um código que diz que foi preciso 10 golpes da Luz em nosso ego para que nos tornássemos livres. 

Este acontecimento, essa vitória da Luz sobre a escuridão (nosso ego) no acontecimento de Pessach aconteceu no passado mas abriu um canal de energia que está disponível a cada ano, desde os tempos bíblicos, para o benefício das gerações futuras. 

O tempo é uma roda. De ano em ano, as energias estão no mesmo lugar, na mesma data. Então, que aproveitemos a energia de liberdade disponível para anular nosso ego e assim criar espaço para a Luz. 

Como disse Rabi Baal Shem Tov: "Não há espaço para a Luz num homem cheio de si mesmo." 

Somos um recipiente: com o que queremos estar preenchidos? De Luz ou de escuridão (ego)?




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: http://dicashoje.com.br/wp-content/uploads/2013/03/pascoa-2013-brasil.jpg