segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PRECONCEITOS NAS ARREPIANTES “TENTAÇÕEZINHAS”

O genial Albert Einstein sentenciava que “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. O consolidador do Espiritismo, Leon Denis, assegurava que “a ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito”. Dia desses um confrade confessou-me “não tenho preconceito nem social, nem político, nem religioso, porém por mais que eu tolere e conviva com gays, por exemplo, fico com uma “pulga atrás da orelha”. Sabe aquele “tentaçãozinha’ incômoda e sinistra ao observar alguém que não se enquadra com o que você acredita? Mas tenho consciência que o mundo foi feito para todos.” (sic)

É impressionante que, em pleno século 21, nos encontremos com pessoas “sem noção” que ainda alimentam seus preconceitos nas pastagens das discriminações e racismos. Recentemente o “Jornal Nacional” lançou uma nova forma de comunicação, arriscando tanger pela informalidade, nesse novo formato a jornalista Maria Júlia Coutinho tem se destacado. Porém, há ainda descerebrados que bancam comentários racistas, em pleno século XXI, de absoluto preconceito contra a jornalista, apenas por ela ser negra. 

Preconceito nada mais é do que uma ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento lógico. Caracteriza-se como um juízo preconcebido, geralmente manifestado na forma de atitude discriminatória perante pessoas, lugares, tradições, crenças; resumindo, é um julgamento prévio completamente irracional. Sob tais sentimentos golpeamos o próximo sem avaliarmos a dimensão do estrago psicológico.

Discorrendo sobre o abominável preconceito, divulgou-se muito sobre a tal “uniformização de babás” no Estado de São Paulo. Preconceito é preconceito em qualquer lugar, seja em casa, na escola, na rua, no local de trabalho, etc. No ambiente de trabalho, pode causar sérios problemas entre os trabalhadores. Em face dessa discussão, indagamos, seria a exigência do uniforme branco para as babás no dia a dia do trabalho válida, como ocorre em inúmeras profissões, ou poderia se transformar em instrumento de segregação? 

A recente decisão do Ministério Público de abrir um inquérito contra o Clube Pinheiros para apurar a exigência de que babás usem roupa branca para entrar no local foi elogiada pela OIT (Organização Mundial do Trabalho). Segundo Amelita King Dejardin, especialista da OIT, em trabalhadores doméstico o uniforme deixa claro que babá é serviçal, dá status para a patroa no palco social. Muitos patrões exigem desfilar com suas babás com uniformes brancos “apresentáveis”, como forma de deixar claro que as babás não são parentes ou amigas da família. Não é apenas um uniforme. Em casos assim, é um uniforme usado para identificar uma classe social diferente, usado para marcar uma identidade social. Assim, ações como essas (do Ministério Público) ajudam a trazer à tona um problema velado. 

Obviamente, profissionais como militares, médicos e pilotos, por exemplo, usam uniforme e até se orgulham disso. Mas é preciso levar em conta que o problema do uniforme do trabalhador doméstico seja no clube, no shopping, nos hipermercados e até nas praias, por exemplo, é preconceituoso, pois essa pessoa é vista como à de uma classe mais baixa (inferior). Isso viola, sem sombra de dúvida, os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana. A regra é discriminatória.

A formação do preconceito é fundamentada em alguns componentes: crenças, valores, sentimentos e tendências comportamentais. O ponto de partida costuma ser o estereótipo, segundo a psicologia social, ou seja, uma ideia, conceito ou modelo que se estabelece como padrão. É cultivado quando uma imagem de determinadas pessoas, coisas ou situações são preconcebidas, definindo e limitando pessoas ou grupos de pessoas na sociedade.

As nossas compreensões pueris, na maioria das vezes derivadas da tradição e dos costumes, teceram “ideologias” e estigmatizaram “povos”. As crenças, valores e opiniões são transmitidas sem exame e sem crítica. Alguns as internalizam irrefletidamente, acabando por influenciar o seu modo de agir e de considerar as coisas. O preconceito, ideia formada antecipadamente, não nos deixa observar as coisas como elas realmente as são. O Espiritismo ilumina o tema afirmando que a convivência fraterna é a porta de entrada para o mundo de regeneração. Sem aprendermos a construir uma relação pacífica com os “desiguais” e suas “diferenças”, será muito difícil regenerar nossos costumes e nossas atitudes. 

Com o princípio da reencarnação desaparecem todos os preconceitos especialmente, de sexo, de gênero, de raça e de classe social, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade de ser, de não ser, de ir e de vir. 

A beleza da vida está no fato de todos sermos iguais e desiguais, filhos de um mesmo PAI, e termos algo de novo para instruir. Compete-nos, pois, abrir o coração e a mente para harmonizar esse mundo novo de vivências altruístas e alteritárias.





Jorge Hessen






Fonte do Texto e da Gravura: do Blog "Artigos Espíritas"
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/

domingo, 25 de dezembro de 2016

AS DOZE NOITES SANTAS (2ª NOITE - 25/26 dezembro)

Nasce o Sol, atravessamos o segundo dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu irradiando da Constelação de Aquário o segundo degrau desta escada espiritual. Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.

Os anjos são representados pela figura de um ser que derrama a água, o símbolo da vida, e assim eles também são chamados de “Filhos da Vida”. Eles são os seres espirituais imediatamente superiores a nós, mantendo conosco uma relação próxima. Os encontramos logo cedo no nascimento, quando “parecemos anjos”, nosso corpo vital ainda muito latente, cheio de vida.

Na nossa infância eles são chamados de “Anjo da Guarda”. São representados em todas as culturas protegendo uma criança dos perigos, sendo o seu guia e como guia permanecem ao longo de toda a vida.

Quando estamos em dúvida em relação a que caminho seguir, “Perguntamos a nosso anjo da guarda” sobre qual decisão tomar. Na vida adulta ele se transforma em nosso Guia Espiritual, nosso verdadeiro Self. “Assim deverás ser” nos fala no íntimo, transmutando continuamente forças vitais em forças de consciência, fazendo surgir nos pensamentos as imagens orientadoras para a nossa vida.

Nesta segunda Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de Aquário os impulsos dos Anjos para que possamos enxergar e permanecer fiéis aos nossos ideais. Os nossos ideais iluminam e protegem o nosso caminho e apontam para onde devemos seguir.

Nesta noite pense no que você quer alcançar neste ano que se inicia e olhe também para o seu estado de saúde. Da região de Aquário, o Anjo que tem sido o seu Guia Espiritual através de suas sucessivas vidas, irá iluminar suas metas individuais para este ano que se inicia. Ele também vai fortalecer a qualidade pessoal para você se tornar o agente da sua própria saúde.





Texto de Rudolf Steiner e Serguei Prokoffief
Pesquisa Edna de Andrade







Fonte do Texto e da Gravura: www.noitessantas.com.br
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/

O MITO DE TÂNTALO

Vanitas vanitatum et omnia vanitas – Vaidade das vaidades, tudo é vaidade

Não é de hoje que o homem aspira a mais perfeita e elevada purificação. Como outrora, religiosos ferrenhamente devotados empreendem uma luta interior buscando alcançar o Olimpo, atingir o nirvana ou vivenciar o paraíso na Terra.

O mito grego do rei Tântalo desvela a ambição de um mortal que, não satisfeito em ser notoriamente o “predileto dos deuses”, almeja transmutar-se num “deus” propriamente, incorrendo num erro brutal.

Apontando a hýbris (desmedida) em Tântalo, na obra intitulada “O Simbolismo na Mitologia Grega”, o renomado estudioso francês Paul Diel, afirma que: “Afoito por sua conquista e esquecido de sua condição mortal e seus limites, Tântalo chega a se exaltar com tal intensidade que lhe sobrevém a tentação de querer se tornar um igual entre as divindades, puros símbolos do espírito”.

A fim de obtermos maior clareza sobre esse latente desejo humano e de sua possível perversão, descortinemos o mito legado pelo premiadíssimo tragediógrafo Ésquilo (524-456 a.C.).

A desfrutar néctar e ambrosia, Tântalo, o próspero e abençoado rei de Corinto, justo e bem quisto, torna-se o único mortal admitido à mesa dos olímpicos. A consciência dessa distintiva predileção acaba por enredá-lo numa vaidosa e desvairada grandiosidade imaginativa.

Presunçoso, no afã de confirmar seu estatuto de “igual” entre os deuses, Tântalo convida a todos do Panteão para um banquete em seu palácio e, pondo em teste a onisciência divina, lhes oferece o alimento terrestre sob sua forma mais abjeta: a carne de seu próprio filho, Pélops.

Servir essa funesta iguaria, fruto de sua obsessão doentia, simboliza a maior perversão empreendida por um mortal. Eis que os deuses são mesmo oniscientes, reconhecem a blasfêmia e, horrorizados, repudiam a ofensiva dádiva. Somente a deusa Deméter, da agricultura, perturbadíssima com o recente desaparecimento da filha Perséfone (Prosérpina ou Kore para os romanos), desatentamente ingere um pedacinho da carne.

Malsucedido, Tântalo nem se igualou aos deuses, nem os rebaixou a seu nível, pois Zeus, o soberano do Olimpo, restaurador da ordem, ressuscita Pélops reconstituindo o pedaço faltante do ombro por mármore (daí “hamartía“, a marca) e delibera sobre qual seria o pior castigo para o herege. O menino fora poupado, mas a maldição lançada aos descendentes da Casa de Atreu (cujo expoente será o ganancioso rei atrida Agamêmnon), como a “marca do pecado original” legado no mito de Adão e Eva, trazemos todos até hoje: a eterna insatisfação.

A condenação pelo veredicto dos deuses, pela “lei psíquica”, ilustra a justiça inerente a todos nós. É na perturbação oriunda do conflito interior da psyché (alma) humana que as divindades tornam-se expressões simbólicas da legalidade essencial da vida e de sua necessidade de fazer justiça.

A santidade idealizada e perseguida em ciclos míticos como o hindu, o islâmico e o cristão, por exemplo, é justa. Almejar, no entanto, a santidade absoluta, esquecendo-se da condição humana, é irrealizável. Mais ainda, uma ambição dessa magnitude constitui evidente desmedida (hýbris), caso de Tântalo.

Paul Diel, afirma que: “Justamente em razão dos gregos não terem alcançado a visão clara e mais elevada do ideal simbolicamente expresso pelo mito cristão, é que [neles] o desejo de purificação perfeita só pôde ser visto sob seu aspecto negativo; o perigo de uma superexcitação doentia da esfera espiritual”. A visão mítica dos gregos nos “adverte contra esse perigo exprimindo unicamente o medo de ver rompida a harmonia das pulsões e perder a justa medida”.

Para outras formas de re-ligação (religião), o santo, o homem simbolicamente divinizado, “ungido” pelo “deus”, venceu todos os desejos da matéria, tanto no nível das inquietações físicas quanto no nível da imaginação exaltada e, tendo-os dissolvido, ele não é mais afetado por nenhuma tentação. Como Sidarta Gautama, o Buda, transcende a tudo e a todos.

Ao que Tântalo almeja, tornar-se também um deus, o grego impõe interdito. O ideal de santidade proposto pela doutrina cristã caracteriza um passo evolutivo que transpõe os marcos da cultura pagã. O interdito é esse: a carne se fazer espírito, o homem tornar-se deus. A correção é essa: o Espírito faz-se carne, Deus faz-se homem.

Desse modo, o indivíduo que busca a verdadeira santidade dispõe de toda energia de seus desejos, subtraindo-se ao mundo em relação ao qual ele nada mais deseja e, precisamente por haver-se assim libertado das múltiplas ligações afetivas, permanece unido ao mundo graças a vínculos mais intensos: o amor (caritas), a bondade e a compaixão.





Luciene Felix
(Luciene é professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana da ESDC)






Fonte do Texto e da Gravura:  do Blog "O Ponto Dentro do Círculo"
https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2016/06/21/o-mito-de-tantalo/

A META DA VIDA ALÉM DAS ILUSÕES

É dever primordial de todos transformar cada atividade de sua vida em força e beleza. Infelizmente, o sistema educacional de hoje não consegue nutrir as qualidades de salubridade, unidade e amor, que são as características da verdadeira educação. Todos vocês devem perceber que sua vida está se derretendo rapidamente como gelo, se vocês se importam em melhorar a si mesmos ou não. Muitas pessoas sentem que a aquisição de comida, roupas, abrigo, riqueza, conveniências e confortos constituem o próprio propósito da vida. A vida continua sendo uma tragédia enquanto as pessoas trabalham sob essa ilusão. Muitos são cegos para a meta da vida, alguns nem sequer sentem a dor de ser ignorante sobre isso. Apenas um em um milhão se esforça para realizá-la. Este esforço é o trampolim para a realização do propósito da vida. No dia em que se realiza o propósito da vida, ela passa por uma transformação total, da agonia (vedana) à liberdade da dor (nirvedana). (Rosas de Verão nas Montanhas Azuis, 1996, Capítulo 1)




Sathya Sai Baba







Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr.com

CAMINHOS E EXPERIÊNCIAS

A razão pela qual os humanos cometem tantos erros de julgamento e de comportamento, e passam por tantos sofrimentos, é que eles não sabem aquilo que vieram fazer a esta Terra. Eles vêm e vão embora... De onde vêm e para onde partem, eles ignoram. Para estas duas interrogações, só há uma resposta: Deus. Nós saímos da Nascente divina e a ela voltaremos, um dia. Ao longo das nossas múltiplas encarnações, por quais caminhos passaremos, antes de regressarmos? Isso depende de nós. Deus previu, para as criaturas que somos, um destino excepcional. De vez em quando, apenas, temos dele uma visão fugidia, e devemos agarrar-nos a essa visão com todas as nossas forças. Tudo o que pode conduzir-nos ao caminho do regresso representa etapas. Mesmo que sejam difíceis, dolorosas, essas etapas nunca devem apagar ou fazer-nos esquecer a visão daquilo que seremos quando regressarmos ao seio do Eterno, com todas as experiências que tivermos feito, com todas as qualidades e virtudes que tivermos adquirido e desenvolvido.





Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

O MELHOR PRESENTE

Para que uma celebração de Natal seja satisfatória, deve ser de uma natureza verdadeiramente religiosa. Jesus veio a esta Terra e apresentou seus ensinamentos, mas os seres terrenos esquecem completamente esse fato. Para eles o Natal significa - acima de tudo - fazer compras, gastar dinheiro, comprar presentes e criar confusão. Temos o poder de tornar o Natal significativo, cheio de paz e verdadeiramente religioso mas, em vez de usar esse poder, nós sucumbimos à energia mundana negativa. Saímos para comprar presentes mas geralmente isso não é feito com nenhum sentimento que pareça uma atitude de amor. (...)

A verdadeira religião traz paz e satisfação para a mente. Ações que só geram confusão não desempenham nenhum papel religioso. Ao contrário, elas vêm de uma mente facciosa que pensa: "Se eu der isto, receberei aquilo em troca." Tal mente é extremamente imatura e egoísta. (...)

Se agíssemos de um modo consistentemente maduro e significativo, nossos filhos também se tornariam serenos. Às vezes pensamos que eles são agitados por natureza e que nós somos algo especial, mas não é bem assim. (...)

É típico das pessoas materialistas acreditar que a felicidade e a frustração dependem totalmente de bens e de fenômenos externos. (...) Para essas pessoas, o sucesso ou o fracasso de um feriado religioso dependem inteiramente de coisas materiais; é por isso que são chamadas de materialistas. Não conseguem encontrar paz e felicidade dentro das suas consciências e, em vez disso, procuram algum sinal de amor externo e físico. Não importa o quanto elas possam dizer que são espirituais; suas mentes estão completamente obcecadas pelo nível material e grosseiro da realidade.

Quando, com perspicaz sabedoria, examinamos profundamente coisas como as nossas atitudes e o nosso comportamento durante o Natal, estamos de fato praticando o Dharma. Este é o verdadeiro objetivo religioso. O estudo do Dharma não significa pensar em algo vindo do céu, de um outro mundo. Trata diretamente de questões como a nossa motivação - o que estamos pensando e sentindo exatamente agora em meio a nossa vida cotidiana. Se não nos esforçarmos para controlar e transformar as mentes negativas e confusas de inveja, de ganância e assim por diante, então não existirá Cristianismo. Não haverá Budismo nem Mahayana nem nada que valha a pena. Devemos reconhecer a mente negativa como ela é e depois, aos poucos, começar a encontrar uma solução para a dor que ela causa em nós e nos outros. Dessa forma, a nossa mente pode ser conduzida para um estado de realização interminavelmente tranquilo. Se não fizermos nada para corrigir a nossa motivação e os modos deturpados de pensar, então o Natal só existirá para o ego. Apesar de estarmos supostamente fazendo uma celebração para Jesus, o que estamos fazendo de fato é algo completamente corrompido.

Desde que nascemos, de quantas festas de Natal já participamos? De que forma elas afetaram as nossas mentes? (...)

Por isso, para que a nossa celebração de Natal seja verdadeiramente religiosa, é importante lembrar quem foi Jesus, o que ele fez e o que ele significou. Dessa maneira, temos condições de compreender como ele beneficiou tantos seres e porque sempre foi uma força positiva, não só na sua época como também ao longo dos dois mil anos que se passaram até hoje. Jesus era dotado de uma compaixão excepcionalmente grande. É muito bom averiguar esse fato e considerá-lo em profundidade. Se o pensamento que vier à nossa memória for: "Preciso alcançar as realizações que ele alcançou e tornar-me tão compassivo quanto ele", esta será a mais perfeita base para celebrar o seu nascimento. Com esse sentimento no coração, uma festa de Natal pode ser muito significativa e válida. (...)





Lama Thubten Yeshe





Fonte: do livro "Noite Feliz - Reflexões Sobre o Natal"
Tradução de Humberto A. B. Rodrigues
Ed. Pensamento, SP
Fonte da Gravura:
http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2013/12/Velas-para-o-Natal-5.jpg

REFLEXÕES PARA A CONSCIÊNCIA DA ALMA

Alguns tem o hábito de se sentirem pesados. Eles dão ouvidos às coisas dos outros e isso os torna pesados. Na consciência da alma ficamos leves. Então pratique ser luz por um segundo e veja a diferença que isso faz. Deixe todos os pensamentos do tipo: “eu tenho que reagir”, “eu tenho que me vingar”. Se alguém cometer um erro minha tarefa é permanecer silencioso internamente. Minha vida deveria ser uma inspiração para os outros. Eu deveria me tornar um exemplo. (Dadi Janki)

Você já ouviu alguém dizendo: “Quantas vezes preciso lhe falar para fazer isso dessa maneira?” Uma lição é que, mesmo tentando, nunca poderei controlar as circunstâncias, as pessoas ou situações já que elas estão em constante mudança. A única coisa que posso controlar é o modo que escolho responder. Só posso aumentar minha capacidade para tolerar; só eu posso desenvolver minha habilidade para entender; e só eu posso criar meu amor pelos outros mesmo que um dia eles me elogiem e no outro eles me difamem. (Yogesh Sharda)

Nunca acredite em ninguém que diz que não podemos mudar. A visão é um dos segredos da transformação pessoal. Somos todos artistas. Nossa mente é o palco da criação e da visão. Qual é a visão que você tem de si hoje? Paciente? Descontraído? Positivo? Tenso? Pressionado? O que você prefere? Então seja criativo! A paciência se parece com que? Sinta isso! O que você sente quando está usando o seu poder de esperar? Sempre comece com uma visão, não com uma ação. Veja isso e você será isso. Seja isso e você fará isso. É assim que criamos nossa própria vida. (Mike George)

Ser sábio sobre o significado da palavra agora é a arte de ver que cada momento tem seu valor próprio, mesmo que a experiência de tal momento não esteja conectada com qualquer uma de nossas ambições, metas ou preocupações mentais. O significado do tempo dos relógios não é nada quando comparado com a experiência de não sentir o tempo, de estar completamente presente e imerso na tarefa que está sendo realizada. (Mike George, From now to eternity, Purity, February, 2007)




Brahma Kumaris






Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Tumblr.com

sábado, 24 de dezembro de 2016

AS DOZE NOITES SANTAS (1ª NOITE - 24/25 dezembro)

Soam as 12 badaladas da meia noite anunciando o Natal. Vem a aurora, atravessamos o dia, cai a noite e uma luz se acende no céu irradiando um brilho que emana da Constelação de Peixes e ilumina a primeira vigília santa.

Estamos no primeiro degrau da escada que está assentada na esfera humana terrena na dimensão da existência do anthropos – o ser da liberdade.

A liberdade é uma das duas principais forças espirituais que nos foram destinadas conquistar ao longo da vida. A outra força será ao final da escada, o amor.

A sabedoria antiga nos conta que foram as forças espirituais de Peixes que configuraram os pés humanos. Quando observamos os pés verificamos que eles são formados em forma de uma abobada que vai propiciar simultaneamente com a verticalização da coluna o andar ereto, primeiro grande aprendizado da vida. Quando criança nos arrastamos, engatinhamos e finalmente nos erguemos e nos apoiamos nos próprios pés superando as forças da gravidade significando isto uma grande conquista e a condição para o desenvolvimento do pensamento, sendo o pensar o que diferencia o Humano dos outros reinos da natureza.

Ao longo da vida seguidamente fazemos uma analogia íntima com este fato: "andar nos meus próprios pés", "saber por onde ando", "seguir os meus próprios passos", "não vou andar nos passos de ninguém", são expressões que expressam uma correta relação com a Terra e com o destino em termos de liberdade pessoal.

Nesta primeira Noite Santa recebemos da constelação de Peixes os impulsos para se firmar nos próprios pés e se erguer, condições básicas para alcançar a liberdade individual, meta ao qual nos destinamos como seres individualizados.

Na madrugada ou ao amanhecer do dia 25, acenda uma vela. Deixe o silêncio e a devoção penetrarem na alma e a luz frágil da vela iluminar o seu espaço interno, e que na vivência do seu próprio Eu, a verdadeira luz solar do Eu do Cristo se faça presente.

Nesta noite, da região de Peixes, os sábios da Humanidade derramam suas bênçãos de sabedoria sobre você. Eles formam um círculo protetor a sua volta, emanando a força que você precisa para se firmar nos próprios pés e tomar seu destino nas próprias mãos. Abra os braços e as pernas formando com o próprio corpo uma estrela de cinco pontas e diga:

Com firmeza eu ocupo meu lugar no mundo,
Com certeza eu caminho pela vida,
Com amor no íntimo do meu ser,
Com esperança em tudo que eu faço,
Com confiança no meu pensar,
Forças jorrem do meu coração.





Texto de Rudolf Steiner e Serguei Prokoffief
Pesquisa Edna de Andrade






Fonte do Texto e da Gravura: www.noitessantas.com.br
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/

AS EXPERIÊNCIAS DURANTE OS SONHOS

Para Entender Nossos Sonhos, Devemos Primeiro Entender a Nós Mesmos


Embora sejam um tema de experiência e de interesse universais, os sonhos são pouco compreendidos. É verdade que há um interesse generalizado por conhecer textos sobre experiências durante sonhos, por ouvir os sonhos de outras pessoas e também por narrar os nossos próprios sonhos; mas geralmente falta a explicação racional, assim como inexiste a capacidade de guiar a vida em estado de vigília de modo que os sonhos possam ser controlados.

Todos os sonhos, desde os que têm uma causa fisiológica até os mais elevados, que são capazes de revolucionar a vida pessoal, são apenas os resultados das condições ou estados de consciência. Temos que entender a nós mesmos primeiro, se quisermos entender o significado dos nossos sonhos. Os sonhos que surgem do aspecto mais elevado da nossa natureza podem dar-nos uma ajuda e uma orientação reais. Este tipo de sonhos pode ser encorajado, e, se o assunto for adequadamente compreendido, é possível também evitar os sonhos sensoriais, que às vezes lançam uma sombra sobre toda a vida.

Em todos nós há três níveis de consciência – normal, subnormal e supranormal – assim como o corpo físico tem temperaturas normais, subnormais e supranormais. Nossos hábitos e nossos maneirismos, nossos preconceitos e predileções, pertencem ao nível normal e são mais ou menos os mesmos para o homem médio. Se agimos de modo infantil e mesquinho quando o curso normal das nossas vidas sofre uma interferência, ou quando não obtemos o que queremos, caímos abaixo do nível normal de inteligência. Um exemplo possível é o do homem que está acostumado a um tipo de pão e que em certa ocasião não consegue obtê-lo; se ele criar uma confusão e perder a calma por causa disso, cairá em um estado de espírito subnormal. Se aproveitar silenciosamente a oportunidade para mortificar o seu apetite, estará em um estado de espírito levemente supernormal.

O ser humano tem três aspectos, corporal, mental e espiritual. A própria palavra “humano” vem do termo sânscrito “Mana” ou “Manas”, que significa “mente”. O estado de espírito normal do ser humano é mental. O estado de espírito é subnormal quando um homem permite que sua inteligência seja afetada ou escravizada pelo corpo, ou por suas paixões e desejos terrestres. Quando o aspecto humano é colocado pelo menos durante algum tempo em harmonia com o Eu divino ou Espiritual, as tendências animais são controladas e o estado de espírito é supranormal.

Em correspondência com essa classificação tríplice, nossos sonhos são: (a) corporais ou sensórios; (b) normais; ou (c) do tipo mais elevado, experiências verdadeiramente espirituais.

Nossos estados de espírito são os sonhos da vida de vigília. Um estado de espírito medianamente bom corresponde a sonhos normais, um estado de espírito sensual corresponde a sonhos subnormais, e um estado de espírito elevado, como a de uma verdadeira meditação, tem a mesma substância que os sonhos puros e inspiradores. Sonhar acordado com base em fantasias é subnormal. As pessoas tecem histórias em torno de si mesmas como personagens centrais, ou têm conversas imaginárias em que elas sempre têm a última palavra, etc. A razão fica de lado quando imaginamos estar no centro da cena. Construir castelos no ar é mera perda de tempo, e se continuamos a construí-los eles se tornam perigosos, porque a fantasia pode evoluir por canais errados, levando a práticas corporais equivocadas.

A fantasia é uma característica da adolescência e não deveria ser levada até a vida adulta. Na adolescência, garotos e garotas deveriam ser ajudados a colocar suas fantasias em canais corretos. Para isso, eles devem estar rodeados de uma atmosfera de pureza, e deve ser dado um ideal nobre para a sua tendência de adorar heróis. Eles devem ter algo para fazer, de modo que não haja oportunidade para passarem muito tempo sonhando acordados. Infelizmente, nesta idade os jovens têm a permissão de ler livros indesejáveis e de ir indiscriminadamente ao cinema, o que intensifica as suas tendências subnormais. A fantasia é a antítese da verdadeira imaginação, aquela ação-de-fazer-imagens que pertence à Alma e durante a qual a Razão está extremamente ativa.

A diferença entre a consciência desperta e a consciência adormecida está apenas no fato de que, durante o sono, as impressões externas não existem. Não há interrupção das funções corporais orgânicas, nem da consciência corporal. A mente, no entanto, funciona à parte do corpo físico, em um estado inteiramente subjetivo, isto é, a mente está voltada para dentro, para si mesma, e não tem consciência de quaisquer objetos que rodeiem o corpo físico.

Há dois tipos principais de sonhos corporais – os que são causados por desconforto corporal e os que têm como base impressões corporais causadas por indulgência errada, de fato ou em fantasia, durante a vida desperta. Nossos pensamentos e sentimentos afetam constantemente o corpo. Eles fazem o coração bater mais rápido, ou tornam a respiração irregular, ou fazem com que ela seja rítmica. As experiências em sonhos que são reações a pensamentos tidos em estado de vigília podem ocorrer muito mais tarde, como quando uma pessoa sonha que está comendo carne, vários anos depois de adotar o vegetarianismo.

No homem normal, a mente está tentando libertar-se dos sonhos corporais e viver nos termos da sua própria ideação. Isso é inicialmente impossível, e por isso ele tem sonhos confusos. Quando alguma impressão do Eu Espiritual é acrescentada à mistura de sonhos mentais e corporais, pode surgir um sonho alegórico. A verdade é captada pelo cérebro, mas é distorcida por imagens corporais e mentais.

A mente pura, controlada e autoconcentrada, pode receber as impressões do Eu Espiritual, e as impressões são então transferidas para o cérebro. Assim ocorrem os sonhos que são avisos, para si mesmos e para os outros, e os sonhos retrospectivos, que descrevem encarnações passadas. Os sonhos proféticos são ainda mais elevados. Eles procedem do Eu Superior, e são possíveis mesmo durante o estado de vigília, se o corpo tiver sido mantido puro como o Templo de um Deus Vivo. Em um estado ainda mais alto de calma e concentração purificadas, o homem que possui um firme desejo de beneficiar a humanidade pode receber sonhos dos Grandes Gurus cuja religião, filosofia e ciência é a Fraternidade.

A coisa mais importante a lembrar é que as experiências durante os sonhos dependem da consciência em estado de vigília. Para termos sonhos elevados, devemos controlar e purificar os sentidos e estudar e meditar sobre princípios universais.




The Theosophical Movement






Fonte do Texto e da Gravura: Blog "Filosofia Esotérica"
http://www.filosofiaesoterica.com/as-experiencias-os-sonhos/
(O texto foi publicado pela primeira vez pela revista teosófica internacional “The Theosophical Movement”, na Índia, edição de outubro de 2004, pp. 403-405. Título original: “Dream Experiences”.)

AS DOZE NOITES SANTAS (INTRODUÇÃO)

Segundo uma antiga tradição cristã, as Doze Noites Santas é o período que vai da noite de Natal até o dia de Reis.

Através da Luz Espiritual que brilha das estrelas do Zodíaco, as bênçãos divinas se derramam sobre aqueles que oram e vigiam. Os sonhos nestas noites se tornam mensageiros do Espírito!

Quando se acendeu no céu a estrela há muito tempo esperada, os Reis Magos iniciaram a jornada até a Criança que seria o novo Sol do Mundo. Após doze noites, consideradas sagradas a partir de então, eles puderam alcançá-la e ofertar o incenso, a mirra e o ouro, em nome de toda a Humanidade, acompanhados dos votos de que o Espírito Divino pudesse viver no pensar, sentir e querer humanos.

Dos pés à cabeça podemos vivenciar a transformação, de pessoas terrenas e materialistas, em pessoas espiritualizadas, que olham o mundo com uma visão espiritual. Vislumbramos a escada de expansão da consciência, que ajuda a dar nascimento, no último degrau, ao Ser Divino em cada um de nós.

A cada Natal temos a chance de um novo nascimento. E a cada ano, a oportunidade de uma nova vida. Não podemos nos esquecer disso, pois precisamos urgentemente de forças espirituais, não apenas para cada um de nós individualmente, mas para toda a Humanidade.

Na meditação das noites santas, podemos colocar na alma as sementes da Esperança em relação aos doze meses do ano que entra. Meditando dos pés em direção à cabeça, podemos almejar a consolidação das forças do nosso ser e a transformação dessas forças em qualidades verdadeiramente humanas e sagradas.

As 12 badaladas da meia noite do Natal anunciam a vigília, que pode ser um preparo espiritual, como se as Noites Santas fossem uma prévia dos 12 meses do ano que se inicia.

As inspirações recebidas das hierarquias espirituais nestas doze noites, através da meditação, injetam forças no  desenvolvimento espiritual ao longo de todo o ano.

O Evangelho de Mateus nos remete aos mistérios espirituais da Antiguidade, etapa do desenvolvimento da humanidade na época do assentamento na região do Mediterrâneo, quando aqueles que eram iniciados desenvolviam a visão clarividente. Os corpos siderais eram vistos por eles como a manifestação de seres espirituais em atividade constante e contínua transmutação. A esse antigo estado de consciência clarividente está associado o surgimento da Astrologia, sabedoria baseada na analogia do movimento e posição dos astros com o destino humano. Ao fazermos a vigília das Noites Santas podemos retomar a jornada dos Reis Magos através da ligação com esta sabedoria, recebendo irradiações das 12 constelações do Zodíaco.

As hierarquias espirituais podem ser contempladas como esculturas, no portão sul da Catedral de Chartres, a mais importante catedral gótica da Idade Média. Neste portão, chamado de Portão da Transubstanciação, as hierarquias formam uma escada ascendente que representa o ensino espiritual.

O aluno vai de degrau em degrau se conectando a esses seres espirituais, que representam diferentes estados de Consciência. Neste aprendizado, o pensar e o sentir, integrados, se tornam órgãos de compreensão e de participação no mundo espiritual.

Os nomes das hierarquias se originaram de um manuscrito de Dionísio, o Aeropagita, que fundou a primeira escola esotérica cristã da Antiguidade. Dionísio, um iniciado nos antigos centros de mistérios gregos, renomeou os seres divinos, que eram chamados na Antiguidade como seres de Vênus, seres de Mercúrio e outros, a partir de uma revelação do Cristo feita a ele por Paulo de Damasco.

O Manuscrito escreve os nove níveis de seres divinos associados em grupos de três hierarquias que participaram da evolução da Terra e do ser humano.

A primeira hierarquia inclui os Serafins, Querubins e Tronos, que iniciaram a evolução. 

Eles atuam a partir do divino, da esfera macrocósmica, que é denominada a esfera do Pai, de Deus, de Alá, do amor divino, do grande mistério, da doação cósmica. Eles são seres de um estado evolutivo anterior ao nosso, tão avançados em sua evolução que foram capazes de fazer fluir de si a sua própria substância, dando nascimento ao atual estado do nosso sistema solar.

A segunda hierarquia é formada pelos Kyriotetes, Dynamis e os Exusiai, ou Elohins. Eles também são chamados de Domínios, Virtudes e Potestades. Enquanto no processo de configuração do nosso Cosmos a primeira hierarquia atuou de fora, a segunda hierarquia, de dentro do processo, acolheu os planos divinos transformando-os em sabedoria, dando-lhes movimento e forma.

E por último a terceira hierarquia - os Arqueus, ou Principados, os Arcanjos e Anjos, próximos do ser humano, porque desenvolveram a sua essência nesta etapa evolutiva em que nós, Anthropos, nos encontramos, e na qual estamos destinados a nos tornar cocriadores da Evolução.

Rudolf Steiner, filosofo alemão que revelou a Antroposofia ao mundo, chamava a atenção para o fato de que o homem autoconsciente deveria reaprender a vivenciar as hierarquias na sua vida interna como realidades.

Ele diz que esses seres espirituais vêm ao nosso encontro quando nos preparamos para conhecê-los, e falarão à nossa alma primeiramente como pensamentos e sentimentos, e só então os perceberemos como realidades!

Sergei Prokofieff, um dos dirigentes mundiais da Antroposofia, descreveu o ensino espiritual de Chartres na tradição da vigília das 12 noites santas.

Ele delineia a escada de expansão da consciência, que ajuda a dar nascimento, no último degrau, ao Ser Divino em cada um de nós.

Prokofieff faz uma analogia entre este caminho de transformação e o processo de desenvolvimento descrito por Rudolf Steiner como o caminho de Jesus a Cristo.

Jesus nasce como a criança arquetípica, destinada a se desenvolver como um Ser Humano, de tal forma que possa acolher em si o Eu do Cosmo, no Batismo do Jordão. Este acontecimento místico derramará sua influência por sobre toda a história da Humanidade, como um grande arquétipo de desenvolvimento espiritual. (continua)





Texto de Rudolf Steiner e Serguei Prokoffief
Pesquisa Edna de Andrade





Fonte do Texto e da Gravura: www.noitessantas.com.br
Via Biblioteca Virtual da Antroposofia
http://www.antroposofy.com.br/

AS AÇÕES REVELAM SOBRE UMA PESSOA

Uma pessoa é julgada pelas ações. As boas ações revelam uma pessoa boa e as más ações revelam uma pessoa perversa. Suas qualidades e ações são interdependentes, pois as ações revelam suas qualidades interiores e suas qualidades interiores impulsionam suas ações. Esforce-se para se reformar, desenvolvendo boas qualidades. Simplesmente ouvir discursos espirituais ou viver em lugares sagrados ou em companhia sagrada é inútil, a menos que um esforço seja feito para praticar alguns dos nobres ensinamentos. Qualidades como tolerância (kshama), compaixão, verdade, amor e empatia não estão restritas a qualquer nação, raça ou fé. Estas são qualidades espirituais e são essenciais para as pessoas em todos os lugares, em todos os momentos. Propagação da Retidão (Dharma) não significa propagar o conhecimento sobre algo que é desconhecido. O conhecimento do Dharma é adquirido apenas para promover sua prática e somente aqueles que praticam a retidão estão qualificados a propagá-la. Somente praticando na vida diária é que você aprende sua verdadeira natureza e realiza seu completo valor. (Discurso Divino, 7 de janeiro de 1988)




Sathya Sai Baba






Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr.com

OS DOIS CAMINHOS (VIAS) PARA A AUTORREALIZAÇÃO

Existem, em tese, dois caminhos para a plena auto-realização do homem. Eles se chamam via crucis e via discipular. A via crucis é, de longe, a mais árdua, e corresponde, a rigor, sobretudo ao trabalho dos avatares dentro de suas Ordens eternas, mas também vem a ser em algum grau o caminho dos santos. Já a via discipular é o caminho regular das Ordens milenares e dos sábios.

Uma das grandes diferenças é que, desde o ponto de vista da plena realização, jamais existe uma expressão massiva na primeira via, de tal modo seletiva e árdua que é, não se prestando portanto a uma expressão realmente social, mas diretamente hierárquica. Destina-se a purificar uma raça e dar mostras da mudança de tempos através da geração de um novo consenso espiritual e da preparação para o surgimento um Avatar que o coroe. Está também por isto na base da via discipular.

Explicamos. Enquanto não existe uma ordem real no mundo, a via discipular tampouco pode ser tomada com sucesso, naquilo que diz respeito à plena realização do homem. Então a tendência é pelo aspecto menor da via crucis, que é o caminho da santidade. Mas, chegada a hora, este caminho é coroado pela iluminação de um Mestre, dando lugar com isto a uma Ordem organizada, à partir da autorrealização do próprio Mestre enquanto modelo e arquétipo divino-humano.

De fato, a própria chegada de um Mestre – no caso, um Avatar – deixa implícito que está praticamente terminado o tempo para a via crucis em qualquer grau que seja, sendo agora desejável a reorganização do mundo, porquanto uma síntese já foi realizada e necessita ser agora difundida para o Bem geral. Daí que absolutamente tudo se acha sempre centrado na presença da Hierarquia e sobretudo na figura do Avatar.

Dito de outra forma, a Busca do Graal interno deu já seus frutos maiores, transformando-se num Graal externo que deve ser igualmente procurado, encontrado e entronizado. Este último corresponde também à Via da Espada (o discipulado coroado), simbolizada por Excalibur, onde o portador da espada sagrada tinha alcançado a autorrealização pela via discipular.

Um dos sinais da existência deste Graal manifestado está precisamente na existência das Escolas Iniciáticas, as quais representam o serviço natural e necessário de um Mestre. Tais Escolas existem para servir de receptáculo à realização superior, com fins de preservar no mundo uma Ordem perfeita que sirva de sementeira para a geração de homens superiores. Quanto mais o mundo necessita de organização superior, mais importantes são estas Ordens e mais devem se difundir.

Em nossos dias a Busca pelo Graal se encontra já encerrada, para júbilo de todos, porque isto significa que uma Nova Ordem começa a ser implantada no mundo a partir da Hierarquia manifestada, com o que a verdadeira realização pode ser oferecida no caminho natural, que é o do discipulado, onde pode-se contar com a benéfica e poderosa influência dos Mestres, assim como a sua ciência e a sua sabedoria.

Vale lembrar que o termo "nova ordem" não sugere apenas a troca de uma ordem por outra, mas a restituição de uma Ordem real onde a rigor não existia nenhuma. As coisas podem ser organizadas mais ou menos aleatoriamente numa "certa ordem", mas isto não significa que obedeçam ao sentido exato do termo, que é o de organizar tudo de uma forma perfeita e segundo a posição ou a função real de cada coisa em cada lugar e momento. O estabelecimento de uma Ordem real dá lugar à realeza, que é a forma de organização que adquire a Hierarquia de Luz em período de manifestação e atuação ativa no mundo, dando lugar às Idades de Ouro da Civilização.

Todo aquele que empreende uma relação de cooperação com a Hierarquia nestes termos e momentos, está participando já de uma esfera de irradiação solar e integra em princípio uma nobreza, no sentido lato do termo, que é o de realizar uma existência a mais nobre possível, em função de se estar empreendendo a tarefa histórica mais exaltada e significativa de todas, através da construção ativa de um mundo superior. Apenas isto já dispõe carmicamente uma alma na própria esfera da Iniciação solar (3° grau), tamanhos são os méritos trazidos por esta espécie de trabalho. Quanto mais próximo ao centro (leia-se: ao Mestre) maiores serão as conquistas, quanto mais consciente o trabalho, melhores os resultados. (...) A conscientização da função histórica de uma Escola de Mistérios e da realidade histórica da Hierarquia está na base da Iniciação.





Luís A. Weber Salvi






Fonte: do livro "Alquimia Espiritual"
Fonte da Gravura: Tumblr.com

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O MÍSTICO SOL DA MEIA-NOITE

Esotericamente e desde épocas imemoriais, o Sol tem sido reverenciado como o dador de vida, porque a multidão era incapaz de ver além do símbolo material de uma grande verdade espiritual. Mas, além daqueles que adoravam a órbita celeste que é vista com o olho físico, sempre houve e continua a haver uma pequena mas crescente minoria, um sacerdócio consagrado pela virtude mais do que por rituais, que viu e vê as eternas verdades espirituais por trás das formas temporais e efêmeras que revestem essas verdades, nas mudanças de cerimonial consoante à época e aos povos a que foram destinadas originalmente. Para estes, a lendária Estrela de Belém brilha todos os anos como o Místico Sol da Meia-Noite, o qual penetra em nosso planeta no solstício de inverno os três atributos divinos: Vida, Luz e Amor. Estes raios de esplendor e poder espirituais inundam o nosso globo com uma luz sobrenatural que envolve todos sobre a Terra, do mais insignificante ao mais importante, sem distinção.

Mas nem todos podem participar desse maravilhoso dom na mesma medida. Alguns conseguem mais, outros menos. Alguns nem participam da grande oferta de amor que o Pai preparou para nós em Seu Filho Unigênito, porque ainda não desenvolveram o imã espiritual, o Cristo menino interno, que unicamente pode guiar-nos ao Caminho, à Verdade e à Vida.

“Se não tiver olhos para ver? Se o Cristo é meu, como posso saber a não ser através do Cristo em mim? A voz silenciosa dentro do meu peito é o penhor do pacto entre Cristo e eu, e enfim Ela confere a fé, a força do Feito.”

Esta é, sem dúvida, uma experiência mística que soa verdadeira para muitos de nossos estudantes, tão verdadeira como a noite segue-se ao dia e o inverno segue-se ao verão. A menos que tenhamos Cristo dentro de nós, e que um maravilhoso pacto fraternal de sangue tenha sido consumado, não podemos ter parte no Salvador, embora os sinos de Natal nunca parem de soar. Mas, quando Cristo formar-se em nós, quando a imaculada concepção tornar-se uma realidade em nossos próprios corações, quando nos tenhamos postado aos pés do Cristo recém-nascido para oferecer-Lhe os nossos presentes, dedicando a natureza inferior ao serviço do Eu Superior, então, e só então, as festividades natalinas são compartilhadas por nós, ano após ano. E, quanto mais arduamente tenhamos labutado na vinha do Mestre, mais clara e distintamente poderemos ouvir a voz silenciosa em nossos corações, sussurrando o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo... porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve". Então, ouviremos uma nova nota nos sinos de Natal como nunca ouvimos antes, porque não há dia mais alegre do que o do nascimento de Cristo, quando Ele renasce na Terra, trazendo consigo presentes para os filhos dos homens - presentes que significam a continuação da vida física, porque sem essa vitalizante e enérgica influência do Espírito de Cristo, a Terra permaneceria fria e árida; não haveria uma nova canção da primavera, nem os pequeninos coristas da floresta para alegrar os nossos corações à chegada do verão. A pressão gélida dos pólos Boreais manteria a Terra agrilhoada e muda para sempre, impossibilitando-nos de prosseguir em nossa evolução material, tão necessária para aprendermos a usar a força do pensamento através de canais criativos apropriados.

O espírito de Natal é, pois, uma realidade viva para todo aquele que já desenvolveu o Cristo interno. O homem e a mulher comum sentem esse espírito somente nas proximidades das festas natalinas, mas o místico iluminado pode vê-lo e senti-lo meses antes e meses depois do seu ponto culminante na Noite Santa.

Em setembro ocorre uma mudança na atmosfera terrestre; uma luz começa a brilhar nos céus. Essa luz parece permear todo o universo solar e, gradualmente, vai crescendo em intensidade, parecendo envolver o nosso globo. Então, ela penetra a superfície do planeta e, pouco a pouco, concentra-se no seu centro, onde os espíritos-grupo das plantas têm o seu lar. Na Noite Santa ela alcança o mínimo de seu tamanho e o máximo de seu fulgor. Então, passa a irradiar luz concentrada, dando nova vida à Terra para que esta prossiga com as atividades da Natureza no ano entrante. Isso é o começo do grande drama cósmico "Do Berço à Cruz", que acontece anualmente durante os meses de inverno (no Hemisfério Norte).

Cosmicamente, o Sol nasce na mais longa e escura noite do ano, quando o signo zodiacal Virgo - a Virgem Celestial - situa-se no horizonte oriental a meia-noite para dar à luz o Filho Imaculado. Durante os meses que se seguem, o Sol transita pelo Violento signo de Capricornius onde, segundo a mitologia, todos os poderes das trevas concentram-se em frenético esforço para matar o Portador-da-Luz, fase do drama solar que é apresentado misticamente no episódio da perseguição movida pelo rei Herodes, e a fuga de Jesus para o Egito a fim de escapar à morte. Quando em fevereiro o Sol entra no signo de Aquarius - o Portador-da-Água - temos a época das chuvas e tempestades e, do mesmo modo que o batismo consagra misticamente o Salvador à sua obra de serviço, assim também a abundância de umidade que desce sobre a Terra torna-a de tal maneira branda e rica, que pode produzir frutos para preservar a vida de todos os que nela habitam. A seguir, o Sol transita pelo signo de Pisces - os Peixes. Nesta altura, os estoques de alimentos do ano anterior já foram quase totalmente consumidos, de forma que as provisões do homem ficam escassas. Temos, por conseguinte, o longo jejum da Quaresma, que representa misticamente para o aspirante o mesmo ideal mostrado cosmicamente pelo Sol. Neste momento do ano ocorre o carne-vale (carnaval), o adeus à carne, pois todo aquele que aspira a vida superior precisa algum dia despedir-se para a Páscoa que, então, aproxima-se. Em abril, quando o Sol cruza o equador celestial e entra no signo de Áries - o Cordeiro - a cruz se ergue como um símbolo místico que o candidato à vida superior precisa entender e, em seguida, aprender a abandonar o veículo mortal e começar a escalada para o Gólgota, o lugar na caveira e daí cruzar o limiar do mundo invisível.

Finalmente, imitando a subida do Sol para os céus do norte, ele precisa aprender que o seu lugar é com o Pai e, com todo fervor, deve elevar-se até aquele exaltado lugar. Assim como o Sol não permanece naquele alto grau de declinação, mas ciclicamente desce para o equinócio de outono e solstício de inverno a fim de completar muitas vezes o círculo para benefício da humanidade, do mesmo modo todo aquele que aspira tornar-se um Caráter Cósmico, um salvador da humanidade, precisa preparar-se para oferecer-se muitas vezes como um sacrifício em benefício de seus semelhantes.

Este é o grande destino colocado diante de nós. Cada um é um Cristo-em-formação, se o quiser ser, porque como disse Cristo aos Seus discípulos: "Aquele que crer em Mim fará também as obras que faço, e maiores ainda".

Além disso e de acordo com a máxima: "A necessidade do homem é a oportunidade de Deus", nunca houve tão grande oportunidade de imitar o Cristo, de fazer as obras que Ele fez, como nos dias que correm (...) e quando o maior de todos os cânticos de Natal - "Paz na Terra e boa vontade entre os homens" (Lucas 2:14) parece mais longe de concretizar-se do que nunca.

Temos em nós o poder de apressar o dia da paz ao falar, pensar e viver em PAZ, pois a ação conjunta de milhares de pessoas transmite impressões ao Espírito de Raça quando a ele enviadas, especialmente quando a Lua está em Cancer, Scorpio ou Pisces, que são os três grandes signos psíquicos mais apropriados para trabalhos ocultos dessa natureza. Usemos os dois dias e meio que a Lua transita por cada um desses signos para propósito de meditar sobre a paz - Paz na Terra e boa vontade entre os homens. (...) Tenhamos em mente que o que queremos ver é a Fraternidade Universal sobre a Terra, ou seja, a paz na Terra e boa vontade entre os homens. (...) Oremos para que a paz possa reinar sobre a Terra. Uma paz duradoura e uma boa vontade entre todos os homens, não importando quaisquer diferenças de raça, cor ou religião. Na medida em que tenhamos êxito em formular com os nossos corações e não apenas com os nossos lábios essa prece impessoal a favor da paz, estaremos antecipando a chegada do Reinado de Cristo para recordar que é a Ele que estamos todos destinados na época oportuna - o reino dos céus, onde Cristo é "Rei dos reis e Senhor dos senhores".





Max Heindel
Fraternidade Rosacruz Max Heindel






Fonte: do livro "INTERPRETAÇÃO MÍSTICA DO NATAL"
Biblioteca Esotérica Virtual
http://www.pgem.hpg.com.br
Fonte da Gravura: http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2015/01/FT7.jpg

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

HUMANIDADE - A PORTADORA DE LUZ DO PLANETA

Na história da humanidade, dois grandes mestres espirituais destacam-se entre os demais. O primeiro, Buda, considerado universalmente como a encarnação da luz; os preceitos e o ensinamento do Buda permitem ao homem coordenar-se com sua mente, encontrar o caminho entre “os pares de opostos”, mediante a prática do desapego e do desapaixonamento e, finalmente, alcançar a iluminação e a sabedoria.

O outro grande Mestre, Cristo, é a encarnação do Amor. Trouxe aos homens um novo mandamento, dizendo que devemos "amar-nos uns aos outros", transcendendo, assim, em um único preceito de profunda importância, todos os sistemas de vida e ética baseados na negativa: "tu não o farás..."

É dito que o desenvolvimento da mente e do coração, e o estabelecimento de relações entre eles, são o propósito subjetivo da manifestação. Com o Buda e o Cristo, temos a demonstração da consecução em ambas as linhas. Pela correta compreensão e conexão entre Seus ensinamentos, o homem resolverá todos os problemas humanos e construirá uma ponte sobre a antiga ruptura entre Oriente e Ocidente, chegando, assim, a compreender o paradoxo da vida.

Sim, porque a vida é um paradoxo. Diz-se no Oriente que a mente "mata o real". Compreendemos aproximadamente o significado deste ditado observando o intelectualismo estreito e a pretensa lógica que despojam a vida de todo significado verdadeiro. Somente quando a mente está sob a influência do amor pode ser verdadeiramente iluminada e se tornar instrumento da revelação. 

Da mesma maneira, o amor é cego, se lhe faltam o poder equilibrador da mente e a luz que traz sabedoria e compreensão.

É destino próprio e especial da humanidade converter-se em portadora planetária de luz. A mente é a característica que distingue a humanidade das outras vidas em evolução. Foi a inteligência que elevou o homem acima do reino animal e é fundamentalmente responsável pela posição dominante que agora ocupa nos mundos mental, emocional e físico.

A importância excessiva dada ao aspecto racional e concreto da mente é o que pode convertê-la no que “mata o real” e que constitui um perigoso elemento na situação mundial atual. A mente abstrata e a alma, princípios essenciais da própria consciência, também devem estar ativos. Assim, a luz da sabedoria e a luz da compreensão combinam-se com a luz do conhecimento, que é o dom natural da mente concreta. Estes três aspectos da luz: sabedoria, compreensão e conhecimento portam três aspectos da energia da alma para a alma que se encontra em toda forma, por intermédio da alma do mundo.

A humanidade nunca teve tanta necessidade de Portadores de Luz. Abordamos um período único na história da humanidade, pelas possibilidades que nos oferece. A “evidência” dos problemas mundiais é um desafio: devemos procurar soluções com a ajuda de um pensamento inclusivo e universal.





Fonte: Boletim "Triângulos"
Unidade de Serviço Buena Voluntad Rosario
www.sabiduriarcana.org
www.sabiduriarcana.org/literaturalucis.htm
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JULGAMENTOS E AUTOCONFIANÇA

Onde as seis qualidades de zelo, determinação, coragem, inteligência, habilidade e heroísmo estiverem presentes, lá a ajuda Divina se manifestará! Em qualquer campo, a qualquer momento, quem estiver dotado com todas essas seis qualidades preciosas, o sucesso lhe estará assegurado. Elas garantirão a sua completa prosperidade. No entanto, essas qualidades enfrentam várias dificuldades de tempos em tempos. Assim como um estudante enfrenta vários exames para se formar, essas nobres qualidades também estão sujeitas a julgamentos. Tais julgamentos devem ser considerados como trampolins para as altas realizações. Estes ensaios são na forma de perdas, problemas, dores, sofrimentos e calúnias. Deve-se superar esses problemas com coragem e autoconfiança e seguir em frente. Sem autoconfiança, as seis qualidades não podem ser adquiridas. Os alunos devem desenvolver autoconfiança e embarcar na jornada da vida com fé em Deus. (Discurso Divino, 14 de janeiro de 1997)




Sathya Sai Baba






Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
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LIBERDADE OU DESTINO?

O homem é livre ou está submetido ao destino? Esta questão é discutida há milênios. O erro está em acreditar que todos os indivíduos estão sujeitos às mesmas leis. Aqueles que, como os animais, só obedecem aos seus impulsos puramente instintivos, estão inevitavelmente submetidos às leis da fatalidade; é a sua própria natureza que cria para eles essa fatalidade. Ao passo que aqueles que adquiriram o domínio dos seus instintos, das suas paixões, escapam à fatalidade para ficarem sujeitos à lei da Providência, da graça, onde conhecem a luz e a liberdade. Não se deve pensar que toda a gente pode ser livre ou que toda a gente tem de se sujeitar a um destino inexorável. Não, a liberdade depende do grau de evolução. Segundo a sua maneira de pensar, de sentir e de agir, o ser humano fica sujeito à fatalidade ou atrai as bênçãos da Providência. Portanto, em certos domínios, ele fica amarrado, fica submetido ao destino, e noutros escapa-lhe, é livre… Até ao dia em que, depois de muito trabalho e muito esforço, ele disporá plenamente da sua liberdade.




Omraam Mikhaël Aïvanhov






Fonte: www.prosveta.com
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