quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

VIRGEM MARIA E A LUA


A Lua é o símbolo universal do feminino, simbolizando a fertilidade, a maternidade, a pureza, a intuição, os sonhos e o acolhimento. A Lua também é associada às águas, já que controla as marés em nosso planeta. O ciclo lunar se relaciona com o ciclo menstrual feminino.

Maria é simbolizada pela Lua, não apenas por tê-la a seus pés, mas também pela sua atribuição, pela sua maternidade, sua misericórdia, seu abraço acolhedor, suas cores simbólicas e por ser a mãe do redentor, a Mãe do Logos, cuja glória é associado ao Sol. Do mesmo modo a Lua reflete a luz solar.

Não se trata de uma comparação meramente pagã, mas sim uma alegoria que podemos fazer para melhor compreender os mistérios divinos. O Divino nos é incompreensível por si só, por isso usamos constantemente metáforas, alegorias, parábolas e todo tipo de linguagem simbólica para que nossa mente, limitada ao mundo terreno, possa compreender e adentrar esses mistérios.

A Lua é o astro mais próximo à Terra, no qual fica entre a Terra e o resto do universo. Na Cabala, a esfera de Yesod (a Lua) fica logo acima de Malkuth (a Terra, o mundo tangível) e abaixo de Tiferet (o Sol, o Verbo Divino), compreendendo Yesod como o véu místico entre os mundos, a porta de entrada para Cristo. Em outras palavras, a Lua está mais próxima da Terra (ou seja, de nós) do que o Sol, mas a luz que a Lua emite é reflexo da luz solar. Nestas lógicas, sua atribuição de Mediadora faz todo o sentido, até mesmo entre as igrejas que não aceitam este título para Maria mas ainda sim a veneram como acima de todos os santos.

A Maria é concedida o título de Turris Eburnea (Torre de Marfim). Uma torre é uma edificação vertical que vai da Terra, onde entramos, até o mais elevado. É um conceito semelhante à sua atuação como Yesod, ligando a Terra ao céu. Marfim é um material cor de lua, liso e sem manchas, representando a pureza, uma torre de extrema pureza que nos eleva da Terra aos céus, cuja castidade é necessária para nos afastarmos dos desejos deste mundo e nos voltarmos a Cristo. Torre de Marfim se refere, metaforicamente, a um estado de isolamento filosófico, de interiorização e contemplação, um estado de autoaperfeiçoamento onde o adepto solitário se fecha ao mundo profano e ingressa nos mais altos mistérios. Simplificando, Torre de Marfim é um lugar acolhedor um refúgio para quem busca o mais elevado, a porta de entrada para a Verdade. A Virgem Maria é a porta de entrada para Cristo, é o abrigo que os grandes mestres buscaram para chegar até Deus.

Nos templos ortodoxos é comum ver a lua deitada sob a cruz. Esta simbologia remete ao livro do Apocalipse (c. 12), no qual aparece uma "mulher vestida de sol" e "a lua aos seus pés", o que muitos associaram à própria Virgem Maria grávida de Jesus. Outra interpretação seria que a cruz, obviamente, simboliza Cristo enquanto a Lua simboliza Maria. A Lua está sob a cruz não como sinal de inferioridade, mas sim sendo o seu suporte, sua base, seu fundamento, assim como Maria, que foi mãe de Jesus em todas as suas qualidades maternais, dando-lhe suporte, base e fundamento.

Maria tem três facetas, assim como a Lua. Maria, em sua Imaculada Conceição, é comparável à lua crescente, de aspecto puro e virginal. Maria, como a Mãe de Deus, Theotokos*, é comparável à lua cheia, a perfeição lunar, plena da luz solar, associada à maternidade. Maria, como cônjuge do Espírito Santo, é comparável à lua minguante, simbolizando a sabedoria do fim, a graça da última pessoa da Trindade, se revelando no Pentecostes. E quanto à lua nova? Podemos relacionar à lua escura à Mater Dolorosa, Nossa Senhora das Dores e todos os seus mistérios, que, embora seu culto tenha se iniciado no século XIII, sua devoção é bem anterior, baseado ainda na profecia de Simeão e em vários momentos dos evangelhos. Neste aspecto, Maria se encontra de luto pela morte de seu filho, acolhendo o seu corpo. Geralmente é representada em prantos e com sete espadas perfurando o seu coração, simbolizando suas Sete Dores. Representa a introspecção necessária para um novo começo. A lua nova em Maria remete não apenas num único aspecto, mas de todas as suas Sete Dores, de todos os momentos de aflição que ela passou com seu Filho. Mesmo assim Maria não desistiu e continuou sua senda, assim como a Lua perfaz mais um ciclo. O momento de luto de nossa Mãe, retratado em sua imagem, não a fez desistir e nem perdeu o seu brilho, mas serviu para que ela meditasse em seu interior e retornasse ainda mais fortalecida. Maria não desistiu, mas seguiu com os apóstolos na missão que o seu Santo Filho os designou. Assim, depois de seu "momento de escuridão", Nossa Senhora passou por mais um ciclo na resistência com os apóstolos até ser ascensionada e coroada, de acordo com a tradição romana.

Como podemos ver, não se trata de um simbolismo vazio, mas repleto de valores para a prática cristã. Maria, como a serva perfeita no qual todo cristão deve ser, adorou a Deus (Pai), acolheu Deus (Filho) em seu interior e viveu uma relação especial com Deus (Espírito Santo). Ela viveu uma vida de pureza e longe do pecado. Ela revelou Deus ao mundo e teve forças para continuar depois de várias Dores.

Buscamos em Maria, o sagrado feminino, o puríssimo receptáculo no qual Deus se adentrou. Maria é concha que protege a pérola, o véu que oculta a verdade, o templo onde se assenta a Divindade. Buscamos também o acolhimento, a misericórdia, a doçura e todas as qualidades maternas que precisamos em nossa vida cheia de prantos.


* Theotokos: título grego da Virgem Maria, usado especialmente na Igrejas Católica e Ortodoxa. Sua tradução literal para o português inclui "portadora de Deus".



Autor não especificado
Fonte: Gruta do Eremita
http://grutaeremita.blogspot.com/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/munique-marienplatz-virgem-maria-1530366/

INFLUÊNCIA DIVINA


Quando você torna Deus seu companheiro, o impossível torna-se possível.

Há o suporte Dele na relação com você.

Ele não o abandona.

Ele não o diminui.

Ele o aceita.

Ele o segura.

Porque você é sagrado para Ele.

Quando você sente essa influência divina, você fica muito inspirado.

Você expressa mais gentileza, generosidade, tolerância e especialmente não-violência.

Você não tem o sentimento de ser melhor, superior ou inferior mas o de ser equânime.

Haverá o pensamento de que, assim como você, os outros também são bons.



Anthony Strano



Fonte: Brahma Kumaris Brasil
https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TENHAMOS PAZ


“Tende paz entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:13)

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.



Francisco Cândido Xavier / Emmanuel




Fonte: do livro "Pão Nosso"
Via Centro Espírita Caminhos de Luz
http://www.caminhosluz.com.br/newsletter.asp
Fonte da Gravura: Acervo de Autoria pessoal

REGRESSO À CASA DO PAI (CONFRARIA ESPIRITUAL)


O objetivo de uma Escola Iniciática é fazer o homem regressar à casa do seu Pai, a esse alto retiro de que fala o Salmo 91 («Meu refúgio e minha fortaleza, meu Deus em quem confio»), porque é lá que estará em segurança, as forças do mal já não poderão vir surpreendê-lo.

Mas dir-se-ia que os humanos fazem tudo para se afastarem deste alto retiro no qual se está sob a proteção de Deus. Querem viver a sua própria vida, afastando-se do Senhor, transgredindo as suas leis. Ora bem, isso prova que esses seres ainda têm muito que sofrer e é por isso que não querem entrar na luz divina para serem protegidos. Sim, se manifestam essa tendência para ficar sempre de fora, para não obedecer, é muito simplesmente porque está escrito nos seus destinos que têm de sofrer. Ao invés, aqueles que já sofreram muito e que compreenderam fazem tudo para regressar para junto do Pai, para esse alto retiro... ou para uma confraria espiritual, para uma Escola Iniciática, que é justamente o símbolo desse regresso a uma ordem divina.


Omraam Mikhaël Aïvanhov 



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

NA SOLIDÃO VOCÊ DESCOBRIRÁ O QUE É SER


Na sua solidão, você descobrirá o que é ser. E de dentro dessa consciência do seu ser o amor flui. A solidão deverá ser a sua única busca. E isso não significa que tenha de ir até às montanhas. Pode estar só no mercado. É simplesmente uma questão de estar consciente, alerta, atento; lembre-se de que você é simplesmente a sua própria vigilância.

Por entre a multidão você observa a multidão; nas montanhas você observa as montanhas. Com os olhos abertos, observa a existência; com os olhos fechados observa-se a si mesmo. Você é somente urna coisa: o observador. E esse observador é a maior realização. Esta é a sua natureza de buda; este é o seu instrutor, o seu despertar. Esta deve ser a sua única disciplina. Somente isto faz de si um discípulo, nesta disciplina de conhecer a sua solidão.

De outro modo, o que faz de si um discípulo? Você foi enganado em todos os outros pontos da vida. Foi-lhe dito que acreditar num mestre faz de si um discípulo - isso é absolutamente errado; de outro modo, toda a gente no mundo seria um discípulo. Alguém acredita em Jesus, alguém acredita em Buda, alguém acredita em Krishna, alguém acredita em Mahavira; alguém acredita em alguém, mas ninguém é um discípulo, porque ser um discípulo não significa acreditar num mestre. Ser um discípulo significa aprender a disciplina de ser você mesmo.

Nessa experiência está escondido o próprio segredo da vida. Nessa experiência você é pela primeira vez um imperador; de outro modo, continua a ser um pedinte na multidão. Há dois tipos de pedintes: os pedintes pobres e os pedintes ricos, mas todos são pedintes. Mesmo os vossos reis e rainhas são pedintes.

Somente essas pessoas, muito poucas pessoas que permaneceram sós no seu ser, na sua claridade, na sua luz, que encontraram a sua própria luz, que encontraram o seu próprio florescimento, que encontraram o seu próprio espaço a que podem chamar lar, o seu lar eterno - essas poucas pessoas são os imperadores. Todo este universo é o seu império. Eles não precisam de o conquistar, já está conquistado.

Por se conhecer a si mesmo, você conquistou-o.


OSHO



Fonte: do livro "Amor, Liberdade e Solidão"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/precip%C3%ADcio-nuvens-nevoeiro-homem-1840442/

domingo, 10 de janeiro de 2021

ENCONTRO REDENTOR


Todo relacionamento de nossa vida, toda vez que nos voltamos na direção de outra pessoa, constitui-se em um cada vez mais profundo encontro com o outro, à imagem do qual somos feitos. Sempre que nos permitimos vivenciar isso, o que fazemos quando meditamos e quando amamos, descobrimos que nosso medo só pode ser definitivamente banido através do próprio encontro, e que quanto mais profundo for o encontro, a cada vez, tanto menor será o medo que sobrevive a ele... Até que tenhamos a coragem de encarar e encontrar o outro não nos teremos encontrado ainda. Até lá, seremos sempre outro para nós mesmos. É este o estado do egoísmo, o de sermos um estrangeiro para nós mesmos. Nesse estado, todos os demais estão em oposição a nós mesmos, opostos a nós. Vivenciamos a tristeza, a desconfiança e a violência. O primeiro passo para sair desse inferno é o de termos a coragem de nos encontrarmos conosco mesmos. Nenhum de nós conseguiria fazer isso através de nossos próprios recursos interiores. Não fosse pela intercessão do amor de Deus, estaríamos para sempre não redimidos. O destino que nos conduziu à meditação e ao entendimento das relações de amor, que são a encarnação de nosso encontro com Deus, é o sinal de seu amor redentor em nossas vidas.

Ao meditarmos, aprendemos a deixar para trás todas as imagens que fazemos de nós mesmos, pois essas imagens são estranhas ao nosso verdadeiro ser. São como rótulos imprecisos. Essa nossa autoanálise que rotula, que pensa ser tão esperta, nos separa do conhecimento do verdadeiro ser e do redentor encontro com a realidade. Nos aprisionamos na consciência do si mesmo. Só precisamos compreender que fomos libertados e que a perfeita liberdade se alcança nas profundezas de nosso espírito, na liberdade do Cristo, a liberdade de seu amor puro. Se apenas pudermos aprender a sermos simples, a aceitar o presente que foi livremente doado e a sermos fiéis a esse dom, poderemos nos voltar para essa realidade...


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: "Encontro com o Outro" - Leitura de 29/06/2008
Light Within: The inner Path of Meditation (New York: Crossroad, 1989) pp. 65-67.
Tradução de Roldano Giuntoli
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - www.wccm.com.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/fantasia-elf-crian%C3%A7a-menina-3601952/

VIDA DE SUCESSO


Quando a qualidade da nossa conversa é elevada isso cria uma atmosfera poderosa que se espalha ao redor.

Paz profunda cria sentimentos bons e amorosos por todos.

Quando estamos em paz somos capazes de experimentar as qualidades profundas internamente.

Este é o objetivo da meditação.

Treinar nossas mentes para sermos pacíficos e guiar nossa percepção para ficarmos em silêncio.

Então, com o uso do intelecto, conseguimos tomar poder do Divino.

Isso nos dará a experiência de uma vida de sucesso.


Dadi Janki



Fonte: Brahma Kumaris
https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APROVEITAR BEM O TEMPO NA TERRA


O discípulo sabe que, tendo vindo à Terra por muito pouco tempo, não vale a pena desperdiçar as suas forças em busca de honrarias, de títulos e de posses, que terá de abandonar ao deixá-la.

Trata, pois, de se concentrar nas riquezas eternas, indestrutíveis, que faz frutificar até à sua partida do plano físico.

Adquire assim tesouros tão grandes nos seus corpos sutis, que vai diretamente para as regiões luminosas onde captou as partículas desses corpos.

É uma lei: se atrairdes para vós numerosos materiais celestes, um dia sereis obrigados a ir para a região de onde eles vieram.

Por causa da lei da afinidade, sereis introduzidos por esses próprios materiais nas regiões sutis e nelas passareis uma alegre eternidade a descobrir os esplendores do Universo.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

IRRADIANDO ENERGIA


O tempo todo estamos irradiando energia.

E o mundo ao nosso redor é um reflexo das nossas atitudes, humores e sentimentos.

Todos nós observamos como as ondas são criadas quando uma pedra é jogada em um lago.

Similarmente, todos nós espalhamos vibrações e energia sutil através dos pensamentos, influenciando - dessa forma - o ambiente ao nosso redor.

Qualquer evento, seja positivo ou negativo, é resultado dessa troca de energia entre as pessoas e o efeito onda.

O que vai, volta.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O MOMENTO É AGORA !


Cada criatura arca com as próprias criações, que são o resultado de suas ações e acompanharão o ser encarnado por toda sua existência corpórea e além. Se são desventuras, é porque no pretérito suas condutas não estavam em consonância com as leis do amor; se são venturas, é porque o ser esmerou-se em ações voltadas para o bem. Não há motivo para recriminar este ou aquele que enfrenta agruras hoje, isso seria julgamento; além de que todos os seres encarnados passam por dificuldades e se veem diante de difíceis obstáculos ao longo da jornada terrestre. Portanto não cabe julgar as pessoas em superiores ou inferiores, mas sim auxiliar o necessitado (de amor, de compreensão, de saúde, de fé, de amparo material e/ou emocional) ou aquele que ainda vacila no caminho pedregoso da vida, sem pedir contas ou recompensas. E é imperioso cuidar do que se faz hoje, para antever o que estará criando para seu futuro. Mesmo que a sua situação seja adversa, permaneça na estrada do bem, da retidão, da honestidade, da tolerância e da caridade. Aceite, receba as dificuldades com o coração, e elas serão solucionadas. Com essa postura, você estará atraindo o concurso dos mentores que poderão atuar em seu auxílio e também poderá guardar a certeza de que o porvir será jubiloso, pois que é resultado do que você faz hoje e de como faz.


Danielle Arantes Giannini (DAG)


Fonte: https://espiritismocotidiano.wordpress.com/author/daguelle/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O DISCÍPULO E O DESEJO DE SER APRECIADO


Quando o discípulo abraça sinceramente a vida espiritual, pouco lhe importa que o seu trabalho seja ou não conhecido, ele não pretende que se saiba o que faz, nem desempenhar uma missão. Apenas o seu trabalho é importante para si, importante não no mundo humano, mas no mundo da luz. Muitos dos que não põem o trabalho em primeiro lugar querem imediatamente que os considerem pelo que fazem. Querem ser úteis para serem glorificados. Há nisso, pois, um interesse pessoal. Evidentemente, é difícil vencer completamente o desejo de ser apreciado. Contudo, é no momento em que a glória já não lhe interessa e em que está mergulhado nesse trabalho maravilhoso, sem pensar em mais nada, que o discípulo começa a ser apreciado pelo Céu e este lhe permite tomar parte nos conselhos do Alto. Aquele que chega a este ponto nada mais tem a desejar.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

MENTE LIVRE


Uma mente livre é uma mente sem limites, aberta a tudo.

É uma mente que não se apega a nada e, por isso, é descontraída com tudo.

Uma mente se fecha quando fica presa a algo, ela é bloqueada por medos ou preocupações.

Uma pessoa com uma mente ocupada, fechada e apegada ficará perturbada, flutuará, perderá a sua estabilidade emocional e será facilmente ofendida.

Isso não acontece com uma pessoa com uma mente livre, aberta e relaxada porque ela nunca perde de vista o verdadeiro significado de quem ela é.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

ESCUTA A CANÇÃO DA VIDA


Procura-a e escuta-a primeiro em teu próprio coração. A princípio talvez digas: "não consigo encontrá-la; ao procurar, encontro apenas discórdia". Procura mais fundo. Se ficares de novo desapontado, detém-te e busca mais fundo ainda. Existe uma melodia natural, uma fonte oculta em todo o coração humano. Pode escutar oculta e completamente escondida e silenciada - mas lá está. Na própria base da tua natureza encontrarás fé, esperança e amor. Aquele que escolhe o mal se recusa a olhar para dentro de si, fecha os ouvidos à melodia do seu coração, assim como tapa os olhos para a luz da sua alma. Ele procede assim porque acha mais fácil viver nos desejos. Porém, sob toda vida existe uma forte corrente que não pode ser detida; as grandes águas na realidade ali estão. Encontra-as e perceberás que ninguém, nem a mais maldosa das criaturas, deixa de ser parte dela, por maior que seja a sua cegueira em relação a esse fato, e mesmo que tenha construído para si uma horripilante máscara externa. É neste sentido que eu te digo: todos os seres entre os quais tu lutas são fragmentos do Divino. Tão enganadora é a ilusão em que vives, que é difícil que prevejas onde pela primeira vez detectarás a doce voz no coração dos outros. Sabe, porém, que ela está certamente dentro de ti. Procura-a em ti e, uma vez que a tenhas ouvido, mais prontamente a reconhecerás ao redor de ti.


Mabel Collins



Fonte: Luz no Caminho, Ed. Teosófica, Brasília-DF, 6ª ed. - www.editorateosofica.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ASPECTOS DO AMOR


Podemos aprender a enxergar a realidade. Apenas enxergá-la e viver com ela já tem efeito de cura. Nos conduz a uma nova espécie de espontaneidade, como a de uma criança que aprecia o frescor da vida, o caráter direto da experiência... Trata-se da espontaneidade dos verdadeiros princípios morais, de se fazer a coisa certa naturalmente, não vivendo a própria vida de acordo com livros de regras, mas vivendo-a por meio do único princípio moral, o princípio moral do amor. A experiência de amor ao ser, nos confere uma capacidade renovada de viver a própria vida com menos esforço. Diminui a luta pela vida, que se torna menos competitiva, menos aquisitiva, na medida em que abre para nós aquilo que todos nós alguma vez vislumbramos de alguma maneira através do amor, de que nossa natureza essencial é repleta de alegria. Lá no fundo, somos seres alegres. Se pudermos aprender a saborear os dons da vida e a enxergar o que a vida realmente é, estaremos melhor equipados para aceitar as atribulações e o sofrimento dela. Isso é o que aprendemos suavemente, paulatinamente, no dia-a-dia, à medida que meditamos.

A meditação nos leva a entender a maravilha daquilo que é comum. Tornamo-nos menos dependentes da busca por tipos extraordinários de estímulo, de excitação, de divertimento ou de distração. Começamos a perceber, nas próprias coisas comuns da vida cotidiana, que essa radiação de fundo do amor, o onipresente poder de Deus, está em toda parte, a todo momento.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Leitura de Domingo, 13 Setembro 2020, extraído de “Part Five”, ASPECTS OF LOVE (London: Arthur James, 1997), pp. 54-55.
Via Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

PAISAGEM MENTAL

Inscrevem-se em todas as mentes, pensamentos, palavras e atos.

As paisagens mentais de cada ser humano resultam das suas reflexões, assim como dos seus interesses. Tudo aquilo que o atrai, impregna a mente, passando a fazer parte do seu patrimônio, que será utilizado oportunamente, quando as circunstâncias assim o impuserem.

A vida mental é, pois, o somatório das construções psíquicas que permanecem dando lugar às realizações e atividades do ser no seu processo de evolução. Em consequência, cada ser reside no local psíquico onde deposita as suas ideias.

São elas o natural resultado dos hábitos mantidos durante a vilegiatura orgânica.*

Todo pensamento que passa pelos registros mentais deixa traços de alto significado que, pela sucessão da ocorrência, transforma-se em cultivo para a reprodução oportuna, pelo automatismo dos equipamentos eletrônicos que constituem os chips de registro de tudo que ocorre. Portanto, tal vida conforme os ajustamentos mentais.

Jesus afirmou com muita beleza: Onde estiver o vosso tesouro aí estará também o vosso coração. (Mateus, 6:21) Equivale dizer: onde estiverem as tuas ideias, estará a tua realidade, o ser que és.

O seu Evangelho, em sua proposta de terapia preventiva aos males da existência física, oferece a ensementação** operosa, gentil e produtora de frutos nutrientes.

Em todos os momentos suas páginas registam as ocorrências edificantes: mesmo quando os primeiros registos apresentem algo de mau, a sua diretriz demonstrará o resultado equivalente aos seus conteúdos.

Não estranhes, pois, o pessimismo, o pânico e a insegurança quando fores defrontado com os testes do movimento da existência humana planificada para vivência da plenitude naqueles indivíduos de mente desabituada a reflexões positivas e a fixações primorosas, que serão as primeiras reações à manifestações do dia a dia.

Expulse-se da mente o hábito do mau julgamento, em particular quando chamam a atenção às más qualidades. Há razões que escapam ao observador apressado que tomam cada pessoa específica ou especial.

Compreendamos que existe em todos os seres humanos a outra face, isto é, o outro lado, talvez, sombrio, como num espelho.

A realidade é que ninguém se sente feliz por inspirar antipatia ou desagrado. E, se por acaso demonstra que sim, está oculto um conflito perverso que desarticula o seu possuidor.

Elege os melhores pensamentos, mesmo quando a situação for extremamente perigosa e negativa.

Vive-se num Universo de leis inalteráveis que funcionam por automatismos inflexíveis.

Se pensas bem, num momento mau, tornas o clima mental menos denso, portanto, favorável a um resultado inesperado.

Esforça-te por ser gentil com todos, pois que a gentileza, como afirma o brocardo popular, gera gentileza.

Conserva a ideia da vitória em circunstâncias aziagas***, porque, mesmo quando o resultado não é positivo, o aprendizado é de alto coturno.****

O pântano ignora a podridão que exala.

O matagal não sabe os prejuízos que produz...

A peste ignora as vidas que arrebata.

Desse modo, drena as águas paradas e dá-lhes movimento, capina a erva má e retira a mata que agasalha ofídios e aracnídeos perigosos e transforma o terreno em formoso jardim.

Precata-te da pestilência e a saúde triunfará em teu organismo.

A vida é um convite intérmino à ação edificante.

Cuida do teu jardim mental.

As boas conversações são os maravilhosos instrumentos da edificação do Bem.

As palavras carregam as vibrações do tônus que as envolvem. Nem sempre é o som do verbo, mas a emissão do seu conteúdo moral que tem significado.

Como não podes viver sem pensar, habitua-te a reflexionar nas belezas da vida: o desabrochar de uma flor, o gotejar da água, o leve perfume da brisa que beija o roseiral, as coisas simples da Natureza...

As questões complexas exigem mentes que sabem elaborar esquemas e equacionar enigmas.

Sê simples e acaricia tudo que é delicado e desconsiderado.

Sorri ante um amanhecer irizado da luz do Sul ou o poente em fogo do entardecer.

Olha a vegetação numa greta de pedra onde caiu um pólen, manifestando o poder da vida.

Detém-te e examina um grão de areia que reflete a luz, um pirilampo que brilha no escuro, e descobrirás a maravilha da vida em mil manifestações surpreendentes que fascinam.

Pensa em Deus, analisando a Sua obra e deslumbrando-te com um colibri no ar ou uma borboleta leve e também flutuante, bailando ao vento brando, ou uma laboriosa abelha, produzindo mel e fecundando a Natureza sem o saber.

Considera que a tua mente é um jardim portador de belezas inimagináveis. Seleciona o que nele irás plantar, com a certeza, porém, de que colherás conforme a semente que lhe entregares aos cuidados.

Jesus foi peremptório, afirmando que: (...) A cada um segundo as suas obras. (Mateus, 16:27)

Normalmente o momento da desencarnação libera a memória que evoca toda a existência, especialmente aquilo que mais se fixou na mente através da repetição.

Essas fixações são os pensamentos comezinhos, constantes, viciosos.

Desse modo, vive de maneira que, ao desencarnar, a tua memória te abençoe com o jardim de pensamentos elevados, a fim de poderes seguir feliz desde esse momento.


* Temporada; aqui, no caso, é o tempo de vida encarnada.
** Semeadura
*** Má sorte
**** Importante




Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis


Fonte: Mansão do Caminho - http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=644.
Via Centro Espírita Caminhos da Luz - http://www.caminhosluz.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 12 de setembro de 2020

A MAÇONARIA E A ESTÁTUA DA LIBERDADE



A vitória do Movimento Revolucionário de 1776, que deu origem à República dos Estados Unidos da América, foi também uma vitória da Maçonaria, pois os ideais maçônicos de Liberdade e Igualdade foram os alicerces para a construção do novo país.

A recém-nascida nação foi uma espécie de laboratório para a construção da primeira sociedade democrática do mundo, onde se organizou um governo que “em certo sentido, nascia de baixo para cima”.

Dois maçons notáveis contribuíram para declaração de Independência dos Estados Unidos da América: George Washington e Benjamin Franklin.

Benjamin Franklin ao lado de Thomas Jefferson atuou como um dos principais articuladores do ideário republicano, alicerçado no “pensamento Iluminista de Locke, Hobbes, Rousseau e Montesquieu e sorvido pelo próprio Benjamin Franklin nas Lojas e na literatura maçônica que conheceu”.

A declaração de Independência dos Estados Unidos, elaborada por Thomas Jefferson, é o melhor exemplo do pensamento Iluminista de Locke, Hobbes e Montesquieu tornado práxis na edificação da nova sociedade. Este importante documento exalta os valores eternos de Liberdade e Igualdade, que são fins supremos da Maçonaria. A Estátua da Liberdade que é uma síntese desses ideais foi construída por um maçom e inaugurada numa cerimônia maçônica.

O historiador e maçom francês Edouard de Laboulaye foi quem primeiro propôs a ideia do presente, e o povo francês arrecadou os fundos para que, em 1875, a equipe do escultor Bartholdi começasse a trabalhar na estátua colossal.

O construtor da estátua da liberdade foi o maçom Frederic-Auguste Bartholdi. Retornando à França, com a ajuda de uma campanha de nível nacional feita pela maçonaria, encabeçada por Edoard, levantou a quantia de 3.500.000 francos franceses, uma quantia muito grande para a época (1870).

O projeto sofreu várias demoras porque naquela época não era politicamente conveniente que, na França imperial, se comemorassem as virtudes da ascendente república norte-americana. Não obstante, com a queda do Imperador Napoleão III, em 1871, revitalizou-se a ideia de um presente aos Estados Unidos.

Em julho daquele ano, Bartholdi fez uma viagem aos Estados Unidos e encontrou o que ele julgava ser o local ideal para a futura estátua. Uma ilhota na baía de Nova Iorque, posteriormente chamada Ilha da Liberdade (batizada oficialmente como ilha Liberty em 1956). Cheio de entusiasmo, Bartholdi levou avante seus planos para uma imponente estátua. Para o rosto da estátua, escolheu o rosto da sua própria mãe.

Tornou-se patente que ele incorporara símbolos da Maçonaria em seu projeto - a tocha, o livro em sua mão esquerda, e o diadema de sete espigões em torno da cabeça, como também a tão evidente inspiração ligada à deusa Sophia, que compõem o monumento como um todo. Isto, talvez, não era uma grande surpresa, visto ele ser maçom.

Segundo os iluministas, por meio desta foi dado "sabedoria" nos ideais da Revolução Francesa. O presente monumental foi, portanto, uma lembrança do apoio intelectual dado pelos americanos aos franceses em sua revolução, em 1789.

Um primeiro modelo da estátua, em escala menor, foi construído em 1870. Esta primeira estátua está agora no Jardin du Luxembourg, em Paris. Um segundo modelo, também em escala menor, encontra-se no nordeste do Brasil, em Maceió. Este modelo, feito pelo mesmo escultor e pela mesma fundição da estátua original, está em frente à primeira prefeitura da cidade, construída em 1869, onde hoje é o Museu da Imagem e Som de Alagoas.

A estrutura em que a estátua se apóia foi construída pelo Maçom Gustave Eiffel, o famoso construtor da Torre Eiffel. O pedestal sobre o qual se apoiaria a estátua seria construído e financiado pelos americanos.

Essa estátua foi feita de chapas de cobre batido a mão, que foram então unidas sobre uma estrutura de suportes de aço, projetada por Eiffel, com 57 metros de altura, completa, pesando quase 225 toneladas. São 167 degraus de entrada até o topo do pedestal. Depois são mais 168 degraus até a cabeça. Por fim, outros 54 degraus levam à tocha.

A coloração verde-azul é causada por reações químicas, o que produziu sais de cobre e criou a atual tonalidade. Registros históricos não fazem qualquer menção da fonte de fios de cobre usados na Estátua da Liberdade, mas se suspeita que sejam provenientes da Noruega.

Foi desmontada e enviada para Nova York, onde então foi montada em um pedestal projetado pelo arquiteto americano e maçom Richard Morris Hunt.

A onda de perseguições na Rússia, aos judeus, que resultaram em uma migração em massa para os Estados Unidos, afetou a vida e as ações da poetisa judia americana, Emma Lazarus, de grande renome americano. Mas o que se tornou "o ponto culminante" na vida de Emma foi seu incansável trabalho de assistência aos milhares de refugiados judeus que perseguidos chegavam famintos. Emma juntou-se ao trabalho da Maçonaria e a grupos judaicos de assistência e lançou-se em todo tipo de trabalho. Nada era duro ou difícil para ela. Chegou a usar seu próprio dinheiro para ajudar os emigrantes em sua fase de adaptação. Trabalhou incessantemente na própria Stanten Island, a famigerada ilha, por onde os emigrantes eram obrigados a passar por uma humilhante seleção, que determinava quem poderia entrar em terras americanas. As palavras e as ações de Emma Lazarus foram de extrema importância nesta época, servindo de incentivo para que muitos outros se juntassem aos esforços dos comitês de ajuda aos refugiados e com grande relevância da Maçonaria Americana. O soneto de Emma Lazarus, intitulado "The New Colossus", com o famoso verso, está inscrito no pedestal. “Venham a mim as massas exaustas, pobres e confusas ansiando por respirar liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade. Eu os guio com minha tocha”.

A estátua foi terminada na França em julho de 1884 e a chegada no porto de New York, em 17 de junho de 1885. Para preparar-se para o trânsito, a estátua foi reduzida a 350 partes individuais e embalada em 214 containers de madeira. O braço direito e a tocha, que foram terminados mais cedo, tinham sido exibidos na exposição Centennial em Filadélfia, em1876, e depois disso no quadrado de Madison, em New York City. A estátua foi remontada em seu suporte novo em um tempo de quatro meses. Para tal, o navio Bay Ridge, levou para a ilha de Bedloy, onde hoje está erguida a estátua. Cerca de 100 maçons, onde o principal arquiteto do pedestal, o maçom Richard M. Hunt, entregou as ferramentas de trabalho aos maçons construtores.

A pedra fundamental, a primeira pedra, foi então assente conforme ritualística maçônica própria para esses eventos. As peças que iriam compor a estátua chegaram ao porto de New York, em Junho de 1885; foram montadas sobre a estrutura construída por Gustave Eiffel. A estátua foi inaugurada em 28 de Outubro de 1886.

O presidente Grover Cleveland presidiu à cerimônia em 28 de outubro de 1886 e o maçom Bispo Episcopal de New York fez a invocação. O maçom Bartholdi retirou a bandeira francesa do resto da estátua. O principal orador da cerimônia foi o maçom Chaucey M. Depew, senador dos Estados Unidos.


Nelson Célio Diniz, MM
                                   
                     

Fonte: não especificada
Fontes de consulta do Autor: 
- House, Random - The Secret Zodiacs
- English history - Texto: A Maçonaria e a Estátua da Liberdade
Fonte da Gravura: do próprio texto do Autor 
                                                                                                

                                                                     
                                                                                   

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

ALMA-GRUPO - UM PRINCÍPIO INTELIGENTE


O princípio inteligente no início do seu processo evolutivo, sem a conscientização de seus propósitos, que viria muito depois, quando alcançasse a fase hominal, seria conduzido por um “princípio orientador”, um princípio inteligente grupal que atuaria na matéria permitindo um processo evolutivo através das sucessivas reencarnações; a esse princípio denominamos alma-grupo.

A organização mineral, com todos seus sistemas, seria, portanto, a consequência de um “poder” na intimidade de suas unidades atômicas, na força de coesão e atração. Cada sistema de organização mineral seria impulsionado pelo seu próprio princípio específico, pertencente a um grupo, princípio inteligente grupo da espécie ou alma-grupo.

O princípio inteligente (alma-grupo) responsável pelas diretrizes da estrutura mineral depois de milênios de experiência passaria para a fase vegetal onde ganharia os novos potenciais da “sensibilidade”.

Se nos minerais, os atributos são as forças de coesão e atração das moléculas, nos vegetais temos o impulso mais categorizado que é a sensibilidade dos vegetais (não é aquela sensibilidade que nós entendemos junto das nossas posições cerebrais, nervosas, mas sim face às forças da natureza) como o heliotropismo (ligado ao Sol), como o Ph, as posições ácidas e alcalinas da própria terra, nutrindo os vegetais. Dessa forma o espírito vai avançando para depois de bastante trabalho e experiências nesse reino, alcançar o reino animal. Porque é nas experiências que o espírito adquire a posição espiritual definitiva.

A alma-grupo vegetal, com as aquisições no cenário orgânico de seu novo mundo, ir-se-ia tornando cada vez mais complexa, dentro de seu próprio ângulo, a ponto de possuir possibilidades de dirigir a vida vegetal com a mecânica metabólica de que se acha investida. Esses fatores de “sensibilidade vegetal” já foram detectados e mesmo registrados por eletrodos especiais assestados nas folhas de algumas plantas. E o mais interessante é que o registro se fez de tal forma eficiente e positivo, de modo a traduzir estados diversos que oscilavam da alegria ao medo e mesmo ao pavor, quando mentes humanas se aproximavam das plantas com variadas ideias de amor, ódio ou violência. Quando os registros foram feitos, gritaram os pesquisadores dizendo que as plantas possuem sensibilidade. Claro está que é uma sensibilidade sem o cortejo mais enriquecido que caracteriza o reino animal. O registro realizado nas plantas, com delicados eletrodos seria o resultado da influência da alma-grupo envolvente de toda a organização vegetal pelas suas irradiações.

A alma-grupo vegetal, mais vivida e experiente, despontará, no animal, buscando novas afirmações no instinto. Como os minerais e os vegetais estariam nas dependências de um condutor e orientador, os animais possuiriam o princípio inteligente mais avançado e evoluído, como uma alma-grupo de seu reino. Existiriam inúmeras colônias vibratórias correspondendo às necessidades das espécies animais. Portanto o princípio inteligente animal responsável pelas orientações vitais pertenceria a determinada alma-grupo da espécie, de acordo com a posição evolutiva em que se encontra a espécie animal.

Do mineral ao animal, a alma-grupo sedimentaria aptidões, num processo que vai buscando os fatores de um psiquismo cada vez mais consciente. Nas espécies mais simples - os vírus, insetos, peixes - a energética-espiritual estaria muito presa aos seus afins; alma-grupo da alma-grupo-espécie influenciando todo um conjunto de seres, um único campo vibratório controlando a espécie a que se destina.

À medida que as espécies vão perdendo o contato de colônia, próprio das formas mais simples, vão adquirindo relativa individualidade, “pequeno Eu”, mas que ainda não podem viver completamente fora dessa colônia que lhe deu origem e de onde se nutrem. Num determinado momento, quando a maturação atinge um grau bem maior, tornando-se independentes, esta fase desponta nas espécies animais que tenham possibilidades do nascimento de novos aspectos psicológicos, isto é, dos primeiros vagidos (gemidos, choros) emocionais e cujo mecanismo sexual se apresenta com outras tonalidades. Com certa lógica podemos incluir esta assertiva nos animais em que se evidenciam, na massa nervosa encefálica, as primeiras células da futura glândula pineal e que, por seus aspectos iniciais, são conhecidos e denominados de olho pineal. Isto acontece nos lacertídeos, certa variedade de répteis. A partir desses animais a alma-grupo, praticamente vai desaparecendo e dá margem ao nascimento das Individualidades. O “espírito-animal” já desligado da alma-grupo pela aquisição de seu Eu, após afastamento do corpo pela desencarnação, ainda não apresenta condições mentais para sustentar-se no lado espiritual como Individualidade, ou seja, ainda não possui condições de independência devido a insuficiência de campos emotivos específicos. Isto o impulsionará, por sintonia, para o lado da espécie a que pertence, a fim de aguardar a oportunidade de nova encarnação.

[...] E, dos lacertídeos (répteis) ao homem, milhões de milhões de experiências se darão até que o Espírito tenha condições, por aquisições, de expressar-se como Eu que começou a libertar-se da alma-grupo daquela fase animal.


Conselho Doutrinário



Fonte: Casas André Luiz - Centro Espírita Nosso Lar - www.nossolar.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal



Bibliografia:
- Impulsos Criativos da Evolução - Dr. Jorge Andréa

PONTO DE CRESCIMENTO


Deus é o alento da vida. Deus é presença, e Ele está profundamente presente dentro de nosso ser, em nossos corações. Só ao perseverarmos descobrimos que cada um de nós se regenera no poder de Seu Espírito, cada um de nós se renova, se recria, de modo a nos tornarmos uma nova criação. “Derramei meu Espírito,” disse ao profeta Ezequiel. E o Espírito é a presença do poder, o poder do amor. A meditação nos ensina que esta é a sabedoria fundamental, na qual podemos construir a vida e a verdadeira religião. O que descobrimos é que só podemos viver nossas vidas completamente se estivermos sempre abertos a essa misteriosa presença do Espírito, e sempre abertos à presença, mais profundamente. Esta é a peregrinação a que nos dedicamos toda vez que nos sentamos para meditar. Abrimos nossas mentes, nossos corações e nossas consciências mais permanentemente à mais elevada realidade que existe, que existe agora, que existe aqui.

Qual é o fundamento do mistério cristão? Seguramente, é o fato de que o além está em nosso próprio meio, de que a realidade absoluta está aqui e agora. A fé cristã ensina que ao nos abrirmos para o mistério desta realidade, somos levados para fora de nós mesmos, para além de nós mesmos, para o mistério absoluto que é Deus. Deus é como transcendemos o eu. Transcendemos todas as limitações, através da simples abertura para o Todo, que é agora.

O grande despertar para o mistério é o reino dos céus, e o reino dos céus é agora. É estabelecido por Jesus e proclamado por suas próprias palavras: “...é chegado o Reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” Arrepender-se significa simplesmente, voltar-se na direção de Deus. Arrepender-se é se voltar, não tanto para fora de nós mesmos (pois isso ainda nos mantém atados a nosso próprio centro), mas para além de nós mesmos. Isso não significa nos rejeitarmos a nós mesmos, mas encontrarmos nosso maravilhoso potencial ao entrarmos em completa harmonia com Deus. Essa consciência do potencial é o fundamento positivo do cristianismo e, portanto, a principal preocupação para um cristão... A realidade central é Deus e amor e, no que nos diz respeito, crescimento no amor de Deus. Crescimento que consiste tanto de nossa abertura a Seu amor por nós, quanto de nossa resposta ao devolvermos aquele amor. [...]


Dom John Main, OSB



Fonte: "Ponto de Crescimento " - Leitura de 06/07/2008 - The Heart of Creation (New York Continuum, 1998) pp. 105-107. - Tradução de Roldano Giuntoli
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

A LEI DO SACRIFÍCIO E A UNIDADE DA VIDA


[...] O homem que vive segundo a Lei do Sacrifício compreende a unidade do Ser, e reconhece apenas uma diferença no veículo em que está contido e não na vida que nele habita; por esta razão, ele colhe, em seu veículo separado, sabedoria e conhecimento somente com a finalidade de compartilhar com os outros, e para os outros; perde completamente o senso de vida separada, e torna-se parte da Vida do Mundo.

À medida que compreende isso, e sabe que o único valor do corpo é ser um canal do superior, ser um instrumento daquela vida, lenta e gradualmente ele se eleva acima de todo pensamento, exceto o pensamento de unidade, e se sente parte deste grande mundo sofredor. Então ele sente que as aflições da humanidade são as suas aflições, os pecados da humanidade são seus pecados, as fraquezas do seu irmão são suas fraquezas; assim realiza a unidade, e, através de todas as diferenças, vê o subjacente Ser Uno.

Somente desta maneira podemos viver no Eterno.

"Aqueles que veem diferenças passam de morte em morte"; assim falam os Shruti*. O homem que vê diferenças, na verdade está morrendo continuamente, pois vive na forma - que está se deteriorando a cada momento e que portanto é morte - não no Espírito, que é vida.

Exatamente, então, na proporção em que... não reconheçamos a diferença entre um e outro, mas sintamos a unidade da vida, sabendo que essa vida é comum a todos, e que ninguém tem o direito de se vangloriar de sua parte dessa vida, nem de se sentir orgulhoso de que sua parte é diferente da de outro, somente assim e nessa proporção é que viveremos a Vida Espiritual.

Essa, ao que parece, é a última palavra da Sabedoria que os Sábios nos ensinaram. Nada menos do que isso é espiritual, nada menos do que isso é sabedoria, nada menos do que isso é vida verdadeira. [...]


Dra. Annie Besant



Fonte: do livro "As Leis do Caminho Espiritual", pp. 110-12, Tradução de Maria Teresa D. Moreira e Edvaldo B. de Souza. Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - www.editorateosofica.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal


Nota:
* Shruti (do Sânscrito "aquilo que é ouvido") é um cânon de escrituras hindus. (Wikipédia)

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

RICHARD STRAUSS E A CONSCIÊNCIA DO "EU SOU"


Contrariando as teorias de Freud, muitos compositores, que a maioria chama de gênios, em suas missões neste planeta, revelaram, desde a mais tenra idade, com as suas obras sublimes, a consciência transcendental que possuíam.

Mozart, Beethoven, Saint-Saens e muitos outros deram com as suas obras, provas dessa verdade. Entre eles, porém, destaca-se a figura de Richard Strauss, porque o autor de Electra, Salomé, Till, tornou-se consciente da imortalidade da alma. O seu poema sinfônico "MORTE E TRANSFIGURAÇÃO" é uma afirmativa solene de quem sabe que SABE. Todo aquele que entrou no Caminho e ouve  essa obra espiritual em sons, pode acompanhar mentalmente o desligar do "EU" da matéria, o júbilo que sente ao se ver livre de mais uma prova árdua para a sua elevação espiritual, o de ter dado mais um passo na grande Ascensão. Richard Strauss com o seu poema sinfônico 'MORTE E TRANSFIGURAÇÃO", envia àqueles que o compreendem uma mensagem de Harmonia, Amor, Verdade e Justiça.

MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (POEMA SINFÔNICO) - opus 24

Este poema sinfônico, 3º de uma longa série, foi terminado em 1889 e estreado aos 21 de junho de 1890, em Eisenacht, sendo regido pelo próprio autor.

Inspirado num poema de Alexandre Ritter, focaliza um tema de alta espiritualidade. Está dividido em 4 partes, que são executados sem interrupção.

1ª Parte - LARGO (SONO, MOLÉSTIA, SONHO) - Num escuro e pobre quarto, um homem agoniza à débil luz de uma vela. Jaz em letargo, e,, em breve, os sonhos se apossam do enfermo. São visões do passado, recordações da infância.

2ª Parte - ALLEGRO MOLTO AGITATO (FEBRE, LUTA COM A MORTE) - Não tarda vir a morte despertar o homem da prostração em que se encontra. Principia então, a terrível luta entre o homem e a indesejável, da qual ninguém se livra. A orquestração, rica de timbres e poderosos recursos, descreve a batalha, o esforço do homem para sobreviver. Mas a morte não tem pressa. Ela sabe que, no final, a vitória será sua... Por vezes, a esperança reanima o enfermo. Logo, porém, ele sente a inutilidade da luta, e é tomado pelo pavor das trevas. Que acontecerá depois que tiver transposto os umbrais da eternidade? Os movimentos agitados, os dedos convulsos e crispados falam do seu desespero.

3ª Parte - MENO MOSSO, MA SEMPRE ALLA BREVE  (SONHOS, MEMÓRIAS DA INFÂNCIA, MORTE) - O delírio da febre provoca-lhe visões. Voltam as recordações: a infância feliz, a juventude cheia de bons propósitos, os ideais acalentados... Toda a existência vai se desenrolando ante seus olhos. Das ilusões, dos sonhos, das aspirações, que resta? A colheita foi pequena. O homem sente as mãos vazias. Fracassos, amarguras, decepções. Sente-se exausto, aniquilado. Para que continuar lutando? De manso, muito manso, principia a se formar, à distância, o tema da TRANSFIGURAÇÃO (4ª parte). Não é bem o tema. É antes, a "preparação" para o tema. Permanece como fundo, enquanto que, no 1º plano, continua a efervescência dramática, a tragédia desencadeada. A morte, entretanto, cresce sobre o agonizante. Ergue a foice macabra, descarrega-a sobre o pobre corpo que se estorce, em convulsões. O homem solta o último suspiro. E, serenamente, mergulha no desconhecido.

4ª Parte - MODERATO (TRANSFIGURAÇÃO) - Dos espaços celestiais, ressoam as harmonias da Libertação. Principia o progressivo deslumbramento que é, para o homem, a descoberta da Eternidade. Tudo vai se tornando claro. Todas as perguntas tem resposta. A morte não é um fim, e, sim, um princípio. O tema de "preparação" vai alcançando preponderância, transforma-se, há uma eclosão de melodias por toda a orquestra. E a alma nobre e sã do que muito sofreu, e lutou, e viveu sem mácula, eleva-se em triunfo. E a música admirável vai se formando como um Hino de Graças, até desabrochar em majestosa solenidade.


Alcides Sparsbrod



Fonte: Revista "O Pensamento"
Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento - CECP
http://cecpensamento.com.br/
Fonte da Gravura: Edvard Munch, “Death Bed”, 1895
https://salonedellutto.files.wordpress.com/2013/12/munch3.jpg

domingo, 6 de setembro de 2020

O INÍCIO DA ESPIRITUALIDADE É O ESPÍRITO... ÓBVIO


A frase do jesuíta francês Teilhard de Chardin, é um desafio frontal ao pensamento materialista: "Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual, somos seres espirituais passando por uma experiência humana."

Se isso é verdade - que a nossa existência essencial é como espíritos ou almas, então somos eternos, sem começo nem fim. Isto conduz a uma área totalmente inconvencional de exploração. É muito além da ideia popular de que o universo físico passou a existir (de alguma maneira) e que a vida apareceu sobre ele (de alguma maneira) e evoluiu (de alguma maneira) até as suas formas atuais. A alma parece não ter lugar no pensamento Darwiniano. E se somos almas, qual é o significado de assumir um corpo e passando pela experiência humana, especialmente considerando a possibilidade da reencarnação? Ambas as experiências têm de ser relevantes - o espiritual e o humano. Pelo menos, devemos estar abertos a buscar o significado do maior de todas as enigmas da vida - quem sou eu e o que eu estou fazendo aqui?

Ninguém jamais viu uma alma humana através dos olhos. Para provar a sua existência através de meios físicos e instrumentos se provou impossível. Muito pouca informação real tem sido disponível e muito menos provas. Lembro-me de ter lido sobre experiências no final do século 19, no qual pesquisadores nestas questões tentaram capturar a alma escapando do corpo, colocando uma garrafa de vidro sobre a testa. Eles pensaram que o espírito fosse talvez um ser gasoso que poderia ser capturado e rotulado - aqui jaz a alma do grande fulano. A única prova real só pode haver no laboratório das nossas vidas.

Se a frase acima de Chardin é verdade, então, a nossa identidade mais profunda é como um espírito. Automaticamente, este ‘fato’, (se é) se torna o começo, meio e fim do empenho espiritual. ‘Fim’, porque o que chamamos de morte seria apenas a energia espiritual e consciente, saindo dos limites de seu veículo físico, o corpo. Conhecendo-nos profundamente torna-se também, a porta para relacionamentos significativos com os outros, o Divino e, portanto, a uma vida de maior liberdade. No entanto, é um conceito tão básico e fundamental que muitas vezes esquecemos de prefaciar o que fazemos com essa consciência. Poderíamos até dizer que tudo o que acontece no mundo que se forma em torno de cada um de nós, é um reflexo específico da medida em que entendemos e aceitamos a nós mesmos. Aqueles que chegam a este entendimento tem a chance de mergulhar profundamente naquilo que se move e forma a realidade. Eles se movem alguns passos a mais na escada do autoprogresso.


Ken O'Donnell



Fonte: Espiritualidade na Vida
http://espiritualidadenavida.blogspot.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A PLENITUDE DO SER


Cada um de nós está convidado a um desenvolvimento ilimitado, infinito, na medida em que deixamos a limitação de nosso próprio ego para trás, e adentramos o mistério de Deus. [...] O espírito, ao qual estamos convidados a descobrir em nosso próprio coração, é a fonte de energia que enriquece todos os aspectos de nossa vida. E o espírito é o Espírito de Amor. O chamado não é o de estarmos parcialmente vivos, o que significa estarmos parcialmente mortos, mas o de estarmos vivos em plenitude, vivos, ... se apenas nos for possível adotar a disciplina de nos encaminharmos a isso, dia após dia. [...] Desde o início precisamos de um destemor, à medida que deixamos o eu para trás e começamos a encontrar o outro. Precisamos estar isentos de medo. O espírito em nosso coração, o espírito para o qual nos abrimos na meditação, é o espírito da compaixão, da gentileza, do perdão, da total aceitação, o espírito de amor.


Dom John Main, OSB


Fonte: Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Leitura de Domingo, 06 Setembro 2020 - Extraído de “Fullness of Being” in THE HUNGER FOR DEPTH AND MEANING, editado por Peter Ng (Cingapura: Medio Media, 2007), pp. 26-28.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal