Para compreendermos as origens da religião devemos tentar visualizar tão exatamente quanto possível as condições sob as quais o homem vivia, no alvorecer da civilização. Claramente ele vivia num ambiente físico variável e essencialmente hostil e possuía uma preparação tecnológica extremamente inadequada para defender-se desse ambiente. Sua mentalidade estava ainda opressivamente dominada por características definidamente animais, embora os valores da vida - o desejo do sucesso, da felicidade e vida longa - já estivessem naturalmente presentes. Seus métodos de produção de alimentos eram da mais simples espécie - apanhar insetos e frutos e o tipo mais elementar de caça e pesca. Ele não tinha morada fixa, vivendo em cavernas e abrigos naturais. Não pode ter existido nenhum tipo de segurança econômica, e não podemos estar muito errados ao assumir que, onde não existe segurança econômica tende a se desenvolver a insegurança emocional e seus correlativos, o sentimento de impotência e de insignificância. (1)
Uma pesquisa da história religiosa revela que o advento da religião
racional é a consequência de uma consciência do mundo. As fases
posteriores do tipo comunal de religião dos antepassados são dominadas
pela reação consciente da natureza humana à organização social na qual
se encontra. Tal reação é em parte emoção vestida com as roupagens da
crença e do ritual, e em parte razão justificando a prática pelo teste
da preservação social. A religião racional é a reação mais ampla dos
homens em relação ao universo em que se encontram. (2)
(1) Paul Radin
(2) Alfred North Whitehead
Fonte: dos ensinos Rosacruzes (Ordem Rosacruz, AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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