quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

BÊNÇÃOS PARA NÓS E PARA O MUNDO


Recentemente, falei sobre um experimento no qual cinco macacos foram colocados em uma jaula que tinha uma banana pendurada no meio do teto e uma escada que subia até ela. De início, os macacos tentaram, um por um, subir a escada para pegar a banana. Mas cada vez que um deles começava a subir, o pesquisador jogava um forte jato de água fria nele e nos outros quatro macacos.

Logo, os macacos aprenderam que se um deles subisse a escada, todos sofriam, e assim todos desistiram de subir definitivamente.

Nesse ponto, o pesquisador substituiu um dos macacos por um “novo macaco”, que não tinha tido a experiência da água. É lógico que assim que ele viu a banana pendurada no teto, correu para subir a escada. Antes que o pesquisador fosse capaz de jogar a água, os outros quatro macacos correram para aquele macaco e o puxaram para o chão. 

A mesma coisa aconteceu quando eles substituíram outro dos macacos originais por um novo, até que eventualmente todos os macacos na jaula eram “novos”. Embora nenhum deles tivesse tido a experiência do jato de água fria, sempre que um novo macaco entrava na jaula e tentava subir a escada, os outros lhe batiam e jogavam no chão sem sequer saber a razão. Até onde sabiam, eles não subiam a escada porque assim era feito.

Por que estou compartilhando esse experimento com vocês? Bem, porque basicamente é uma ilustração poderosa do pensamento de que todos nós podemos cair no percurso de nosso trabalho espiritual. Por exemplo, no início, quando nos aproximamos da espiritualidade, dizemos: “Uau, isso é incrível!”. Empolgados e inspirados, aprendemos, fazemos perguntas e saímos contando aos nossos amigos e familiares sobre nosso novo entendimento. No começo, sentimos essa energia revigorante.

No entanto, depois que passa algum tempo, perdemos um pouco desse desejo. Não procuramos mais as bananas. E por não enxergarmos o cenário completo, aceitamos cegamente o que está à nossa frente e paramos de buscar. Apenas aceitamos que não precisamos correr atrás das bananas. Fazemos as coisas porque “é assim que são feitas” ou apenas seguimos o fluxo. 

Infelizmente ou felizmente, precisamos entender que se realmente queremos algo nesse mundo, primeiro temos que ter desejo por aquilo. Se quisermos estar bem, largar algum vício, mudar alguma coisa em nossa vida, seja grande ou pequena, temos que desejar realmente aquilo. Tudo começa com um desejo.

Vocês sabem que dentro de nós existem duas forças. Existe aquela Luzinha dentro de nós que cutuca e diz: “Não faça isso”, “ajude seu amigo” ou “saia da sua zona de conforto para fazer aquela ligação”. E também existe aquela outra voz, mais alta, o Desejo de Receber Somente para Si Mesmo, que diz: “É só uma vez. Não vai fazer mal. Pegue mais um pouco. Engane seu sócio, ele nem vai saber. Quem vai ver você fazendo isso?” A questão é: que lado estamos escutando? 

É sempre uma oportunidade perfeita nos perguntarmos: Do que isso se trata? Dos poucos momentos de prazer ou vencer esse prazer? Qual é nossa tarefa neste mundo? Estamos fazendo as coisas que trarão Luz para nós e para os outros? Estamos correndo atrás das bananas ou estamos nos resignando a escutar aquela voz forte em nossa mente que diz: “Não é importante”? 

Cada um de nós tem uma pequena Luz que brilhará durante 20, 30, 50 ou quantos forem os anos. Que todos nós possamos desenvolver um verdadeiro desejo que resulte em bênçãos para cada um de nós e para o mundo.



Karen Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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