"A descoberta do Caminho" é certamente o desabrochar da flor da Alma." (Rohit Mehta)
No Bhagavad Gita há uma declaração que diz:
"Como quer que os homens se aproximem de Mim, Eu lhes dou as Boas Vindas, porque qualquer caminho que eles escolham é Meu caminho".
Este enunciado sugere que existem inumeráveis caminhos para a Realidade, e assim, o que importa de onde partimos? Examinando superficialmente esta sentença parece que a descoberta de um exato ponto de partida não é, afinal, bastante essencial.
Como que contradizendo isto, há um enunciado num dos Upanishads que diz: "Não há nenhum outro Caminho para seguir", significando com isto, claramente, que só existe um Caminho para a Realidade.
Como se podem reconciliar estes dois enunciados? Há muitos caminhos para a Realidade, ou há apenas um? Por muito estranho que pareça, ambos estes enunciados estão absolutamente certos. Não há dúvida de que há tantos caminhos quantos são os indivíduos, porém cada um pode tomar somente o caminho que ele próprio descobriu. Assim, não há outro caminho para seguir, a não ser o que é descoberto pelo indivíduo.
Mas, desde que a descoberta tem que ser individual e não coletiva, haverá tantas descobertas quantos forem os indivíduos. E assim o ponto de partida da jornada espiritual diferirá de indivíduo para indivíduo, e contudo cada ponto de partida terá sua fonte de emanação somente naquilo que o indivíduo descobriu. Não há, com efeito, outro caminho para seguir, a não ser o caminho que cada um descobriu por si.
Rohit Mehta
Fonte: do livro "Procura o Caminho"
Serviço de Divulgação do Livro Teosófico, São Paulo, 1962
Traduzido por Teosofistas de São Paulo do “Serviço de Divulgação do Livro Teosófico”
e comparado com a edição de Vasanta Press, Adyar, Madras 20 1955, 1957
Fonte da Gravura: Tumblr.com
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